A falta de rigor, e acerto em geral, da Informação apressada, relativizada e juvenil que se faz por cá com mocinhos de cabeça tonta à falta de gente crescida e com memória além de gosto verdadeiro pelo futebol nas Redacções, trouxe mais uma vez a inexactidão a um facto histórico-desportivo. Que Jesualdo apurou a equipa à 4ª jornada, ontem, como só Oliveira tinha feito.
Que a coisa, agora como então, se chame segunda fase, quartos-de-final (então por haver menos equipas) ou oitavos-de-final (como o FC Porto voltará a jogar em Fevereiro/Março) é de somenos.
Mas em 1999-2000, com Fernando Santos, o FC Porto estava apurado à 4ª jornada, depois de vencer o Molde duas vezes, o Olympiakos (então com k) e o Real Madrid, perdendo no Bernabéu e ganhando nas Antas com bis de Jardel e autogolo de Peixe.
A questão é que nessa altura a segunda fase, aliás pela primeira vez com um novo figurino, constituiu-se como nova fase de grupos. Não se passou directamente às eliminatórias, como com Oliveira e agora com Jesualdo, mas pela primeira vez com 32 clubes a UEFA tinha criado uma fase de grupos (4) antes dos quartos-de-final.
Aliás, o jogo em Chipre, pelas oportunidades falhadas, fez-me lembrar o primeiro em Molde, com Deco a marcar aos 89' de cabeça depois de uma mão-cheia de oportunidades. Depois foi 2-0 a quebrar o enguiço com os gregos, a derrota de 4-2 em Chamartin e os triunfos por 2-1 e 3-1 contra os merengues e os noruegueses. À 4ª jornada o FC Porto estava apurado, porque ao bater o Madrid, o Olympiakos perdeu em Molde (3-2) e até era último, embora acabando em 3º lugar.
Aliás, o FC Porto ficou em 1º no grupo ao ganhar aos merengues que tinham empatado 3-3 no Olímpico ateniense na 1ª jornada. Zahovic até marcou pelos gregos. E só por fazer jogar as "reservas" no último jogo em Atenas, perdendo 1-0, o FC Porto perdeu a liderança desse grupo.
Mas esta falta de jeito da Imprensa Destrutiva já há um ano a tinha ressalvado aqui. Quiseram fazer crer que com Porto e Sporting na segunda fase da Champions era a primeira vez que uma dupla portuguesa o conseguia. Falso, porque o Porto e o Boavista, em 2001, passaram a primeira fase de grupos e disputaram a seguir nova fase de grupos como então se exigia.
A questão não é o patamar para o qual se segue, mas a primeira fase ultrapassada, porque depois o figurino da competição pode ser diferente.
Agora, para dar o essencial da informação, falta vencer o Chelsea. E se vencer os ingleses, Jesualdo será o primeiro, no FC Porto, depois de Fernando Santos na época aludida, a ganhar os três jogos em casa. Porque Oliveira, no final, não conseguiu levar o Milan de vencida com 1-1 nas Antas no último jogo como visitado. E nem Mourinho o conseguiu no ano do título europeu, precisamente por perder em casa com o Real Madrid (1-3).
O seu a seu dono. E o vexame habitual das juvenis e depauperadas Redacções dos meios de informação e secções desportivas. Onde falta talento e conhecimento.
É verdade sim senhor,
ResponderEliminarTambém caí no mesmo erro mas efectivamente nesse ano conseguiu-se o apuramento para a fase de grupos onde, se não me falha a memória, defrontamos o Barcelona e carimbamos o apuramento com aquele golo memorável do Clayton contra o Hertha para depois cair diante do Bayern com um Super-Jardel e um árbitro de baixo nivel em Munique.
Muito bem lembrado também o jogo de Molde. Os nervos pelo menos foram os mesmos, até porque todos venderam o jogo na altura como o mais fácil de sempre e os noruegueses bateram-se bem!
Efectivamente tens toda a razão,
ResponderEliminarTambem caí no mesmo erro mas é verdade que nesse ano logramos esse apuramento ao 4 jogo. Na segunda fase vivemos o mitico golo do Clayton em Berlin contra o Hertha para depois acabar eliminados pelo Bayern, apesar do Super-Mario ter brilhado no Olympiastadion. O arbitro lá fez das dele, como sempre. Hugh Dallas se nao me engano.
O jogo com o Molde é um bom termo de comparaçao. Tinham acabado com o reinado do Rosenborg, que sempre nos calhava, e pareciam faceis mas deram muito trabalhinho. Tal e qual o APOEL.
Cumprimentos
O Molde não cabou com o reinado do Rosenborg, ficou em 2º lugar só que nesse ano dava acesso à pré-eliminatória e afastou o Maiorca por golos fora, salvo erro.
ResponderEliminarSim, foi Hugh Dallas, Jardel igualou aos 89' e um central marcou aos 90.
Sim, o Clayton decidiu em Berlim com um slalom especial.
Ainda o Molde, nas Antas: pontapé de saída do Porto, 30 e tal toques na bola, eles nem tocaram na chincha e Deco marcou antes do primeiro minuto. Depois, Jardel fez 3-0 com um pontapé de baliza e a bola a saltar no relvado e sobrevoar o central para Jardel ficar isolado e marcar.
Peço desculpa pela repetiçao do comentário, pensei que o primeiro nao tinha saído.
ResponderEliminarSim, mais uma vez tens toda a razao, ficou em 2nd lugar na prova nacional. Lembro-me bem do jogo de Munique porque o golo do Jardel dava-nos o apuramento e já estava meia equipa a festejar quando o árbitro marcou aquele livre. A defesa ficou meia a dormir e os tipos não perdoaram.
Foi o ano em que perdemos o Bitri e a boa campanhã europeia notou-se depois na liga, a partir daí o nivel de concentração baixou muitíssimo como se viu em Faro e depois com aquele atraso do Secretário em Alvalade. Mas, apesar de tudo, a nível de jogo, foi das melhores épocas dos últimos anos com o Deco a começar a aparecer no lugar do Zahovic, o Drulovic e o Capucho em boa forma, o Jardel no seu melhor e o meio campo a funcionar bastante bem. Mas também foi o ano onde começaram a chegar muitos jogadores que depois se viram, não tinham estofo para estar ali como o Alessandro, o Duda e o Rubens Jr.
Lembro-me de entao um dos mal-amados dos sócios, o Chainho, ter feito uma temporada bastante boa ao lado do Paulinho Santos, antes da cotovelada do Acosta na final da Taça ter impedido o Paulinho de ir ao Euro.
cumprimentos
Alertaram-me para isto:
ResponderEliminarhttp://www.slbenfica.pt/Clube/Noticias/noticiasclube_jornalobenfica_071109_52897.asp
Vale tudo agora?
Tristes e pequeninos...
BATCdC,
ResponderEliminarnão sei o que é, mas desconfio.
Na semana passada registei aqui o tema, lançado em antecipação noutro blog.
Voltarei ao assunto com tempo.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarÉ simplesmente dos textos mais repugnantes que já li.
ResponderEliminarFica bem à procedência e espelha bem o imenso complexo de inferioridade de um clube cujo último triunfo europeu remonta a uma era onde o governo proíbia os seus melhores jogadores de sair, para nao baixar o nivel competitivo do clube oficial do estado.
Porque perguntem lá ao Eusebio se ir para a Juventus não lhe interessava. E ao RM se perderiam contra uma equipa sem o Eusebio.
Enfim, há coisas que nunca mudam e que cheiram cada vez pior.