07 abril 2011

Falcao a voar sobre os centrais agora trouxe Viena ao Dragão

(actualizado: 9h e 12.30h, 8/4/2011)
O FC Porto nunca tinha ganho por tantos nem marcara mais de três golos em jogos dos 1/4 da Europa, conseguindo só uma vez 3-2 com os então soviéticos do Shakhtyor Donetsk em 1983-84, no caminho para a final de Basileia na Taça das Taças. Em fase tão adiantada das eurotaças, só o 4-1 à Lazio numa semifinal precisamente no ano da conquista da Taça UEFA em 2003, andara perto deste brilharete. Conseguiu, ainda, o resultado mais desnivelado das equipas portuguesas. Contudo, sabe-se lá por que critérios, sendo os editoriais tão bizarros como os das arbitragens, as televisões passaram esta manhã o jogo do Benfica em primeiro lugar. Não são sintomas, apenas, mas doença crónica com dezenas de anos num despautério que é a imagem do País real e actual. Mais: José Relvas, 64 anos, reformado, de S. Maria da Feira, fez esse reparo esta manhã na "Opinião Pública" dedicada à Liga Europa, na SICN, rejeitando a explicação da jornalista de a SIC ter transmitido o Benfica e por isso abrir com o jogo da Luz, pois o mesmo foi observado por este comentador nos restantes canais.


Da noite memorável de Viena, sob neve, ao hat-trick do Dragão, Falcao aí vai com 11 golos na Liga Europa ajudando a destroçar o Spartak (5-1) que foi incómodo na 1ª parte. Creio, contudo, que a UEFA não conta os golos nas pré-eliminatórias como o play-off jogado com o Genk e no qual o colombiano abriu a contagem na Bélgica, pelo que fica a par do italiano Rossi (ambos com 10) do provável futuro rival Villarreal.

Um primeiro golo de uma beleza plástica notável, em voo a cruzamento largo e espectacular de Álvaro, um segundo a desviar com o pé um cruzamento de Rodriguez também da esquerda, um terceiro a marcar de cabeça de novo em cruzamento da esquerda.

Os moscovitas, muito empertigados e assumindo o jogo na 1ª parte em que o campeão nacional parecia ainda atordoado com o feito alcançado no domingo passado e às apalpadelas na partida como ainda "cegos" pela escuridão da Luz, acabaram goleados e muito perto dos Cincazero com que despachámos os vermelhos a 7 de Novembro. O Spartak já levou 5-0 em Liverpool na Champions e nada fazia prever que saísse vergastado do Dragão, embora o FC Porto tenha ficado a dever a si próprio mais uns quatro ou cinco golos numa 2ª parte de altíssimo nível.

Quatro golos de desvantagem não é para qualquer equipa anular, mesmo no sintético que os dragões já conhecem em Moscovo. Porém, o FC Porto tem em jogo algo de fundamental para cimentarem mais o seu prestígio com a aura de ter ganho sempre fora de casa e a última vez precisamente no Luzhniki refundado após a sepultura da URSS e o velho nome de Lenine do palco dos Jogos Olímpicos de 1980.

Para quem venceu sempre fora de casa, menos do que isso já seria um amargo de boca, ainda que compreensível face ao desgaste da equipa que também se sentiu na 1ª parte esta noite. Perder por quatro não cabe na cabeça de ninguém, mas esta ronda europeia trouxe resultados desnivelados como não se previa. Nem o do Benfica ao PSV (4-1) e muito menos do Villarreal ao Twente (5-1).

Porto-Villarreal parece cada vez mais o cenário da final antecipada.

O Braga, com sorte no golo em Kiev, fez 1-1 que lhe abre boas perspectivas para a outra semifinal.

3 comentários:

  1. Foi uma exibição de mão cheia do Falcao...Hoje, ele recuperou o estatuto que tinha antes de ter estado lesionado algum tempo...Reparei na estupefacção do GR Russo, no momento que se seguiu ao 5-1.
    -Ia Falcao a festejar todo catita e os olhos dos Russos esfregavam-se de surpresa!

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  2. Boas,

    Mais feito brilhante na carreira do FC Porto esta epoca, não só pela goleada mas fundamentalmente pela entrega ao jogo que podia ser complicado na "ressaca" da vitoria no campeonato.
    Temos treinador, temos equipa, temos entrega e raça para estar e Dublin !!!

    Um abraço

    http://fcportonoticias-dodragao.blogspot.com

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  3. De vitória em vitória, o FC Porto vai cumprindo na íntegra o seu destino que é VENCER.

    Depois de dois títulos já garantidos (Supertaça e Campeonato nacional) os Dragões lutam ainda em duas frentes (Liga Europa e Taça de Portugal).

    Também nestas, a ambição continua intacta, apesar da desvantagem na TP.

    O FC Porto deu ontem um passo decisivo para a passagem às meias-finais da LE, com mais uma vitória justa e contundente.

    Apesar de uma entrada no jogo um pouco displicente que nos podia custar caro, a equipa, logo que se conseguiu soltar do espartilho russo, partiu para uma exibição segura e intensa, coroada com belos golos.

    Falcao foi um dos heróis da noite ao apontar três dos cinco golos portistas. Mas quase todos estiveram em bom plano, ultrapassada que foi a primeira meia hora de desconcentração, precipitação e desacerto quase geral.

    Bom, depois foi o bom e o bonito. Equipa dinâmica, esclarecida, demolidora e imaginativa. Os golos acabaram por ser a sequência lógica do melhor futebol ofensivo então praticado. Se o acerto no capítulo do remate fosse completo o resultado poderia ter sido por números escandalosos.

    Com esta gorda vitória, a viagem a Moscovo ficou mais desanuviada. Mas teremos de ser competentes para garantir mais uma vitória para continuar a cumprir o nosso destino.

    Um abraço

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