27 abril 2007

Porto e FC Porto

Sendo portuense por nascimento, e portista por opção, sempre me habituei a encarar com naturalidade a associação que é feita entre a cidade e o seu clube mais representativo – e que transporta o seu nome.

Hoje em dia o FCP é, também, o mais vivo símbolo da cidade do
Porto. Depois de a cidade de ser afirmado nos séc. XIX e inícios do séc. XX através do seu produto mais emblemático – o Vinho do Porto – e de ter assumido um importante protagonismo político e económico no período pós-25 de Abril – tendo sido menos afectada pelas tropelias do período pós-revolucionário e pelas nacionalizações, por um lado, e por se ter assumido como uma intransigente defensora dos valores da Liberdade e Democracia, voltando a fazer jus à inscrição que apresenta nas suas armas, “Antiga, Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta Cidade D’ Porto”. Nessa altura, a economia da região – alicerçada, sobretudo, em pequenas e médias empresas de natureza industrial, com destaque para os sectores dos têxteis e calçado – apresentava um grande dinamismo.

Hoje em dia, poucos exemplos restam desse dinamismo económico. A falência de muitas das empresas industriais da região têm provocado um elevado crescimento do desemprego, e a região Norte transformou-se na mais pobre de Portugal, apresentando graves carências sociais.

Num contexto profundamente adverso, surge na cidade um FCP verdadeiramente demolidor a nível interno, quebrando uma hegemonia que parecia inatacável dos clubes de Lisboa, e projectando-se como uma equipa de nível mundial. No espaço de 20 anos, conquista seis títulos internacionais, incluindo duas taças dos campeões e duas taças intercontinentais.

O FCP projecta, assim, o nome da ci
dade além-fronteiras. A sua cultura de trabalho e determinação inabalável, que ficaram como legado de várias figuras que por lá têm passado, com destaque para Jorge Nuno Pinto da Costa e José Maria Pedroto, demonstram à cidade que é possível vencer em todas as circunstâncias e em todos os estádios – com a neve de Tóquio ou o calor de Sevilha.

Por isso, não fará sentido que cidade e clube vivam de costas voltadas, ignorando a importância que têm um para o outro. Embora seja dos que não sancionam a promiscuidade e o espírito facilitista que existiu em tempos – e que envolveu negócios e a atribuição de verbas que terão difícil explicação – também acredito que se pode errar caindo no extremo oposto. Para dar um exemplo recente, não me confo
rmo com o facto que, tem sido referido, segundo o qual só foi possível promover a construção de um pavilhão com 2.000 lugares devido à ausência de cooperação entre a cidade e o clube. Sendo as modalidades amadoras indispensáveis na promoção da prática desportiva, torna-se incompreensível a ausência da busca de soluções que possam servir os interesses da cidade e do clube.

O FCP, por seu turno, conquistou uma posição única no panorama desportivo nacional. Em pouco mais de 25 anos – os anos de Pinto da Costa, primeiro como responsável pelo departamento de futebol, e depois como presidente – passou de clube de província, que raramente saboreava vitórias e temia “passar a ponte”, a um clube habituado a vencer. Esta dinâmica de vitórias está a introduzir alterações substanciais no perfil dos seus adeptos. Encontra cada vez mais adeptos seus fora da sua cidade, da sua região (é significativo que tenha aberto uma casa em Guimarães, cidade que vive com intensidade o “seu” Vitória, ou que já tenha numerosos adeptos no Sul em geral, e Lisboa em particular), e mesmo do seu país.

Esta tendência, de cativar adeptos fora do seu espaço tradicional, é vital para o engrandecimento do clube, que terá de alargar a sua base de receitas. Coloca, igualmente, novas exigências ao clube, quer a nível comercial (onde se podem mencionar questões já focadas no blog, como a estratégia de se contratar um jogador asiático, ou o aprofundamento da estratégia de merchandising), quer a nível de exigência da sua gestão. Num país tão apaixonado pelo futebol, e num clube com a projecção internacional do FCP, fechar as contas anuais com prejuízo não pode ser uma inevitabilidade, nem é sustentável. Este ano, o desequilíbrio das contas terá efeitos desportivos extremamente perniciosos. Tendo o FCP uma equipa jovem, e com enorme qualidade e margem de progressão, será obrigado a vender dois um mais jogadores importantes devido à situação financeira do clube, prejudicando os resultados desportivos das próximas épocas.

O FCP encontra-se no início de uma fase de transição, em que terá de ser repensada a sua estratégia e a sua gestão. O seu passado desportivo, e a sua mentalidade vencedora, são activos que permitem encarar o futuro com optimismo. E está demonstrado que será possível encontrar, entre os adeptos do FCP, pessoas com qualidade e paixão pelo clube, que garantam a continuidade das suas vitórias.

Amanhã, o FCP deverá dar um importante passo rumo ao próximo título. Após essa vitória, poderemos assistir tranquilos ao jogo de domingo, que nos deixará sempre com uma posição mais confortável na tabela – e poderá dar-nos a possibilidade de festejar o título no jogo seguinte, no Dragão.

Aproveito para deixar o meu palpite para o “onze” do Bessa: Helton; Bosingwa, Bruno Alves, R. Costa, Fucile; Raul Meireles, Lucho, Jorginho; Quaresma, Adriano, Lisandro.

FORÇA FCP!!!

P.S. Uma nota final. Vi nos noticiários que a claque do FCP foi impedida ontem, dia 25 de Abril, de entrar em Lisboa, aonde se deslocavam para apoiar a equipa de hóquei em patins, que jogou na Luz. É absolutamente espantoso o pretexto de que não poderiam deslocar-se ao pavilhão, por não estarem garantidas as suas condições de segurança, para obrigá-los a dar meia-volta num nó da auto-estrada. Parece que voltamos ao tempo das barricadas em Torres Vedras. Pelo menos, a nossa equipa de hóquei em patins conseguiu passar a barricada, e nem este incidente a perturbou, e venceram 2-3 num pavilhão donde, não há muitos anos, foram forçados a sair sob uma chuva de pedras. Fica o registo de mais um estranho incidente num dia em que seria suposto comemorar-se a Liberdade, num país em que o actual poder político coloca-a em perigo permanente.

28 comentários:

  1. Primeiro de tudo, bem vindo Nuno Nasoni e parabéns pela crónica.

    É uma realidade indesmentível que o clube e a cidade vivem de costas voltadas e isso é uma vergonha para o país.

    A cidade do Porto nunca esteve tão mal, culturalmente , e são as vitórias do FCP as únicas alegrias. Como é possível que uma Câmara despreze o clube numa altura em que ele elevava o nome da sua cidade ao topo da Europa e do Mundo ? Nem um reconhecimento foi dado, nem uma palavra, tudo porque o presidente da Câmara não gosta das nossas cores, não soube separar o trigo do joio.

    Ainda no outro dia veio uma reportagem no JN que compara o dinheiro que o FCP, indirectamente, "mete" na cidade quando joga para a Europa. No outro dia fui à Ribeira e metia medo à noite, a única alegria deles são quando o FCP joga contra clubes europeus e eles gastam o seu dinheiro cá.

    Se nos lembramos o que era as Antas, um deserto, e o que o Dragão veio revolucionar, os acessos que se vieram a fazer, o Dolce Vita, tudo que foi feito ali, como aquilo cresceu num piscar de olhos, vemos a importância que o clube tem para a cidade.

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  2. Quero "publicamente" dar as boas vindas ao Nuno Nasoni aqui ao Portistas de Bancada como mais um dos meus convidados e agradecer-lhe por ter aceite este meu convite.

    Aproveito também para dizer a os Portistas de Bancada que nos visitam ou que nos lêem que a partir de hoje, o Nuno Nasoni, que por certo já viram pelas caixas de comentários aqui do blog, irá tentar na medida do seu possível ser mais uma voz "azul-e-branca" a mandar umas postas neste blog.

    Sobre o seu excelente texto mais tarde virei fazer o mei comentário.

    Um abraço.

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  3. Excelente post do Nuno Nasoni. É incompreensível que as pessoas não consigam separar querelas e eventuais animosidades pessoais do relacionamento institucional. O Município do Porto e o Futebol Clube do Porto podem e devem ter caminhos próprios, sem promiscuidades, mas já não podem ignorar-se de forma olímpica. E, para que conste, e que eu saiba, quem começou com a cruzada foi Rui Rio, pessoa pela qual não nutro especial simpatia e a quem não vejo obra digna desse nome.
    Quanto ao lento declínio da cidade da região, o Nuno Nasoni tem (mais uma vez) razão. Lamentavelmente, o afastamento das instituições e a fogueira das vaidades intelectuais têm impedido que no Norte se gerem alternativas e surjam movimentos que se oponham à macrocefalia que se vive no País.
    O problema, contudo, passa também pela própria sociedade civil que não pode viver à sombra de lampaneiros e "chicos espertos" ou "chicos das lecas" como existem ainda hoje muitos, por exemplo, no Vale do Ave...
    Quanto ao futebol, li hoje que se procura o consenso no que concerne ao Conselho Superior.
    Contudo, e confirmando que alguns não sabem conviver com a democraticidade, parece que Rui Moreira é um dos sacrificados.
    Grande lição daria Pinto da Costa se o recuperasse!
    Na minha modesta opinião (que já trabalhei com um presidente de Câmara), um líder não se pode rodear apenas de "yes man´s". Deve ter por perto, ou como conselheiros, pessoas que lhe façam sentir os quatro cantos dos ventos!
    Para o Bessa... só a vitória interessa. Mais nada.

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  4. Também eu, portuense e portista gostei muito do post do Nuno Nasoni, revendo-me em muita coisa do que lá está escrito.
    De facto a cidade está em declínio e esta gestão do Rio naõ veio ajudar nada, antes pelo contrário.
    A Capital da Cultura foi das piores coisas que nos aconteceu com as vergonhas em relação à liderança com demissões e outras, a " renovação " da cidade em que fomos brindados com desertos sem árvores, requalificações de gosto duvidoso, o assassínio da Avenida da Liberdade, as derrapagens da Casa da Música, parques subterrâneos estreitos, caros e numa altura em que se deveria pensar em melhorar os transportes colectivos e impedir o mais possível o trânsito no Centro e mais um chorrilho de asneiras. Ressalta tambem a ausência de gente de nível e credível, somos constantemente atraiçoados por gente de cá mas vendida ao poder central e que só tem contribuído para o nosso definhar cultural - uma pobreza - além das questões económicas, estando a região a braços com uma profunda crise.
    No meio disto resiste, qual irredutível gaulês o FC Porto, o único baluarte da força e do Exito nortenho e por isso mesmo odiado pela nomenclatura da capital do império e comunicação social politicamente instrumentalizada.
    Para os pôr a espumar ainda mais, agora é encher o Bessa, os bilhetes baixaram de preço, ganhar e assistir no sofá ao campeonato da 2ª circular.
    Força Porto.

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  5. Tb me revi em muitas situações descritas pelo Nuno. Parabéns pelo texto.

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  6. Agora com mais tempo.

    Há muito tempo, e graças ao "reinado" de Pinto da Costa, que o FCPorto deixou de ser um clube fechado na própria cidade. O clube cresceu, mas cresceu de tal forma que já não se pode considerar apenas um grande clube nacional. É um clube de dimensão internacional, mundial, e em vários pontos do mundo já existem casas do FCPorto abertas, não por portugueses, mas por adeptos anónimos e fãs em países longínquos. E quem ler a revista Dragões deste mês sabe do que falo, com uma casa aberta nos Camarões num pólo universitário, como já tínhamos ouvido falar de outras.

    Por isso o FCPorto e a sua direcção têm de mudar mentalidades saber organizar-se e expandir-se da mesma forma que o clube se expandiu. Mas há que manter sempre aquela garra que nos caracteriza, com o algum clima de guerrilha sempre necessário, para que os mais altos valores se continuem a levantar, principalmente com o que se tem visto em relação a Lisboa e às suas afrontas constantes. Com isso o clube continua a crescer, com isso o clube continua a ganhar, ao contrário da cidade que parece andar em sentido contrário, graças a alguém que em vez de conciliar esforços para uma evolução, não aproveita e não se junta ao que a cidade tem de melhor neste momento, o FCPorto.

    Como bem diz o Nuno, uma maior visão de expansão internacional é o caminho a seguir. Talvez com a compra de um jogador de um país asiático, levando assim o nome do clube às enormes economias emergentes desse lado do globo obtendo com isso um enorme retorno em termos de marchandising que hoje em dia é uma das maiores fontes de receitas dos grandes clube. Ver RMadrid, Barcelona ou MUnited.

    Um abraço.

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  7. Em relação ao teu PS e o impedimento de entrada de portugueses em Lisboa, recebi o seguinte mail enviado pelos Colectivo95:

    "COMUNICADO

    Hóquei-Patins, Colectivo vai apresentar queixa

    Porto, 26 de Abril de 2007 – O Colectivo Ultras 95 após ter recolhido os testemunhos prestados pelos sócios que se deslocaram ontem da Invicta a Lisboa para assistir ao jogo de hóquei-patins entre o Benfica e o FC Porto e que, foram barrados em plena auto-estrada nas portagens de Alverca, equaciona a possibilidade de apresentar uma queixa junto das autoridades.

    O Colectivo tinha já adquirido através dos núcleos de Lisboa e Margem Sul cerca de 20 bilhetes a 8 euros cada que foram vendidos sem qualquer restrição nas bilheteiras do pavilhão. Na saída da auto-estrada os elementos que vinham do Porto juntamente com a outra claque foram bloqueados sob o argumento que não podiam seguir por falta de condições de segurança e porque o Benfica não autorizava a entrada.

    Uma vez que nesta situação nem se coloca o “direito de admissão” nem qualquer outra decisão de alguma entidade judicial e com recurso às imagens da comunicação social e outras, iremos recorrer aos nossos advogados, para encaminhar e pedir esclarecimentos e o reembolso dos prejuízos causados que estão avaliados em cerca de 400 euros (custos da viagem e bilhetes).


    Direcção,
    ----------------
    Colectivo Ultras 95 - FC Porto
    "

    Um abraço.

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  8. Caríssimos,

    Agradeço, sensibilizado, as palavras simpáticas com que receberam este texto. Para mim, o convite do Zirtaev, que agradeço publicamente, constituiu uma honra, e um grande desafio.

    O primeiro texto é sempre difícil. Por um lado, não se tem ainda o hábito de escrever para os muitos que visitam o blog. Por outro lado, causa sempre uma impressão duradoura. Por isso, resolvi fazer um texto que reflectisse a minha alma, as minhas esperanças e angústias. É muito gratificante ver que o texto foi bem recebido, compreendido, mais ainda, leva várias pessoas a identificarem-se com ele.

    A todos, o meu muito obrigado.

    Abraço

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  9. Primeiro de tudo, parabéns ao Nasoni pelo excelente texto e porque não ao Zirtaev por mais uma vez ter sabido rodear-se de portistas como o Nasoni que tem noção do que deve ser um FCP do futuro.

    Como sabem, por opiniões que já aqui expressei, entendo que o FCP já vai tarde(?) no que diz respeito a abandonar o "fechar em si próprio".

    Assim como é premente abraçar de vez a internacionalização, é também urgente que se olhe para o resto do país como o terreno natural de um clube que há muito que deixou de ser de uma cidade só.

    Hoje em dia vejo tantos miúdos portistas na zona onde resido (Cascais), que não poderia ter outra opinião.

    Qualquer ideia do orgulhosamente só, apenas serve para fortalecer os nossos opositores desportivos de Lisboa que sempre souberam não fazer distinções entre Lisboetas e outros portugueses.

    Hoje, uma criança que escolha o FCP como clube não saberá nunca entender estes "regionalismos".

    Não quero que o FCP abandone a sua raiz cultural, mas tão só que saiba abraçar um território de maior amplitude. Só fará sentido a internacionalização no dia em que o conseguirmos fazer internamente.

    E isso é uma ideia com que nem todos os portistas sabem conviver.

    Abraços à bancada.
    [[]]

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  10. Relativamente ao que Teixeira diz, acho que o FCP já se internacionalizou um bocadinho internamente, basta ver que somos cada vez mais nacionais, relembremos-nos da festa que correu o país inteiro quando fomos campeões europeus .

    Até no próprio discurso das pessoas que dirigem o clube, antigamente queríamos ver Lisboa a arder, hoje, quando muito, queremos que os nossos adeptos entrem em Lisboa.

    Para isso contribuiu o futebol tornar-se em industria e preocuparmos-nos com a nossa imagem, isto, sem esquecer do orgulho em ser bairrista.

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  11. Rui Moreira
    “Não fui ao jantar de Pinto da Costa por compromissos profissionais”
    “Critiquei a SAD? Chamei a atenção para a sua situação económica-financeira. Mas o prof. Alberto Castro escreveu um artigo no “JN” exactamente no mesmo sentido”
    ANTÓNIO TAVARES-TELES

    Segundo o “Público” de anteontem, "foi notada a ausência do anfitrião Rui Moreira” na festa dos 25 anos de Pinto da Costa à frente do FC Porto. (“Anfitrião” porque Rui Moreira é o presidente da Associação Comercial do Porto, que detém o edifício do palácio da Bolsa onde a festa se realizou, para além de ser portista, ainda por cima).

    Interessante pois perguntar-lhe o porquê dessa ausência.

    - Que é que se passa? Então faltaste ao jantar de Pinto da Costa?
    - Nuance: não estive presente nesse jantar. Não é a mesma coisa.

    - Mas porque é que não estiveste presente?
    - Ora bem, a Comissão organizadora desse jantar tratou da marcação há cerca de um mês, com os serviços do palácio da Bolsa. Facto de que eu tive conhecimento, como é natural. Nessa altura, não se colocava a questão de eu ser convidado ou não, de eu estar presente ou não: tratava-se apenas de uma cedência comercial. A título de exemplo posso dizer-te que o FC Porto apresentou há algum tempo os seus equipamentos no palácio da Bolsa e eu também não estive presente nem, de resto, fui convidado para essa apresentação. Quando me surgiu o convite para este jantar - há cerca de uma semana, dez dias - mandei informar que por causa de compromissos anteriores, de ordem profissional e no estrangeiro, eu não iria poder estar. E é tudo.

    - Houve no entanto quem interpretasse essa “ausência” como uma resposta da tua parte a uma reacção negativa - veiculada pela imprensa - de alguns sectores internos do FC Porto à tua entrevista de há dias ao “Diário de Notícias”...
    - Não, pelo meu lado isso não é verdade, e pelo do FC Porto também não, uma vez que fui convidado para o jantar antes da entrevista e respondi a esse convite da forma como respondi também antes da mesma entrevista.

    - Para além de que há igualmente quem sugira que a emergência de uma lista B - na qual o teu nome não figura - para o Conselho Consultivo do clube se deva à vontade de te afastar desse Conselho, procurando dar força à referida lista no sentido de fazê-la eleger, excluindo-te portanto...
    - A única coisa que sei é que fui convidado, salvo erro em Janeiro, para a lista agora chamada lista A pelo sr. Fernando Cerqueira que, como é sabido, tem sido a pessoa que, desde há 25 anos, trata da angariação de apoios a Jorge Nuno Pinto da Costa, por altura das sucessivas recandidaturas deste último à presidência do FC Porto. De resto, quando esse convite me foi feito, assinei um termo de aceitação sem sequer cuidar de perguntar quem eram os outros membros da lista, o que não se competia fazer dada a credibilidade junto do presidente do FC Porto da pessoa que me endereçou tal convite. Uma coisa é certa: mais de uma semana antes de eu ter dado essa entrevista ao “DN” já os jornais falavam em duas listas. E mais não digo.

    - Como interpretas o surgimento de uma segunda lista?
    - Não sei, não faço a mínima ideia sobre o assunto.

    - Estás de alguma forma em oposição a Pinto da Costa?
    - Não, tal como sempre disse sou, em tudo aquilo em que me envolvo, um crítico leal. Digo bem ou chamo a atenção apara aquilo que está mal, conforme o caso. Mas sempre com lealdade, repito.

    - Contudo, fizeste críticas à actuação da SAD...
    - Chamei a atenção principalmente para a questão da situação económica-financeira da SAD. Mas por exemplo o prof. Alberto Castro escreveu esta semana um artigo no “JN” exactamente no mesmo sentido.

    - Tens a ambição de um dia suceder a Pinto da Costa?
    - Como já o disse, não se trata de um projecto. De resto, aquilo que sempre também disse foi que, como qualquer sócio do FC Porto, tal eventualidade é coisa que não excluo num futuro mais ou menos distante.

    - Sendo assim, qual o porquê de teres avançado com o nome de Vítor Baía como um bom nome para suceder ao presidente portista?
    - Foi-me perguntado como é que eu via o futuro do Vítor Baía no FC Porto, agora que sua carreira está a chegar ao fim. E aquilo que eu disse foi que penso que ele não será treinador - nem sequer o curso tem - e que não acredito que ele venha a ser apenas um outro Eusébio, entre aspas, é claro. Porque entendo que, sobretudo por aquilo que mostrou ao longo deste último ano, pelo amor que tem ao clube e pela inteligência que toda a gente lhe reconhece, ele poderá muito bem vir a ser um dia presidente do FC Porto.

    - A tua presença no Trio d’Ataque é para continuar?
    - Até ao fim da época, sim. Depois, veremos.

    - O Trio d’Ataque é uma boa montra para outras ambições? Políticas, por exemplo?
    - Não.

    - Já encerraste esse capítulo?
    - Nunca cheguei a abri-lo.

    - FC Porto campeão, ou o Sporting e o Benfica ainda têm alguma chances?
    - FC Porto campeão.

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  12. Por motivos profissionais, assisti à final de Sevilha em Lisboa, num hotel situado nas imediações do Casino do Estoril. Sinceramente, fiquei surpreendido com a dimensão dos festejos que se seguiram à vitória, e com a quantidade de carros - e bandeiras - que vi a passarem na marginal.
    Embora o FCP deva manter-se fiel à sua origem - e penso que não existe futebol sem bairrismo - tem hoje de assumir um papel e uma postura diferente, de clube nacional e internacional.
    Concordo, por isso, com a opinião do Teixeira.
    As notícias que têm vindo a lume, pela mão do Lucho, deixam-me preocupado. O FCP não pode continuar agarrado às figuras do passado, excluindo as figuras do futuro. As instituições têm de se renovar - para sobreviverem aos seus protagonistas - e os líderes carismáticos têm de saber preparar a sucessão com o mínimo de perturbações - o que não é nada fácil.

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  13. Nasoni,

    parece que por alturas da final de Sevilha andavamos no mesmo concelho.

    De facto foi bonito ver o centro de Cascais fechado ao transito por termos vencido a UEFA desse ano.

    Foi o provar de que deixamos há muito de ser um clube de uma só cidade.

    Abraço à bancada
    [[]]

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  14. O que mais me chateia é que parece não ser possível a critica dentro da SAD, o fundamentalismo parece estar muito presente dentro daquelas portas e isso incomoda-me muito. Ver alguns adeptos, que mais parecem pintodacostistas que portistas, a enxovalhar, a insinuar, a fazer tudo e mais alguma coisa para tentar desacreditar quem critica, até acho normal. Poucos têm a coragem do FCLimpa para darem a cara e defenderem as suas ideias. Mas ver que a SAD tenta fazer o mesmo, não aceitando de modo algum quem se opõe ao que ela faz, o que é naturalíssimo em qq democracia, é que me dói mais. Parece que querem no conselho superior apenas yes-man e para isso, mais vale nem haver tal conselho.

    Um abraço.

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  15. De muito bom gosto a escolha da imagem deste post ;)

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  16. Já agora e em relação aos acontecimentos de Lisboa no Dia da Liberdade, o FCPorto colocou no seu site o seguinte comunicado com o qual concordo em absoluto:

    É isto o 25 de Abril?

    Não foi propriamente em Coimbra, mas podemos falar em Portugal dos Pequeninos ou, numa dedução óbvia que nos é facultada pelo calendário, dizer que assim não vale a pena festejar o 25 de Abril de 1974. O que se passou ontem, em Lisboa, com os adeptos do F.C. Porto que queriam apoiar a sua equipa de hóquei em patins, foi lamentável. É esta a liberdade dos cravos?

    Esta quarta-feira, 25 de Abril, provavelmente a data mais importante da história de Portugal, Benfica e F.C. Porto jogavam a segunda etapa da final do play-off de hóquei em patins. Enquanto o país desfrutava do feriado, um grupo de adeptos portistas fazia-se à estrada, num autocarro e em várias viaturas, para apoiar ao vivo os seus jogadores. Muitos deles já tinham bilhete assegurado. O ingresso ser-lhes-ia entregue por simpatizantes do Benfica, à porta do recinto, cuja lotação estava longe de esgotada.

    Em plena A1, todavia, os adeptos do F.C. Porto foram interceptados com grande aparato por várias viaturas e agentes da PSP, que impediram a sua entrada em Lisboa e promoveram a inversão de sentido e o regresso à Invicta, justificando a operação com pretensas ordens do comandante e do clube visitado.

    Na ausência de argumentos legais, os adeptos podem conjecturar acerca da situação vivida. Por que é que não puderam entrar em Lisboa? A lei mudou e já é necessário passaporte ou visto para visitar a capital? Ou será que quiseram condicionar a equipa de Franklim Pais, que é pentacampeã e procura um inédito hexa? Alguém terá de lhes explicar a limitação de um direito.

    Foi precisamente para terminar com prepotências arbitrárias que Portugal abriu os olhos a 25 de Abril de 1974 e deixou a penumbra. Aquilo a que se assistiu em Alverca, bem perto do centro de decisão do país, constitui uma estocada inadmissível nos princípios democráticos nascidos da revolução. Nenhuma autoridade pode impedir um cidadão de se dirigir para onde quiser, caso não tenha suporte legal. Não é esta a liberdade que Portugal deseja solenizar anualmente.


    Um abraço.

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  17. leiam esta, do Blog da Bola:
    CAROLINA TEM ASSESSOR DE IMPRENSA
    "Quando me disseram não queria acreditar. Carolina Salgado tem uma espécie de assessor de imprensa. Só que o seu assessor também é jornalista e no Correio da Manhã.
    Esta semana Carolina Salgado foi contactada para dar uma entrevista a um semanário. Entrevista apalavrada, foi então marcado um encontro na Lisboa antiga.
    Há hora marcada, Carolina Salgado lá apareceu acompanhada de um indivíduo que se apresentou com o nome de Pedro. Quando lhe perguntaram o segundo nome, ele não se mostrou interessado em divulgá-lo. Tudo bem.
    Durante a entrevista, após as perguntas feitas a Carolina Salgado, as respostas vieram sempre rectificadas pelo tal Pedro. Foi ele que comandou a entrevista e aconselhou o discurso. Nada de anormal se esse tal Pedro não fosse o Pedro Rita, jornalista do Correio da Manhã.
    Soubemos posteriormente que já não é a primeira vez Pedro Rita ajuda a Carolina nesta andanças da Comunicação Social.
    Não nos parece nada normal, muito mais, quando se sabe que quando O Correio da Manhã fala de Carolina Salgado, normalmente é Pedro Rita que assina as peças".

    Pois, pois...

    E muitas notícias encomendadas e recentes do CM tiveram a assassinatura deste jornalista de sarjeta. Desde o cheque que alegadamente era para Maciel na altura da Supertaça Leiria-FC Porto, a estórias sobre Carolina com PdC e alegadas perseguições.

    Vivam as amplas liberdades democráticas!

    P.S. - Parabéns ao Nuno pelo ingresso e o acerto do texto de estreia. Mas com Imprensa deste calibre é impossível, só em 25 anos, o FC Porto aumentar a sua base de apoio, de Alcabideche à Buraca, de Mem Martins a Mafra.
    São precisos mais 25 anos de êxitos que falem por si e desfaçam por completo os mitos do regime. Além de permitirem outra "educação" popular.

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  18. Impõe-se uma actualização.
    Esse jornalista Pedro Rita, da nouvelle vague com uma ideia muito vaga de jornalismo, transferiu-se para o Diário de Notícias. Sim, do Jaqim Oliveira e Marcelino. Não consta que deixe de fazer os fretes do costume.

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  19. os hoquistas do Porto não foram só corridos á pedrada no pavilhão da Luz. O autocarro foi assaltado e um jogador posto em coma!

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  20. O Porto Clube atingiu de facto uma expressão a nível internacional que eu quando jovem, embora tendo a consciência do valor do Clube e da Cidade nunca supus ser possível vir alguma vez a ser atingido! As finais de 1984 e 1987 colocaram então as coisas no plano verdadeiro do sonho...Nós sabíamos que no decurso dos anos cinquenta/sessenta o Benfica tinha atingido um plano muito elevado a nível Internacional, tínhamos também a consciência – era evidente -de que isso só era possível porque o apoio dado pelo Poder Político aos Clubes de Lisboa, era imenso e permitira isso, não acredito que numa situação normal tal pudesse efectivamente acontecer...Veja-se o que acontecera com os Clubes Romenos, Alemães de Leste ou Russos...Terminados esses apoios antinaturais tudo ruiu lá como cá, foi como se de um autêntico castelo de cartas se tratasse! O FCdoPorto aproveitou esse declínio e com um espírito de grupo inteligente, forte e coeso tutelado por Jorge Nuno Pinto da Costa e José Maria Pedroto teve o talento de fazer a leitura correcta, mudar tudo com grande energia e o resultado quase inacreditável aí está à vista de todos!
    Toda esta reacção sentida e que nos tem pressionado até ao limite do tolerável de muitos anos a esta parte, pode de algum modo, considerar-se natural e compreensível até sob um ponto de vista Sociológico! É a reacção lógica de uma mole humana imensa que considerava naturais e concordantes com o seu estatuto próprio os êxitos alcançados durante tantos anos e vivendo como vivia submetida de certo modo a um tal obscurantismo que não lhe permitia ver a sua própria e autêntica realidade considerou este ajustamento, como uma afronta só possível de conseguir e atingir por métodos esconsos e fraudulentos!... Encarar isto com alguma seriedade e justiça não deve ser fácil para a maioria dos seres humanos e a prova aí está: estes constantes e ridículos esforços para se mostrarem - qual Pavões - maiores e mais fortes do na realidade são ou poderão algum dia vir a ser, demonstra até alguma insanidade no plano e no foro mental! Nós só temos que prosseguir o caminho que nos foi aberto desde a Fundação em 1897 prosseguido e alicerçado nestes últimos vinte e cinco anos pelo pulso forte e sagaz de Pinto da Costa e dos seus inúmeros companheiros de jornada! O Porto cidade era no século XIX a capital da Cultura e da Inteligência Nacionais – pensemos em Almeida Garrett, Camilo Castelo Branco, Eça de Queirós, Júlio Dinis - portanto nada mais natural que fosse precisamente aqui que despontasse um coração tão Nobre e Generoso como este! Provamos nessa altura que éramos pioneiros em todas as latitudes humanas e lentamente devido ao concentracionismo dos diversos Poderes desviados para Lisboa, fomos sendo asfixiados num lento processo de aniquilamento que terminou abruptamente em Abril de 1974! Este ano – 2007 - de lutas verdadeiramente sobre-humanas constitui a prova inestimável do nosso real valor e do nosso espírito guerreiro! Se tudo correr como eu espero e formos mais uma vez campeões, vamos sê-lo apesar de, contra todos os ventos e marés, contra tudo e contra todos, e aí que mais teremos que provar?...Por isso apelo a esse espírito de generosidade e grandiosidade que incorporamos e façamos tudo o que possamos e estiver ao nosso alcance para nos unirmos e deixarmos de lado questões mesquinhas e degradantes! Viva a unidade dentro do Futebol Clube do Porto!...

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  21. Parabéns ao Nuno Nazoni pelo excelente texto, no qual me revejo.

    Quanto ao lamentável incidente provocado pela união nacional (PSP+SLB), creio que está aceso o rastilho para o ambiente que será por certo escaldante, no próximo Sábado aquando do terceiro (e último espero eu) jogo do play-of.

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  22. agora é que o dragaopentacampeao disse tudo, o rastilho para um mau ambiente amanhã está acendido.

    Só espero é que os SD não caiam na ratoeira e amanhã arranjarem problemas, é que depois a imprensa cai em cima deles e isso é o que o Orelhas quer.

    Criar um ambiente hostil, festivo, mas sem violência.

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  23. Ao FCP só falta conseguir controlar a comunicação social!aos portuenses só falta abrirem os olhos e estirparem esse cancro redutor do desenvolvimento da cidade que é Rio!mandem-no para o estoril,pode ser que o mundial de formula 1 regresse,tal é o amor que o homem tem por automóveis,aliás a unica coisa em que me identifico com o sr!

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  24. o pior de nao nos deixarem entrar, foi a comissaria dizer na televisao que apenas nos ACONSELHOU a dar meia volta pra trás, lol, vieram carros conosco até santarem pra garantirem que iamos mesmo pra o porto, é mentiras atras de mentiras, amanha la estaremos, uns em Fanzeres outro em Santo tirso e por fim todos juntos no bessa...

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  25. agora que a porcaria lhes bate á porta, que dizem "eles" ?
    Que são arguidos a mais! Ah, e o Porto voltou a ganhar-lhes na Luz. Agora foi no basquete. Como querem que eles não fiquem paranóicos? Atenção que um dia destes, por razões de "segurança" barram a entrada aos atletas. Sempre ganham por falta de comnparência...

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  26. há uma deficiente informação de alguns portistas, que talvez pela sua idade, não vivendo os factos tomam por verdade alguma história mal contada. O Porto era um clube regional, que só o PC tornou grande. Nada de mais falso. O Porto sempre foi um grande. Foi sempre o 1º vencedor dos campeonatos. O da Liga em 34, nos moldes da Taça, e o nacional em 38, nos moldes actuais. Por isso a raiva deles, que sempre tudo fizeram para abater o FCP. Desde logo porque para ser presidente da Federação só podia ser-se dirigente do Benfica, do Sporting ou do Belenenses. Isto é real!
    Depois craiaram a Comissão Central de Árbitros, organismo "independente" onde o presidente era da Legião! E era do Sporting! depois foi o 25 de Abril e eles não ganharam mais nada, até terem "inventado" o MP!
    E os lampiões para ganharem a taça dos campeões tiveram que fazer a rábula do nevoeiro par levarem o Gutman.Depois disso copiaram tudo: Capelas, bruxos, massagistas, jogadores, e até mafiosos. os resultados são os que se conhecem. Mas para o ano é que é!

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  27. Vitor, acho que nunca ninguém pôs em causa a questão de o FCPorto ser um grande. A questão é que cresceu como nenhum outro, ultrapassando os outros grandes em tudo, restando apenas ultrapassar o clube da Luz em número de adeptos e mesmo a diferença nesse aspecto nunca foi tão ínfima. acredito que a continuar assim, vencendo, dentro de pouco tempo equiparar-se-á.

    O FCPorto ganhou um enorme estatuto internacional que não tinha, é o melhor clube português e um dos melhores da Europa e do mundo. É um clube cosmopolita e será, se começarem a pensar como tal, um clube com uma dimensão muito razoável comparado por exemplo um um RMadrid ou MUnited. Tudo depende de como for gerida e explorada a já enorme dimensão do nosso clube.

    Um abraço.

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  28. Tentando ser sintético:
    Parabéns ao Nuno Nasoni e ao Zirtaev, mais um excelente cronista, o que faz deste blog, um blog diferente para melhor, com um nível de discussão fantástico.Sinto-me definitivamente bem aqui!
    Quanto á decadência, do Porto e do Norte em geral, já em vários posts disse muito do que me vai na alma, e as razões são muitas e dificeis de colocar todas aqui,como a excessiva predominância na economia regional do sector textil e calçado e sua decadência por razões externas e de falta de apoio interno, concentração do investimento público em Lisboa e esquecimento do Norte, corrupção e incompetência de muitos dirigentes locais, fuga massiva de massa cinzenta para fora ou para Lisboa em busca de mais oportunidades...enfim ainda por cima nos últimos anos um MICRO(de pouquíssimo valor) político de nome RUI RIO, um incompetente, que vendeu a honra da cidade e da região a Lisboa para se garantir de futuro em algum tacho, fazendo parecer que para se não ser um parolo do Norte devemos dizer SIM á capitulação imposta pelos políticos de Lisboa, e ainda por cima tentar ofuscar e humilhar o maiore simbolo da cidade e da região a par do Vinho do Porto, e hoje um simbolo já nacional e internacional!Eu acho este RIO UM MICRÒBIO!
    Esta opinião não me contradiz, quando acho que o Porto, deve abandonar o bairrismo exarcebado, e perceber que as crianças nascidas neste novo milénio são portistas na sua maioria em todo o país, e que lá fora mesmo os estrangeiros reconhecem a marca FCPORTO, tal como Pessoa dizia que a sua pátria é a lingua portuguesa, faz sentido dizer que se a lingua portuguesa é de todos os povos que a falam também este sentir portista é de todo o país e de todos os adeptos pelo mundo fora que o sentem...e são cada vez mais!
    Confesso que também, apesar de achar ainda que Rui Moreira não perecbe de futobomanhosices, cada vez simpatizo mais com ele, quanto mais ele é ostracizado pelos velhos do restelo( ou das antas), mais acho que ele com a companhia de alguns poderia ser uma boa escolha...e acredito que a criatura(FCPORTO) sobrevive e ultrapassa o seu criador(PC), criador como quem diz claro, acho até que é tempo de se definir alternativas.
    A minha opinião anterior, não nega a gratidão que tenho a PC, e até lhe perdou as pequenas falcatruas que ele teve de cometer eventualmente, pois as grandes falcatruas tiveram e têm sempre o SLb e o SCp como beneficiários!!!
    Se o meu grandioso e meritoso FCP vencer o Boavista e o SCP não ganhar somos mesmo campeões!!!!

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