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Salvou-se o plano de jogo, não tanto o futebol em si, mas nesta fase não se pode pedir mais. O que se demonstra, mais uma vez, até pelo fòlego impressionante e a sede de vitória patentes em toda a 2ª parte, é que o problema da equipa não é físico, seria ridículo se o fosse. Pode ser mental, ou por conflito eventual com o treinador, mas não é justificável a perda do controlo emocional e a gestão do desgaste psicológico que têm marcado, a par de um relaxamento competitivo decepcionante, a época europeia dos dragões.
Tiveram brio, desta feita, tiveram vergonha do que fizeram no sábado e, afinal, tudo se conjuga para a equipa entrar bem nesta recta final antes do Natal onde se definem as posições no campeonato e o apuramento para os oitavos da Champions. Com o descanso forçado na Taça de Portugal, Vítor Pereira pode preparar a equipa em continuidade e fá-lo-á melhor se vencer o Braga no domingo, para agarrar bem a liderança da Liga, eventualmente beneficiando de um empate no dérbi de Lisboa. A recepção ao Zenit é numa 3ª feira e no fds antes não há competição: até lá, apenas o jogo de domingo.
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A equipa deu sinal de si, mas ainda com muita perda de bola injustificada, falhando muitas saídas para o ataque, atrás e à frente.
A tecla do jogo ofensivo, a pressão alta e o vinco dominador no jogo sem contrapartidas defensivas acauteladas, pelo que preconiza Vítor Pereira, passou a factura, não bateu a letra com a careta, a equipa desconfiou de si mesma e descurou o que na Champions é imperdoável: a segurança defensiva. É esse estigma e uma certa perda de identidade do modelo de jogo que têm marcado estes solavancos da equipa. É o meu diagnóstico que seguramente muita gente vai explorar por estes dias.
Pode acontecer de tudo na última jornada, menos tirar o Shakhtar do último lugar. Quem diria, como disse Lucescu, que os teoricamente favoritos estariam nos últimos postos do grupo? O Shakhtar ainda sem vencer terá moral e estofo para lutar pela honra e ganhar em Chipre a um imbatível APOEL - e, inconcebível, já apurado? Vitórias do Porto e do Shakhtar na última ronda dariam o 1º lugar aos campeões nacionais, mas hoje voltei a ver os cipriotas e não estou a ver como é que se consegue vencê-los e o Zenit raras ocasiões teve de marcar.
Há outra confiança e descontração para a jornada crucial do fim-de-semana no campeonato e um grupo reencontrado com o espírito de sacrifício que não tem tido. O grito Somos Porto! ecoou nos confins da Ucrânia e a equipa acabou o jogo em alta, como o técnico sempre desejou mas ainda não alardeara, a começar pela 1ª jornada em que contra nove "mineiros" não forçou o ampliar da vantagem.
Bom dia,
ResponderEliminarMais que tudo, ontem a equipa teve atitude séria, lutou e correu pelo resultado.
O meio campo funcionou e por conseguinte fomos fortes na pressão e na construção de jogo.
Helton esteve enorme na primeira metade, evitando males maiores. A defesa com os pés foi fantástica.
Na segunda parte dominamos completamente o adversário e sob a batuta de Hulk e Moutinho conseguimos uma justa vitória.
Espero sinceramente que não tenha sido uma exibição episódica, e que haja continuidade na atitude, pois as boas exibições surgirão com naturalidade.
Que o jogo de ontem não seja como a velha fábula do burro e da cenoura.
Falta-nos uma simples vitória para nos apurarmos. Acredito que se a atitude se mantiver conseguiremos.
Abraço e boa semana
Paulo
pronunciadodragao.blogspot.com
Foi uma vitória feliz, sofrida mas muito digna, na medida do esforço e solidariedade manifestados quer pelos jogadores quer pelo técnico.
ResponderEliminarOs problemas continuam, não desaparecerem, mas pelo menos vimos raça e ambição.
Voltar a depender de si próprio é um factor que poderá ajudar a atingir o objectivo, mas será necessário muito empenho, porque apesar do jogo decisivo ter lugar no Dragão, ao Zenit basta empatar.
Espero que a sorte que nos bafejou na Ucrânia não nos abandone.
Um abraço