03 novembro 2009

Nos Oitavos à boleia de Falcao

APOEL 0 - 1 FCPORTO
Falcao ( 84' )
Equipa: Helton, Sapunaru, Alvaro Pereira, Rolando, Bruno Alves, Fernando, Raul Meireles, Guarin ( Tomás Costa ( 83´), Rodriguez ( Farias 69'), Hulk e Falcao ( Belluschi 90 ')

O FCPorto conseguiu carimbar a passagem aos oitavos de final da Champions League, beneficiando também do empate do Atlético de Madrid, o que lhe dará uma tranquilidade para enfrentar os próximos dois encontros que ainda tem de jogar. Agora o objectivo até ao final será mesmo a conquista, sempre importante, do primeiro lugar, o que poderá se resolver já na próxima jornada.

Mas, apesar do apuramento, e da vitória, mais uma vez, o FCPorto não realizou uma grande exibição, muito antes pelo contrário, continuando com alguns defeitos que já veio demonstrando nos campos nacionais, sendo preocupante o número de oportunidades falhadas pelos seus jogadores.

Com as entradas de Guarin e Falcao, a equipa portista até entrou bem, logo no primeiro minuto, uma bonita jogada de ataque acabava com um remate, embora sem muito perigo, de Raul Meireles.

A equipa cipriota começou a querer demonstrar interesse em jogar virada para o ataque, pressionando muito, jogando muito em cima do meio campo portista, mas isso, ao mesmo tempo, demonstrava as suas debilidades defensivas.

O FCPorto não se pode queixar de falta de espaço para jogar, o que se pode queixar é do aproveitamento, ou melhor, do não aproveitamento que fazia com esse mesmo espaço, à equipa portista onde havia força, faltava criatividade e objectividade nas acções ofensivas.

Mais uma vez, o FCPorto apresentou um futebol mastigado, com a equipa a parecer demasiada presa tacticamente, e, claramente, com uma falta gritante de eficácia no ataque. Desta vez, o FCPorto não tinha um autocarro pela frente, mas as dificuldades mantinham-se.

Aos 30 minutos, Hulk protagonizou a jogada demonstrativa do que o FCPorto fez, durante toda a primeira parte, equipa ganha a bola no meio campo, aproveita o espaço, Hulk isola-se, caminhando completamente sozinho, e, apenas com o guarda-redes na sua frente, perde-se em fintas perdendo a melhor oportunidade de golo.

Na segunda parte, o APOEL já se fechou mais, o que dificultou, ainda mais, as acções ofensivas do FCPorto. Sem imaginação, sem criatividade, o FCPorto lutava muito, tinha uma atitude aguerrida, o maior ponto positivo da equipa, mas faltava um pouco de lucidez e objectividade ofensiva.

Jesualdo Ferreira lançou Farias, tirando Rodriguez, pondo em jogo a táctica alternativa, o 4x4x2, a equipa começou a criar mais perigo, Hulk, até ao momento realizando uma exibição muitos furos abaixo do que já se viu fazer, começou a soltar-se, as oportunidades começavam a surgir mas a dupla de avançados não encontravam o rumo certo para o golo.

Já depois de ter trocado Guarin por Tomás Costa, numa bela jogada de ataque, com Hulk a dar em Farias e este assistir Falcao, o colombiano carimbou, definitivamente, a passagem aos oitavos de final, à custa de um golo à verdadeiro ponta de lança, rematando sem hipóteses para o guarda-redes, depois de ter dominado a bola exemplarmente.

Até ao fim, o APOEL mostrou que não tinha capacidades para dar a volta à partida, e o FCPorto segurou com tranquilidade a vantagem que permitiu festejar o apuramento aos oitavos de final.

Apesar de ter demonstrado uma imagem aguerrida e defensivamente impecável, o FCPorto não realizou uma grande exibição que lhe permita encarar com tranquilidade o seu futuro exibicional, mas, por vezes, são estas vitórias, torneando as dificuldades, que começam a surgir grandes equipas. Tratar de afinar a eficácia também é um bom caminho para o sucesso.

Missão cumprida, apuramento tratado, o que possibilita, até Março, de pensar unicamente nas competições nacionais, e isso foi a maior conquista da vitória no Chipre.


19 comentários:

  1. o fcporto juntamente com o chelsea é só o primeiro clube da champions deste ano a estar apurado para a fase seguinte
    parabens campeões, mesmo apesar da fraca prestação caseira.

    ResponderEliminar
  2. Que GRANDE alegria, PORTO :)

    Custou, mas lá entrou o golo da vitória! Com a ajuda de Farías na frente, tudo mudou.

    Passagem aos oitavos-de-final já garantida. à 4ª jornada, não me lembro de nada do género. Somos uma grande equipa europeia e hoje voltamos a prová-lo!

    ResponderEliminar
  3. Não posso deixar de estar contente com a vitória e o respectivo apuramento mas apesar de tudo mete dó ver o nosso porto jogar,
    não há alegria nem garra a jogar, não há automatismos, os jogadores não correm, não pressionam e jogam com uma displicência que até mete "nojo" enfim..
    não sei se é falta de motivação, se é culpa do treinador que já lá está há demasiado tempo mas o porto tem de mudar, o porto merece melhor

    FORÇA PORTO!!

    ResponderEliminar
  4. O Bloglines não engana, o nome do post era Apoel 0 - FCP 0...
    Viva a sorte e os golos falhados, já que chegaram :)

    ResponderEliminar
  5. Menphis:O Porto não benificiou da "derrota"do A.madrid,pois este empatou.De qualquer modo,mesmo a jogar mal,falhámos oportunidades clarissimas de golo,que davam para golear.Quer isto dizer,que com uma finalização mais afinada,menos egoismo de alguns ou algum e melhor condição física e consequente entrega mais intensa ao jogo,vamos voltar ao normal.

    ResponderEliminar
  6. OK...
    Boa vitória - indiscutível - em Chipre e já nos oitavos. Excelente.
    Agora ... continuo a achar que a equipa tem de arranjar alguém criativo no meio campo, com urgência, é complicado organizar jogo e continua uma confrangedora incerteza no passe.E não temos grandes alternativas...perdem-se muitos lances de ataque, alguns quase caricatos.E os avançados tem de vir atrás buscar jogo...
    A finalização precisa de ser bem afinada, podíamos mesmo assim ter marcado 3 golos limpos por Hulk, Falcao e Farias.
    Gostei do Helton - grande defesa em momento onde não se pode falhar - do Falcao - mesmo que não tivesse marcado - e do Farias. Aliás esta dupla pode dar que falar...
    Não gostei do Cebola pois ainda está a ganhar forma embora esforçado, nem do Pereira, muito trapalhão.O Hulk sempre no bom e no mau... Há que o trabalhar muito.
    E força Porto, estamos de parabéns mas há que melhorar e continuar a ganhar, mesmo no meio das adversidades.

    ResponderEliminar
  7. Desta vez e apesar da exibição algo cinzenta , teremos de destacar a atitude, a garra e o querer vencer , no entanto há aspectos TÁCTICOS que é preciso escalpelizar.
    Foi num dos raros envolvimentos colectivos que o FCP construiu a jogada do golo.
    Lamenta-se algum atabalhoamento na transição para o ataque , especialmente na 2ª parte e para tal contribuiu o facto de jogarmos com um meio campo (defensivo!!) pouco creativo.
    As pessimas exibições dos uruguaios na ala esquerda e as substituições tardias, permitiram um empertigamento maior dos cipriotas que, em certa altura , indefiniram o resultado.
    Agora é hora de festejar o apuramento, aumentar o ego e o prestigio e dedicarmos as nossas atenções no campeonato, pois á semelhança das epocas anteriores é preciso melhorar muito, porque a matéria prima está lá, mas precisa de ser trabalhada, tal como as ideias do professor!

    ResponderEliminar
  8. Depois de uma vitória importantíssima, justa, sem qualquer discução, conseguida sem grande brilho é certo, mas onde não escasseou a luta, a garra, a entrega, a determinação bem características do FCP. Depois de se ter conseguido atingir um dos objectivos fundamentais da época, ainda continuamos a reclamar. Provavelmente alguns, se estivessem no estádio até assobiariam, como tem sido frequente no Dragão.
    Francamente! É dificil entender alguns portistas.

    ResponderEliminar
  9. O Porto cumpriu. O futebol não foi de grande qualidade, mas foi intenso e a atitude foi a correcta.

    O Jesualdo repôs o Falcão e Rodrigues no ataque e colocou o Guarin, que tem estado (quase) sempre bem, quando é chamado. Estivemos perto do onze base que só Jesualdo parecer por vezes não perceber.

    Entramos num típico 4-3-3, por vezes com o Hulk e Rodrigues demasiado recuados, o que se camuflava num 4-5-1.

    O trio do meio campo também foi modificado e eram só Bulldozers... a criatividade não morou por lá (o Belluschi não jogou por opção), mas ainda assim o Guarin esteve muito bem. A defesa esteve sólida, com relativo pouco trabalho já que o Porto colocou o jogo à distância.

    Falta muito mais eficácia na concretização.

    Não houve facilitismos e nestas provas tem que se ganhar estes jogos. São estas equipas que comprometem os apuramentos.

    como se vê por estes dados estatísticos, o Porto, acertando na concretização tem tudo para estar bem em todas as frentes.

    O problema da concretização não está propriamente na execução por parte dos atletas mas na forma como o Porto faz o ataque e as oportunidades que dão origem aos remates. Os remates são demasiadamente de longe e surgindo de acções individuais não devidamente apoiadas são quanto a mim o problema. O jogador na posse da bola remata porque o Porto consegue fazer a transição e colocar os atletas perto da baliza... Só que chegam (quase) sozinhos ou sem boas soluções para permitir a finalização em situação mais favorável! Falta apoio, por isso não venham criticar os poucos que ainda conseguem fazer algo sem apoio. Verdade seja dita, mesmo sem qualidade individual o Mariano ainda é dos poucos que vai dando apoio ao ataque... é esforçado.

    era bom o Chelsea poder gerir alguns dos seus recursos e podermos ficar de novo em 1º do grupo!

    Saliento aquela contabilização de pontos comparativa à época anterior. Para já.. o Porto é a equipa que mais melhorou! e é óbvio, o Benfica teve na época anterior um bom arranque, o Sporting esteve pouco melhor e o Porto que andava ao tropeções, nesta época está a conseguir sobreviver, apesar da fraca qualidade de jogo. Se a evolução se mantiver é de esperar um fortíssimo candidato ao título e ainda com tempo para recuperar o tempo perdido.

    Pena é que as equipas de Jesualdo demorem demasiado tempo a evoluir... agora mesmo continua em experiências: entram e saem jogadores, tentam-se outros esquemas (4-4-2)... a estratégia é que é a mesma: transições rápidas, pouca posse de bola, linha ofensiva subida e (demasiado) distante do meio campo, e duas linhas coesas e próximas (meio campo + defesa), mas recuadas.

    A dificuldade em fazer uma posse de bola com criatividade, dinâmica, desposicionamentos mantém-se evidente, fruto da falta de verdadeiros elementos criativos no meio campo e com certeza da opção de não treinar bem estas situações.

    Em termos de atitude em campo também não há melhorias... estamos bem nos jogos importantes e tendencialmente sobranceiros/expectantes contra equipas menos cotadas, especialmente nos jogos caseiros e entre jogos de Liga de Campeões.


    www.remateabaliza.blogspot.com

    ResponderEliminar
  10. Concordo com o Ricardo a 100%.
    Já me cansa um bocado aquele meio campo do Porto. Acho aquele meio campo frio, desajeitado, lento e sem ideias.
    Tenho a certeza que se Jesualdo percebesse que treina uma grande equipa e levantasse o pé de tanto trinco e espalhasse alguma magia, criatividade e qualidade de passe, não passávamos por um terço dos problemas que actualmente enfrentamos e talvez começássemos a aterrorizar adversários de novo... como nos bons velhos tempos.

    Jogando numa liga de qualidade muito duvidosa e perante o facto de que tanto os dois centrais como Fernando são excelentes jogadores, rápidos, fortes e com enorme sentido de posicionamento, não consigo entender a necessidade de colocar mais tampões no meio campo deixando a bela arte de atacar e meter golos a apenas 22% da equipa.

    Mas o problema maior é que essa inútil aposta em tampões não tem garantido balizas seladas e a qualidade do nosso futebol tem pago um preço altíssimo por isso, provocando as cansativas assobiadelas que assistimos constantemente no Estádio do Dragão. É que o povo gosta do Porto mas também gosta de bola e Jesualdo, ao fim de 3 anos, ainda não percebeu isso!
    Num momento em que continuamos a assistir a exibições esforçadas mas sem sumo de Raul Meireles e perante o facto de que Guarin não acrescenta nada de novo em termos de criatividade, dava o que tenho para ver o FCPorto jogar com Fernando, Valeri e Belluchi no meio, Hulk, Varela e Falcão na frente... pelo menos contra as académicas, belenenses e Navais do nosso campeonato.
    Nesse aspecto admiro o Jesus. "Se nós é que somos os grandes, os outros que defendam!"

    ResponderEliminar
  11. Zé Pedro, já está corrigido. Obrigado pela chamada de atenção.

    ResponderEliminar
  12. Estamos de parabéns pelo apuramento. Com as exibições que temos realizado ultimamente, estar apurado a 2 jogos do fim é fantástico. Mas enervei-me demasiado, aliás tem sido assim nos últimso jogos. Aquilo parece que não anda, fica tudo preso de movimentos, não há processos claros de ataque e o pontapé pra frente é irritante. Guarin veio dar mais algum nervo, mas aquilo precisa mesmo é de classe, de um Nº 10 capaz de pautar jogo no meio. Hulk continua a aliar o bom com o péssimo, às vezes parece um Infantil no seguimento de algumas jogadas. Perdem-se bolas sem conta nas jogadas de ataque. Falta classe, rigor nos passes e maior pressão sobre o adversário. Mas fdssssss lá apareceu o golo. PQpariu que eu ia-me passando a ver que ia dando empate com uma equipa da III divisão europeia

    ResponderEliminar
  13. "O FCPorto não se pode queixar de falta de espaço para jogar, o que se pode queixar é do aproveitamento, ou melhor, do não aproveitamento que fazia com esse mesmo espaço, à equipa portista onde havia força, faltava criatividade e objectividade nas acções ofensivas".

    Menphis, ou nos queixamos do espaço, que às vezes falta em equipas defensivas no Dragão como os últimos três adversários, ou das oportunidades perdidas.

    Nos restantes comentários continua a haver uma difusão de conceitos que não têm lógica. O FC Porto não fez uma grande exibição? Pois não, a falhar golos em barda é difícil catalogá-lo como grande exibição.

    Este jogo, aliás, mesmo tendo espaço para jogar e mais atitude e capacidade de romper, sintetizou o que tem sido o FC Porto ultimamente. Falha golos em demasia. Caso não os falhe, se tivesse eficácia por exemplo do jogo com o Leixões em que todos já admiraram a grande exibição pelos 4 golos da 1ª parte, o FC Porto enchia as medidas a toda a gente. Como tem, em boa medida, enchido o Benfica. O Benfica e apesar de múltiplas ajudas e de tudo lhe correr bem.

    As estatísticas do campeonato têm revelado o FC Porto em números superiores aos concorrentes. A questão é converter as oportunidades e com o Belenenses houve cinco bolas de golo em frente à baliza. Por muito mal que se tenha jogado, pelo despejar de bolas na área ou porque entrou Falcao para o lado de Farias, a verdade é que facilmente poderiam ter sido marcados 4 ou 5 golos na 6ª feira e resultou em empate. Um empate, aliás, que parece ter sido mérito do Belenenses e do seu treinador, conquanto o ferrolho ganhe pontos e se proteja o jogo defensivo e mesmo o antijogo.

    Os cipriotas, por exemplo, usaram e abusaram de entradas ronceiras e o parolo do árbitro esloveno, se tivesse tomates e fosse um árbitro a sério em vez de um Xistra qualquer, tinha amarelado praticamente todos os cipriotas por entradas repetidas em faltas e faltinhas o que resultaria em várias expulsões.

    Aquele Grncarov que entrou para o meio fez 3 faltas seguidas, qualquer delas para amarelo e duas foram-lhe perdoadas em cartão e uma não marcada sequer.

    Fou duro jogar contra um opositor belicoso e ter a equipa a falhar golos à fartazana.

    Assim, com os preconceitos sobre o treinador, o Mariano, o 4x3x3, o Cebola, o nº 10 e mais não sei o quê, é difícil entender-se o que é uma grande exibição.

    A mim, ainda na 1ª parte, estava a lembrar-me do primeiro jogo do Porto em Molde: massacre, um ror de oportunidades, quase sofrendo um golo em contra-ataque e no fim, aos 88', lá teve de ser Deco a marcar... de cabeça!

    Isto é tudo uma questão de engrenar. A equipa não pode render mais por ter muitas baixas e jogadores vários aos altos e baixos por lesão. Vê-se o Cebola e desespera-se. Percebe-se que o Belluschi entre tão tarde e mesmo assim, em poucos minutos, vê-se que está mal. É este o nº 10, mas não está em condições.

    Guarín jogou bem? Alternou o bom com o mau. Meteu bem a bola no Hulk isolado, mas falhou passes e cortes, empastelou o jogo. E com 23 ou 24 anos, claramente não aguenta os 90'. Porquê? Porque não tem continuidade na intensidade e na regularidade com que deve jogar. Mas não pode jogar sempre nem todos podem jogar sempre nem se pode jogar com 12 e 13.

    A gestão está a ser feita, os resultados vão aparecendo porque há capacidade para isso, ainda que não existam condições para sobressair a qualidade que se pede e sabe-se que há.

    Há que ter calma, ir andando no ritmo que se pode, nesta altura.

    Com muitos altos e baixos, com quebras neste e naquele por isto e por aquilo, não se pode exigir muito mais. Nestas condições, a sorte tem de acompanhar a equipa. Faltou com o Belenenses. Mas a persistência e a valia dos jogadores em colectivo têm colmatado as falhas das individualidades. As equipas crescem assim, resistem aos piores momentos até aparecerem quando e onde devem.

    Foi assim há um ano. Mas muitos portistas não percebem. Serão desatentos apenas ou algo pior?

    ResponderEliminar
  14. Jesualdo montou bem a estratégia, sabendo como o adversário jogaria mais aberto, e afinou a equipa para a nova realidade de ter espaço para jogar, assim o soubesse.

    Agora digam lá se, além de vocês, o Jesualdo não desesperou. Caralhadas não lhe faltaram e aquele golo desperdiçado pelo Hulk, mais o Falcao, ambos isolados, depois o Farias a chegar tarde ao Hulk, um treinador está sujeito a isto e sofre como ninguém.

    Achei também tardias, como alguém aqui observou, as substituições. Guarín esgotou-se ao cabo de uma hora. Pensei que entrasse Belluschi. Mas eu não sei, o treinador sabe se está melhor ou não. Entrou o Tomás Costa. Eu não aprecio o moço e, depois da raiva de ver os golos desperdiçados, exaltei-me. Mas Tomás Costa até entrou muito bem. E quando entrou Belluschi, a um minuto do fim, consegui ver a razão de não ter entrado antes. Belluschi tem estado irregular com lesões. Quando fez alguns jogos seguidos, foi excelente. Mas agora só Jesualdo sabe quando lançã-lo em jogo.

    E, aqui, muitos adeptos têm de meter a viola no saco. Eu meto. Esta é uma prova clara de que devemos comentar dispondo de dados e percebendo o entorno, pensando no colectivo.

    Jesualdo ganhou o jogo com as mexidas, depois de afinar a equipa para a vitória. O seu a seu dono. Mesmo que tenha contemporizado um pouco com Guarín, também com Rodriguez que está uma lástima sem confiança e nada lhe sai bem por agora.

    Álvaro é que começa a ser um problema, muito faltoso a defender, pouco lúcido a atacar e desconcentrado tacticamente a "oferecer" o golo ao Belenenses. Com Sapunaru também sem confiança por jogar pouco, sem laterais que ajudem na frente é complicado que só médios e avançados superem os adversários acantonados na defesa. Fucile foi uma perda crucial e um exemplo de como mais um jogador em forma fora de jogo complicada tudo quanto eles venham a faltar na equipa.

    ResponderEliminar
  15. Excelente a análise feita pelo Zé Luis, não apenas ao jogo de ontem e todas as suas condicionantes, mas também ao momento actual da equipa.
    De facto numa altura em que a equipa dava sinais de se refazer da perda de elementos fundamentais, as lesões de Varela e Belluchi vieram complicar tudo, como se não bastasse ainda baixou o Fucile, um jogador que dá uma enorme confiança à equipa, até pelas opções que permite ao treinador.
    Apesar de tudo, como muito bem refere o Zé Luis, a equipa colectivamente, tem vindo a ultrapassar com sucesso as dificuldades e atingir os objectivos essenciais, por isso merece todo o crédito.
    Há jogadores que mesmo não jogando com regularidade, como Farias, Tomás Costa e até Mariano, quando entram em jogo atingim um rendimento bastante razoável, próximo do seu melhor, pelo contrário, outros como Sapunaru, só ao fim de alguns jogos o conseguem. A época passada Sapunaru acabou por ser de grande utilidade, mas só demonstrou as suas qualidades ao fim de 2 ou 3 partidas seguidas.
    O futebol não é uma ciência exacta, mas temos todos o motivos para acreditar que com este treinador serão encontradas respostas para os problemas da equipa. Nos últimos três anos assim foi, não vejo por que não há-de ser este diferente.
    Saudações Portistas

    ResponderEliminar
  16. Mais uma vez, o F.C.Porto teve outra exibição que não me convenceu! A falta de creatividade ataquante, aliada aos processos defensivos mais rígidos por parte da outra equipa (camião à frente da baliza), não deixam o Porto fluir o seu jogo como em outras épocas.

    Este ano o Hulk não tem a ajuda de Lisandro para a criação de espaços, o que torna o seu jogo enervante e muitas vezes ridículo (com alguns bons apontamentos). O Falcão já provou o bom jogador que é, mas penso que deveria ausentar-se por 2/3 jogos e dar o lugar a Farías. Por último, ontem confirmou-se que Rodriguez ainda não está bem fisicamente, o que penso ser a opurtunidade ideal para meter Varela, visto que fez uns exclentes jogos no início da época.

    Veremos como corre os próximos jogos e uma óptima semana de jogos para todos nós Portistas.

    ResponderEliminar
  17. Só agora pude ler alguns jornais do dia.

    Registei:
    24 remates à baliza
    61% de passes certos, o pior jogo da Champions neste capítulo.

    Por outro lado, indo de encontro ao que aqui escrevi na 2ª feira sobre os efeitos das lesões, paragem do campeonato (e vem aí outra a seguir), momentos de forma e afinação de processos, Jesualdo confirmou tudo isto nas declarações após o jogo de ontem.

    Li no Record, com mais extensão por trazer discurso directo, dois bons parágrafos para se perceber as dificuldades actuais.

    Se há por aqui quem não veja, ao menos leia.

    Mas eu desconfio que nem vêem nem lêem. O costume, portanto.

    ResponderEliminar
  18. Tiago Vitória, quando se meter o Varela, se calhar vai-se notar que, após paragem algo demorada, sofrerá os mesmos problemas de voltar à competição que sentem Cebola, Belluschi, Sapunaru e por aí fora.

    e SÓ FALTA vencer domingo na Madeira para este ciclo entre paragens do campeonato ser praticamente 100% vitorioso. Com suor e sobressaltos, mas com afirmação do colectivo que é importante quando a soma das individualidades é menor que o valor do conjunto. Para isso já chamei a atenção aqui há dias.

    ResponderEliminar