Parabéns aos "nuestros hermanos", que ao polvo adivinhatório juntam a estrela merecida de campeão mundial, que é para isso que servem as estrelas nas camisolas e o FC Porto desconhece dar o valor aos seus dois títulos mundiais de clubes.
Os tipos da RTP também não sabiam que a camisola "roja" envergada no final era de celebração feita por antecipação e que não envergonhou ninguém por ser capa da Marca de hoje. Mesmo que perdessem...
Ganhou o melhor numa final em que a bola, tão do gosto de ambos, só podia ser de um e foi do mais hábil, paciente, persistente e a fazer jus, mais uma vez, ao futebol tipo Barça espezinhado por arbitragens estranhas na semifinal da Champions e um Inter de ferrolho muito celebrado em Portugal...
Esta Holanda, de resto protegida pelo incompetente e merdoso árbitro inglês que sempre tem sido Howard Webb ao perdoar expulsões directas a van Bommel e de Jong só na 1ª parte, foi a que menos convenceu das suas equipas vencidas, e antes não convencidas, em anteriores finais. Mas fica o encanto do seu jogo, quando pôde (na 1ª parte com o Brasil foi subjugada), e de um registo impressionante de vitórias a ilustrar também o jogo positivo e a classe de muitos dos seus jogadores.
Ficam três primeiras páginas da Imprensa desportiva espanhola de hoje, com o Sport (aqui ausente) a destoar com a manchete da zanga entre o novo presidente do Barça, Rosell, e o presidente-honorário designado pelo antecessor Laporta, Cruijff, o que faz pressupor problemas para o futuro próximo do clube catalão que deixa a marca nesta conquista espanhola por todos os golos serem de jogadores seus, incluindo o já contratado Villa.
Cruijff que, apesar de holandês do coração (já refeito de choques antigos), elegia Xavi como o melhor jogador do Mundial e provavelmente do ano, em detrimento de, por exemplo, o seu compatriota Sneijder que venceu tudo pelo Inter esta época. Xavi que foi campeão mundial na Nigéria, em sub-20, com Casillas que nem era o g.r. titular então, e Marchena. Iniesta, autor do golo da vitória, vencido no Mundial sub-20 em 2003 frente ao Brasil no Dubai, dedicou o golo a Dani Jarque, inscrito na camisola interior o que é proibido pela FIFA, como Sergio Ramos dedicou, após o jogo, a Manuel Puerta, dois jogadores falecidos ao serviço do Espanyol e do Sevilha, respectivamente, nos últimos anos.
Algo que, mais uma vez, os experts da RTP não conheciam e vem reforçar, como destacavam os jornais espanhóis, que o futebol une mais a Espanha do que parece (mesmo sem deixar que os catalães pensem nos seus interesses e reclamem por mais autonomia, sabendo destrinçar o futebol da política), com um barcelonista a evocar a memória de um rival do clube vizinho falecido no início da época quando o Espanyol rodava por Itália na pré-época. Por tudo isto é bonito, tal como o beijo de Casillas na namorada-repórter, como o seu jogo acutilante e preciso até aos limites da perfeição que nenhuma equipa pode alcançar, este momento espanhol com quem Portugal quererá partilhar a organização do Mundial-2018 que deve ser conhecida dentro de um ano. (actualizado) Hoje mesmo a FPF reagiu assim: fpf-espera-que-titulo-espanha-sirva-reforco-candidatura-iberica-ao-mundial
Assim a Imprensa lusa saiba, enquanto alguns títulos tentam copiar-lhe o grafismo à custa do jornalismo, ser competente como a congénere espanhola que glosou, até ontem, como jornais em Portugal, Paraguai, Alemanha e Holanda foram bestas e repetitivos macacos-de-imitação pela ideia de "tourear" esta Armada Invencível comandada por um señor don Vicente del Bosque.
O polvo Paul, alemão, voltou a acertar, indiferente às bandeiras às riscas que em várias ocasiões se lhe depararam, vaticínios que se fazem o triunfo de um cefalópode, não deixam esquecer os profetas que prognosticavam, mesmo depois da eliminação por 1-0 como os eliminados que se lhe seguiram, que Portugal podia ser campeão do mundo.
Um Mundial de arbitragens muito boas, com excepções à regra em matéria técnica e disciplinar, tomara fosse sempre assim até em Portugal onde a percentagem de êxito, na ordem dos 90 e tal por cento anunciados pela FIFA como por cá a APAF gosta de comunicar, é atribuída a quem fecha os olhos à Verdade Desportiva permanentemente desvirtuada na Liga lusa e agora se abespinha com erros de arbitragem próprios dos incompetentes que em Portugal, mais uma vez, são minimizados.
Um Mundial, para Portugal no 12º lugar em classificação oficiosa, que acaba melhor do que muitos "pintaram", depois da queda acentuada de 2º em 2004, 4º em 2006 e 8º em 2008 que a já final longínqua de Lisboa faz, ainda hoje, por esquecer a muitos a dolorosa derrota dupla com a Grécia, bem mais angustiante do que o duplo desaire com a Alemanha nos últimos Mundial e Europeu, não sendo de deslustrar ter perdido, na África do Sul, com o agora vencedor mundial nem justificar o alarido negativo à volta da Selecção Nacional. Um balanço que cada um pode fazer à sua maneira, acrescento depois de ouvir, no pós-Mundial, com mais críticas a CQ e poucas a jogadores que não jogaram "um corno" e que devem, agora sim, fazer evocar a frase de que nem todos estavam aptos a lutar pela sobrevivência na selva.
Se Portugal não foi mais longe, obrigando-se a superar o Brasil e a Espanha que não se sabia em que lugar calharia no seu grupo, resultou mais da incapacidade dos jogadores com vocação ofensiva. E a crítica, reiterada, a um jogo mais contido remete-nos para o "Adeus África" vaticinado a um ano do fim da qualificação, insensível ao jogo mais espectacular e de ataque demolidor que resultou, em Alvalade com a Dinamarca, numa... derrota que esteve quase a comprometer o apuramento. Mas mais vale cair em graça do que ser engraçado e a argumentação usada para apoucar o trabalho da Selecção é tão destemperada como patética.
..."Mas mais vale cair em graça do que ser engraçado e a argumentação usada para apoucar o trabalho da Selecção é tão destemperada como patética"...
ResponderEliminarNem mais !
Concordo com o AZul Dragão.
ResponderEliminarForça FCP.
visitem sff
http://campeoesfcporto.blogspot.com
Viva Zé Luis,
ResponderEliminarCom a vitória da Espanha "tiras-te a espinha" do Inter retrancão e de Jesus e os seus apóstolos. Como todos os Campeões do Mundo foi quem realmente mereceu. Aquela final, pobre como tem vindo a ser hábito (tirando 98, desde 86 que não se vê uma de jeito)com a Holanda a demonstrar que desde a cuspidela do Rijkard até aos pontapés do van Bommell, há toda uma escola em regressão.
O "Adeus África" de então, com gente desejosa de atirar-se aos despojos, tira agora toda a legitimidade de critica a um seleccionador que tem um grupo minusculo de recruta mas a quem lhe pedem mais do que pediam ao brasileiro que tinha a cavalaria, a infantaria, a força aérea e as tropas blindadas.
A vitória da Espanha fez-me lembrar a campanha da Itália. Apuramento sofrido (mas que lhes deu aquele toque de humildade que parecia que ia faltar outra vez), vitórias pela minima sempre, apesar de todo o arsenal à disposição e uma mentalidade competitiva que nunca nenhum conjunto espanhol apresentou, com uma fortaleza mental impressionante. Desta vez Casillas nao caiu, Xabi Alonso nao sangrou do nariz, Iniesta não foi Cardeñosa à frente da baliza. Todas as fatalidades desapareceram e coroaram a única equipa que nunca jogou em função do outro.
Veremos agora que se essa mentalidade competitiva, capaz muitas vezes de superar problemas tácticos ao jogar contra equipas bem organizadas tacticamente, se contagia ao AVB e à sua nova prole que o FCP também sabe bem o que é viajar por esse país fora e encontrar 11 jogadores à espera do erro do rival.
Um abraço