28 dezembro 2010

Quem mandará agora prender/suspender/despedir o Laurentino "Kim-il Sung" Dias?



Esta nem parece ser uma notícia nova: a ameaça de suspensão da FIFA de clubes e selecções de Portugal competirem lá fora.

Até poderá nem ser factual. Leia-se o contexto em que, segundo a notícia, é mencionado que todo o executivo da FPF ouviu Madaíl ler a comunicação da FIFA em que exige que haja legalidade na FPF. Caso contrário, há mesmo suspensão internacional e adeus Liga Europa e Euro-2012. Nunca tal sucedeu na Europa, é verdade. Mas é possível, é mesmo.
Com a iminência da data para as eleições federativas, o caso está em cima da mesa. Para rebentar. Ou se mudam os Estatutos, de acordo com a (nova) lei (RJFD), impondo um diferente processo eleitoral, ou não há eleições na FPF. Estas já estavam marcadas para Fevereiro (candidaturas até dia 10/1). Mas a FIFA, por outro lado, também não gosta que sejam os Governos a "mandarem" nas federações, estas devem decidir as suas coisas por si próprias e não com impositções tutelares.
E não é fácil. Nem por decreto, o que é o caso, de o Governo impingir um quadro regulamentar que as associações, no caso a FPF como associação de associações do futebol, não aceitam.
Já tivemos a palhaçada de a suspensão do Estatuto de Utilidade Pública da FPF ter sido levantada, só um bocadinho, por um tempo, para Portugal disputar o Mundial. Empurrou-se o problema para a frente, com a barriga.
Quem é o palhaço a dominar todo o circo? Madaíl, sim, mas esse faz de palhaço-palhaço, não é o palhaço-orquestra, aquele que parece dominar o primeiro, tem só a cara pintada (serve farinha Amparo), um fato colorido (normalmente vermelho) e um chapéu em cone (cor à escolha). O palhaço-palhaço é aquele, típico, careca, bola vermelha na ponta do nariz, boca pintada e desproporcionada, a quem se dá ordens, que sofre vexames mesmo que aqui e ali consiga uns êxitos. Madaíl ficará ligado aos Europeus e Mundiais disputados de enfiada no início do século XXI. Uma década de alto nível. E pouco mais. Nenhuma ideia para o futebol português, isto de um tipo a quem foi oferecido um salário anual equivalente a 147 salários mínimos, contou há dias Valentim Loureiro, se não me engano.
O palhaço-orquestra, no contexto de todo um Governo de farsantes e pouco comediantes, dá-se ares de ditador, bem à maneira do norte-coreano Kim-il Sung.
Podem não se lembrar, eu já não preciso o tempo e o contexto em que tal foi difundido mas situo-o na vigência da anterior Legislatura deste mesmo Governo de só cretinos, mas o actual secretário de Estado da Juventude e Desporto, Laurentino Dias, em tempos disse que a "FIFA não ameaça Portugal" e, mais ou menos isto, as regras da FIFA não se sobrepõem ao Direito e legitimidade jurídica de Portugal.
É de crer que o risco de suspensão de Portugal no contexto internacional não melindre o Laurentino "Kim-il Sung" Dias desta moderna ditadura lusitana. Quando esta saga começou penso que terá logo aí motivado a reacção destemperada do governante que pode conduzir-nos ao tempo do "orgulhosamente sós".

Com o seu poder e o apoio de epígonos do regime, como é da praxe, Laurentino "Kim-il Sung" Dias conseguiu forçar o despedimento de Carlos Queiroz.
Não sei se vai mandar alguma polícia especial prender alguém das associações recalcitrantes, numa visita nocturna a casa particular. Ou se vai despedir o presidente da FPF, incapaz de se fazer impor, ao menos de se fazer valer ou de fazer-se respeitar perante o colégio eleitoral da FPF. Decerto haverá aí algum Boronha de serviço para defender a via oficial do regime.
Entretanto, estão a passar-se coisas estranhas, ou nem por isso, cá dentro, onde os escândalos do regime ou são minimizados, senão mesmo ignorados, ou terão tratamento de favor na Imprensa oficial.
(a seguir, talvez)
antes de (a seguir), o mundo da bola rebola assim:
com reacções de vários quadrantes.
E, ainda, mais esta. Deliciosa, em todos os pormenores:
"O presidente da mesa da Assembleia-Geral da Federação Portuguesa garante desconhecer qualquer exigência da FIFA para que o organismo que tutela o futebol português altere os estatutos antes das eleições, marcadas para 5 de Fevereiro. Avelino da Rocha Ribeiro admite, ainda assim, adiar o acto eleitoral se tal for solicitado.«A ser verdade (a carta da FIFA), parece que voltámos ao tempo da ditadura. Não se pode votar contra? Não sei como se pode impor a uma federação que aprove novos estatutos», questionou o dirigente federativo, em declarações reproduzidas pela agência Lusa, e quando confrontado com um artigo do Diário de Notícias". no Maisfutebol. Lá vão dizer, os estúpidos fazem-no frequentemente, que o Porto, no caso a AF mas podia ser o FCP, controla tudo.

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