16 setembro 2014

Olha, a última vez que vi Pinto da Costa numa tv generalista foi... em Guimarães. Com Falcao a despedir-se!

Portistas choram mais baba e ranho pelo silêncio, de sepulcro como é dos tempos de fim de época e cheiro a mofo e velório preparado, da SAD sobre mais um roubo contra o FC Porto perpetrado pela arbitragem tuga. Também são os do costume, os que se perguntam porquê?, como o parvo do Mourinho, sabendo onde está a explicação mas temendo denunciá-la e trair o seu coração carneiro de seguidismo cego, tolo e militante, logo bronco e acrítico.
 
Ai isto, ui aquilo, o Torto Canal para que serve, este silêncio não deu resultados nos tempos recentes porque fomos prejudicados. Era previsível: o silêncio a que cobardemente se habituou o FC Porto e a aspereza de algumas perguntas existenciais de burros de carga: o que andamos aqui a fazer sem ninguém nos proteger da roubalheira?
 
Adiante, do Torto Canal tirei-lhe a pinta ainda antes de dar uma imagem nova do injectado portismo. E como sei que os portistas não gostam que se critique o estado de coisas que aflige todos mas só os verdadeiramente incomodados se indignam, pior do que o bronco do carvalho por peanuts, vou continuar na senda de destapar as carecas aos velhos lobos da SAD paquidérmica que, como é da sua natureza, caminha lentamente para a morte cerebral desejando morrer sozinha. Seria bom se não incomodasse uma larga legião de adeptos que, ao contrário de três ou quatro abencerragens, não se revêm nesta gente que não representa nem os adeptos, não defende os jogadores e não protege o clube que lideram.
 
Ora bem, tirando umas raras entrevistas de chacha perante as venerandas Judites e Fátimas dos broches jornalísticos a qualquer, e salvo a patética aparição, surreal, de defender o Produções Fictícias numa inusitada e acabrunhante entrevista ao dito canal do clube onde a SAD se limpa como se fosse um guardanapo, alguém se lembra de Pinto da Costa aparecer na televisão a zurzir no que está mal e prejudica o FC Porto?
 
Não, não vou dizer quando ocorreu, porque tenho memória mas não me lembro de tudo. Tirando os três episódios acima referidos, da trilogia Judite-Fátima-Torto Canal, a última vez que vi Pinto da Costa na tv, em geral, sem restrições nem exclusivos, foi... em Guimarães. Sim, mas em 2011, na 1ª jornada, em que o FC Porto ganhou por 1-0, por sinal um penálti evidente e bem marcado por Hulk e num jogo em que Benquerença não teve de inventar um penálti contra e negar um golo ao FC Porto.
 
Em Guimarães, desta vez, apareceu o presidente... do Vitória. Por jogar em casa? Por festejar o 1-1 mafioso? Por ter alguém para vender ou comprar? Não, para falar de desacatos que foram só dos adeptos do Guimarães, reconhecidamente vândalos que há muito conspurcam o clube, a propósito de serem muito ferrenhos e bairristas apoiando só a equipa da cidade, mas que já denegriram aquilo que eu julgava acima do próprio Vitória SC: a estátua de D. Afonso Henriques, que é tudo naquela e para aquela cidade.
 
O presidente do Vitória, Júlio Mendes, não saiu a terreiro para criticar os adeptos por andarem à pancada entre si num tumulto que até afectou o decorrer do jogo, interrompido, nem sei porquê, por sete minutos. O presidente do Vitória nem criticou tais incidentes, simplesmente virou-se contra a Polícia como se fosse ela a iniciar os desacatos. Definitivamente, o berço da Nacionalidade já não é o que era.
 
E Pinto da Costa também não. Está morto, temem só terem de enterrá-lo. Podia aproveitar o pé de microfone da SportTV, essa pantalha de relaadores, comentadores e repórteres de merda que dizem controlada pelo Joaquim Oliveira e, por tabela, associada ao FC Porto. Veja-se o que dizia o Benfica sobre o tema, quer da inclinação editorial quer da finalidade do canal e mesmo o próprio acordo de direitos televisivos que acabou por não renovar com a antena dita de Desporto.
 
A última vez que Pinto da Costa apareceu em Guimarães numa televisão, lembro bem, não foi para abrir a boca. Apareceu na imagem a ouvir o que Falcao dizia para justificar a saída iminente do FC Porto, numa tarde onde, em Madrid, o Atlético jogava na Liga espanhola e tinha já panos gigantes a dar as boas-vindas a el Tigre... Pinto da Costa, numa figurinha ridícula, parecia o penetra, o mostrengo, o emplastro que gosta de se pendurar nos pés de microfone e aparecer nas entrevistas. Nem de propósito, dizia que era "filho do Pinto da Costa". Afinal, a imagem é o que fica. E o silêncio, definitivamente, não é de ouro.

Escusado acordar o cão quando está a dormir, diz a sabedoria popular.

3 comentários:

  1. Desculpe me o comentário!
    Fora de clubismos e como cidadão penso que a atitude do presidente do vitoria foi a mais correcta em defender os adeptos contra uma atitude de violência extrema por parte da PSP!
    Trata-se de um caso de violência extrema condenável seja sobre quem for sejam eles adeptos de que clube forem!
    Não foi a PSP que iniciou os desacatos mas ninguém merece levar com balas de borracha na cabeça e muito menos um relatório da PSP a deturpar os factos na tentativa de se desculpar de tamanha violência!
    Guimarães não é só a estátua nem a estátua de D. Afonso Henriques é tudo para Guimarães esse comentário é de quem acha que o norte é só o porto!
    Olhe que esta enganado redondamente enganado visite Guimarães, pois da me a entender que só conhece o clube!

    Tomara o nosso Presidente intervir de forma tão adequada e propositada, como o fez o presidente do vitoria,pois ultimamente em certos casos o clube parece não ter ouvidos nem boca e esconde-se num silencio irritante!
    Esta politica do "mais vale estar calado" e deixa los a falar sozinhos só prejudica o clube, disso não há duvidas o que é demais é erro!
    Saudaçoes

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  2. OK, pegou por uma coisa marginal para agarrar o que eu disse relativo ao essencial.

    Reconhece que a PSP não iniciou os desacatos, o que é um bom começo. Do resto sabe tanto como eu. E o resto é o que o pres. do VSC disse. Vale o que vale. A PSP justificou-se e é na PSP que se confia primeiro quando há zaragata onde ela nem era tida nem achada.

    Reforça que qualquer presidente aparece, o do FC Porto é que não. Uma constatação que nem todos apercebem e dou-lhe esse mérito também.

    Para Dragão do Minho, que saúdo vivamente, incomodado com o silêncio portista no que imagino V. reconhecer como um roubo real de castelo, podia ir ao essencial da questão: o que se passa em Guimarães é lateral, piquei apenas o ponto sobre a violência costumeira por aí. E, sim, conheço o clube e a cidade, que aprecio. Mas isso para aqui não é chamado.

    Grande Abraço

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  3. Ah, sobre o que conheço da cidade e dos adeptos e do clube, sim, nunca imaginei que vandalizassem a estátua do primeiro rei e, sim, tinha em conta que o orgulho de pertencerem ao berço na Nacionalidade era intocável.

    Realmente, os tempos de hoje são muito diferentes, há o relativismo de tudo e não quero chamar nomes feios a isso. Mas choca-me e surpreende-me o atentado ao rei. Não me choca nem me surpreende a zaragata dos adeptos, normalmente com os visitantes mas mesmo entre eles parece-me rotineiro.

    E isso é que se deve lamentar e criticar. Isso é que é incompreensível. E traz a violência latente, essa sim, que deve condenar-se.

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