Notícias (como diz o outro) "às bochechas", apesar de muitas, variadas e qual delas a mais pateta... Dos treinadores para o FC Porto (e as deixas que dizem) às birras com Carlos Queirós
Uma pausa no normal andamento da Liga, outra entre os dois jogos do play-off com a Bósnia. Nos entretantos, muitas notícias e a roda de desinformação costumeira, com a boataria no futebol a ganhar mais terreno do que na política em que se fala mais do que se escuta (apesar do que se lê...).
Ele era, no início do ano, o Paulo Bento que substituiria Jesualdo Ferreira no FC Porto. Depois, Jesualdo ia, obviamente, quedar-se no Dragão e foi preciso Paulo Bento deixar, na sua aparente tranquilidade, Alvalade para voltar a repisar-se o tema e obrigar o ex-técnico leonino a, respeitosamente, pedir por favor para não insistirem, em nome do bom nome do técnico portista e da valia do seu trabalho e do muito que conquistou também facilmente esquecido pelos adeptos dos dragões.
Chegou, depois, a ser (aventado) Jorge Jesus. Como antes dele, em Braga, chegou a ser Jorge Costa, entretanto passado para o Olhanenses e já na espiral descendente que tem marcado a sua passagem por cada clube.
Dos gajos de megafone, com receio de não serem escutados, alvitrou-se o Lobo das tácticas para dir. téc. do Sporting. Melhor fica o Santos de pau carunchoso, com antena alargada para melhor espalhar a confusão: espanta as mentes mais frágeis e, meses depois, repisa que era Jorge Jesus que Pinto da Costa queria no FC Porto. O fala-barato está no mercado que lhe convém, em alegre ambiente de feira com ciganos e fulanos para todos os gostos, de altifalante na mão: "O Benfica assustava o Sporting pelo seu jogo e agora assusta o FC Porto".
Querem convencer que o FC Porto se engasga porque, à distância, teme o Benfica. Pensam que isto é tudo a CD da Liga a aplicar suspensões por "ouvir"...
Ainda há quem meta medo às criancinhas e, de argumento em argumento, chegou-se, obviamente, ao ponto de se apontar a recusa de André Villas-Boas (agora é com dois "l", mais fino do que quando estava no FC Porto) como uma "encomenda" portista e entrega assegurada no Dragão daqui por uns tempos quando Jesualdo estiver a prazo outra vez.
A feira dos treinadores anda assim, da da Vandoma no Porto à dos Relógios em Lisboa. Pinto da Costa é o culpado de tudo, até de ter sido escutado oito meses e dezenas de cassetes gravadas sem ninguém elevar a voz em nome do segredo de Justiça e da protecção que cada cidadão merece num Estado de Direito. Já José Sócrates basta queixar-se de ter sido escutado quatro ou cinco meses enquato PM, clamar pela protecção do cidadão (quase com os mesmos direitos de PdC e até de mim) devidamente acautelada num Estado de Direito e tem os poderes máximos do edifício da Justiça, aquele com condes, viscondes, marquesas e duques na descrição do despreocupado PGR apreciador de literatura de cordel, a defenderem a sua honorabilidade sem margem para dúvidas. À moda das sentenças apressadas e sem suporte jurídico legal da Liga de Taberna no pífio Apito Final, um artista manobrado politicamente diz que queima as escutas ao PM, enquanto o sonso beirão da PGR garante que quer acalmar a turba.
Depois de terem posto a correr a ideia, já de si a sugerir velocidade, de que o vendaval do futebol benfiquista - com mais de 50% dos golos em bolas paradas são agravante ou atenuante? - afectava o FC Porto, depois de ter reduzido o Sporting a cinzas ainda antes do primeiro embate directo, reforça-se a ideia de que Jorge Jesus é que era o treinador para o FC Porto.
Entretanto, começam as notícias para o próximo mercado. A feira está em andamento, vai deslocalizar a sua área de anúncios mirabolantes. Farías podia sair em Janeiro e já é dado como possível que venha a renovar. O que contraria, logo aí, a ideia feita de que, na parceria com Falcao, sendo algo similares no seu jogo, seriam incompatíveis. Só os camelos da SAD portista não vêem, que não faltam mirones atentos e especialistas a avalizar que não podem jogar juntos nem dão resultado. Porquê? Porque são baixos, ou têm a mesma estatura. Coitados do Tevez e do Rooney na época passada e do burro do Alex Ferguson que não mirava de alto a baixo os gajos do Liverpool (Torres e Kuyt) e do Arsenal (van Persie e Adebayor) e do Chelsea (Drogba e Anelka).
Medimos tudo a metro. Poucos lembram ou têm noção do "quartilho" ou "alqueire". Mas temos ciente que tamanho é documento. Daí à masturbação intelectual é um passo como a da prostituição intelectual explicitada por José Mourinho. Nada escapa à nossa análise lúcida e sagaz, avinagrada com ressentimento e muita cultura autodidata. Sabemos tudo de futebol.
Se o FC Porto, a tropeçar com suspeita fadiga no Outono, ainda teria como termo de comparação a forma arrasadora da última fase da época passada, a verdade é que as intermitências do seu jogo são iguais às desta mesma fase na época passada. Contudo, os militantes da aflição, nas vestes especiais do tremendismo que anuncia o apocalipse, já dão tudo como perdido e insanáveis as deficiências estruturais. Conjuntura, para eles, é como o repetido anúncio da "crise vai passar" e "olhem como a economia não caiu tanto como previsto".
Já o Benfica, ribombante para alguns que confundem foguetes de feira com foguetões espaciais, não tem muita diferença de agora para a fase de há um ano: era líder (e agora partilha a liderança mas é segundo) e jogava que se fartava, pelas crónicas de então. O novo Mourinho era Quique, agora parece ser Jesus. Villas-Boas continuava a ser o moço do bloco de apontamentos, no Inter, sobre os posicionamentos nos cantos e as saídas de bola estudadas nos adversários. Agora também era treinador para o Sporting e, prometido, até para o FC Porto. Se mesmo um tradutor chegou longe, porque não um estudante de estatística?
Foi pena o mago Azenha ter dado a ver muito cedo que uma coisa é teoria, outra a prática. Há um ano, lembram-se?, era o substituto já apalavrado para Jesualdo para o qual, como adjunto por dois anos, foi a mais-valia que justificou os triunfos. Nada como especializar-se em robótica e domótica para vender casas de luxo e mudar de ramo. Outros macacos se perfilam. Haja anúncios na tv, apesar da legislação proibir animais em circo a breve prazo.
Parece que também a Selecção tem, em seu prejuízo além da estafante tarefa de reconstrução de identidade, forma e substância, um termo de comparação, só não estou a ver se é da última campanha protagonizada de forma agoniante. Tão claro é que o culto à Senhora do Caravaggio fez refém uma certa idiosincrasia jornaleira. Fosse Liedson a fazer pelo Sporting uma extraordinária jogada a solo para a estourar, estouvado, na bancada, e só isso valeria três golos e uma viagem calma à Bósnia. Assim, dizer mal de uma equipa que andou aos trambolhões na última qualificação e ameaçada de exclusão até ao último remate errado da Finlândia no jogo derradeiro em 2007, sobre os 90', até parece fácil se esse clamor milagreiro viesse do tempo do obscurantismo de sotaque e da outra feira de lugares-comuns onde se venderam muitos panos, bandeirinhas com "pub" e clientela certa para as velinhas às vitórias por meio-a-zero.
Por outros zunzuns de mercado, o Benfica continua com laterais adaptados, tal como há um ano aliás, quando os resultados e um alegado futebol vistoso, com Reyes no altar e Suazo em cada jogo, tapavam as deficiências estruturais só denunciadas quando as coisas começaram a correr mal. Parece que o lateral-direito brasileiro de quem já se esqueceu o nome, dos primeiros a ser contratado, voltou a casa incógnito depois do anúncio de feira que lhe deu as manchetes de artigos assim berrados no passado. O argentino para a esquerda também está arrumado na prateleira do esquecimento, em nome da exaltação dos que jogam e contratados pelo dir. des. Rui Costa que também arranjou Schaffer mas não para todo o serviço. Já se fala numa ida ao mercado para um lateral-esquerdo. Agora também se fala em mais um avançado e de preferência outro como Saviola. Será para uma dupla Sa-Sa como a Fa-Fa do Dragão?
Parece que nem tudo, afinal, é perfeito. Nem no que se aponta como modelo.
Voltando aos treinadores e modelos, o "seu" presidente José Pereira sai tanto a terreiro quando há "chicotadas psicológicas", chamando "nomes" de amador e paraquedistas aos gestores do futebol, como o ministro SS em defesa de Sócrates alvo de "campanhas negras" e "escutas" insensíveis ao ouvido humano que só os meandros da política à portuguesa, cagando-se para o segredo de Justiça (sic), sabem decifrar.
Os treinadores portugueses são tão bons, diz JP, que são tão desejados lá fora como cá dentro. Das oito ou nove mudanças de treinador na I Liga, metade deles saíram de um lado para outro sem passar pelo fundo de desemprego. A "elite" está estabelecida, outros que se reformem. Ou há os "percursores" de Mourinho, como eram Luís Campos, Vítor Pontes e até o Carvalhal, ou os "novos" Mourinho", como Villas-Boas ou até Domingos, sem esquecer Jesus. Quanto a ética, vai lá vai, até a barraca abana. É a ética republicana de que dá mostras o poder político em nome do velho ditado: olha para o que eu digo, não para o que eu faço. A Liga do Taberneiro é bom exemplo também.
E é nisto, de futebol, futebol e futebol, que o Povo se revê. À espera do Dia Seguinte, do Tempo Extra. Sem nunca se redimir.
Para complementar a crítica ao boato do Villas-Boas "preso" pelo FC Porto, eis Pinto da Costa:
ResponderEliminar"No discurso de encerramento da segunda gala anual dos Dragões de Leiria, Pinto da Costa voltou a desmentir as notícias de que o F.C. Porto teria sido responsável pela permanência na Académica do treinador André Villas-Boas, que era pretendido pelo Sporting, devido à alegada existência de um pré-acordo com os portistas.
"Era uma maneira de tentar atingir o F.C. Porto e destabilizá-lo. Quando as pessoas têm isso como uma autêntica paranóia e sonham como hão-de inventar, caiem no ridículo de, em primeiras páginas - talvez por falta de escutas para esse dia -, porem noticias como essa", afirmou.
in JN
Os cães ladram e a caravana passa..
ResponderEliminarPdC falou à PdC. Curto mas com a mensagem bem explicita.
Abraço
Zé Luís :
ResponderEliminar..."Mas temos ciente que tamanho é documento."...
É como dizes.
Realmente algumas cabeças só servem para usar chapéu !
Ou , se calhar , nem para isso !
Um abraço
Zé Luís mais uma vez um texto com tudo, com todas as chamadas de atenção e sempre muito atento ao que se vai passando nos pasquins jornaleiros.
ResponderEliminarO jornalismo de investigação não passa de duas palavras que esta corja "apenas leu" nos tempos de faculdade, visto que rapidamente substítuiram este conceito pela idiotice, ideias feitas e noticias sem fundamento basta que se adicione uns ditados populares passa rapidamente a noticias com letras garrafais e a verdades absolutas.
Andamos a ver uma campanha do bota-abaixo em relação à seleção, passaram a ideia que a Bósnia(equipa fraquinha que conta com tantos títulos europeus e mundiais quanto Portugal)é uma equipa fraca e que bom bom era o "xocolari", porreiro foi a trompete do "cheira bem" isso sim é bonito.
Depois acham que todos os negócios que acabam por abortar, são por culpa do FC Porto e claro está não faltou a frase do costume "FC Porto trama Sporting..."
É que nem se lembraram se o Sporting tem dinheiro para comprar "Vilas" Boas(para mim não há cá modernices), foram logo ao arquivo de invenções e pimba toca a malhar no FC Porto.
E nem duvidem que estar nas boas graças da comunicação social é sinal de emprego seguro, senão vejamos não vai muito tempo que bastava acontecer uma chicotada num clube e logo os nomes dos sucessores referidos eram sempre os mesmos.
E depois esta moda de meter os comentadeiros nos clubes de futebol é no mínimo ridícula.
O que os jornais não conseguem fazer...
Um abraço
http://www.ojogo.pt/25-270/artigo833157.asp .. Jesualdo abre a pestana. Ainda na semana passada, surgiram noticias de interesse por parte de clubes espanhois, agora são os ingleses. Jogadores formados no clube com qualidade para jogar existem, preciso é um treinador capaz de os colocar a jogar. Este se fosse argentino, uruguaio ou colombinao, era titular de certeza!!
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