21 novembro 2009

O. Azeméis no Mundial-2018!



O chico-espertismo é mesmo especialidade tuga: da disputa dos 15ME do totoloto à sucata nacional. Se na Luz já meteram 3000 adeptos onde tinha 1000 cadeiras, tirem as cadeiras e garantem 120 mil lugares.

Que se lixe o adiamento do Oliveirense-FC Porto. Que se lixe a Taça (o que interessa é o campeonato, vox populi). Algum dia irá cumprir-se o desígnio da Oliveirense receber o tetracampeão nacional no seu quintal (ou batatal). "Entendemos que devia ser este o rumo", afirmou o presidente do clube local, um tal de Godinho, sem querer pagar 20 mil euros de renda para jogar no Municipal de Aveiro e algum regulamento impedir a inversão do jogo e levá-lo para o Dragão.

Não é por este Godinho fazer lembrar o Godinho da "Face Oculta", que a coincidência do apelido vai além do chico-espertismo de ambos. Oliveira de Azeméis até nem fica longe de Ovar, onde aterrou a sucata da política e do pensar nacional, todo virado para negócios só com a pena de não criar riqueza colectiva, apenas para alguns...

O presidente da Oliveirense pode não fazer muito pelo futebol, mas fez sem querer um empurrão decisivo para a campanha do Mundial Ibérico que Portugal e Espanha procuram organizar em 2018 (ou 2022).

Pode um condutor levar multa pesada, eventualmente ficar sem carta e porventura até ser preso se levar passageiros a mais na sua viatura. Se der acidente e correr para o torto tem um imbróglio dos diabos, ainda que uma potencial vítima mortal em excesso ficasse irremediavelmente a perder.

Mas o Godinho da Oliveirense não. Tinha uns 1600 lugares, sentados e numerados. Não por recreação desportiva ou gozo de jogar com números. As regras mandam que assim seja. Evita-se overbooking, o que dá má fama às companhias aéreas. Mas no futebol nada dá má fama. Os lugares sentados e numerados são uma forma de conforto, dentro do possível e das condicionantes climatéricas. Mas também uma forma de segurança. Mas o Godinho da Oliveirense, com a cupidez própria do tuga mais rasca, tirou as cadeiras para duplicar a lotação.

Eureka! Deêm um estádio novo a este homem, que ontem disse andar a "pedir à Câmara" há anos em nome de uma estrutura desportiva e profissional do seu clube sob pena de regredir para os escalões amadores e distritais. Um de 20 mil lugares, numerados e sentados. Ele arrancará as cadeiras e facilmente duplicará a lotação. Oliveira de Azeméis tem todas as condições para receber jogos do Mundial em Portugal.

Porque não? Em nome de Portugal, o Benfica pode tirar as suas cadeiras e voltar aos antigos 120 mil lugares que se dizia que levava a Luz. Os 127 mil de assistência no Mundial-91 de sub-20, para gozo de Queirós, seriam uma atracção fatal para levar a FIFA a desviar a final de 2018 de Madrid para Lisboa.
Afinal, na Luz já meteram, também sob a impunidade das autoridades e nenhum castigo além de simples multa de umas centenas de euros, como quem bate num árbitro-auxiliar, uns 3000 adeptos do FC Porto onde só havia 1000 cadeiras. Nem foi preciso arrancá-las...
A Oliveirense vai ter de voltar a gastar parafusos e repor as cadeiras nos seus lugares. Terá de pagar o policiamento para um jogo que não se realizou. Mais umas coisas de organização de jogo, árbitros, água e luz pelo menos nos corredores e retretes, porteiros. Talvez os cerca de 2000 corajosos - curiosos! - que enfrentaram o mau tempo mas não tiveram de sentar o cu em cadeiras molhadas e sujas, não tenham dado para a despesa. Mas isso não importa. A Oliveirense há-de receber o primeiro grande no seu quintal.

É despiciendo lembrar como este clube, porventura, podia ter descido de divisão e de volta ao lugar de onde veio, um ano antes, no futebol nacional. Nem de propósito, foi nomeado para este jogo da Taça o árbitro Bruno Paixão que, ali mesmo, aí por Abril ou Maio, expulsou o treinador da Oliveirense do banco, num jogo da Liga de Honra. Mas não identificou bem que treinador: o principal?, o adjunto?...
Por isso, como o condutor que leva ocupantes a mais na sua viatura, Bruno Paixão levou uma apreensão registada por parte da CD da Liga de Clubes.

Quanto ao protesto do Gondomar, que reclamava derrota da Oliveirense por o seu treinador, alegadamente expulso, ter voltado ao banco no jogo seguinte, ficou em águas de bacalhau, com a equipa do "coração de ouro" conotada com o "Apito Dourado" e o clube de onde é originário o presidente da Liga alvo da parcimónia da instância disciplinar dessa tasca mal frequentada - tal como os poderes máximos da justiça deste país conferem aos mais poderosos e especificamente a quem está no poder uma protecção que é invisível para o comum dos mortais.

Se não fosse o caso dramático de um casal não conseguir distribuir-se a sorte de partilhar 15ME de um totoloto em cheio, diria que Portugal é um país de azar. O nosso. Porque nem a sorte que nos sorri dá a felicidade. Só sucata: moral, legal e de tédio. E suspiramos por um Mundial.

22 comentários:

  1. Porque é que a Oliveirense deveria pagar 20 mil euros para mudar o jogo para Aveiro?

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  2. Realmente.. é mais um episodio insólito no nosso futebol.. camada de dirigentes incompetentes que não têm “tomates” para tomar uma posição seja ela qual for, é só deixar as coisas correrem. Por mais que o FCP insistisse que aquele pântano é impróprio para a pratica do futebol. Hoje ainda vem na capa o palhaço do Hermínio Loureiro a dizer que o “futebol português está diferente para melhor” HAHAHA ainda bem que não se vai candidatar.

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  3. Ainda bem que imperou o bom senso.

    Lamentável a atitude da FPF, a quem competia tomar medidas, especialmente depois das críticas proferidas relativamente às condições encontradas na Bósnia.

    Lamentável também a LPF permitir jogos da Liga Vitalis em circunstâncias análogas.

    A crise dos dirigentes é evidente. Grassa a incompetência nas mais altas esferas dos organismos oficiais do futebol nacional.

    Caricato o facto de se remover as cadeiras na tentativa de duplicar (ou triplicar?)a lotação do estádio, com a conivência da FPF.

    Um abraço

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  4. Luís, esses 20 mil €, eram o custo do aluguer do estádio de Aveiro..

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  5. a cara de pau do Orelhas corrupto
    http://oantilampiao.blogspot.com/2009/11/cara-de-pau.html

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  6. "Não entendo o sentido do teu post Zé Luís".

    Não?

    Mais explícito é difícil.

    Talvez se o Miguel Teixeira, ou muitos dos que bitaitam sobre futebol, fossem de vez em quando a um estádio e se possível daqueles do antigamente, das piores condições, para sentirem na pele o desrespeito pelos espectadores.

    Eu não mencionei a questão do relvado, nem o vi, não ia ver o jogo na tv e mais lama menos poça de água aquilo ia dar pontapé para a frente. No final, independentemente do resultado, alguém muito moralista viria dizer que é difícil jogar assim, o futebol não poderia ser melhor etc. e tal.

    Mas só falei no atentado ao bom senso e na chico-espertice de retirar cadeiras para duplicar a lotação.

    Ou sou muito exigente ou alguém tem dificuldade de entendimento, quiçá porque não sente na pele o que é ir a campos sem condições algumas.

    Moral da história: a chico-espertice tem mesmo muitos apaniguados em Portugal. Por isso esta choldra é como é!

    Eu não me surpreendo.

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  7. Se muita gente fosse a estádios/campos das pequenas cidades ou vilas saberia o que são condições inumanas para espectadores. Claramente, pode haver muitos adeptos de futebol, mas realmente só uma minoria vai aos estádios. E sabe/sente na pele o que são más condições para os espectadores.

    Fora o atentado de violar os regulamentos.

    Que se fodam os regulamentos, não é? Existem para quê? Exige-se cadeiras para quê?

    Se jogaram lá em péssimas condições de campo alagado no jogo anterior, quer dizer que assim é que está bem?

    Vão dar banho ao cão! OU encham-se de pulgas!

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  8. Jorge Jesus, em que eliminatória da taça é que o benfica vai ser eliminado?

    http://i35.tinypic.com/10xdjiw.gif

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  9. Miguel, também esfolei as pernas em pelados e não tenho saudades algumas.

    Estamos no século XXI, para quem ainda não entendeu. Pode não haver tecnologias para os árbitros, mas não se deve adbicar do conforto dos espectadores (eu não o faço) nem da qualidade dos campos.

    Está visto, pela tua resposta, que não sabes o que são campos sem condições para espectadores.

    Quanto ao futebol que poderia ser jogado, partilhas a visão do treinador da Oliveirense.

    Está tudo (quase) dito.

    Há regulamentos e exigências.

    Tem de haver decoro e alguém ter vergonha na cara.
    Isto que se quer fazer em O. Azeméis é um atentado ao bom senso.
    Um atentado ao futebol.

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  10. Época 1985/86

    Estádio das Antas

    Jornada 30 e última.

    Jogo do título

    FC Porto 4-2 Sp. Covilhã

    Assistência: Perto de 90 mil pessoas.

    Onde eu estava? Na arquibancada. Ao intervalo, queria ir mijar e não consegui porque estava tanta gente que ninguém se podia mexer.

    Falemos de cadeiras e de segurança.

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  11. No que isto deu, quer dizer que neste país não se pode ter um grau de exigência alto, isso é logo levado a mal pela "concorrência". Associam logo esta recusa do FCP em jogar com aquelas condições ao facto de estar contra o hermínio loureiro. São sempre teorias da conspiração, sempre que o FCP está envolvido, registamos mais uma vez. Facto: o campo (lamaçal) está impraticável, mesmo que a Oliveirense jogue lá na Vitalis. É verdade também que sendo um oliveirense Aliados ou outra equipazita qualquer, o jogo teria sido realizado. Sobressai de isto tudo que também aqui o FCP está muitos furos acima dos outros, porque a juntar a este protesto, também do Jamor se tem queixado. Mas há quem até ache piada jogar num galinheiro daqueles como o da Oliveirense. Exigir condições dignas é pecado ? Tentar ou alertar para a mudança para local mais capaz também é crime ? Na verdade só lamento que a Oliveirense que (tal qual o clube da minha terra) desespera por encontrar um dia um grande na Taça, veja agora ir por água abaixo essas expectativas e tornar-se antes pelo contrário um verdadeiro pesadelo. Queria ainda fazer uma correcção Zé Luís, os jogos da Taça são organizados pela FPF, que tem a responsabilidade na cobrança de bilhetes, mas também de assumir os custos com o jogo, nomeadamente arbitragem, policiamento e assistência médica, os tais 20 mil para utilizar Aveiro eram mesmo só para o aluguer das instalações.

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  12. Época 1985/86

    Estádio das Antas

    Jornada 30 e última.

    Jogo do título

    FC Porto 4-2 Sp. Covilhã

    Assistência: Perto de 90 mil pessoas.

    Onde eu estava? Na arquibancada. Ao intervalo, queria ir mijar e não consegui porque estava tanta gente que ninguém se podia mexer".

    POis, caro amigo. Também eu lá estava. O meu problema é que tinha de sair ao intervalo. Tinha de ir trabalhar... para náo chegar muito atrasado. Tinha tolerância de ponto.

    Mas não tinha meio de sair. A pensar que seria mais fácil, fui para a Superior Norte. Não adiantou. Nunca tive tantas dificuldades para sair de um estádio como naquele dia. Foi horrível. Ainda por cima, saí já com a 2ª parte a começar porque demorei muito a furar aquele mar de gente. E o Porto perdia por 1-2...

    Antas, final da Taça de 1977. Porto-Braga. Superior Sul. Gente a mais, urinei na bancada. Era porco mas aliviava, não havia hipótese. Não fui o único. Todos tiveram de gramar o mau cheiro, mas quando não há remédio, remediado está.

    Não é possível falar-se das mesmas más condições de segurança e de higiene hoje em dia. É uma vergonha esta imposição da Oliveirense, mas eu acho mais uma vergonha dos poderes institituídos fecharem os olhos a esta situação de tirar cadeiras para meter mais gente. É indigno para as pessoas. É absurdo para os clubes: afinal, instalaram as cadeiras por imposição dos regulamentos a partir do momento em que ascenderam ao futebol profissional. Na II B ou III Divisão não são obrigados a ter cadeiras. E é surreal que a Oliveirense queira aumentar receita, duplicando a lotação a custo da segurança e comodidade - e até um certo asseio, mas já sabemos como são certos trogloditas - em vez de procurar outro recinto para, em vez de 3600 pessoas, terem 7200 num estádio com condições.

    O giro vai ser na nova data, uma 4ª feira provavelmente, fazer o jogo às 14.30h. Quanto gente irá ter? Ou, por fim, vão procurar campo iluminado, para jogar à noite (TV oblige), e decerto capaz de receber espectadores condignamente?

    A questão do relvado nunca se põe, mesmo se em condições, para muitos clubes pequenos. Não se pôs com o Monsanto, nem com o Pescadores C. Caparica. Queriam mais gente e precisavam de um estádio condigno. Não só pelo jogo em si, mas pelo nível do adversário e o respeito pelos espectadores.

    Quem não entende isto não gosta de futebol. Como o treinador e presidente da Oliveirense, duas figuras lamentáveis no que resta do anedotário ridículo do futebol português. Mais os comentários idiotas de quem acha ser isto uma questão de novo-riquismo e de o FC Porto ter um estatuto que lhe permite fazer pressão.

    Se isto serve a Oliveirense para também pressionar o poder local e ter um estádio, demonstra que a invisível II Liga tem, para jogar-se nas condições terríveis das últimas jornadas, de merecer também outra visibilidade. E merecer o estatuto no futebol profissional.

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  13. Há por aí uma corte de engraçadinhos que fazem comparações com situações de outros tempos e com outras condições. No campo tal foi assim, no estádio tal foi assado, e por aí fora.

    Em vez de aproveitar-se para acabar com estas situações diz-se que como tal já sucedeu ou ainda sucede deve ser sempre assim.

    É este o nível de exigência de adeptos portistas que, ao nível do futebol competitivo, dizem que a sua exigência (com assobios e críticas descabidas ou mesmo idiotas) é que faz o FC Porto ser melhor, jogar mais e ganhar mais vezes. Enfim, cada qual acredita no que quiser.

    O tontinho do treinador da Oliveirense parece que se lembrou da Intercontinental em Tóquio em 1987. Podia ter-se lembrado de Heysel, em 1985. Ou de Bradford e Hillsborough, em 1989. Eu já vi pessoas a caírem como tordos e em risco de lesões sérias num Espinho-Benfica nos anos 80 com a rede de galinheiro a ceder perante o peso das pessoas. Já vi jogos com pessoas aglomeradas até às linhas do campo. Já vi, mas não quero ver mais. Nem tal seria hoje permitido.

    Em Tóquio, onde começaram a jogar-se as finais da Intercontinental em 1980, nem antes e muito menos nem depois voltou a registar-se um fenómeno climatérico como em 1987. Foi a única final disputada sob neve e porque no próprio dia as condições do tempo agravaram-se. Nunca tal sucedera nem voltou mais a acontecer. Acresce que, num jogo praticamente por convite, com tudo planeado, pago e decidido, foi com o acordo das equipas que se jogou. Não adiantava esperar pelo dia seguinte porque o campo não estaria melhor. Não podia esperar-se indefinidamente, nem voltar a percorrer meio mundo, uns da América do Sul, outros da Europa, para ir ao Japão jogar um jogo. Felizmente, nunca mais tal voltou a suceder. Mas não é exemplo para se atirar ao ar à toa.

    Isto só serve para encapotar a situação real que se vive naquele campo de O. Azeméis. Há um crime público, mas estamos a falar do tempo e da agricultura num batatal.

    É o nível a que isto chegou.

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  14. Fala-se que o Estádio foi licenciado pela Liga para a disputa de jogos da Liga Vitalis e como tal reunia todas as condições para o jogo.
    Mas esse licenciamento feito para um estádio de 1600 lugares também é válido para um com 3000 lugares após serem retiradas as cadeiras?!
    Então eu tenho um carro, que foi homologado para circular na via pública.
    A seguir, tiro-lo o escape, ponho umas antenas todas catitas, e uns pneus "racingues" e é-me permitido na mesma utilizar o dito veículo?!!

    Exemplo: amanhã o "relvado" (que me desculpem os relvados) apanha um fungo qualquer (pior não ficaria, mas pronto), desaparece, e mesmo assim, bora lá jogar, porque este recinto foi "homologado"!!

    Bem-vindos ao Burkina Fasso, meus senhores (com todo o respeito por esse país).

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  15. Ó Miguel, eu chamarei idiotas a qualquer um e a toda a gente que ache esta situação normal. E se não gostarem, pois ficam com o azedume que tenho por esta situação vergonhosa que quer--se branquear em nome dos coitadinhos, fechando os olhos a regulamentos e, pior, ao mais elementar bom senso.

    O FC Porto não teve problemas em jogar dois anos seguidos no Sertanense. Faz birra só porque é a Oliveirense ou, como manda a teoria da conspiração, só porque é o clube da terra do presidente da Liga? Não, este é o clube estranhamente favorecido numa questão disciplinar grave na luta pela permanência com o Gondomar. Mas a isso ninguém liga, aliás mal foi noticiado e o pouco que foi passou despercebido porque ninguém contextualizou.

    Tudo fora do seu contexto tem uma textura e um gosto muito especiais. Bem ao sabor das pacatas gentes portuguesas que contemporizam com tudo.

    Idiotas de todo o mundo, uni-vos. O Zé Luís nunca andará convosco. Antes só que mal acompanhado. E enquanto me apetecer, chamarei idiotas a quem bem entender. Goste ou não. Quem não está bem, põe-se. Esta situação mexe comigo, protesto. Não tenho de gostar e muito menos de acatar argumentos estúpidos que só gente estúpida pode quer encarar como "naturais".

    Pronto, Miguel, tens bom remédio. Aqui estamos em campos diametralmente opostos. Nem é por política, por clubite, por dinheiro. É por princípios. E estes, como os regulamentos, nunca são alterados nem subvertidos. Muito menos subvertidos. Em nome dos coitadinhos, dos pequeninos, da miséria existencial há outras boas campanhas para fazer, humanas e dignas, às quais ajuda como posso mas sempre com gosto e sentido de partilha.

    Este País é uma merda, mas estamos no século XXI. É governado por vigaristas, mas há uma réstea de liberdade para protestar. Enquanto os tribunais não cederem perante a opressão do poder, como vem sucedendo. A identidade de ser português não me sai e nem que vivesse do outro lado do mundo - onde já estive e, felizmente, mal chegam as notícias desta terra - ficaria imune a este sentir português de pequenino e caricato.

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  16. Miguel, repetidamente, continuas a não querer ver que não menciono o relvado, apenas a dignidade devida aos espectadores, que pagam, e que em Espanha se trata por "el respectable". As condições que a Oliveirense oferece ao FC Porto nos balneários e nos corredores passam-me ao lado.

    Eu preocupo-me com outras coisas.

    Num ervado daqueles decerto tu e outros falariam da qualidade do futebol produzido. Eu já não.

    São as diferenças.

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  17. Silvestre concordo inteiramente com o seu comentário... e concordo com o que diz o Zé Luis no post... não é possível melhorar se não se for exigente: não se pode andar a criticar que não há jogadores para dar à selecção, e há equipes sem fim que não pagam aos jogadores porque não há receita no futebol português, e achar que está bem aproveitar "a lotaria" de receber um grande para resolver os problemas de fundo, obtendo uma receita que não vai resolver nada...
    Taça não é jogar em qualquer campo, taça é jogar futebol em qualquer campo. Para isso é necessário que no tal qualquer campo se possa jogar futebol

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  18. Efectivamente o relvado não entra nestas contas, há jogos que são disputados em grandes estádios com relvados vergonhosos (lembro-me bem do tapete de Alvalade, por ex..).

    Um clube que retira cadeiras para aumentar a lotação e assim burlar os regulamentos que homologaram a utilização do seu recinto deveria ser punido de forma exemplar. A chico-espertice compensa sempre em Portugal e esse é o problema. Que a Oliveirense nao queira, por iniciativa propria, alugar outro recinto, azar o deles. Cabe à organizaçao da prova tratar de oferecer aos dois clubes - sejam eles quem forem - as melhores condiçoes. E garantir que se cumprem os minimos requitos de segurança. Aquele estádio em que a Oliveirense queria jogar nao tinha condiçoes para um jogo oficial. Ponto final.

    Podem até marcar o jogo para o Algarve e encher o estádio de adeptos da Oliverense "desde pequeninos", mas seja onde for o jogo, este nao deveria suceder sem o clube anfitriao receber uma puniçao exemplar por tentar alterar as regras e receber uns trocos a mais por isso. É nessa mentalidade saloia que está o problema.

    Porque se a Oliveirense estivesse nas provas europeias e fosse receber o Man Utd ou o Barcelona, nao se atrevia a tirar nem uma cadeirinha. Porque sabia que lhe iam cair das boas...como é a FPF, está tudo dito.

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  19. Não me desloquei ao recinto da Oliveirense e não foi não poder ir, em primeiro porque achei que devia estar ao lado da equipa de hoquei que jogava no nosso pavilhão e depois porque já previa este género de desfecho.

    Só me espanta que mesmo depois do comunicado do FC Porto relativo ás condições do relvado, e informava que ia devolver todos os bilhetes pois não estavam reunidas as condições de segurança, visto que pela estimativa se vendessem todos os bilhetes não haveria lugar para todos.

    Entre o Pateta do presidente e Palerma do treinador, da oliveirense, o discurso foi mudando consoante o decorrer das situações senão reparem:

    1. Relvado vai estar bom no dia de jogo
    2. Vamos aumentar a lotação de maneira a termos casa cheia(assim ficava posta de parte a ida para outro estádio, distrito de Aveiro deve ter o maior número de estádios por freguesia do País.)
    3. Tentamos ver se dava para marcar o jogo no Dragão (sabia o presidente perfeitamente que os regulamentos não o permitiriam e o FC Porto nunca aceitaria.)
    4. Hoje chove muito mas ainda estamos a ver se é possível haver jogo tudo depende do Arbitro(nem uma palavra sobre as bancadas)
    5. Achamos que a decisão só é esta devido ao facto de se tratar do Porto (palavras do presidente e treinador a meio da tarde em Oliveira de Azemeis).

    Na Oliveirense está tudo à espera que lhes seja "dado" um novo estádio, esta é a altura certa para se fazer notar, já agora aproveitem e peçam um pavilhão (pavilhão esse que não conseguiu receber um final four em hoquei porque não reunia condições mínimas de segurança, isto foi no ano passado).

    Fica a sensação depois de ler pela blogosfera que o FC Porto nem se apresentou em Oliveira de Azemeis e perdeu por falta de comparência e que tudo o que dizemos são desculpas para não jogarmos no Heysel Park português.

    Um abraço

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