20 setembro 2014

Mourinho vendido aos "bifes" e o 4 por 3 inglês

Se há tanta, imensa estupidez à volta do fut tuga, por causa da porcaria que se esmiuça sem capacidade para discutir o essencial mesmo que dêem voltas ao acessório, acho que o nível nunca desceu tão baixo. Nem mesmo quando Mourinho falou do neurónio único de Jaime Pacheco ou este disse que Rui Barros era um moço de recados, ele, Pacheco, que uma vez não se sentou na cadeira de sonho por queixar-se de... hemorroidas!
 
Adiante. O nível de estupidificação está já em -x*2 e a Imprensa de sarjeta ajuda e está a esforçar-se por acentuar a queda vertiginosa das vendas e em risco a sobrevivência graças a administrações calamitosas que repõem os coveiros em função depois de os colocarem no lugar do morte...
 
Moral da estória da treta: Jesus nem um neurónio deve ter, ao contrário de Pacheco, para Mourinho desprezar a oportunidade. Elitista cada vez mais, o Special None de Madrid ano III e Chelsea come back ano I, fase II, está rendido às maravilhas de Inglaterra. Se pudesse, como sadino que é, votaria pela manutenção da Escócia no RU, a bem da uniformização da "grammar" mesmo tendo de gramar com o sotaque de Alex Ferguson ainda que cada vez menos.
 
Nada preocupado com a visita ao Man. City, amanhã, pois jogará facilmente para o 0-0 como intentou de cada vez que visitava um grande, Mourinho deu-se ao desplante de acicatar a turba de Lisboa por causa de um santo de pau carunchoso. Pouco lhe importa que visite Alvalade no fim do mês e posso ter um latagão à porta do Colombo para partir os dentes a alguém que afronte a "instituição". Mourinho, do alto dos seus milhões, dá-se autorização para falar grosso e de cima da burra.
 
Não pensem que estou aqui a defender Jesus. Nem sou de um lado nem de outro. Afinal, mesmo para os mouros, Jesus é apenas um profeta; eles gostam que não tenha sido o último ou seriam cristãos. Isto é, se não fossem, os mouros, como o José Orelhas dos Santos que um dia descobriu que Jesus não era cristão, era judeu. Se sobrava pedra do Templo de Salomão, a funda inteligência do JOS atirou-a para bem longe e derrubou meia dúzia, pelo menos, de Golias, incluindo o Adamastor e cegando de vez Camões num ricochete da pedra na "Mesa" da cidade do Cabo...
 
Mourinho, ninguém ousou dizê-lo, deixou de ser patriota, criticou o santo da casa e oráculo da parvalheira para defender o desempregado Sherwood um dia, também ele, feito num 8 quando Jesus lhe mostrou três dedos referindo-se, dizia ele e ficou gravado nas tábuas da sua gramática elementar, ao Luisão que por sinal tem o 4 nas costas. The three para four é só diferença de um número, nada de pontapé na gramática, elementar matemática ou sintaxe de Shakespeare.
 
De resto, da iliteracia de Mourinho falou ele mesmo dela, sem ter lido Dumas sequer na infância. Também rapaz sobredotado, dispensando bonecas para se elevar a "adjunto" na mais tenra idade, ao género do Freitas Lobo que aos 7 anos já se dizia deslumbrado com o Brasil de 70 e o Pelé também, Mourinho, como sadino, nem em cascas de laranja escorrega. Poderia lembrar-se do D'Artacão dos desenhos animados, mas nem isso. Ele é suprassumo para os pascácios dos pasquins, em especial os recuperados da lixeira para onde, qual deputado ucraniano lançado ao contentor, algumas administrações enviam certas abencerragens para recuperá-las um ano depois.
 
É o exemplo dos altos e baixos do Rascord, esse paradigma da literatura de cordel que apalpou a Carolina como toda a gente e vendeu o Pífio Dourado como qualquer demente. Repare-se em duas capas de dias consecutivos, onde pior do que um deserto de ideias se vê uma maré de desigualdade e logro, pondo em destaque o perdedor face ao infiel Incrível que o arrumou outra vez; ou no dia seguinte, ontem, em que o vencedor aparente da véspera aparece pequenino porque acima de Jesus há quem lamba os pés e chupe sei lá o quê ao ainda treinador da moda que vive de glórias passadas mas, lá está, é Mourinho e isso vende mais do que qualquer profeta de meia tigela.
 
O desconcerto das imagens, o desconchavo das comparações, o destempero da súcia identificação dos vencedores e dos perdedores, a desproporção das revelações em cada dia, está tudo ali em dois pedaços de papel de irremediáveis pecados mortais: soberba, ganância, inveja, mesquinhez, torpeza, sacrilégio, heresia, falsidade. Sócrates, o tuga que foi Primeiro-Sinistro, falaria em cabala e assassínio de carácter. O pasquim de merda que uma vez lembrou a AVB, reclamando de uma arbitragem em Guimarães após 1-1 a interromper série de vitórias, na mesma época não lembrou que Jesus também se "equivocou" e as imagens da TV não lhe foram escarrapachadas com um garrafal "Não tem Razão". Agora, deu-lhe para, ao uma vez apelidado de "Professor do Povo" que viria a perder tudo em 15 dias dois meses depois de uma "aula de cátedra" do "mestre da táctica", crucificar o tipo que sempre deu erros, dizem que perdeu campeonatos por ser burro e, helàs, faz as delícias das páginas desses mesmos pasquins de merda.
 
Nem a Quadratura de Cavalgaduras do Círculo foi capaz de imitar o "catedrático" que não conhece o D'Artagnan e cujos três mosqueteiros, uma vez num treino, ele disse para fazerem um quadrado...

Contudo, jornais mouros há que não se importaram de o lapidar, não propriamente apedrejar, mas moldar o homem que dizia ter tirado um curso para falar com jornalistas.
 
O que diz bem, por fim, da casta de letrados e versados nos poemas de escárnio e maldizer escarrapachados nas capas dos pasquins ditos jornais desportivos.
 
Vai daí, com a queda do profeta nos confins do Zenit, logo aproveitaram para, por terceiros, apunhalarem o pobre sacristão que alimenta as suas quotidianas diarreias mentais e editoriais.
 
A espécie lisbonensis há muito vem sendo desenterrada nas escavações paleontólogas da Lourinhã. Isso é o estudo dos animais fósseis. Ou plantas. Mesmo animais podem nem ter neurónios. Não confundir com paleologia, estudo de línguas antigas que até Mourinho desconhece, afinal ele é de Setúbal e o outro do Seixal ou Alcabideche, nem imaginando o que terá sido o galaico-português. Antes de uma jornada com o dérbi tripeiro que faz as delícias do "sinhor inginheiro" e do "Estebes", foi da literatura de alto labirinto, ou gabarito para os eruditos, que se findou a semana.
 
 Acabam os dinossauros por morrerem ali na região saloia, intoxicados pelo acre odor das fétidas fossas onde esbracejam. E, parafraseando uma capa de há um ano, suscitando de Jesus um último suspiro, não de fé mas de desalento mortal: "Até vocês, brutus pasquins, me fodéis. Hádem vir às boas q'eu amando-vos pó etcétra!".

Em cima do resumo, para quê falar da única vitória, e por 6-0, de uns tugas na Europa em 5 jogos, e das proezas do Brahimi que nem portistas dissecaram no dia seguinte que adoram ver às escondidas, se o fut tuga é isto antes do remate à baliza que aqui proponho? Façam lá a reflessão nessecária e não voltem a pescar,

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