11 dezembro 2007

Sem "ses"

Este é o jogo mais importante e decisivo da época para o FCPorto, quer em termos desportivos, quer, principalmente, em termos financeiros. Se para os adeptos vencer o clube da Luz é sempre uma das maiores prendas que a equipa nos poderia dar, já para o clube, em termos de prestigio, em termos de performance desportiva e em termos financeiros, garantir o acesso aos oitavos de final da Liga dos Campeões é de fulcral importância. E na situação em que está a classificação do grupo, em que qualquer equipa pode ser primeira ou última, a partida de hoje é o que se pode chamar de jogo do tudo ou nada, já que a vitória ou o empate são suficientes para passar à fase seguinte da prova, mas uma derrota poderá fazer com que o FCPorto saia prematuramente da Europa do futebol na presente época.

Na primeira-mão o Besiktas sofreu uma derrota talvez algo injusta, já que apenas ao cair do pano Quaresma conseguiu resolver o jogo em favor dos portistas, fazendo esquecer as dificuldades por que o FCPorto passou. Os turcos não perdiam um jogo para as competições europeias, perante os seus adeptos, há muito tempo e a prova de que são uma equipa perigosa, pelo menos no seu recinto, está no facto de não mais terem perdido qualquer jogo em casa nesta competição, tendo vencido aos outros dois adversários do grupo e demonstrando até que poderão ter melhorado desde que jogaram com o FCPorto, deixando assim entender que poderão ser, e tal como Jesualdo referiu, um adversário muito forte, principalmente porque só um resultado lhes interessa hoje e esse é uma vitória.

Com a total recuperação de Fucile, que era quem mais se vinha ressentindo do cansaço, e com todos os jogadores quase a 100%, sendo que a maior parte dos habituais titulares puderam descansar no último jogo da taça, a equipa só pode ser uma, a que nos tem habituado e tem dado garantias de sucesso, podendo ainda contar no banco com jogadores que terão dado óptimas indicações no jogo de Chaves de estarem prontos a ajudar a qualquer momento, como são o caso de Hélder Postiga e Adriano. O onze para vencer hoje:

Pela grande importância do jogo, onde se prevê um Dragão quase cheio, a equipa não pode pensar que “se” empatar terá a passagem garantida e que “se” tal acontecer haverá até a possibilidade de conseguir o primeiro lugar do grupo, já que a velha máxima do futebol, em que se diz que “quem joga para o empate arrisca-se a perder”, encaixa aqui na perfeição. Perante o seu público, com a robustez que tem tido ao longo da época e frente a um clube que até já venceu no seu difícil recinto, o FCPorto terá de deixar os “ses” para trás e pensar em apenas vencer este jogo, conseguindo pela segunda vez na história da Liga dos Campeões, evitando assim adversários complicados, acabar o grupo na primeira posição.

FCPorto – Besiktas, RTP1 – 19H45

13 comentários:

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  2. É isso mesmo, totalmente de acordo. Logo lá estarei.
    No dia que o campeão português, pode ser o único clube a seguir para os oitavos-de-final da C.League,O Jogo,jornal dito portista,dá destaque na 1ª página um jogador que vem para Benfica, o F.C.Porto é colocado em segundo plano.A t.s.f. a mesma coisa, o Record idem aspas...e depois não querem que nós nos mandemos contra lisboa? Reafirmo o que disse, nada contra os lisboetas, tudo contra a discriminação,o facciosismo, o sectarismo, lisboeta.

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  3. Eu logo estarei a serguir na TV, como residente da Madeira, é sempre mais complicado assistir aos jogos na nossa catedral..de qualquer forma sempre que posso, nao exito..
    Espero realmente que o Jesualdo não faça alterações no 11 tipo,tal como ilustrou bem o Zirtaev. E claro, espero que o 1º lugar continue a ser nosso.

    FC Portooooooooooooooooooo

    P.S. O Renteria marcou mais um golo este fim de semana, e pelos vistos um lindo golo..chapeu ao GR. eheheh

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  4. O Golo do Renteria..


    http://www.youtube.com/watch?v=2a6cafiQN1c&


    ;)) Rentariaaaahh

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  5. Logo lá estou, de gorro na cabeça, luvas nas mãos, cachecol no pescoço e rádio nas orelhas, embora com umas pequenas dores de garganta e uma pequena constipação, mas até poderia estar com gripe forte que estava lá na mesma :))

    Estou confiante numa boa vitória, tranquila, sem percalços e sem sofrimento. Jesualdo esteve bem no discurso, como aliás é seu timbre, a apelar à concentração e à inteligência dos seus atletas.

    Era importante entrarmos bem na partida e, se possível, marcar cedo , mas se isso não acontecer, é necessário continuar com a mesma atitude tranquila que tem demonstrado sempre nas partidas mais importantes e não deixar que a ansiedade tome conta dos atletas e, essencialmente,do público.

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  6. Não acredito numa vitória tranquila, sem precalços nem sofrimento como o menphis, mas confio na vitória, plenamente. O público tem de estar com a equipa, nem pode ser de outra forma quando nos servem dois de três resultados possíveis.
    O FC Porto é superior ao Besiktas, ainda que o contexto do jogo em Istambul tenha revelado muitas dificuldades, que os jogadores e o técnico reconheceram, eu achei que o FC Porto teve sorte em vencer mas a 2ª parte lá jogada foi o mote para vincar uma certa supremacia, táctica, individual e colectiva, sobre os turcos o que agora poderá vincar-se no Dragão.
    É uma oportuniade de ouro poder terminar à frente do grupo, algo só conseguido em 1996 (só um empate cedido ante o Milan nas Antas, vencendo fora em Milão, Trondheim e Gotemburgo). É curioso que, então, apanhámos o M. United nos 1/4 final (havia menos equipas e menos uma eliminatória) como 2º de outro grupo, mas desta feita ser 1º do grupo dá mais garantias de não apanhar um tubarão europeu nos segundos classificados dos outros grupos e até equipas muito acessíveis: Schalke ou Rosenborg, Olympiacos, por exemplo.
    De resto, seria bom assinalar a data de 11 de Dezembro como um marco mais na história portista, antes de amanhã celebrarmos os 3 anos da conquista de Yokohama na 2ª Taça Intercontinental, e depois de amanhã os 20 anos da grande vitória, sofrida e gelada, em Tóquio ante o Peñarol.
    Três dias de glória consecutivos justificam uma vitória importante esta noite para depois cantarmos que ESTA VIDA DE DRAGÃO SÓ DÁ CAMPEÃO!

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  7. Estou confiante na vitória mas entendo que poderá não ser fácil. O Besiktas vai enervar o FCP com a estratégia do adiamento do golo portista para mais tarde tentar dar o contra-golpe. Os turcos tem direito a sonhar mas uma equipa como a nossa que foi claramente a melhor equipa do grupo não vai deixar o crédito por mãos alheias e vai seguramente dar uma grande alegria a todos nós portistas.

    Tranquilidade é no Dragão o resto é imitação.


    PS: o Renteria anda maluco! Grande golo. A jogar assim tem lugar seguro na próxima pre-epoca.

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  8. mst na bola de hoje.

    Um fim-de-semana triste
    Um fim-de-semana sem futebol a sério é como ir à praia sem sol, comer num bom restaurante e depois não poder acender um charuto, ser sacudido e enjoado no Alfa Pendular e nem ao menos poder fumar um cigarrito durante as duas horas e quarenta minutos que dura a viagem Lisboa-Porto. Este fim-de-semana, para agravar as coisas, ao mesmo tempo que descobri que o Chaves-FC Porto não era transmitido pela televisão, descobri também que não tinha um simples rádio em casa. E assim fiquei duas horas sem saber de nada, até que a internet me trouxe, a seco, a feliz notícia: por uma vez, a segunda linha azul-e -branca tinha cumprido os mínimos e lá havia ultrapassado o Chaves na Taça de Portugal. Depois, li nos jornais que nem toda a segunda linha do FC Porto tinha estado à altura das responsabilidades que aquela lindíssima camisola exige. Consta, nomeadamente, que João Paulo e Lino se encarregaram de adensar o mistério das suas contratações e que Mariano Gonzalez voltou a arrastar o seu imenso talento pelo campo, com aquele seu jeito de quem tem um conflito sem solução com a bola. Melhor fez o Stepanov, que se mantém prudentemente «tocado», e o Farías, que arranjou maneira de se magoar num treino antes do jogo, de modo a não estragar a sua média de cerca de uma hora de jogo por cada seis meses e em troca de alguns 75.000 euros mensais.

    2Estes «reforços» portistas do Verão de 2007 fazem-me lembrar, pelo exemplo contrário, o mais extraordinário profissional estrangeiro que alguma vez vi jogar de azul-e-branco. Chamava-se Teófilo Cubillas, peruano comprado a preço de saldo ao Basileia, da Suíça, algures aí por meados dos anos 70 do século passado, e que era um príncipe e um profissional de eleição, dentro e fora do campo. Um número dez completo: defendia, organizava, atacava; fintava, passava, desmarcava, rematava e marcava. A ele devo o mais bonito golo que vi marcar ao vivo, num estádio: foi na Tapadinha, para o campeonato, quando ele arrancou com a bola a meio campo, deu três toques nela e fez duas simulações, até acabar cara-a-cara com o guarda-redes e com cinco adversários fintados e caídos no relvado. Então, quando se esperava que ele fuzilasse a baliza do Atlético, Cubillas marcou como se estivesse a cobrar um penalty em grande estilo: uma finta de corpo e guarda-redes caído para um lado e a bola a entrar suavemente pelo outro. Lembro-me que se fez um imenso silêncio no velho campo da Tapadinha e os primeiros a reagir foram os próprios jogadores do Atlético, que começaram a bater-lhe palmas. Em Alvalade vi-o marcar outro golo fantástico: sempre a direito, fintou três jogadores do Sporting e, no fim, o guarda-redes; mas, entretanto, estava na linha do fundo e sem ângulo para visar a baliza nem companheiro desmarcado a quem passar a bola; então, lançou-se no percurso inverso, desatando a fintar outra vez os mesmos até chegar à marca de penalty, voltar a virar-se para a baliza e daí fuzilar então as redes sportinguistas.

    Recordo este último golo ainda por duas outras razões. A primeira é que, apesar do golo, que colocou o FC Porto a ganhar por 1-0 em Alvalade, o resultado final acabou em 5-1 a favor do Sporting! E a segunda razão é que esse jogo assinalou a minha primeira e única incursão no jornalismo desportivo, enquanto repórter. Jovem estagiário num jornal diário, eu tinha sido mandado substituir um colega da secção desportiva que tinha tido um impedimento de última hora. Radiante por ter oportunidade de ver o meu FC Porto à borla, parece que não estive à altura das circunstâncias: o meu relato do jogo foi julgado de tal maneira distorcido, digamos, que fui para sempre dispensado de fazer «ganchos» daqueles — com a minha inteira concordância, aliás.

    Mas, voltando ao Cubillas, ele não era apenas o homem dos grandes golos e a estrela da equipa portista naqueles anos. Ele era ainda um profissional exemplar, correctíssimo e cavalheiro dentro do campo, simpático e simples fora dele, tão dedicado ao clube que lhe pagava que, em dois anos e meio com a camisola do FC Porto, não falhou um único jogo, fosse por castigo ou por lesão.

    3E já que não há actualidade suficiente com que me ocupar e prosseguindo nesta linha de revivalismo portista, lembrei-me de pensar quem foram os melhores estrangeiros que vi jogar pelo FC Porto. E depois de muito pensar, eis a minha lista:

    1 – Madjer

    2 – Cubillas

    3 – Jardel

    4 – Aloísio

    5 – Kostadinov

    6 – Drulovic

    7 – Branco

    8 – Geraldão

    9 – Derlei

    10 – Anderson

    Qual seria, então, o onze ideal de sempre de estrangeiros que actuaram pelo FC Porto? Aí vai a minha escolha:

    — Na baliza, o Mlynarzick — aliás, não me lembro de mais nenhum bom, apenas da série de desastres retumbantes, quando se tratou de preencher o lugar do Baía, saído para o Barcelona. Na defesa, tivemos quatro grandes centrais: o Geraldão, o Aloísio, o Demol e, recentemente, o Pepe; um grande defesa-esquerdo, que foi o Branco; e nenhum defesa-direito — terei, pois, de escolher uma defesa só com três elementos. No meio-campo está a dificuldade maior: dois grandes «trincos», o Doriva e o Emerson; dois bons médios-direitos, o Duda e o Ademir; e vários excelentes médios-esquerdos, «números dez»: o Cubillas, o Deco, o Anderson, o Carlos Alberto. Enfim, no ataque, para além do «rei» Mário, que reina sem rival no lugar fulcral, tivemos dois génios à direita, o Madjer e o Kostadinov, e dois grandes jogadores à esquerda, o Drulovic e o Derlei. Cozinhando tudo isto, com as necessárias alterações, eis a equipa de sonho escalada com os imortais que vieram de fora para honrar a camisola azul e branca:

    Que tal, portistas? Até fazíamos mais um estádio para os ver jogar juntos!

    4Entretanto, é preciso descer do sonho à realidade. E a realidade é que esta noite, no Dragão, o FC Porto não pode deixar escapar a possibilidade de ouro, não apenas de seguir para os oitavos-de-final da Champions, mas também de segurar o primeiro lugar e dar já meio passo… para os «quartos». Para isso, é necessário não jogar para o empate, mas sempre para a vitória. Até porque, deixando arrastar o empate ao longo do jogo, à medida que este for caminhando para o final, os jogadores vão começar a enervar-se, sabendo que o Besiktas precisa da vitória e que a derrota significa para o FC Porto até a possibilidade de nem à UEFA ir.

    A equipa não tem nada que saber: Bosingwa, Pedro Emanuel, Bruno Alves e Fucile; Paulo Assunção, Raul Meireles e Lucho; Quaresma, Lisandro e Tarik. A única coisa diferente de Jesualdo Ferreira que eu faria era dar a baliza ao Nuno e não ao Helton.

    E vamos lá então transformar este sonho em realidade!

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  9. claro q a Bola aproveitou esta deixa(esta história do MST dar a baliza ao Nuno) para logo colocar e destacar em 1ª página. Eu gosto do Nuno mas mudar de redes agora só na cabeça do MST q como sabemos tem q ter sempre alguma coisa de diferente buscando o protagoinismo.

    ALLEZ PORTO ALLEZ!

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  10. Eu pretendo apenas e é a isso que apelo: que os jogadores que entrarem logo à noitinha o façam com o espírito bem convicto de que tudo darão para conseguirem a vitória! Não é necessário virtuosismos para a bancada se espernear de gozo, mas apenas que se entreguem ao jogo de alma e coração como fizeram em 90% do jogo da Luz! Se assim procederem estou convencido que nada de anormal acontecerá e seguiremos em frente com o 1º lugar no bolso! Até mais logo e muita felicidade!

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  11. Mais uma vez não vou poder assistir ao vivo a um jogo da champions (isto de jogos a dias da semana é muito complicado para mim). Mas vou vibrar em casa com o que espero seja uma grande vitória, já que acho o FCPorto superior e se tudo correr pela normalidade, ela será certa. Mas facilidades não vão existir e ninguém poderá esperá-las.

    O estádio, tudo indica, estará com uma óptima assistência e o assobios em jogos destes têm de ficar em casa. Apoiem a equipa que ela saberá responder com mais uma alegria para os adeptos.

    Um abraço.

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