Os benfiquistas estagiaram em Vizela. Em tarde de sonho, os portistas, que tinham ido para a Quinta da Vinha, conseguiram resultado histórico. Pior sucederia nas cabinas
Os sinais exteriores de riqueza sempre consolaram. Mágoa de quase todos os portistas era, em plena década de 30, terem sede pobrezinha, pouco melhor do que a que, não muito antes, se instalara num barracão da Rua da Constituição. Os adversários, sobretudo os do Académico e do Progresso, não calavam, a propósito, murmurejos para denegrir essa imagem de clube com «palmarès», que não conseguia, sequer, sede condigna com a grandeza. Nem sequer seria preciso viver com sibaritas, na luxúria do luxo espaventoso. Mas assim também não...
Em Março de 1933 o F. C. Porto deu mais um passo em frente, inaugurando sumptuosa sede, na Praça do Município, ao cimo da Avenida dos Aliados. Um espaço, enfim, à medida da grandeza do clube. Vastas salas mobiladas e decoradas a rigor, que impressionavam esplendidamente. Sala de troféus, índice do esforço e do valor dos seus atletas, repleta de taças e troféus. Ginásio amplo e moderno. Sala de espera — e dependência destinada a perpetuar a memória de dois dos maiores jogadores portistas do passado: Tavares Bastos (que, dois anos antes, morrera de tuberculose) e Velez Carneiro — e a contrastar, fazendo pendent, a figura viva, apaixonante, de Norman HalI, com a mesma expressão que ele mostrava ao natural, sempre sorridente, sempre de sorriso posto. E um grande salão de bilhares, luz esfuziante e bem disposta, apelando à diversão, apelando ao convívio, entre sócios, entre portistas.
Empolgados e orgulhosos viviam, pois, os adeptos do F. C. Porto. No desfrute doce do seu prestígio. Sentimentos que mais se aqueceram, que mais se exaltaram quando, em Maio de 1933, o F. C. Porto humilhou o Benfica, que acabara de se sagrar campeão de Lisboa, nos quartos-de-final do Campeonato de Portugal.
Sabendo que os lisboetas estavam em estágio em Vizela, havia três dias, na antevéspera do jogo os futebolistas do F. C. Porto foram colocados em clausura para repouso na Quinta da Vinha, nos arredores da cidade, onde se instalara já o Lar dos Jogadores, que albergava todos aqueles que não eram portuenses.
Regresso de Szabo aos... 8-0 os insultos, as agressões e a fuga.
Porque Castro, lesionado, não pôde alinhar, jogou... Joseph Szabo, o treinador, a médio. E como se fosse boa sina, repetiuse o resultado da sua estreia de azul e branco vestido: vitória por 8-0! O árbitro fora o espanhol Pedro Escartin, que, alguns anos depois, se tornaria cronista de «A Bola».
Dentro de campo, aparentemente, tudo bem. Contestação ao árbitro também não se notou. O alvoroço e as cizânias rebentariam depois do apito final de Escartin. Laurindo Grijó, director da FPF e delegado ao jogo, dirigiu-se à cabina do Benfica, onde o ambiente era, naturalmente, de cortar à faca, envolvendo-se em polémica verbal com Manuel da Conceição Afonso, o presidente-operário do Benfica. Trocaram-se insultos, Grijó apequenou o Benfica e ofendeu o presidente, um dos jogadores suplentes agrediu-o. Grijó tentou a fuga para o campo, mas as agressões multiplicaram-se. A FPF, reunida em Coimbra, resolveu suspender até ao Congresso os jogadores Eugénio Salvador (esse mesmo, o actor), Ralf Bailão e Miguel de Oliveira, preparando-lhes a irradiação, pura e simples, para então.
Reagiu o Benfica, denunciando o nome do agressor, António Guedes Gonçalves, anunciando, também, que decidira já suspendê-lo de toda a actividade. A começar, precisamente, no dia do jogo da segunda «mão», com o F. C. Porto.
Como Eugénio Salvador se salvou da irradiação.
Espanhol seria, também, o juiz da partida nas Amoreiras: Ramon Melcón. Desta feita a vitória coube ao Benfica, por 4-2, mas a desvantagem trazida do Ameal era, naturalmente, fatal. E mais que a suave consolação dos benfiquistas, a partida ficaria marcada por incidentes vários.
Respigo da crónica de Júlio d'Almeida, na «Stadium»: «O F. C. Porto é uma equipa digna de se ver jogar. Mais uma vez a sua classe se afirmou de maneira insofismável. Viu-se privada quase de início do seu «capitão», Valdemar, que teve de sair do campo depois de carregado deslealmente por Pedro Silva. Censurável o procedimento deste jogador, que levou todo o primeiro tempo na preocupação do jogo violento e caça ao homem. O mesmo devemos dizer de Vítor Silva, capitão do Benfica, que por vezes, abandonando a sua grande classe, se entregava ao jogo incorrecto. Melcón, que desde o início vinha fazendo reparos ao jogo de Vito, resolveu expulsá-lo, quando este carregou Siska.» Gasolina nas labaredas! Os adeptos benfiquistas protestaram a decisão de Melcón, o capitão recusou abandonar o campo, o árbitro pediu ajuda policial, nervos sentiam-se à flor da pele, valeu, na circunstância, o poder magnético e o fair play de António Ribeiro dos Reis que, como Vítor Silva insistindo em não acatar a decisão de MeIcón de abalar para as cabinas, se abeirou do jogador, exigindo-lhe que saísse. Pegou-lhe no braço, acompanhou-o na caminhada, dandolhe azeda lição de moral.
Entretanto, a FPF reconsiderou e decidiu ilibar Eugénio Salvador, Ralf Bailão e Miguel de Oliveira. O F. C. Porto contraatacou, cortando relações com o Benfica. Pelo que acontecera no Ameal e pelo que acontecera nas Amoreiras. Os dirigentes do Benfica, em comunicado, lamentaram que se quebrasse assim o óptimo relacionamento de longos anos, crivando «a actuação apaixonadamente hostil e cega de uma parte aguerrida da imprensa do Norte, que não pode, por isso, ver os telhados de vidro que por ali proliferam, alimentando possivelmente uma política de conveniências de ocasião e que criou um péssimo ambiente, a que não se puderam eximir os dirigentes do F. C. Porto».
In «abola»
Texto copiado do Forum do Portal dos DragõesPS: Em comentário coloquei a crónica de hoje do Rui Moreira no jornal A Bola.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarDeixo aqui a crónica de hoje do Rui Moreira no Jornal A Bola, que retirei tb do Forum do Portal dos Dragões.
ResponderEliminarPORQUE SOMOS OS MELHORES
COMO acontece sempre, e felizmente com grande frequência, a vitória do FC Porto no campeonato nacional foi desqualificada pelos saudosistas do passado. Pelos que suspiram pelos tempos em que o Sporting, nos longínquos anos cinquenta, e o Benfica, nos anos sessenta, tiveram as suas épocas de ouro.
Nos últimos trinta anos, o FC Porto assumiu a hegemonia do futebol, vencendo títulos a nível nacional e internacional. Além disso, o clube é hoje reconhecido na Europa como um dos mais bem organizados e, por isso, faz parte do pequeno e restrito clube dos G14 que negoceia com a UEFA coisas tão importantes como as regras e contrapartidas monetárias das competições europeias.
Tudo isto é fruto de muito trabalho, resulta de uma estratégia de longo prazo, que foi desenhada por Jorge Nuno Pinto da Costa e pelos seus colaboradores, entre os quais se contava o grande José Maria Pedroto. Mas, não se pode esquecer muitos outros nomes que estão ligados ao projecto. Não se pode esquecer dirigentes como Teles Roxo, treinadores como António Morais, Artur Jorge, Robson, Oliveira, Mourinho e Jesualdo, centenas de jogadores dos quais Vítor Baía é, seguramente, o grande símbolo e, por fim, os adeptos, exigentes mas sempre incondicionais no apoio à sua equipa.
Tentar reduzir e desqualificar estas vitórias, levantando suspeições infundadas e invocando que elas resultam de batotas acumuladas, é patético e absolutamente lamentável, principalmente quando se ouvem essas acusações de pessoas bem formadas e sensatas.
Por muito que lhes custe, o FC Porto teve o mérito, e os seus clubes tiveram o demérito. Os resultados estão à vista e, sempre que me invocarem esse falso argumento, dir-lhes-ei que tudo isto é uma consequência da democracia, ainda que me regozije por saber que, dessa forma, vão continuar a lutar contra os moinhos de vento em vez de reformarem os seus clubes. E lembrarei também que foi em democracia, em liberdade, com as transmissões televisivas, com o escrutínio cerrado dos jogos através dos meios audiovisuais, que o FC Porto inverteu a situação e conseguiu estas vitórias.
Não quero com isto dizer que o grande Sporting dos violinos e o Benfica de Eusébio e Coluna não tiveram mérito na sua fama e glória. O que sei, porque me lembro, é que nesses tempos o FC Porto não podia senão sonhar. Porque lhe faltava persistência, seguramente, mas também porque isso lhe era imposto por decreto.
Um abraço.
Caro RM,
ResponderEliminarTemos uma cultura que dá mais valor aos "xicos espertos" do que ao trabalho, rigor e seriedade.
É um problema grave que começa desde o banco das escolas, quantas vezes o aluno aplicado é ostracizado pelo grupo, até às empresas e com uma especial enfase na administração pública.
É um entrave à evolução e crescimento do país.
Penso que esta 'cultura' está bem patente na forma como o trabalho, rigoe e seriedade da gestão desportiva do Porto é tratada por parte da população que ao invés valoriza 'veigas', 'loureiros' e 'orelhas' e outros do género.
um abraço
Zirtaev
ResponderEliminarA história do F.C.Porto está cheia destes casos e outros ainda mais caricatos. A seu tempo tentarei divulgá-los.
Relativamente ao artigo do Dr Rui Moreira(deveria figurar como post), deixa-me feliz por verificar que a defesa do F.C.Porto, sem complexos e preconceitos é feita com coragem que é apanágio dos PORTISTAS, os meus sinceros parabéns ao Dr Rui Moreira.
Saudações Portistas
Zirtaev, adoro o post porque estas histórias antigas são dignas de se lerem, pelo português coloquial de então, e de se conhecerem as vicissitudes do pontapé que não era só na bola naqueles tempos.
ResponderEliminarParabéns ainda pelo texto de Rui Moreira, mas já não é preciso lembrar só o mérito das vitórias do FC Porto a consolidarem uma hegemonia inatacável.
É preciso responder na hora a cada ataque, a uma suspeição lançar uma acusação, a um jogo alegadamente viciado contar os pormenores correctos e a um caso, por exemplo, Jorge Costa no Marítimo por um autogolo nas Antas atirar os frangos de Brassar num jogo do Gil Vicente na Luz (não lembram, pois não?).
Parabéns às achegas do off-shore, sempre perspicaz e oportuno e que antevejo ter um manancial de informações e opiniões relevantes que bem podia partilhar connosco, e ainda aos apontamentos do fc limpatudo.
Só com este acervo de dados se combatem os demagogos, como eu expliquei ontem.
gostava de perguntar a vossa opinião sobre o seguinte :
ResponderEliminarQue tal fazer um aparte , posts ou como o zirtaev entender, onde se falava sobre os outros clubes ( nacionais , grandes ou pequenos , ou internacionais ) ?
tenho a mais alta consideração e estima por alguns intervinientes deste blog.
gostava que dessem a sua opinião e analise tactica e tecnica sobre outras equipas.
opinião essa , completamente isenta e imparcial , a elogiar onde fosse merecido , mesmo sobre aquele clube de vermelho de santanás ! ( caso ele algum dia tenha algo que mereça ser elogiado :) )
gostava de ver analises sobre o trabalho de outros clubes como o guimaraes por exemplo , a outros treinadores e jogadores. mas atenção, teria que ser mesmo completamente isento de parcialidade.
antes que ataquem o meu "portismo", quero dizer que adoro futebol e acho que neste mundo, não estamos sozinhos nem devemos olhar só para nós. devemos ser justos e aprender com os outros. por muito maus que sejam ( ou bons ) , temos sempre algo a aprender.
gostava de ver analises tecnicas do zé luis sobre outras equipas e outros trabalhos desenvolvidos. ( afinal , o porto nao joga todos os dias, há sempre algum espaço para os outros :) )
se acharem má ideia, argumentem , critiquem , mas sempre justamente e racionalmente, sff
Iori,
ResponderEliminarNão quero responder pelos autores deste blog mas no meu ponto de vista penso que a resposta ao teu comentário está precisamente no post inaugural
"
A partir de hoje o mundo do dragão pode contar com o nosso apoio na internet.
Se os treinadores de bancada dão opiniões sobre tácticas, quem melhor que os portistas de bancada para darem opiniões sobre o F.C.Porto em particular e o futebol em geral.
Por amor, por convicção, por dedicação e acima de tudo por sabermos que F.C.Porto rima com vitórias.
"
e na evolução que este blog tem tido.
Aqui, fundamentalmente, discute-se o F.C.Porto na vertente clube, jogadores, estratégia e modalidades e claro está tudo aquilo que não sendo F.C.Porto influi o dia a dia do nosso Clube (ligas, apafs, MJMs, etc).
Muitas vezes há comentários sobre outras equipas ou jogadores mas o 'core' do blog é o mundo FCP.
** podem me dar na cabeça caso discordem :) **
Há lugares na blogosfera para
Teem aqui uma reliquia, que nunca da em Portugal, mas ja deu varias vezes na América do Norte.
ResponderEliminarEsta é a 5a parte do filme, procurem as outras 4 no lado direito da pagina.
As palavras finais do Joao Pinto, do Gomes e do Inacio, sao precisamente o que toda a gente sabe, mas toda a gente quer esconder.
Os feitos do FCPorto sao grandiosos mais fora, que dentro de portas. O proprio relan�ar da selec�ao nacional
E sim, sempre tivemos as melhores equipas nas ultimas 3 décadas. Por muito que os saudosistas do regime o queiram esconder.
http://www.youtube.com/watch?v=IyD_kN2siZA
Viva o Porto!
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ResponderEliminarAvulso #19
ResponderEliminarPosted in Avulso with tags CastleShore, José Veiga, Sérgio Silva, Swindon Town on Abril 18, 2008 by Teixeira in A Tasca do Teixeira ®
Sérgio Silva que foi detido pela PJ do Porto tentou burlar Boavista.
Segundo o Blog do Belenenses que recebeu um mail de fonte segura, a empresa CastleShore está sediada na ilha do Chipre através do Bank Turquoise Ltd. e é conhecida por estar envolvida em vários negócios nebulosos, muitos deles em investigação criminal por alegada lavagem de dinheiro e tráfico de peças arqueológicas.
Segundo o mail, o clube ligado à CastleShore - que inclusive está a ser investigado pelas autoridades inglesas - é o Swindon Town.
Swindon Town, o clube para onde José Veiga foi trabalhar como director desportivo e com o qual admitiu há bem pouco tempo ter uma relação de negócios anterior ao convite feito pelo seu amigo Mike Diamandis, personagem que controla o clube inglês.
PS. agora entendem-se alguns negócios de Veiga aquando da sua presença nos quadros directivos do SL Benfica ou Estoril-Praia. Voltarei ao assunto, até porque sei de fonte segura que Veiga anda a fazer grandes jantares com árabes e búlgaros em restaurantes de Cascais. Envolve a transacção de jogadores de determinados clubes da 1ª Liga aproveitando a debilidade financeira destes. Negócios comummente intitulados pelo povo como “por baixo da mesa”.
Os contribuintes agradecem (sarcasmo) e os benfiquistas já o fazem (realidade) desde 2005…
Talvez seja por coisas destas que Vieira já veio a público lamentar a vitória do Benfica em 2005. Espero que seja por ter consciência e não por medo que o telhado lhe caia em cima - o de vidro entenda-se.
Visitem e comentem A Tasca do Teixeira ®
Essas histórias são oportunas e muito bem vindas .. Essa história é como uma gota do Oceano, de onde veio viram muitas mais, porque jamais esqueceremos o que outros já esqueceram, jamais esqueceremos essas histórias de intimidação a todo o tipo de dirigismo Nacional !! Jamais esqueceremos, mas não somos apenas nós ...
ResponderEliminarVejam este video ... Homem sem papas na língua !!
http://www.youtube.com/watch?v=mkJAHJhgbeI
«Zé Luis ainda agora no Pontapé de Saída o "Camilo.Careca.Economista" deu a indicação que toda a gente já suspeitava: é adepto do Benfica!...E mais abriu em relação ao Boavista aquilo que eu também suspeito, não é Sérgio Silva o verdadeiro Financiador em campo...Este é apenas um testa de ferro, convenhamos um testa de ferro muito pouco credível a acreditar nos seus antecedentes em matéria de cumprimento dos acordos celebrados...Por eu dizia, COITADO DO BOAVISTA...Não me repugnaria a ideia de que fosse o próprio LFV que estivesse por detrás de tudo isto!...Há uma marca perceptível do seu estilo, dele e de José Veiga!...Aliás o próprio Zé -Veiga- veio hoje endereçar palavras de conforto ao Benfica -no pós traumático de Alvalade- como se estivesse ainda a ele ligado...Sintomático?...
ResponderEliminar17/4/08 23:41»
"17:35 - Futebol - Boavista
Sérgio Silva conduzido às instalações da PJ-
Sérgio Silva, que na semana passada anunciou a intenção de investir 38,5 milhões de euros na SAD do Boavista, foi hoje conduzido às instalações da Polícia Judiciária PJ no Porto, disseram à Agência Lusa fontes da PJ Porto. O empresário Sérgio Silva deixou o Estádio do Bessa ao princípio da tarde e, segundo as fontes policiais contactadas pela Lusa, foi levado para as instalações da PJ no Porto. Contactado pela Lusa, o gabinete de comunicação da PJ Porto apenas confirma que “alguns elementos estiveram a prestar declarações no âmbito de um inquérito”. No interior do Estádio do Bessa decorre uma reunião entre a administração da SAD, o sindicato dos jogadores, o treinador Jaime Pacheco e os capitães da equipa de futebol com o objectivo de analisar o incumprimento salarial que levou o plantel a apresentar um pré-aviso de greve. Caso não recebam hoje os dois meses e meio de salários em atraso, os jogadores ameaçam fazer greve ao jogo de domingo, em casa, com o Nacional, da 27ª jornada da Bwin Liga."
Eu bem gostaria de não ter tantas vezes razão...Era sinal que o Mundo era diferente para bem melhor, mas cheirava-me forte, fortíssimo...Era um cheiro tão intenso que não podia ignorá-lo...Zé Veiga/Luís Filipe Vieira dupla de "sucesso" Internacional..."COITADO DO BOAVISTA...Era perceptível que assim os direitos de todo o Património do Boavista passava sub-reptíciamente para as mãos do Benfica, isto é, para as mãos da dupla dos "mãosinhas" do Zé/Luís a cheirarem a "chouriço"...Depois logo se veria para onde iriam jogar todos estes desgraçados!...
O sr.ex. Presidente da FPF Joao Rodrigues,admite ter sido intermediario entre o ex-lider do conselho de arbitragem da FPF e Luis Filipe Vieira na escolha de arbitros para o Benfica. - Ontem, no Tribunal de Gondomar.
ResponderEliminarMais uma para ser ignorada?
Entao uns teem matéria de facto para ser acusados e nao sao? Enquanto outros sao acusados com base em situaçoes ridiculas e testemunhos sem credibilidade?
"Sinto-me envergonhado por ser português"
ResponderEliminarNo dia que trouxe um novo ânimo para todos os boavisteiros com a apresentação do contrato que poderá colocar um ponto final na crise do clube, Sérgio Silva não escondeu que "este é o momento mais complicado" da sua vida. O empresário que diz ter tripla nacionalidade - portuguesa, francesa e norte-americana (NR para se ter nacionalidade norte-americana tem de se prescindir de outras nacionalidades) - ficou incomodado com o facto de a comunicação social ter investigado o seu passado financeiro e garantiu que "se fosse hoje, e se o contrato ainda não estivesse assinado iria ponderar se avançava com o apoio ao Boavista".
"Reflecti muito nas últimas horas se devia continuar a apoiar o Joaquim Teixeira. Fui ameaçado de morte e não sei porquê. Deviam ter mais respeito por uma pessoa isenta e que só quer ajudar", esclareceu o proprietário da empresa CastleShore, criada, segundo o próprio, exclusivamente para levar a cabo este negócio financeiro com o Boavista.
Mesmo assim, afirmou-se um "homem de bem e sem vergonha do passado". "Entristece-me profundamente e sinto-me bastante envergonhado por ter nacionalidade portuguesa. Bem haja a França e a América que me acolheram e aceitaram como cidadão", disse Sérgio Silva que conluiu "Envergonha-me viver num país mesquinho como este, onde tratam mal as pessoas que querem ajudar a desenvolver. Optei pelo futebol como podia ter optado por uma empresa qualquer. Mas nem assim há respeito pelo homem Sérgio Silva". Joana Carvalho
-Afinal o homem é Português, Francês ou Norte-Americano?...Tem vergonha de ser Português?...Nós é que nos sentimos tristes de haver Portugueses deste calibre...Por isso eu sou um INCONDICIONAL apoiante da Lei Universal do ABORTO!...
Atenção Prof. não se descuide em relação a Domingo. Máxima concentração!...
Diz o Sérgio Silva que criou a CastleShore para ajudar o Boavista??
ResponderEliminarLOL
Que vá dizer isso para a ilha de Chipre...ou ao seu patrão - José Veiga...
A Tasca do Teixeira ®
Sobre o repto do Soren, tamb+em acho que poderia abrir-se uma janela, justificadamente, para um clube, um jogo, um caso. Eu gostaria de falar de outros clubes, do Scolari, da Selecção, não é que o receie fazer, porque já aflorei vários problemas aqui e ali. Mas é claro que isto é para falar do FC Porto, até porque o vencedor, o campeão, o dominador da arena merece toda a atenção, os aplausos e agradecimentos, os encómios, as virtudes e nem esquecemos sequer os defeitos.
ResponderEliminarPorque gostamos do FC Porto, indubitavelmente.
O problema, soren, é que um post a falar do Guimarães, do Rio Ave se subir, do Leixões se descer não acredito que traga mais gente à discussão que, quanto a mim, mesmo nas matérias portistas devia ser mais participativo do que é.
Tenho, por isso, dúvidas da bondade da opção. Embora partilhe do interesse de se falar de um Sporting-Benfica porque tanto ficou por falar e até parece que aquilo foi um jogo de encher o olho, quando tanta gente ficou de olhos tapados... enfim.
Zé Luis
ResponderEliminarVou deixar este relato, onde se verifica que o Paulinho Santos não foi caso único a sua suspensão, pois o Virgilio já tinha sofrido na pele algo semelhante.
”A 11 de Outubro de 1957, a meio da semana, o F.C.Porto venceu o Benfica por 1-0, com golo de de Monteiro da Costa. Triste tarde, a de Virgilio, expulso por uma entrada «súcia» sobre Fernando Caiado, que se queixou assim:”Mal posso respirar, desconfia-se de que tenho qualquer costela fracturada, mal me mantenho em pé, estou ‘groggy’...”
A FPF quase sempre que tocava a portistas gostava de de enristar a espada e punir com severidade. Exemplarmente se dizia. E, destarte decidiu suspender Virgilio por três jogos...ou mais! Isso mesmo: enquanto se mantivesse a incapacidade do adversário atingido, Virgilio estaria impedido de jogar futebol.
Ao cabo da primeira volta, na primeira semana de Dezembro de 1957, o F.C.Porto estava a um escasso ponto do sporting, ainda invicto. Nesse comenos, chegou a boa nova para Virgilio: Caiado fora enfim, considerado pelos médicos do Centro de Medicina Desportiva clinicamente curado e o castigo ao defesa portista, que vigorava desde 14 de Outubro, foi levantado através de um telefonema da FPF para a direcção do F.C.Porto. Faltavam três dias para o jogo com o sporting e...contra o sporting reapareceu Virgilio, os portistas quebraram a invencibilidade do antagonista, treinado pelo Uruguaio Enrique Hernandez, ganhando por 2-1.
Desabafo de Virgilio pela vitória, emocionado, já no balneário:«Preferi jogar a ter 50 contos na carteira»
De prémio pela vitória, tal como os seus companheiros, recebeu dois contos...
Mas apesar da vitória sentiram-se ondas de choque nas Antas. Yustrich descobrira, outra vez, o seu jeito da mata-mouros, por pouco não sendo preso: por mais que o árbitro o proibisse de dar instruções para dentro do campo, o trinador do F.C.Porto teimou em fazer disso ouvidos de mercador, até que o juiz pediu a um polícia que o retirasse da relva. Assim o fez. Mas em vez de o levar para a esquadra foi sentá-lo no banco, pedindo-lhe que se aquietasse.
Antes de a partida se iniciar, directores do F.C.Porto fizeram distribuir pelas bancadas cópias de cartas que lhes tinham sido enviadas um pouco de todo o lado, garantindo que o árbitro Álvaro Rodrigues e os seus fiscais de linha «eram 200 por cento sportinguistas».
O barril de pólvora que assim se abichara por pouco não explodiu quando um dos fiscais de linha agrediu um apanha-bolas com a sua própria bandeirola, deixando-lhe o rosto o rosto a sangrar. Acabaria por defender-se com o peregrino argumento de que mão fora essa a sua intenção. A Direcção portista apresentou queixa contra o presumível agressor, mas a FPF haveria de fazer tábua rasa da denúncia.
Eram assim, nos anos 50, no «país da ordem e da moralidade»...”
António Simões In a bola
Muito boa essa crónica FCLimpaTudo...Eu cheguei a conhecer o Virgílio, creio que está ainda vivo, uma pessoa que cuidava muito do seu aspecto, sempre de lenço de seda envolvendo o pescoço por dentro da camisa...Aliás ainda vejo agora muitas vezes, o senhor Feliciano -antigo jogador do Belenenses e ex-Treinador das nossas camadas jovens- que costuma passear pelo DolceVita com a sua dedicada esposa..Sobre o Sporting/Benfica penso que foi um grande jogo, já depois de eu me ter quase convencido que o Benfica tinha o jogo nas mãos -sem saber ler nem escrever, confessso- e perante o alarido do andar de cima, dei por mim instintivamente a torcer pelo Sporting e vibrei com os últimos golos, perante a irritação indescritível dos meus vizinhos...Eles eram tachos pelo ar, vidros a partir, foi de partir completamente o côco...Não me ria assim há muito tempo...Eu acho que eles estão aqui, estão a tratar de se mudar urgentemente...Tenho que falar com eles para assinarmos um tratado de não agressão Desportiva...Eu sei que deve ser insuportável viver perto de alguém, que passa a vida a lembrar-nos a nossa ENorme.pequenez...Mas que culpa tenho eu, já cá vivia e há muito tempo...
ResponderEliminarNota final: parece que os Boavisteiros acordaram a tempo.Ainda bem...Já agora devo corrijir, aquela indicação da dupla Zé/Luís não tem qualquer outra significação escondida...OK caro Zé Luís?...
Ze Luis, o repto foi feito pelo Iori.
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