14 julho 2009

Empresta…dados

Justificar completamente
A lógica dos emprestados, custos e dividendos para o FC Porto. Quem pode, pode, além de ser legal mas também alvo de uma campanha moralista algo… imoral. Porque todos fazem por esquecer a origem do que era uma solução de transição para os jogadores (equipas B aniquiladas pela… FPF) e acabou num problema

Qual a lógica sobre os emprestados, uma apreciável quantidade de jogadores que o FC Porto tem sob contrato, que lhe faz jeito negocial e custa ao orçamento (3,5 milhões em 2008) mas neste Verão já rendeu uns 10,5 milhões de euros em… vendas?

É um tema actual, até por o FC Porto estar hoje a “mexer” mais nele, vendendo activos, do que antes e por ser alvo de debate na Nação portista. Com e sem razão, mais do que com ou sem razão. Porque há vantagens e desvantagens, resta saber o que prevalece. Alguns amigos instaram, por estes dias, a lançar o tema, e já tinha isto preparado há algum tempo. Enquanto não vem Falcão (e Valeri), aí vai tudo o que acho sobre o assunto, incluindo a origem histórica do que era uma solução e passou a problema, algo que muitos nem lembram e outros nem sabiam.

Há-os para todos os gostos, de guarda-redes a avançados. E para todos os feitios que acedam a comentar a situação. Alguns não chegam a ser utilizados: comprados, vestiram a camisola para a fotografia e nunca calçaram no Dragão (e nas Antas, já vem desse tempo). Outros são emprestados, emprestados e sempre emprestados até “morrerem”, perdendo vínculo ao clube. Destes, uns foram comprados, mas outros “nasceram” emprestados depois de saírem das camadas de formação portista.

Todos os anos, com lista que parece nunca mais acabar e sujeita a interpretações sobre a bondade do seu vínculo ao clube, o debate era e é: para quê?, e mesmo porquê?

Não tenho resposta certa, se é que existirá algo de concreto, lógico e até “inteligente” a assumir esta “política”. Mas este Verão, eis que Ibson rende 5 milhões, Paulo Machado também uns razoáveis 3,5ME, Vieirinha e Bruno Gama também rescindiram. Nova política do clube? E, sem quantificar mas presumindo ter ido de borla, até o afamado Zequinha lá acabou no Olhanense um ano e meio depois, desgraçado em Penafiel por mais uma arruaça com um suplente adversário no banco deste, de aterrar no Gondomar a dizer que queria ser “o futuro avançado do FC Porto”.

Porém, estes proventos que triplicam o custo anual do lote, agora parece passarem despercebidos, tal a teima em criticar o rol extenso dos ditos assalariados inúteis, para muitos. Um valor “mastodôntico” que, afinal, é menos de 10% do presumido orçamento para cada época (cerca de 40ME). Mas quem pode, pode, e o FC Porto há muito usa os meios legais para montar a sua própria estrutura e ter regras de comportamento internas e no âmbito das cedências a certos clubes com melhores relações com os dragões.

Solução e… problema: questões legais
É claro que se a Liga decidir acabar com o que muitos consideram uma “pouca-vergonha” e questionam, com argumentário falacioso, se tal não adultera a verdade desportiva – que pode ter uma cor por fora e outra por dentro, conforme a faca que a esventre… -, o FC Porto terá de adequar-se e “extinguir” essa secção que funciona como um braço do plantel que veste de dragão ao peito.

Uma coisa é concordarmos, ou não, se “isto” devia acabar. Outra é especular-se se chega para, cedendo jogadores a outros clubes na mesma divisão (e se for diferente o escalão mas obrigando ao reencontro nas provas de taça?), desvirtuar as competições. É um exagero, um absurdo e uma imoralidade de quem prega tal moral.

O que muitos, convenientemente, esquecem é que este sistema esteve ao alcance de todos os clubes e foi usado por muitos. Aqueles com meios para sustentar uma segunda (ou mais) equipa. Porque esta aludida “praga” começou há uns 10 anos, quando existiam as equipas B, multiplicaram-se loas ao projecto que esteve em discussão na Liga e foi aprovado. Posteriormente, até por pressão da FPF que deu mais um exemplo de como castrar as etapas intermédias da formação/transição dos jogadores para o escalão sénior, as equipas B acabaram. E os clubes, que podiam ter esta despesa extra, lá foram extinguindo os seus excedentes. Por não ter razão plena para formarem uma equipa B – ou clubes-satélites que o Braga teve no Maximinense e o Sporting no Lourinhanense, por exemplo – ou escassearem os meios financeiros.

Ora, o FC Porto não só teve sempre meios para sustentar tal plantel “extra”, como foi obtendo dividendos pelos empréstimos: com o objectivo de rodar jogadores para poder aproveitá-los se possível. No passado, Jorge Couto, Folha, Fernando Couto (mesmo campeão nacional em 1988 com Ivic), Mariano, Morgado, Paulo Alves, Rui Barros até e muitos outros jogadores rodaram e o FC Porto aproveitou-os plenamente. É claro que num processo destes muitos se perdem pelo caminho, às vezes não por falta de jeito ou talento mas porque, simplesmente, não apareceu a ocasião certa na hora melhor.

Há vantagens patrimonais e não-patrimoniais, de pura estratégia desportiva em vários níveis (relacionamento com clubes, aposta num jogador devidamente acompanhado para ver se é possível inseri-lo no FC Porto). E não foi por causa disso (aliás, era de 1,5 milhões o orçamento para este lote em 2007) que o passivo do FC Porto aumentou nos últimos anos, ao contrário do que muitos catastrofistas vêm defendendo.

Ilusões, desilusões e opiniões como melões
São ilusões que se apagam cedo, mas a grande maioria destes jogadores não sentirá propriamente um desconforto: podem penar em divisões inferiores, mas normalmente não assumiram por si a ruptura do vínculo por sentirem alguma “protecção” e ajuda enquanto ligados ao FC Porto, quanto mais não fosse por obterem mais fácil colocação… como emprestados.

Enquanto dura, enquanto o clube pode e na perspectiva de alguma vantagem, patrimonial ou simplesmente estratégica, trazer ao FC Porto, esta política é passível de crítica, mas não pode ser leviana, ainda que suscite muitas dúvidas em casos que custa entender de renovar com jogadores, como o defesa-esquerdo Leandro, que comprovadamente nunca se viu como encaixaria na equipa do FC Porto. Pitbul é um caso recente em equação e sempre debatido, enquanto a resolução do caso Ibson apaga uma má relação do jogador com o modus operandi actual ditado pelo timoneiro da equipa e desfaz por fim as aspirações de uns quantos adeptos que viam nele algo que uma maioria, e eu que me incluo nela, não vislumbrava: ser titular no FC Porto.

Ironicamente, Ibson sai a valer tanto como saiu o mais consagrado Diego por quem muitos suspiram mas não entenderam que, em qualquer caso, não tanto a qualidade do jogador mas mais a utilidade e necessidade para a equipa, não “coabitavam” e a equipa passou bem sem eles. São coisas do mercado, de oportunidade, de valorização ou desvalorização pontuais, de urgência em eliminar um foco de problemas (Diego) ou adiá-lo (Ibson). Sem menosprezo do seu valor intrínseco e sem que as vozes sempre estranhas à corrente filosofia do clube tenham vencido e nem sequer terão acabado convencidas de que assim é e o FC Porto actuou da melhor maneira.

Confesso que me prendo pouco a discussões de preços de jogadores, muito menos o seu potencial valor de mercado, preferindo avaliar no campo e seguir a ideia de que o barato sai caro, amiúde, e um jogador que renda pode sair barato custe o que custar.

E nem gosto de entrar em palpites sobre que jogador encaixa ou seria recuperável para a equipa principal. Ainda nestes dias teima-se em lançar nomes que podiam ser úteis. Mas ninguém tem a ciência exacta e só o treinador avalia as qualidades que cada um pode dar que a equipa necessite. Falou-se muito, por exemplo, no Paulo Machado, até em comparação com Guarín. O português é limitado, o colombiano terá mais um ano para provar que melhora e é útil para o futuro, sob pena de deixar de interessar.

Eu gostei da época de Diogo Valente no Leixões, especialmente a última, e ele acaba por rescindir e vai para o Braga fazer uma dupla de flanqueadores com Alan, que eu defendi aqui mas foi escarnecido no Dragão pelos experts de bancada que depois o elogiaram na Pedreira. São, evidentemente, opiniões, mais ou menos válidas mas que se repetem amiúde e a que ligo pouco, digo: evitando dar a minha opinião, desde que tive de avaliar se, há quatro anos, o miúdo Ivanildo mostrou algo e aproveitou as inúmeras titularidades, comprovadamente excessivas e que chegaram a exasperar-me, no tempo de Adriaanse.

Alguns blogs de consócios dissecam estas questões, com sarcasmo escusado apesar da tentativa de humor, e no caso do “souportistacomorgulho” actualizam o quadro de excedentários e as “marés” da sua vivência, como repetiram há dias (ver aqui). Tem utilidade, o quadro para adepto ver, decerto mais do que muitos terão, daquele quadro, para o FC Porto. Mas é da quantidade que sai a qualidade e quem paga pode, tem legitimidade e oportunidade, conquanto alguns exemplos sejam tão enigmáticos quanto inelutavelmente inúteis.

O debate pode avançar, com mais dados do problema desde a sua génese e de quem - a incrível FPF - não se esperaria a letal facada nas costas. Também aqui o FC Porto sobrevive à táctica da “terra queimada”e acaba por ser, involuntariamente de início e estrategicamente agora, dentro da legalidade vigente, um bom empregador ainda que olhado de soslaio pelos seus adeptos. Com razão ou sem ela.

Salvo as devidas proporções e distâncias, esta não é, para consumo interno, uma discussão muito profícua; e para o exterior, os maldizentes, serve a exaltação da identificação dos (tantos) males do futebol português mas não colhe.

43 comentários:

  1. Gostei. Apresenta informação relevante para se poder tomar consciência sobre o assunto. Sem emo(tivai)ções.
    Análise serena e lúcida.
    Obrigado!

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  2. Queria dizer emo(tiva)ções; como se perceberá um jogo cruzado de emoções com motivações...

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  3. A verdade é que o porto pode (porque se esforça para poder) suportar esses jogadores e tem conseguido tirar proveito disso, não desportivamente como muitos falsos moralistas apregoam, mas em vendas, compras de outros jogadores (quer pelo bom relacionamento que mantém com as equipas a quem empresta mas também pela troca de jogadores com consequente amortecimento do valor da compra) e aproveitamento futuro dos jogadores (agora mais maduros e experientes)

    Outro tema que não foi abordado é o desses jogadores poderem ou não jogar contra o seu "patrão", e tal como o porto, também eu defendo que isso cabe ao "patrão" decidir nos termos do empréstimo e cabe à equipa receptora aceitar ou não.

    Sou é contra o número excessivamente volumoso de empréstimos, em particular de empréstimos anormais como o do leandro ou o caso do adriano (nem joga, nem é emprestado e ainda recebe), entre outros

    No final o que conta são os números, e se é bom para o porto não há nada a dizer

    FORÇA PORTO!!

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  4. Se me permitir, faço minhas as palavras do Dragão Lisboeta. Muito útil este post, especialmente numa altura em que os moralistas resolveram intensificar a proclamação das suas causas.

    Mas devo confessar que a questão dos emprestados me incomoda um pouco. Não pelo suposto rombo nas finanças do clube. Nunca tive dúvidas que a massa salarial dos 25ou mais jogadores do plantel principal é infinitamente superior à soma da massa salarial dos outros todos, como ficou demonstrado no post (além disso tento deixar as questões financeiras para quem sabe, e parece-me que no nosso clube se sabe alguma coisa acerca disso).

    O que me incomoda é, pela quantidade, o argumento fácil que possibilita à concorrência contestar a verdade desportiva. Se bem que convenientemente se esquecem que grande parte dos emprestados ou está no estrangeiro ou na II Liga. Sendo legal, não deixa de estranhar o FCPorto jogar contra equipas com 4 ou 5 jogadores emprestados por si. Claro, devia cagar d'alto nestes argumentos que até já serviram para dividir a I Liga em clubes afectos ao FCPorto e os outros ditos apartidários. Mas é mais forte do que eu e acaba por me incomodar. Racionalmente, sei bem que ninguém facilita contra o FCP, nem mesmo os "amigos".

    No entanto sei que o FCPorto não se rege pelo que os outros pensam, mas sim pelo melhor para o clube. Podendo ser em demasia (e quanto a isto não comento por não ter conhecimentos para tal), o facto é que o nosso clube se serve desta arma para, por um lado, não desperdiçar valores derivado a uma época que correu mal ou que não mostraram ainda maturidade e, por outro, como arma negocial em futuras transferências, como foi referido, e bem, pelo Ricardo Oliveira.

    Evidentemente que esta estratégia implica que muitos não sejam aproveitados. É utópico pensar-se o contrário.

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  5. Ibson rende 5 milhões? Que eu saiba não veio de borla e até aposto que o Flamengo não pagava a totalidade do salário...Mas penso ser esta a política correcta a seguir.

    Cumprimentos desPORTISTAS.

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  6. Devo acrescentar que, apesar do que disse atrás, estou ciente que o FCP só permite que os emprestados joguem contra nós porque as entidades competentes assim obrigam, pressionadas pelos do costume.

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  7. post muito pertinente.
    curiosamente discuti este assunto com amigos meus num forum privado que reúne os 3 grandes.
    defendo e apoio a actual politica de empréstimos que tem dado resultados positivos e claramente melhor do que a dos nossos adversários.
    Um dos problemas que se coloca todos os anos é o de que fazer com os juniores que passam a seniores mas que possuem vinculo contratual com o clube por mais tempo.
    Ao contrário do que faz o Sporting, que os coloca em divisões secundárias(IIB), o Porto coloca-os na liga de Honra ou mesmo na 1º liga ou estrangeiro.
    Parece-me bem mais acertado coloca-los em ambientes competitivos e, se possível, com técnicos que os possam fazer crescer; dai que a não dispersão por muitos clubes seja igualmente um factor positivo.

    É certo que esta estratégia tem custos mas a médio prazo certamente que se revela(rá) muito positiva.

    ** bela foto a ilustrar o post **

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  8. angelodias, "rende" é uma força de expressão, no sentido de haver um encaixe com a venda, não que o apuro final seja positivo, obviamente.

    Boa achega do ricardo oliveira e do João.

    Quanto ao aspecto legal e à mirífica discussão sobre a verdade desportiva, uma vez mais a moral pública não é a que se publica.

    Porque dantes diziam que os jogadores não deviam ser coarctados na sua liberdade de emprego e deviam jogar, de resto seria um atentado à sua dignidade profissional e questionava-se a sua verticalidade como desportista e homem, incapaz de defender a camisola que envergue.

    Para acabar com o falso moralismo, nada como decretar que os emprestados não podem jogar contra o seu clube de origem. Por causa das coisas, do cheiro das tintas e do barulho das latas.

    Argumenta-se sempre muita coisa, mas a verdade é que impedir-los, em letra de regulamento, de jogar é arranjar um confronto jurídico na CE (Europa).

    Qual a melhor solução?

    Calar os detractores ou não encurralar os jogadores?

    Para já não há perspectivas de as coisas mudarem, nada está agendado na Liga para debater o assunto e, assim, o FC Porto faz o que quer dentro da lei, sai-lhe do bolso mas até me assustei quando imaginei ser uma quantia enorme ao que apregoavam alguns críticos habituais da SAD.

    Qual a melhor solução?, insisto.

    A vozearia e os "incomodados" (doutros clubes, que não os que recebem os jogadores emprestados) vão forçar a mudança da lei e arriscar um confronto na Justiça europeia? É que neste caso a derrota é certa! Além da moral, perdem no tribunal. E depois?

    Depois, criticar é fácil. Especialmente se não tivermos todos os dados do problema presentes na mesa. Isto não é só "Prós&Prós#...

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  9. Obrigado pela deixa, offshore.

    E a que conclusão chegou esse conclave com "amgos" dos três grandes?

    Seria interessante para este debate.

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  10. Meu caro Zé, se o F.C.Porto, que vai manter a política dos emprestados, não puder emprestá-los a clubes portugueses, empresta-os a clubes estrangeiros, como por exemplo, emprestou o Candeias ao Huelva.

    Concordo com a tua análise.

    Um abraço

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  11. Sempre ouvi dizer que para se acertar tem que se tentar...
    E a tentar também se falha... e muito.

    Isto tem custos, e como foi dito o Porto tem capacidade para faze-lo, ao contrário dos outros.
    O dinheiro das vendas de jogadores nao pode ser so para contratações, senao acontece aquilo do BES que foi descrito noutra caixa de comentario.

    Até jogadores como o Fernando e o Bruno Alves do titulares do plantel actual andaram emprestados, e entretanto isso "falharam" jogadores como bollatti, joao paulo, ibson, paulo machado ou até mesmo ricardo costa´. Isto só assim de cabeça e os que ainda andaram no plantel.

    É óbvio que o adepto quer ver acertar sempre, e o adepto do Porto está habituado a ver acertar muitas vezes.
    Mas ninguém é perfeito, ninguém consegue acertar sempre.
    E no futebol há demasiadas incógnitas e atenuantes, até extra-futebol. Jogadores que não funcionam num sitio, funcionam noutro.

    A lidar com isto tudo para proveito do clube chama-se... gestão. E esta direção é eximia nisso.

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  12. Viva !

    Uma das cinco leis da dialéctica diz que da quantidade nasce a qualidade.

    O que tem sido provado !

    E Viva o Porto !

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  13. Muito bom Post. Uma análise objectiva e racional, como convém na matéria. Está mais que provado que esta politica de empréstimos é a mais adequada às necessidades do clube. Claro que custa dinheiro, mas é um bom investimento, para quem o pode fazer, como é o caso do Porto.

    Evidentemente que os moralistas do costume, vêm com a história da verdade desportiva, etc. porque se trata do Porto. O benfica e o sporting também o fazem, mas aí já não há problemas.

    Pessoalmente, parece-me razoável que fosse estabelecido um número máximo de jogadores a emprestar a equipas do mesmo escalão. Também acho que não deveriam actuar contra o clube ao qual estão vinculados, mas tal como já foi referido, não me parece que isso seja viável no plano legal.
    Enquanto a situação se mantiver, o Porto deve seguir com a politica de empréstimos que melhores resultados der, sem se preocupar com os moralistas. De resto, a questão continuará, enquanto o Porto continuar a vencer. Se não forem os emprestados, serão os comprados, esse é que é o problema deles.

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  14. "Enquanto a situação se mantiver, o Porto deve seguir com a politica de empréstimos que melhores resultados der, sem se preocupar com os moralistas.
    De resto, a questão continuará, enquanto o Porto continuar a vencer. Se não forem os emprestados, serão os comprados, esse é que é o problema deles" - nelson barbosa.

    Creio que, mais uma vez, voltas a acertar no ponto fulcral!

    "Também acho que não deveriam actuar contra o clube ao qual estão vinculados, mas tal como já foi referido, não me parece que isso seja viável no plano legal".

    Aqui a questão é legal e de... chico-espertice.
    Não se pode fazer um regulamento, sob pena de reacção contrária de Bruxelas.
    Solução e à portuguesa: emprestar sim, deixá-los jogar contra o clube de origem, não, mas não pode ficar escrito, é um acordo... de palavra.
    À portuguesa e sei que alguns clubes pensam nesta hipótese. Contornar a lei com o consentimento tácito de todos para defraudar a lei objectivamente.

    Daí esta temática ser, como dizia o outro, uma "problemáutica sem solucionáutica".

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  15. Parece que é oficial, mesmo:
    Ibson no Spartak de Moscovo (4 anos) e Candeias emprestado ao Huelva, mais um...

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  16. Tenho muita dificuldade em perceber quem são os jogadores que continuando com vínculo ao Clube mas estando na condição de "putativos emprestáveis" poderiam encaixar com alguma facilidade no actual plantel...Não sei, guardo algumas memórias do Ibson, Kaz, Pitbull, Hélder Barbosa, Leandro Lima, João Paulo, Ivanildo, etc...Essas memórias não me permitem dizer com segurança quem eu acharia que poderia pegar de estaca...João Paulo parece-me ser um jogador com qualidades, Leandro Lima também...Kasmierkzac?...
    No entanto eu tenho de confiar em quem dirige os destinos do Clube e não estou à espera de que falhem para lhes cair em cima, não tenho nenhum ressentimento contra ninguém...Apenas "penso que o Prof deveria escutar melhor os meus conselhos"...Estou evidentemente, a brincar.
    Não tenho que pôr em causa esta política, as vendas deste defeso explicam muito deste investimento e só elas, apagam quatro anos de despesas tão contestadas...E a "reserva" de jogadores continua, embora eventualmente menos nutrida.
    Os outros Clubes que agora protestam, apenas não terão capacidade para também o fazer, senão fariam igual ou ainda pior...Lembro-me bem dos jogadores que o Benfica contratava, inclusive no Porto, sempre que algum valor por aqui despontava...Serafim, Almeida...E colocava-os de novo nos Clubes que mais lhes serviam como pontos estratégicos, Boavista, Guimarães, Alverca, Braga, Leixões...Alguns esqueceram-se, eu nem por isso.
    Portanto não me incomoda que o Pitbull marque golos ao Benfas alinhando pelo Setúbal ou pelo Trofense, também não sei quem ficará muito aborrecido se o Nuno Assis fizer o mesmo pelo Guimarães contra o Porto...Podem dizer que o Assis é do Guimarães e o Pitbull é do Porto, será que é mesmo assim?...Tenho dúvidas nas transacções que o Benfas fez para o Guimarães, que valores envolveram?...Ninguém sabe, se calhar o Benfica ainda paga a esse e a outros jogadores por aí espalhados...Uma coisa é certa, quando jogam contra o Porto todos jogam bem, até o Pitbull...Lembram-se quando no ano passado foram substituídos o LLima e o Bruno Gama?...Para os nossos críticos eram os melhores setubalenses, quando foram substituídos contra os nossos adversários, ninguém falou o mesmo...Sintomático.
    Portanto, que siga para Bingo!

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  17. A problemática é o FCP vencer!
    Se o FCP fosse perdedor não existia problemática!
    Portanto se o FCP não age contra a lei temos que ignorar o discurso dos moralistas de merda!
    Tambem podemos esperar sentados que alguém se lembre de parabenisar o FCP,por este colocar jovens jogadores a rodar na primeira liga, onde podem jogar ao mais alto nivel apurando as suas qualidades, e podendo um dia serem utilizados nas selecções nacionais,para bem do futebol cá da parvonea!

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  18. mais uma achega:
    para além dos outros clubes pagarem o ordenado do jogador emprestado é preciso ver que em alguns casos o porto tambem recebe um valor pelo empréstimo

    por exemplo o ibson no flamengo foi 750.000 € + ordenados.

    o pele no genova é 300.000 € + ordenados

    pouco ou muito é dinheiro.

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  19. clap,clap,clap!!! magnifica cronica Zé Luis

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  20. E para aqueles que não acreditam existir pessoas sérias na SAD portista, eis que o director do Lyon garante ter a palavra de Pinto da Costa de como CISSOKHO SERÁ DO LYON.

    SIM, E POR 15 MILHÕES DE EUROS!

    VENHAM MAIS 15!

    Leio agora no L'Équipe:
    Marino Faccioli en a profité pour faire le point sur le mercato lyonnais. Et il est assez serein sur tous les dossiers qui sont menés de front. «Porto nous a demandé 15 millions pour Aly Cissokho et c'est l'offre que nous avons transmise. Si le président Pinto tient sa parole, le joueur évoluera à l'OL.»

    Rien de plus. Lá vai o Aly por 15 milhões.

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  21. Zé Luís,

    Segundo soube, essa proposta pelo Cissokho é de 15 milhões, mas poderá chegar aos 19, mediante cumprimento de objectivos.
    Vamos ficar todos a torcer pelo Lyon na próxima época xD.
    E que o Marselha ganhe alguma alguma coisa para entrarem mais milhões pelo Lucho!

    Abraço
    http://carregaporto.blogspot.com/

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  22. Fazendo umas contas simples...18 pelo Lucho, 24 pelo Lisandro, 15 pelo Cissoko, 5 pelo Ibson, 3,5 pelo Paulo Machado...Deixa cá ver Meireles, 18+24+15+5+3,5...65,5 Milhões?...Será possível?...Tasssssss...


    O Sousa Tavares deve estar a roer-se todo, até eu...Dêm-me um milhãozinho só, tá bem?...

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  23. Se calhar aquela velha máxima, "mal ou bem pouco importa, o que interessa é que falem de mim" está a surtir um grande efeito...Brigado Orelhudo!...

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  24. sinceramente acho um exagero a quantidade de jogadores que o fc porto possui. alguns nunca vestiram sequer a camisola azul e branca e todos os meses lá têm um cheque assinado pelo Porto..

    Um abraço, Gaspar
    http://odragaozinho.blogspot.com

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  25. Aqui está um pequeno comentário deveras interessante do sportsleader que fala sobre a enorme perda de prestígio do torneio de Amesterdão que este está a ter, tendo em conta o nível das equipas deste ano comparadas ao do ano passado.

    Curiosamente, o ano passado o FC Porto participou e este o Benfica entrou.

    enfim, fica a notícia para sempre que quiserem responder a um daqueles benfiquistas acéfalos sem terem que se chatear muito.

    "As four European clubs line up to take part in the Amsterdam Tournament from July 24 to 26, you will notice that it has lost the magic it once possessed. Big giants of European football (Manchester United, Arsenal, Internazionale, Liverpool, Porto) dreamt of playing in this prestigious tournament at the Amsterdam Arena in the Netherlands, one of the most celebrated stadiums in the world. They would use this famous tournament to fine tune their teams for the upcoming European and domestic season but not any more, especially if you look at this year’s line-up.

    The line-up for the 2009 Amsterdam Tournament is Ajax Amsterdam, Atletico Madrid, Sunderland FC (Yep! That very same Sunderland that was fighting to stay in the Premier League last season) and Benfica. If you look at this line-up you will see that it’s lost its previous pulling power and really starting to fade as a prestigious tournament. The four teams contesting don’t have the attractiveness that has always boosted Amsterdam’s tourism business in July and August when the tournament is played."

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  26. esta época, acredite-se ou não, é a primeira a dar razão ao núcleo que apoia a política de empréstimos, já que nas outras havia poucas vantagens tangíveis do ponto de vista financeiro. ainda assim sou da opinião que temos emprestados a mais, e que de facto muitos deles não têm qualidade para alguma vez virem a jogar no FCP. com tanta gente que se compra, coloca-se a questão: porque não juntar o valor de vários deles e aglutiná-lo para comprar um jogador que seja de facto uma mais-valia imediata para a equipa?
    a discussão vai continuar, e é isso que se quer, em bons moldes e sobre bons tópicos.

    mais uma vez, excelente crónica, zé luís!

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  27. Acho muito bem que se venda o Cissokho por 15, com ou sem opção +4.
    Já ouvi dizer que a verdadeira idade dele não é 21 anos.

    De resto, nas contas das transferências, faltam ainda contabilizar os 3 milhões do Paulo Assunção. Só tenho pena é que os 2 reforços que estão para chegar sejam Falcao e Valeri e não Pastore e outro avançado melhor. Penso que temos dinheiro e prestígio para um atacante de chegar e pegar de estaca. Este Falcao é uma incógnita.

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  28. Essa do "outro avançado melhor" e logo a seguir "é uma incógnita" diz tudo.
    Ainda nem o viste jogar já o queres queimar. à primeira falha lá vem assobio...

    O Pastore só não vem porque o Palermo foi mais rápido e mais forte na negociação. Infelizmente o Porto não ganha todas...

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  29. Obrigado Benny Az pelo comentário delicioso que de seguida irei espalhar pelos blogs da lampionagem.

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  30. Caro Zé Luis,
    os meus amigos infelizmente seguem a bitola anti-Porto, apesar de terem capacidade para um raciocinio bem mais capaz.
    O comentário do Condor resume aquilo que leio no meu forum e contra o qual, eu e outro companheiro portista, lutamos "ferozmente" :)
    Como a razão e o racional estão do nosso lado, defendemos bem a nossa dama.

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  31. «A Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD vem comunicar, nos termos e para os efeitos do art. 248º nº1 do Código dos Valores Mobiliários, ter chegado a um principio de acordo com o River Plate, para a aquisição dos direitos de inscrição desportiva do jogador Falcao.

    Esta aquisição foi realizada pelo montante de 3.930.000 € (três milhões novecentos e trinta mil euros) sendo que a Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD adquiriu 60% dos direitos económicos do jogador.

    Informa-se ainda que o jogador acordou com a sociedade um contrato válido para as próximas 4 temporadas, ou seja, até 30 de Junho de 2013

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  32. Declaração de Marino Faccioli, director desportivo do Lyon, ontem ao L'Équipe:
    «O Porto pediu 15 milhões por Aly Cissokho e é a oferta que enviamos. Se o presidente Pinto da Costa mantiver a sua palavra, o jogador rumará ao Lyon.»

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  33. Benny AZ, eu já tinha dado conta da "decad~encia" do Torneio de Amesterdão, que acompanha a do Ajax na verdade. Mas dito e visto por outro intérprete, é outra coisa...

    Offshore, o que espanta mesmo é as pessoas terem capacidade de raciocinar e dedicarem-se às torpes maquiavelices provocadas pela clubite aguda e a paixão alegadamente pelo futebol que tolda a razão.

    Não têm emenda.

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  34. Li este comentario do KEROUAC bastante detalhado sobre o assunto:

    "Voltando aos emprestados...

    este ano houve muitas rescisões de contratos por isso os números de que vou falar devem ser por alto.

    O Porto terá sob contrato à volta de 70 jogadores.

    Desses 26 compõem o plantel principal.

    Portando existem 44 emprestados.

    Desses 44, 29/30 são jogadores oriundos da formação, que ainda assim dividem-se em dois grupos: os mais conceituados (que já passaram pelo plantel e etc.) que terão contratos baixos mas digamos assim relevantes que serão uns 10 (vieirinha, helder barbosa, tengarrinha, etc.) mas que por sua vez já estão a ser rentabilizados P. Machado no St. Etienne, Vieirinha no PAOK, etc.

    Os restantes 19/20 emprestados da formação são miúdos com contratos irrisórios. irrisórios. Miúdos com os quais o Porto mantém contrato por várias razões, entre outras mais frias, a relação que existe entre o jogador/homem e o clube.

    Recentemente no contrato de empréstimo destes jogadores existe uma cláusula em que o porto paga uma parte maior do salário se o jogador jogar mais jogos. É uma cláusula excecionalmente inteligente pois "obriga" os treinadores a colocar os miúdos em jogo e a ganhar minutos. Que é o que se quer.

    Restam assim 14/15 jogadores emprestados que de facto poderão constituir um peso para o clube. Jogadores que foram contratados e que poe esta ou aquel arazão não vingaram (Pitbull, Adriano, Bruno Moraes)."

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  35. (cont)
    "Estes jogadores são emprestados com contratos que oscilam entre o porto pagar parte do salário e não receber nada até a casos em que o porto não paga nada do salário e ainda recebe um valor pelo empréstimo (o empréstimo do ibson ao flamengo por exemplo foi de 750.000 €).

    Não tenho, porque não está disponível, a informação que me permita a análise caso a caso.

    Mas tenho a convicção que a análise de rentabilidade global, ou seja:

    Valor de Venda + Valor de Empréstimos recebidos - Valor de Compra - Salários e Outras despesas (efectivamente pagas)

    é claramente positiva. Mesmo sem contar com as vendas de jogadores que foram vendidos quando já estavam no plantel principal (se formos por aí então a rentabilidade é total).


    Mas existe um segundo argumento mais inteligente que é tudo bem os emprestados dão globalmente lucro. Mas não estaremos a consumir capital e recursos com estes activos que poderíamos utilizar em Luchos e Lisandros.

    Vamos por partes:

    1. Os miúdos da formação. Antes de mais como não há valor de compra do passe visto que vêm da formação não estamos a empatar capital. No entanto podiamos de facto dizer: É pá fizeste 19 anos. não tens lugar no plantel. tchau.

    Poupavas de facto algum dinheiro em salários. mas essa poupança nos 30 jogadores daria quanto muito para pagar o ordenado de um jogador de salário médio tipo (imagino) o maicon.

    Ou seja perdiamos a possibilidade de surgirem bons jogadores (já não digo Bruno Alves) pelo direito de podermos pagar o ordenado (não o passe) de um jogador de padrão salarial médio.

    2. Os 14/15 "contentores". De facto com estes jogadores há capital investido. São jogadores que por uma razão ou outra foram contratados e não funcionaram.

    Com um MST à frente do Porto não haveria este "problema" porque não haveria contratações falhadas. seriam todos os anos comprados apenas dois/três jogadores e seriam sempre craques titulares da equipa.

    Como na SAD estão seres humanos normais, existem contratações que não funcionam. Jogadores que até têm qualidade, em alguns casos muita qualidade, que se esforçam, que são profissionais, mas que por uma razão ou outra não encaixam.

    Nesse caso o que é que se deve fazer?

    a. não contratar tantos jogadores. admito que terá havido durante duas épocas alguns excessos mas estou longe de ser um excitado por isso. acho que o número de contratados não é excessivo

    b. despedi-los quando o treinador diz que não conta com eles para o plantel. Isso implica necessariamente vender mal. ou seja tentar recuperar o capital o mais possível e poupar nos salários. E já agora tem de aparecer alguém que compre o jogador.

    se vendessemos assim os 14 jogadores se calhar tinha dado para pagar o passe do tommy costa e os ordenados poupados davam para pagar os ordenados de 4 jogadores médios ou 80% de um jogador no patamar mais alto.

    mas não se esqueçam que perdíamos uma pipa de massa conseguindo recuperar talvez 30 a 40% do montante investido.

    c. ir rodando os jogadores na expectativa de: (i) serem reintegrados no plantel, (ii) serem valorizados e depois vendidos e (iii) serem rentabilizados através de empréstimos que possibilitem ir recuperando o capital.

    ou seja temos o capital empatado e vamos suportando o salário de alguns jogadores mas vamos fazendo alguns negócios (de empréstimo ou de venda) que compensem isso (ou não)."

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  36. cm, esse comentário reflecte a realidade dos jogadores emprestados pelo Porto. Vou só corrigir para os valores correctos.

    Esta época o plantel tem 25 jogadores, com uma média de 24,8 anos. Destes 24, 8 são novos jogadores no plantel, com uma média de 23,1 anos.

    17 jogadores o terminaram o contrato com o Porto, sendo que 6 foram vendidos, 4 eram jogadores emprestados que não exercemos o direito de opção, 1 terminou a carreira (P. Emanuel) e os restantes 6 foram dispensados.

    38 jogadores estão emprestados ou à espera de colocação, havendo a possibilidade de alguns serem vendidos ou dispensados.

    Esses 38 jogadores têm uma média de 21,7 anos.

    Desses 38, 27 saíram dos júniores do FCP, sendo Bruno Vale (26 anos) o único com mais de 23 anos.

    Os restantes 11 são:
    Adriano
    Bolatti
    Bruno Moraes
    João Paulo
    Kazmierczak
    Leandro
    Leandro Lima
    Pedro Moreira
    Pelé
    Pitbull
    Renteria

    Destes, só Pedro Moreira (contratado ao Boavista a época passada) não jogou pelo menos meia temporada no plantel principal do Porto.

    No total são 63 jogadores.

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  37. cm, obrigado pela achega e ainda bem que alguém se dispôs a ver as coisas mesmo como elas são.

    Em resumo:
    - o FC Porto tem capacidade para esse investimento;
    - o FC Porto tem paciência e não tem aversão ao risco de apostar e ver o que dá;
    - o FC Porto conhece a fundo estes processos e, pelo menos, não queima as pernas a um jogador à primeira contrariedade (veja-se o afamado Zequinha)
    - o FC Porto obtém vantagens: patrimonais e não patrimoniais;
    - tudo faz parte de um alargado leque de observações com o fim, último de da quantidade extrair a qualidade;
    - por fim, os consignados 3,5ME, do R&C de 2008, não são assim uma fasquia insuportável e que traga só por si prejuízos ao FC Porto.

    Pelo que, como eu temia, toda a leitura apressada da coisa dá num monte de opiniões irrelevantes e mal fundamentadas. Atrevo-me a dizer, a norma em questões sobre futebol e pior ainda sobre temas que passam do conhecimento comum e da observação directa do espectador menos atento.

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  38. E, mais uma vez, muito obrigado ao Aristodemos por complementar a informação e condensar os números necessários para mais fácil compreensão.

    Creio que, ao fim deste debate, temos uma ideia mais positiva da questão, menos crítica da filosofia do clube e mais realista e fundamentada, o que se realça.

    Como se diz, quem muito fala pouco acerta. Como o MST não lê blogues e situa-se lá no alto da sua sapiência que de bola é tanto como o "Benfica jogar o dobro", daqui a uns tempos temos mais uns broncos a comentar uma opinião alarve de quem nada sabe do assunto e não fez por saber.

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  39. In MaisFutebol:
    «A imprensa argentina fala, de resto, que o Huracán comprou metade do passe de Bolatti por dois milhões de euros. O F.C. Porto, porém, terá abatido 900 mil euros referentes aos direitos de formação de Lucho González, que foi formado no Huracán. O resto terá sido pago com dinheiro da transferência de Pastore e uma ajuda de Marcelo Simonian.»

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  40. Olá Zé Luís!

    Bom post. Equilibrado e realista.

    Há um aspecto, do qual muitos adeptos parecem esquecer-se, quando falam do jogador «A», que era português e foi cedido a outro clube, e que ainda podia ser útil para o lugar do jogador «B», etc.,que é o seguinte: o negócio do futebol é, tanto para um clube, como para os próprios jogadores, um negócio de momento, de oportunidade, que deve ser feito na hora.

    A partir de um determinado momento,cabe exclusivamente ao jogador a responsabilidade de se impôr num clube. Se a deixa passar, porque não quer ou não sabe, só ele é que tem de decidir.

    Já imaginaram o tempo e o dinheiro que os clubes consumiam se passassem o tempo, época após época, a dar oportunidades a jogadores promissores que nunca se chegassem a afirmar?

    Vou só dar um exemplo: alguém pode dizer [sem mentir] que o FCPorto não deu oportunidades ao Hélder Postiga para se afirmar? Acham que ele as soube aproveitar? Alguém o quer de volta ao clube? Eu não acredito. Outros casos ouve como o de Postiga.

    Se compreendermos que algumas das dispensas de jogadores como Ibson e Diego, foram motivadas por critérios técnico-estratégicos dos treinadores [jesualdo e Adriaanse], e não pela SAD, não sobra muito para lamentar o "não aproveitamento de alguns jogadores. Ou sobrará?

    Sinceramente, não estou a ver quem, tendo como dado adquirido que os clubes [e o FCPorto não foge à regra] são obrigados todos os os anos a vender alguns bons jogadores [como Lisandro e Lucho] para gerar receitas.

    Não à volta a dar-lhe. E cá para nós, qual o clube em Portugal que melhor a sabe dar (a volta)?

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  41. gosto pouco de me pronunciar sobre assuntos que não domino, sobretudo essas histórias de contas, saldos, deve e haver etc...

    a direcção do clube, segundo diz, necessita de fazer 25M€ anuais em vendas.

    parece-me que este ano, contando já com as eventuais vendas do BAlves e do Cissoko (nem sei bem se é assim que se escreve) o saldo positivo entre transferências e aquisições superará os 50M€.

    seria pedir muito que no próximo ano não tivessemos, mais uma vez, de reconstruir meia equipa?

    como adepto passaria um verão bem mais sossegado :)

    cumps.

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  42. Rui Valente, exactamente: a oportunidade.

    A sorte é uma oportunidade aproveitada. Há momentos felizes e outros menos bons. O futebol vive de momentos e nesta matéria não há ciência certa.

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  43. nobigdeal,

    é só escolher

    a) diminui ao passivo
    b) compra jogadores para substituir os que vende (porque são bons e desejados)
    c) não mexe em nada, mantém a equipa, nem compra nem vende e há um orçamento anual (aproximado) de 40ME para cuidar.

    Pois é...

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