04 dezembro 2007

Notícias

"(...)nos jogos em k + precisávamos d vencer (contra milan, scp e porto, em casa) jogou smp com 1 ponta e os resultados estao á vista, 2 pontos em 9 possíveis e quase "obrigatorios" (pk jogos em kasa são pa ganhar)... axim n vamos a lado nenhum...eu por mim,axo k vou deixar d ver futebol portugues"...

- comentário de um benfiquista - que assina Fábio - no site "Mais Futebol", comentando o jogo de ontem, em que a tal equipa que não perdia em casa há mais de 1 ano, que estava a jogar melhor do que o Milan, embora perdendo o apuramento para a fase seguinte da "Champions" e que "podia ganhar a qualquer equipa do mundo", perdeu!

E, pelos vistos, o mal é do futebol português que o Fábio vai deixar de ver!

Limito-me a respigar o que o PMF inseriu no Blasfémias. Rescaldo do Benfica-Porto a fazer emergir o pior que há nos adeptos portugueses ceguinhos pelo regime, ultrapassados pela História.

Não precisaria de mais comentários, este comentário de um ressabiado, parece falar de Camacho ("jogou smp com 1 ponta") e apetecia-me dissecar o que é o futebol do Benfica, a "raison d'être" de Rui Costa, o bloco baixo, os médios agrupados e, daí, o ponta-de-lança isolado. Deixo isso para quem achar que encontra as explicações no Luís Freitas Lobo, até porque o Zirtaev zangar-se-ia comigo se escalpelizasse o futebol do Benfica, presumindo seriamente que o Rui Santos não enxerga e o Tadeia muito menos.

O Fábio (que idade terá, coitado?) vai deixar de ver o futebol português. Acho bem, de resto se "aprendeu" a ser benfiquista não foi decerto a ver bom futebol nos últimos 25 anos. A linguagem de sms presume-se de um teenager, inconsciente decerto (ganhar em casa é obrigatório), pueril (deixa de ver futebol), crédulo (Camacho desiludiu-o).

Há 30 anos...
Quase diria que tem 15 anos. Como é que eu via futebol aos 15 anos? - eis o que me faz lembrar esta atitude do Fábio.

Bem, em 1977 eu via nascer o grande FC Porto que é hoje a mais pujante força desportiva portuguesa. Mas já era adepto e ía às Antas desde os 10/11 anos, não me lembro qual o primeiro jogo a que assisti mas se não foi este recordo uma derrota, sob chuva diluviana, com o V. Guimarães a dar a volta ao resultado (1-2).

Que futebol me era dado ver em 1972/73? Quase nada, a final da Taça no Jamor em três anos seguidos entre Sporting e Benfica, uma goleada do Sporting numa vez, três golos de Eusébio noutra ocasião.

Ah, eu gostava do FC Porto, vi Pavão morrer em campo, Pedroto treinava o Setúbal, as eliminatórias europeias dos nossos clubes eram uma ou duas, no máximo, o Sporting ainda chegou às meias-finais da Taça das Taças mas eu fixei-me no Magdeburgo que venceria a final com o Milan, porque a equipa da RDA praticamente constituiria a selecção da então Alemanha Oriental que teve aquele duelo histórico de perfil político acentuado com a equipa Ocidental, a RFA, em Hamburgo com golo do soberbo Sparwasser que liquidara o Sporting.

Porém, gostando do FC Porto, foram as epopeias europeias do Setúbal de Pedroto que me arrebataram: era contra o Leeds, o Tottenham, o Liverpool, o Hertha, o Estugarda, a RTP transmitia, os sadinos jogavam em Alvalade, na Luz, no Jamor, no Bonfim e eu admirava o JJ, o Duda, o Carriço, o João Cardoso que hoje é adjunto, o Zé Maria. Fiquei sempre simpatizante do V. Setúbal, se querem saber.

Mas Cubillas chegou ao Porto, fez ganhar o meu primeiro clássico (Abel, Eusébio, Cubilhas por esta ordem), despontara o 25 de Abril e o futebol português não demoraria a mudar. Infelizmente, mudou o País com menos velocidade, mas o Porto até ajudou a mover esse peso inerte que ainda hoje nos é um fardo para cidadãos e contribuintes.

Bom, mas em 1973 eu vi a minha primeira final da FA Cup. Apreciei o futebol inglês quando o Leeds era a grande equipa do momento mas perdeu essa final de Wembley, o primeiro santuário que conheci no futebol televisivo, com o Sunderland que jogava na II Divisão para onde cairia o Man. United no famoso golo do seu ex-jogador Dennis Law então ao serviço do City no derby da última jornada. Autor desse golo histórico em Wembley foi o já falecido Ian Porterfield, que orientou a Arménia contra Portugal. Como eu me lembro dessa e de todas as finais da Taça de Inglaterra que para mim passaram a ser o paradigma do futebol: bem jogado, correcto, bem filmado (para a época), com cerimonial real, os cânticos, os jogadores de penteado "à Beatle". Tenho várias cassetes gravadas dessas finais exemplares que deveriam servir ao Fábio para entender melhor o futebol.

Claro que vi emergir o Grande Ajax de Cruijff e Rinus Michels (antecedido pelo mago Kovacs), depois o panzer alemão da eficiência chamado Bayern de Beckenbauer e do bombardeiro Muller e do enorme Sepp Maier. Vi a Laranja Mecânica (além do filme do Kubrick) perder com garbo a Weltfinale de 74, a Polónia de Lato, Deyna e Lubansky, já coleccionava os cromos do Mundial e sabia que a Selecção Nacional jogava sempre em Lisboa e a RTP não dava nada...

O Liverpool, depois do Ajax, arrebatou-me em definitivo. O Keegan, depois o Dalglish, Toshack, Clamence, Smith, o capitão Hughes, o supersub Fairclough, o kop de Anfield, troféus em catadupa e a RTP já dava os seus jogos europeus até desde os quartos-de-final em 1977 a caminho da conquista de Roma.

Pois há 30 anos o Liverpool conquistara-me e o FC Porto emergia no cinzentismo nacional: ganhava a primeira Taça desde 1968, depois já ganharia ao M. United, ao Colónia bicampeão alemão, depois ao Milan de Rivera e ganhava os dois primeiros campeonatos nacionais com a chamada equipa que dava bigode a todos: Fonseca; Gabriel, Simões, Freitas, Murça; Rodolfo (cap.), Ademir, Duda; Seninho, Oliveira e Gomes (o único sem bigode).

A história mal contada...
O Fábio ainda não viu futebol nenhum, por desleixo, mau acompanhamento e conselhos, estupidez natural, queda para o abismo, sabe-se lá.

O Fábio que escreveu no Maisfutebol, devia pensar que as 5 gloriosas vitórias do Benfica a que assistiu até à grande decepção de perder em casa com o FC Porto, foram contra Leiria (16º), Boavista (15º), Académica (14º), P. Ferreira (13º) e Marítimo (7º). E não percebeu a razão de o Benfica não ganhar ao Milan, ao Shakhtar, ao FC Porto.

Ao Fábio devem ter contado a história do avesso, onde se vê costuras e resiste o cotão do tempo. Nos comentários a este post do Blasfémias que PMF aproveitou para retratar o adepto benfiquista, um indivíduo contou a história mirabolante do final do campeonato de 1959, o episódio Calabote contado ao contrário de forma a que foi o FC Porto, em Torres Vedras, que marcou dois golos nos últimos minutos para vencer o Torreense por 3-0 (é verdade!) mas já depois de o Benfica ter terminado o ignominioso jogo com a CUF (7-1) em que os homens do Barreiro tiveram de substituir à força o seu guarda-redes que deixava entrar todas as bolas. Sabe-se como foi que tudo se passou, o jogo da Luz a terminar 15 minutos depois do de Torres Vedras com o FC Porto à espera para se sagrar campeão por um golo de diferença.

É essa história fraudulenta que contam ao Fábio que o faz deixar de ver o futebol português ainda cristalizado com resquícios do antigo regime, que ele não conheceu, sem se aperceber dos ventos de mudança. Já não há RDA, a Selecção acaba os apuramentos no Porto, o futebol mundial entra-nos pela porta adentro, os eruditos pululam pelas televisões e rádios, os árbitros temem as transmissões televisivas, os resultados são incertos, o futebol democratizou-se. Só uma coisa resta imutável: o centralismo, o umbigo lisboeta, o ser benfiquista.

O FC Porto ganha, domina, hegemoniza e o Benfica não passa mais a sua ponte.

Nota do administrador: Chamo a atenção a todos os participantes da Liga da Bancada que as equipas do Fantasy Football para a última jornada da fase de grupos têm de ser alteradas até às 19H30 de hoje, devido à antecipação dos jogos do grupo D.

18 comentários:

  1. Quero aqui dar os parabéns ao Zé Luis pelos 2 posts excelentes q aqui nos deixou.

    E esta frase é fenomenal:
    «O FC Porto ganha, domina, hegemoniza e o Benfica não passa mais a sua ponte»... Outros tempos meu caro e q continuemos assim:)

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  2. mais um clássico que serviu para o FC Porto provar que continua a ter melhor plantel em Portugal - mesmo quando as segundas opções não conseguem manter o ritmo imposto pelas unidades titulares - e de que sendo bem timonado pode ter condições para voltar a triunfar na Europa.

    altobola.blogspot.com

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  3. Que saudades desses velhos tempos! O estádio a abarrotar, tudo em pé, às vezes 2 em cada fila. Ainda bem, que para nós os novos tempos também são bons!

    Não tenho uma memória tão boa, e tenho menos uns anitos. Até tenho pena, porque gostava de ter visto Cruijf, Beckenbauer e Cubillas! Ou pelo menos lembrar-me, porque de certeza que os vi jogar.

    Tenho saudades dessas finais da Taça de Inglaterra. Maio era o melhor mês para ver futebol. Tinha a certeza que ia ver um grande jogo. Agora, não me parece que esses jogos sejam tão bons, e de qualquer maneira, são só na SportTv. Já não têm aquela magia.

    Parece-me que na fotografia, está o bigode do Frasco e não está o do Seninho.

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  4. Zé Luis, mais um excelente post ainda por cima falando de coisas pelas quais eu também passei e que boas recordações nos deixaram.

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  5. Só um pormenor: se reparares bem o Fonseca deve ter cortado o bigode antes deste jogo para que posou. Nota-se bem a diferença! Dois sem bigode!
    -Já agora e aproveitando a mais que provável passagem de Rui Moreira por aqui, gostaria de pedir-lhe para logo -sem querer provocar apoplexias do género ontem observadas- não esquecer de mencionar o acontecido com os adeptos do Porto à saída de Lisboa -é estritamente necessário denunciar estas situações que acontecem em qualquer lado- para que não voltem a suceder! Que também faça o destaque justo a este resultado de Sábado que pelos vistos -mais uma vez- se tenta desvalorizar! E Fazer notar que para além do trio de árbitros do Porto -pelo menos dois bem travestidos de benfiquistas- se juntou o Bruno Paixão, nosso "querido" amigo, como quarto árbitro! Boa, excelente conjugação de esforços, que deu em quase nada, muito por força do querer Portista! Até mais logo e desejos de completa recuperação do Dias Ferreira, ontem afectado pelo "calor" do Estúdio da SIC!Nós queremos que os nossos adversários continuem a subsistir até para que que possam assistir "conscientemente" aos nossos êxitos! Outro pormenor, o das gravatas: ontem vieram todos de azul -talvez por isso a má disposição, apertava muito na garganta- excepto o moderador que retirou em pleno Inverno o dito adereço!...Coincidências!

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  6. a crónica de hoje do miguel sousa tavares.

    1- E à 12.ª jornada, Sporting e Benfica resolveram entregar de vez o campeonato ao FC Porto e ficarem a discutir entre si o segundo lugar. Agora, tudo está nas mãos dos azuis e, por isso, o único mal que lhes pode suceder é convencerem-se que, daqui até final, é apenas um passeio. O FC Porto não pode baixar a guarda, mas apenas por razões próprias e não pelo perigo alheio. Porque, como já aqui o disse várias vezes e como ainda na semana decorrida se viu em Liverpool e na Luz, a equipa não tem segunda linha.

    As razões pelas quais de há já muitos anos para cá se vem repetindo esta situação de o FC Porto descolar precocemente dos seus dois rivais não são conjunturais e justificariam uma análise profunda. As «crises» de Benfica e Sporting vêm de trás e têm razões fundas e o motivo para a sua persistência, em minha opinião, tem que ver justamente com o facto de nunca serem assumidas como tal e, portanto, nunca se procurarem as causas verdadeiras. Ambos cometeram tremendos erros de gestão e de «cultura» e ambos os procuraram esconder atrás de «apitos dourados», sistemáticas queixas das arbitragens, pseudo-combates a uma coisa que baptizaram de «sistema», e por aí fora. E assim foram lançando fumo para os olhos dos crédulos e dos fanáticos, evitando que o juízo comum extraísse as conclusões lógicas de factos tão evidentes como o de o FC Porto ser sistematicamente o único dos três grandes que se bate na Europa muitas vezes de igual para igual com os tubarões financeiros do «Velho Continente». Se ele é o único dos grandes capaz de competir ao mais alto nível europeu com vontade, determinação e classe, por que estranha razão não seria igualmente o campeão habitual de Portugal?

    Mas, enfim, cada um sabe de si, mesmo que se prefira o caminho da vaidade e da ilusão ao de enfrentar a realidade.

    2- Não me lembro de um Benfica-FC Porto tão consensual e tão pacífico de controvérsias. A demonstração de poder e de superioridade que o FC Porto deu na Luz foi uma espécie de duche escocês que se abateu sobre os benfiquistas de todos os meios, de todas as idades, de todos os lados. Não encontrei ainda um único benfiquista capaz de contestar a justiça da vitória azul e branca. Encontrei, sim, foi uma profunda depressão instalada entre benfiquistas e sportinguistas, na justa medida em que se viram resignados a reconhecer a grande distância que ainda existe entre o seu futebol e as suas pretensões e a realidade chamada FC Porto.

    Corrigidos alguns erros de «casting» evidentes em Liverpool, o FC Porto desceu à Luz com uma determinação e uma autoridade tais que parecia estar a executar um plano cientifico, estudado ao pormenor, de como vencer o jogo sem espinhas. Não houve desequilíbrio evidente em posse de bola, iniciativas de ataque ou oportunidades de golo. Mas houve uma diferença abissal entre a qualidade do futebol jogado, a atitude de conquista e os valores individuais. Numa palavra, aquilo que Pedroto imortalizou como «o estofo de campeão». O FC Porto mostrou que o tinha e o Benfica que não.

    Quaresma foi genial no golo da vitória e não só, mostrando uma vez mais porque é que aos génios tem de ser reconhecido, de vez em quando, o direito à desinspiração; Lisandro foi o melhor em campo, um gigante atrás, à frente, aos lados; Lucho, jogador de grandes jogos, esteve imperial; Paulo Assunção foi a formiga que trabalha para as cigarras, sem descanso nem exibicionismo; Pedro Emanuel foi estóico e firme, num dia em que estranhamente quem oscilou foi Bruno Alves; Helton ofereceu um golo, com mais uma saída em falso, mas depois teve duas boas defesas a guardar a vitória; Fucile e Bosingwa chegaram tranquilamente para as encomendas, Meireles foi regular e Tarik, enquanto pôde, ajudou a lançar o pânico na defesa do Benfica. No todo, foram uma equipa a sério, «competente», como gostam de dizer os treinadores, determinada até chegar ao golo, inabalável a defendê-lo. Deixaram atrás de si, no relvado da Luz e perante 60 mil pessoas, um rasto de temor e respeito que tão cedo não se desvanecerá.

    3- Há coisas cujo entendimento me escapa e uma delas é as razões pelas quais Miguel Veloso será tão desejado — pelas «passerelles» e supostamente pelo Manchester United e outros grandes dessa Europa. Mas, enfim, gostos não se discutem.

    Já me parece que Carlos Queirós não disse nada de tão extraordinário e que pudesse motivar tanta indignação ao presidente do Sporting. Disse que o Manchester seguia Miguel Veloso, como segue outros jogadores portugueses, entre os quais Bosingwa e Bruno Alves. Toda a gente sabe que os grandes clubes seguem todos os potenciais bons jogadores e todos os presidentes dos clubes portugueses, que estão habituados a receber os seus «olheiros» nos estádios e que nunca se furtam a ouvir propostas, sabem-no melhor do que ninguém. Só o Liverpool tem um banco de dados de jogadores sob observação que abrange 6 mil nomes!

    Claro que eu também sei que notícias destas complicam as relações entre um clube e os seus profissionais e servem para dar a volta a cabeças mais frágeis. Também sei que muitas vezes estas notícias são «plantadas» pelos agentes dos jogadores para tentarem melhorar os contratos, às vezes ainda mal acabados de assinar. Há para aí meninos que acham que lhes basta fazer meia dúzia de bons jogos cá dentro para logo baterem à porta da direcção a gritar que o mundo inteiro os cobiça e que é altura de os seus contratos serem melhorados, se não querem ir-se embora — basta ler as declarações de Miguel Veloso, anteontem, para o perceber. Mas Filipe Soares Franco também sabe que o facto de o Manchester cobiçar jogadores do Sporting e seduzi-los a meio dos seus contratos tem sido o balão de oxigénio financeiro que tem permitido a sobrevivência das direcções sportinguistas. Pelo que deveria ter tido mais pudor ao indignar-se com a revelação do suposto ou real interesse do Manchester em Veloso.

    Dito isto, resta acrescentar que nada justifica a profunda falta de educação de Carlos Queirós a responder a Soares Franco. Tantos anos a viver em Inglaterra e a conviver de perto com Sir Alex Ferguson, pelos vistos não lhe ensinaram ainda a ter maneiras. Aliás, também compreendo mal de onde vem esta arrogância com que Queirós fala habitualmente dos outros e de si próprio. Tenho para mim, desde há muito, que Queirós é um dos bluffs mais bem cultivados do futebol português. É verdade que foi campeão do mundo de juniores em Riad, mas teve ao seu dispor uma geração de oiro — a melhor de sempre do futebol português — e ainda com idades e num tempo em que os meninos talentosos não se imaginavam vedetas mundiais aos 17 e 18 anos. Mas, depois disso, o que fez Queirós que justifique tanto inchaço? Falhou no Sporting, falhou na Selecção Nacional, falhou na África do Sul e falhou no Real Madrid — e em todos os lados saiu sempre a acusar outros da responsabilidade do falhanço. Desde aí que vive na posição cómoda de n.º 2 de Ferguson, compartilhando os seus triunfos e sendo irresponsável pelos seus desaires. Daí é fácil cantar de galo, sobretudo quando se tem 50 milhões de euros para ir às compras todos os Verões. O «professor» faria melhor em guardar as suas lições para reflexão interna.

    4- Os sorteios da qualificação para o Mundial e para a fase final do Europeu vieram confirmar o que já aqui escrevi: nunca vi ninguém com tanta sorte como Scolari.

    PS: Teria sido interessante e eloquente que os repórteres televisivos, em vez de fugirem da notícia e do acontecimento quando lhes cheira a esturro, como habitualmente fazem, nos tivessem deixado ver o incidente entre Nuno Gomes e Jesualdo Ferreira. Nunca hei-de perceber este jornalismo que consiste em virar a câmara para o lado e fingir que nada se está a passar!

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  7. Antes de mais, quero salientar que a escolha das fotos é minha e por isso o Zé Luís está isento de culpas qd fala de só um jogador (o Gomes) não ter bigode. Esta foto, pelos menos de onde a tirei, era descrita como a equipa campeão de 78/79.

    Em relação ao, mais um, excelente post, não há muito a acrescentar. A superioridade é evidente e ainda hoje há hora de almoço ouvi o José Peseiro a falar do FCPorto e do actual campeonato e dizia mais ou menos isto: O FCPorto é muito melhor que os outros. Não só este ano, mas nos últimos vinte anos, por isso ganha tanto. Os outros clubes têm noção disto, ou pelo menos deveriam ter, para bem do futebol português.

    O que é certo é que estas palavras vêm ao encontro do que diz o MST no seu texto de hoje, no ponto um. Os outros clubes não têm noção disto, refugiam-se em desculpas esfarrapadas e por isso têm sido a desgraça que têm.

    Conclusão, a mesma do Zé Luís na sua última e clarividente frase, onde se poderia tb incluir o Sporting:
    "O FC Porto ganha, domina, hegemoniza e o Benfica não passa mais a sua ponte."

    Um abraço.

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  8. Mais uma vez, excelente Zé Luís.

    Uma visão esclarecida de um observador atento do futebol.

    Eu cresci no meio dos anos 80/90, a admirar o Milan de Arrigo Sachi,o Brasil de Romário, a Laranja Mecânica de Gullit e Van Basten,a idolatrizar Madjer, Gomes e Futre, a Argentina e o Nápoles de Diego, o futebol encantador de Baggio, depois veio a identificação com o Barça e o fascínio por Zidane, mas de tudo aquilo que falas, aquilo que me ficou sempre é mesmo a final da FA Cup.

    Não perco essa partida já à alguns anos e foi aí que cresceu o meu pequeno fascínio pelo Totenham,apesar de eles ainda não terem ganho a FA Cupa desde 1991, tudo por causa de jogadores como o cavalheiro goleador Gary Lineker ( essencialmente ele), depois o génio louco de Gascoine, o matador Klinsmman e a classe de Ginola, etc.

    É claro que também sempre gostei do Shaktar Donest, mas se calhar é por causa da cor das camisolas. Ou porque fui campeão europeu no FM 2007 com esta equipa. :)

    Sobre o FCP e o seu poderio, numa consulta de um blog, penso que se chama " Blogue de Futebol" o autor disse apenas isto:

    " O SLB preocupa-se em fazer sócios. O Sporting preocupa-se em fazer jogadores. O FCP preocupa-se em fazer títulos"

    Ora bem, nada a acrescentar...

    Agora permita-me que te faça um desafio: e a entrevista da Morgadinha ao DN do Domingo? ;)

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  9. Muito bom post, mas tenho de fazer um reparo sobre a fotografia da equipa de há 30 anos. Ao lado do Oliveira está o Frasco e o senhor na extrema direita (salvo seja) chama-se José Alberto Costa.

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  10. Amigos, a questão da foto já o Zirtaev esclareceu. Em 1977-78 o Frasco ainda não chegara com o seu talento às Antas. O Fonseca usava mesmo bigode farto como os calções compridos. De resto, na foto está o grande José Alberto Costa, já tinha saído o Seninho para os States (Cosmos).
    Menphis, não li a entrevista da Morgado e não me chegou qualquer eco de ter dito algo importante, além de opiniões sobre os meandros da Justiça. De resto, que incursão pelo Apito Dourado poderia ela fazer? Vou tentar espreitar, mas olharei muito na diagonal à procura de qualquer coisa interessante.
    O MST não encontrou nenhum benfiquista que contestasse o resultado? Deve andar perdido no Rio dos Amores ou das Flores e nas diatribes com o VP Valente...
    Aproveitando os comentários ao post do Blasfémias que aqui trago e os do Maisfutebol por causa do Fábio, li coisas interessantes de "equilíbrio" e até "mais ocasiões de golo" do Benfica. O Rui Santos viu um penálti sobre Di Maria, a tia Micas vociferou contra a adepta que pediu a camisola ao Quaresma e meio mundo português está em convalescença prolongada, sinal de que o resultado não foi tão consensual assim. Mas o MST como se perde a olhar o espelho e a investir no Alentejo...
    Em minha opinião, não se escapelizou nada do Benfica-Porto. Poque razão "não jogou" o Rui Costa? O Katsouranis estourou ainda antes de meia época, bem antes da época passada, porquê? Os benfas pedem dois avançados e só joga um à vez ou os dois na aflição e no valha-nos Deus, porquê? E a jogar só um deve ser Nulo Gomes ou Oscar do desperdício de dinheiro Cardozo?
    Passou-se por cima do Benfica-Porto como cão em vinha vindimada. As questões do jogo não foram esmiuçadas, os espaços onde se jogou onde onde só o FC Porto jogou, os desníveis nos duelos 1x1, etc.
    "Eles" nunca sabem porque perdem, há anos.
    Como o omo lava mais branco, a exemplo da peça de abertura de José Manuel Delgado em A Bola na viagem do Benfica à Ucrânia, onde já se fala na... próxima época, a atenção está virada para outro lado.
    É por isso que, de facto, o FC Porto não pode adormecer, pois o mínimo deslize melhorará muito mais a saúde da nação do que os índices de desemprego, as taxas da Euribor, as sondagens favoráveis ao Sótraques e a descoberta de petróleo da Galp tão abundante como as benesses do BCP a certos accionistas...
    de resto, esta vida de Dragão dá muito trabalho e ao plano B para Chaves há ainda que bater o Besiktas e receber o Guimarães que já é 3º e pelo menos promete jogar aberto se o Cajuda não usar da muleta defensiva.

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  11. Mais um grande texto Zé Luís. Fantástico.
    As vezes divirto-me a ler os fábios deste país.
    O que me arrepia às vezes não é o que o Fábio diz... é a quantidade de fábios a quem o Record e o MaisFutebol dão voz.
    Por acaso é um tema que me intriga e acho que o Zirtaev podia debater um dia. Porquê que os jornais desportivos, que já tem a fama de prestar um péssimo serviço ao amante do futebol que não seja do Benfica, ainda não contente, cria espaços de autêntico incêndio entre bandos de ganapada que um dia resolvem juntar-se todos em Aljubarrota e criar a versão II da célebre batalha.
    Esses anormais dos Jornalistas, Paineleiros, Ruis Santos e afins, tem o poder de limar mentalidades, de nos deixar de gostar de futebol outra vez e não querem!
    O que é preciso é continuar a dar voz aos incendiáriozinhos entre os 13 e os 50 anos onde o Fábio se inclui para que a Bwin em 10 anos tenha uma média de 500 almas por jogo.
    Altamente...

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  12. Atenção Zé Luís e Zirtaev: eu não disse que o Fonseca não usava bigode. Todos sabemos que era um dos seus referenciais predilectos. O que eu fiz notar e por brincadeira, é que nesta foto -a publicitada- ele não tem bigode. Isso parece-me evidente...De resto eu também usava bigode na altura e continuei a usar durante muito tempo! Sinais dos tempos. O Costa que o Zé destacou, ainda há meia dúzia de dias esteve na Tv a intervir num programa e verifiquei que está carequinha e do bigode nem vê-lo ou está muito bem aparado ou foi-se definitivamente! Sinais da idade...De resto se não fiz mais comentários é porque aprovei a generalidade da intervenção do Zé Luís. Já agora, ontem o senhor Rui Moreira não falou dos desacatos após o jogo! Talvez para não "magoar" mais os confrades de programa! Talvez porque se esqueceu. Talvez porque não quis acrescentar mais ao que tinha sido já dissecado! Achei no entanto espantoso, a sua admissão de que o David Luís não fez Penaltie sobre Lisandro. Dar presentes destes aos niños de Lisboa nem no Natal!...Eles não nos dão nada. Reparem que para evitar falar positivamente do Porto o Pedro Vasconcelos pôs em destaque nos seus altos e baixos, o Káká e o Mourinho desempregado...Se para não ferir estes arautos, se prefere o silêncio...Pelo menos o Rui Oliveira e Costa colocou lá o Porto, a custo -sentiu-se- mas colocou!

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  13. ...ainda não ensinaram ao Fábio que o benfiquismo e os seus milhões são: uma metástese social, como são os milhões de iliteratos, o ostentacionismo bacôco e imprensa e demais orgãos de comunicação social tendenciosa e manipuladora ajudam e até instigam o nacional-parolismo.
    E o País dos tais ''6 milhões de benfiquistas'' não pode ser dissociado da ileteracia ostentacionismo bacôco, característicos do nacional-parolismo.

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  14. Como parece que o Dr. Rui Moreira é participante deste blog vou aqui deixar o meu desagrado com o tempo perdido a ver (como sempre)o Trio d'Ataque no dia de ontem. É que levei alguns socos sem resposta. Não que tenhamos de ter as mesmas opiniões, mas custa a engolir.

    Ouvir o cinesta falar sobre o comportamento do Jesualdo como desculpa para o do Nuno Gomes, e nada do outro lado? Jesualdo não devia responder aos adeptos do Benfica, mas o que tem Nuno Gomes a ver com isso?

    Ouvir o cinesta dizer que para além disso, nada mais de anormal se passou, e não lhe foi relembrado que adeptos do FCP foram agredidos no final do jogo?

    Ver imagens de 2 penalties claros (Lisandro e Di maria), e não, nada se passou, nada aconteceu, embrulharam-se e cairam? Como foi o penalti do Benfica em Setubal? Mas imagens estão lá, o que é preciso mais?

    É para isto que perco todas as terças 90 minutos?

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  15. Deliciosa viagem esta, em k embarcamos, rumo à memória dos tempos e ao nascimento desse Porto, k se faria ENORME, nascido da mente de dois homens: PEDROTO e PINTO DA COSTA. Fantástico ler as histórias e estórias do futebol luso, muitas delas armadilhadas, mas em k se vê e sente o nascer de uma hegemonia, k ainda hoje dura e perdura. O nosso Adamastor, a Ponte D.Luís, há muito foi vencido, mas endereçamo-lo aos outros, aqueles que sempre viveram na sombra do desafogo, ancorados em portos de bonança, quando tudo era controlado ao pormenor. Calabote já foi, mas ainda existem muitos, hoje com funções idênticas, saudosos desses tempos de antanho. E é vê-los, laboriosamente, a sonegar penaltys a uns, a inventá-los para outros, numa orgis despudorada k não termina. Mas nem assim, essa gentalha nos abate.

    Orgulhosamente, sempre, PORTO! O clube k representa um pesadelo para alguns, o estilhaçar de sonhos alheios, seja à trivela, de calcanhar ou de outra forma.

    Abraço,

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  16. Pobres "Fábios", condicionados desde tão novos a serem uns frustrados e uns perdedores. O que vale é que são cada vez mais os putos com os olhos abertos, em Lisboa e no resto do país, apesar da propaganda anti-Porto da comunicação social e do apito dourado.

    Não dá para entender muito bem, porque é que os representantes portistas nos programas de análise futebolística das tvs (Trio d'Ataque, Dia Seguinte), são tão macios, sempre com tantas concessões aos adversários, quase nunca vincando posições, quase nunca defendendo o Porto dos ataques dos representantes do Benfica e do Sporting e dos próprios moderadores. Parece que se sentem na obrigação de serem artificialmente bonzinhos, para destoarem da imagem de "maus" que a comunicação social desde sempre tem colado aos portistas. Parecem quase envergonhados de ali estarem como portistas. Acabam por defender muito pouco o Porto, enquanto os outros defendem com unhas e dentes as suas damas. O único que vejo (oiço) a não confundir educação e tolerância com falta de firmeza na defesa dos seus pontos de vista e do FCPorto, é o Miguel Guedes, dos Artistas da Bola da Antena1.

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