Há um ano era o “ai, Jesus” quanto às saídas no FC Porto e Lucho e Lisandro não eram suficientes para manter pelo menos o barco à tona, muito menos para o tetracampeonato…
Começo de forma invulgar no que poderia e deveria ser o fim, a sentença final.
Portanto…
Há um ano o mundo parecia ir abaixo com as saídas de Paulo Assunção, Bosingwa e Quaresma. Agora idem com Lucho e Lisandro, porventura também Bruno Alves. Dos argentinos, como escrevi e Jorge Maia, em O Jogo, partilhou da mesma ideia, pareciam almas gémeas e se um saía outro sairia também. Do nosso capitão actual, por enquanto, fica com a cláusula pendente e o FC Porto sem obrigação de tesouraria para vender a não ser pelo preço estipulado de comum acordo e não pelas pretensões paternais de sair a qualquer custo…
Não estão sós, essas almas penadas errantes no mundo volátil do futebol actual. Os adversários já fazem as contas ao FC Porto “mais fraco”, como fizeram na época passada e glosaram essa “vantagem comparativa” até ao Outono… Ouvi, entretanto, Pereirinha desvalorizar essa “perda qualitativa” dos argentinos, sabendo, desde há um ano, o que aqui se disse no Verão passado e como o FC Porto foi capaz de repor a ordem natural das coisas. Algum dia, porém, o cântaro deixará a asa pelo caminho e, então, os catastrofistas lembrarão os seus avisos histriónicos. Esta é, do lado portista, a fruta da época, como é nos adversários a “vontade de ser campeões” e a aceitação “dos novos métodos do treinador” recém-chegado. Portanto, o costume.
Pois há um ano, Lucho e Licha permanecerem não eram significado de boas hipóteses para o tetracampeonato. Lucho, recorde-se aos relapsos, tinha, sim, manifestado vontade em sair. Licha, como se sabe, encaixou mal ficar pior tratado em termos salariais quando entrou Cebola e foi o cabo dos trabalhos até o avançado começar a acertar, com regularidade, nas redes para fazer jus ao título de melhor marcador do campeonato. Como Tomás Costa acabou de asseverar, confirmando o que se sabia, Licha e Lucho queriam melhorar a sua conta bancária e tinham ensejo de experimentar outro campeonato. Pois, gracias por todo y felicidades. Fim de ciclo com eles, maravilhoso tetracampeonato que não foi tão fácil como se apregoa ou faz crer. Novo ciclo, na rota do costume, se anuncia, com novas caras e os objectivos mais definidos que nunca.
Metade de Cristiano Ronaldo
Parece que os nervosos e incoerentes adeptos do ano passado se revoltam agora com a saída dos que, precisamente há um ano, não lhes garantiam coisa nenhuma. Vivem confrontados – e amedrontados! - com a realidade de o FC Porto ter de vender e ainda bem que tem de vencer à mesma, embora nem as vendas nem o facto de continuar a ganhar em campo sejam suficientes para os afamados “exigentes” adeptos.
Por dias suspensos do que sucedia em Madrid, com orgulho nacional no máximo pelo mais caro do mundo, ninguém valorizou, como constatei há dias, o facto de o FC Porto ter encaixado 42 milhões em dois jogadores, quase metade de CR9 o que não é mau de todo e deixa o madeirense na mesma situado no topo do mundo em qualquer categoria: o melhor jogador, o mais caro jogador, a fantasia das mulheres e a inveja dos homens, ele é tudo e justamente teve uma recepção inigualável no tempo certo do folclore de Verão.
Por mim, à espera que o FC Porto defina o plantel com a sagacidade reconhecida ainda que nem sempre, e fatalmente, garantia de sucesso que é impossível em futebol, deixo de acreditar, sim, que a equipa, por fim estável, moldada na época passada por Jesualdo possa afinar-se para ir mais longe na Europa, além de revalidar os principais títulos domésticos. Disse aqui o que no meu entender justificava a renovação de Jesualdo, anunciada ainda no Jamor. Obviamente, desfeitas as principais premissas - independentemente de concordar ou não com as saídas que foram do interesse dos jogadores e a quem o FC Porto, com os seus contratos na mão, tirou os seus benefícios financeiros e não “cortou as pernas” a ninguém em nome dos grandes serviços prestados pelos argentinos - a ter de se refazer uma equipa não posso pensar em objectivos para lá dos tradicionais e já instituídos até em letra de lei pela SAD: ganhar na mesma cá e passar a fase de grupos na Champions.
O que já não é mau. Pode ser pouco para os afamados “exigentes”, mas lá terá de ser. Será difícil passar por todo o processo de estabilização de equipa com novos valores em zonas sensíveis, mas confio na capacidade de Jesualdo e na habilidade da SAD para manter a equipa competitiva, ganhadora e enriquecida financeiramente, mesmo que este seja já um ponto rotineiro ao qual muitos adeptos não dão o devido valor nem mostrem orgulho por tal.
Quando chegar Falcão será tema de outra conversa, a preocupar alguns com a repartição do seu passe (vulgarizada prática na América do Sul) e menos com a capacidade futebolística que deve estar em causa e será pedra de arremesso, processo também vulgarizado por cá, em caso de insucesso. Se não for como Hulk, claro, por quem se disse baba e ranho, precisamente os “artistas” do argumentário infalível do “eu é que sei” e “por esse dinheiro comprava fulano”.
Começo de forma invulgar no que poderia e deveria ser o fim, a sentença final.
Portanto…
Há um ano o mundo parecia ir abaixo com as saídas de Paulo Assunção, Bosingwa e Quaresma. Agora idem com Lucho e Lisandro, porventura também Bruno Alves. Dos argentinos, como escrevi e Jorge Maia, em O Jogo, partilhou da mesma ideia, pareciam almas gémeas e se um saía outro sairia também. Do nosso capitão actual, por enquanto, fica com a cláusula pendente e o FC Porto sem obrigação de tesouraria para vender a não ser pelo preço estipulado de comum acordo e não pelas pretensões paternais de sair a qualquer custo…
Não estão sós, essas almas penadas errantes no mundo volátil do futebol actual. Os adversários já fazem as contas ao FC Porto “mais fraco”, como fizeram na época passada e glosaram essa “vantagem comparativa” até ao Outono… Ouvi, entretanto, Pereirinha desvalorizar essa “perda qualitativa” dos argentinos, sabendo, desde há um ano, o que aqui se disse no Verão passado e como o FC Porto foi capaz de repor a ordem natural das coisas. Algum dia, porém, o cântaro deixará a asa pelo caminho e, então, os catastrofistas lembrarão os seus avisos histriónicos. Esta é, do lado portista, a fruta da época, como é nos adversários a “vontade de ser campeões” e a aceitação “dos novos métodos do treinador” recém-chegado. Portanto, o costume.
Pois há um ano, Lucho e Licha permanecerem não eram significado de boas hipóteses para o tetracampeonato. Lucho, recorde-se aos relapsos, tinha, sim, manifestado vontade em sair. Licha, como se sabe, encaixou mal ficar pior tratado em termos salariais quando entrou Cebola e foi o cabo dos trabalhos até o avançado começar a acertar, com regularidade, nas redes para fazer jus ao título de melhor marcador do campeonato. Como Tomás Costa acabou de asseverar, confirmando o que se sabia, Licha e Lucho queriam melhorar a sua conta bancária e tinham ensejo de experimentar outro campeonato. Pois, gracias por todo y felicidades. Fim de ciclo com eles, maravilhoso tetracampeonato que não foi tão fácil como se apregoa ou faz crer. Novo ciclo, na rota do costume, se anuncia, com novas caras e os objectivos mais definidos que nunca.
Metade de Cristiano Ronaldo
Parece que os nervosos e incoerentes adeptos do ano passado se revoltam agora com a saída dos que, precisamente há um ano, não lhes garantiam coisa nenhuma. Vivem confrontados – e amedrontados! - com a realidade de o FC Porto ter de vender e ainda bem que tem de vencer à mesma, embora nem as vendas nem o facto de continuar a ganhar em campo sejam suficientes para os afamados “exigentes” adeptos.
Por dias suspensos do que sucedia em Madrid, com orgulho nacional no máximo pelo mais caro do mundo, ninguém valorizou, como constatei há dias, o facto de o FC Porto ter encaixado 42 milhões em dois jogadores, quase metade de CR9 o que não é mau de todo e deixa o madeirense na mesma situado no topo do mundo em qualquer categoria: o melhor jogador, o mais caro jogador, a fantasia das mulheres e a inveja dos homens, ele é tudo e justamente teve uma recepção inigualável no tempo certo do folclore de Verão.
Por mim, à espera que o FC Porto defina o plantel com a sagacidade reconhecida ainda que nem sempre, e fatalmente, garantia de sucesso que é impossível em futebol, deixo de acreditar, sim, que a equipa, por fim estável, moldada na época passada por Jesualdo possa afinar-se para ir mais longe na Europa, além de revalidar os principais títulos domésticos. Disse aqui o que no meu entender justificava a renovação de Jesualdo, anunciada ainda no Jamor. Obviamente, desfeitas as principais premissas - independentemente de concordar ou não com as saídas que foram do interesse dos jogadores e a quem o FC Porto, com os seus contratos na mão, tirou os seus benefícios financeiros e não “cortou as pernas” a ninguém em nome dos grandes serviços prestados pelos argentinos - a ter de se refazer uma equipa não posso pensar em objectivos para lá dos tradicionais e já instituídos até em letra de lei pela SAD: ganhar na mesma cá e passar a fase de grupos na Champions.
O que já não é mau. Pode ser pouco para os afamados “exigentes”, mas lá terá de ser. Será difícil passar por todo o processo de estabilização de equipa com novos valores em zonas sensíveis, mas confio na capacidade de Jesualdo e na habilidade da SAD para manter a equipa competitiva, ganhadora e enriquecida financeiramente, mesmo que este seja já um ponto rotineiro ao qual muitos adeptos não dão o devido valor nem mostrem orgulho por tal.
Quando chegar Falcão será tema de outra conversa, a preocupar alguns com a repartição do seu passe (vulgarizada prática na América do Sul) e menos com a capacidade futebolística que deve estar em causa e será pedra de arremesso, processo também vulgarizado por cá, em caso de insucesso. Se não for como Hulk, claro, por quem se disse baba e ranho, precisamente os “artistas” do argumentário infalível do “eu é que sei” e “por esse dinheiro comprava fulano”.
Sem sentimentalismos, mas com apreço e gratidão pelos que saem. O vento não sopra sempre do mesmo lado...esperemos que sopre sempre forte nas nossas velas. FORÇA PORTO! Rumo ao sucesso.
ResponderEliminar"Valorização de activos
ResponderEliminarJORGE MAIA
Mais impressionantes do que os 24 milhões de euros arrecadados com a venda de Lisandro e mais significativos do que os 18 milhões de euros conseguidos com a transferência de Lucho são os quase 12 milhões de euros que o FC Porto já conseguiu realizar entre receitas extraordinárias e jogadores excedentários. Juntando-se os três milhões que o Atlético de Madrid vai pagar por Paulo Assunção aos 3,5 milhões garantidos com a venda de Paulo Machado ao Toulouse e acrescentando-lhes os cinco milhões da venda de Ibson ao Spartak, o resultado final é o suficiente para o FC Porto pagar todas as contratações realizadas até ao momento. Por outras palavras, os cerca de 42 milhões de euros realizados com Lucho e Lisandro são "lucro". Claro que o plantel do FC Porto está longe de se poder dar como encerrado. A saída de Lisandro tornou urgente a contratação de mais um avançado, e o meio-campo continua a ter espaço para mais opções, apesar da contratação de Belluschi. Ainda assim, é cada vez mais indiscutível que o FC Porto sabe valorizar os seus activos, mesmo os activos menos evidentes."
A forma como o Clube está a gerir a situação é compreendida por mim e até enaltecida. Depois das saídas dos grandes activos L&L é oportuno fazer este compasso de espera por duas espécies de razões, porque é necessário deixar arrefecer os ânimos de quem só vê catástrofes em tudo o que PDC faz, por outro consegue acalmar os nervos febris, de quem se apresta para vir buscar os milhões que entraram...Portugal está prestes a ser "muito conhecido" por nele viver um Clube, que consegue fazer muitas cócegas financeiras aos gigantes Milan e Manchester!...
Concordo perfeitamente. Não existem insubstituíveis e nos últimos anos o Porto tem demonstrado bem isso. Se virmos bem, nos últimos 5 anos, já saíram Deco, Ricardo Carvalho, Paulo Ferreira, Nuno Valente, Costinha, Maniche, Pedro Mendes, Derlei, Pepe, Jorge Costa, Vitor Baía, McCarthy, Diego, Anderson, Quaresma, Bosingwa, Paulo Assunção, entre outros insubstituíveis que me estou a esquecer neste momento. Tirando a época de 2004/2005, sempre conseguimos superar essas saídas. Não vejo razões para que tal não suceda este ano.
ResponderEliminarFaisca, mas pode correr mal em qualquer altura.
ResponderEliminarÉ preciso entender a necessidade de vender, umas vezes imperiosa por desespero próprio, outras inadiáveis por ofertas/propostas irrecusáveis para clube e jogador.
E é preciso, vendendo, ter poder de encaixe para aceitar que uma "nova" equipa terá de se fazer.
Não vale a pena fazer dramas com isto, é aceitar a realidade e fazer, neste jogo sempre de risco elevado quanto mais altas sejam as expectativas e "obrigações" consonantes com o estatuto que a equipa atinja, sempre o melhor possível.
O que eu acho inacreditável é esta situação cada vez mais normal no futebol e em particular com jogadores tão assediados e valorosos e valiosos como os do FC Porto, ainda espantar os adeptos e alguns até nem se habituarem à ideia.
Os "tubarões" são os outros e o FC Porto tem sabido navegar nestas águas onde é apetecível mas também onde tem algum à-vontade para sobreviver com, digamos, alegria e vitórias.
Mas, como sempre aviso, algum dia a "coisa" irá correr mal. Confio que ainda não será desta e o FC Porto tem sabido conseguir as melhores alternativas. Voltaremos, obviamente, a falar disto. Sem dramas e só mais tarde, no veredicto do campo e não no das palavras, se avaliará a produtividade da equipa.
Parabéns Zé Luís. Nota 5. A propósito, transcrevo aqui o que postei noutro blog: - Era só para perguntar: todos os que criticam os actos da administração são accionistas da SAD? Se são, porque não vão às Assembleias Gerais expor os seus pontos de vista? Os que não são, comprem acções (que até estão baratas), para poderem participar nas ditas Ass.Gerais e dizerem de sua justiça.Cá pela minha parte, sempre aceitei críticas de quem faça melhor, não...de quem saiba muito! E quando não gosto da comida também não como. Só que é à custa dos êxitos do F.C. do Porto que vou tendo uns dias felizes e alegres, o que me faz deixar para outros, mais interessados e conhecedores, as preocupações com o Deve e Haver. Quando me sentir mal, isto é, quando não tiver motivos para amar o clube, DEIXO-O! Se até é assim com as mulheres...
ResponderEliminarO nosso Presidente é terrível, repararam que ele esteve na AR a beber "sumo" de tomate?...BOA!
ResponderEliminarPenso que dormimos todos descansados...
ResponderEliminarAté para se ser Melga é preciso ter classe!...
ResponderEliminarExcelente post Zé Luís. A permanente incoerência daqueles "portistas" eternamente descontentes, está muito bem retratada e desmascarada. Criticam tudo e o seu contrário. Como já disse o Meireles, por outras palavras, eles são coerentes é com Ruis Santos, Cartaxanas e outros anti-portistas raivosos da mesma laia.
ResponderEliminarE realmente, até para se ser melga é preciso ter classe; Não é a escrever-se textos muito mal articulados e cheios de gralhas e erros de português, dignos de um miúdo do básico, ou a escrever-se uma palavra à toa cinquenta vezes repetida que se é Melga. Coisas dessas deviam ser apagadas sem contemplações porque tiram nível e credibilidade ao blog. Antes um blogue com muitos comentários eliminados que um blogue a abarrotar de porcaria.