12 abril 2016
A votos no Politburo do Dragão (-5)
Ontem, na reportagem do jogo na Mata Real, já tinha reparado que a "imprensa do Porto", com sede no ainda edifício JN, não tinha uma foto, nem uma linha, sobre Pinto da Costa.
Hoje, mesmo a reboque de uma sondagem que é mera auscultação do sentir do público, para mais em cima da derrota com o Tondela, mesmo a maior conclusão dos dados básicos e simples de analisar é menorizada e recolhida para destaque secundário. Mesmo que entre pelos olhos dentro, veja-se como os quase 60% de opiniões culpando a SAD pelo descalabro portista são subvalorizados em nome de uma divisão de opiniões sobre a valia do treinador Peseiro e as condições para continuar na próxima época.
Na véspera foi o mutismo absoluto, marca de água da actuação pública das figuras de topo da SAD. Como podem verificar, o presidente sozinho na tribuna numa fugaz imagem televisiva e sem se vislumbrar o CEO no banco foram destaques meus, porque sobre eles devia centrar-se as atenções.
Mas a propaganda faz o seu caminho, a diabolizaçao de Lopetegui teve remake à 2a entrevista do presidente que apontou um único culpado para o descalabro. De igual modo, Peseiro é o visado em O Jogo, como se constata pelos destaques de capa e o espaço desproporcional dado aos dois casos, treinador e SAD, no interior.
O trabalho de limpeza segue na imprensa de sarjeta local que tem tanta integridade quanto a SAD portista e o reconhecimento respectivo em vendas a leitores e simpatia dos sócios. O alijar de responsabilidades está em curso e foi montado por Pinto da Costa com o êxito, pifio e serôdio, que se vê. Este branqueamento criminoso não aproveita a ninguém, a não ser momentaneamente.
Aqui, onde sempre se escalpelizaram vitórias e derrotas, as atenções não se desviam do essencial. O que se passa no FC Porto é demasiado grave para ser limpo por uma esponja me®diatica descredibilizada, incluindo os fracos serviços de propaganda do clube igualmente sob a mira e a ira dos sócios que não comem palha, não são vassalos nem velhos louvaminheiros de percurso mais ou menos recente.
Cheguei a passar uma semana, este ano, zurzindo no decrépito presidente pela falta de tacto, ambição, visão e estofo para se manter no cargo. Continuarei a não me desviar do essencial esta semana, de ida a votos com cheiro putrefacto, bem como na próxima, até ao 34o ano de presidência a 23 de Abril.
Pinto da Costa não devia continuar no FC Porto salvo como presidente honorário com cadeira de sonho reservada para sempre na tribuna de honra. Pelos serviços prestados. Não os mais recentes, nem os próximos lhe evitarao a saída pela porta pequena. Dele e da clique norte-coreana que fatalmente sairá em bloco com ele, por muitos bacocos com barbas que puxem pela reeleição extemporânea como a que agora sucede a encurtar um negro 13o mandato - aquele anunciado como o primeiro do novo ciclo de 30 anos de vitórias para enganar os papalvos.
Seguem-se os próximos capítulos de denúncia da fraude dirigente enraizada no Dragão.
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