A categórica vitória no Bonfim faz antever mais uma dobradinha portista após um campeonato em grande e ainda sem sofrer golos na Taça. Não é garantia de sucesso, mas segue-se um bom caminho, de resto preparado com trabalho que vem do rasto de êxitos portistas dos últimos e pelo visto tão contestados 20 ou 25 anos.
A talhe de foice, e para situar algumas coisas no tempo devido, com o cuidado merecido e pela pessoa envolvida, um aspecto muito debatido na bancada não resisto a trazê-lo aqui. A minha opinião vale o que vale e não resisto a falar aqui de Rui Moreira em quem é erradamente atribuído uma "fragilidade" em defesa do FC Porto
.
Rui Moreira
Já disse que raramente vejo o programa da RTPN, porque me desiludiu ao fim do 1º ano de emissão. Citaram até alguns mails, poucos, que enviei, um ou outro destinado a RM e outro a zurzir na volubilidade dos comentadores, não muito diferentes dos "outros" que por aí abundam.
A insistência com que nesta bancada têm falado do programa e da capacidade de combate de Rui Moreira levaram-me a ver anteontem o programa. Não desde o início, porque imagino que devem ter falado do jogo do Bonfim a abrir e eu ainda estava sintonizado na SIC a ouvir as entrevistas de final de jogo, mas vi a excelente tirada do Rui Moreira no topo e fundo e soube, por ele, pois estive fora todo o dia, da "notícia" do Expresso online o que também me deixou estupefacto e indignado por se publicar o internamento inexistente de uma pessoa, por acaso (ou talvez não...) Pinto da Costa.
O topo e fundo de RM valeram o programa, que para mim não evitou resvalar, como outros, para a futilidade, até mesmo a imbecilidade genérica a coisas do género.
ADN benfiquista existe?
E todas as considerações à volta que suscitaram polémica com a intervenção do intelectualmente desonesto António Pedro Vasconcelos - é do ADN benfiquista?; nem sabia que tinham ADN?. Este não deixou de ter razão ao apelidar o Sporting de clube do (antigo) regime, porque muitas figuras gradas de posições-chave do Governo eram leoninas. APV citou nomeadamente Góis Mota, o "chefe" da Mocidade (ou Legião) Portuguesa que um dia entrou ao intervalo na cabina do árbitro de pistola em punho num Atlético-Sporting, contam as crónicas.
Pistola no clube do regime
É curioso notar que Rui Oliveira e Costa, que geralmente gosto de ouvir, alicerçou a superioridade leonina nos anos 50 nos "Cinco Violinos", alguns deles que ele viu jogar. Mas o episódio Góis Mota foi mesmo em meados dos anos 50 e o tetra leonino foi de
Mas aquele tempo era assim, os 3 grandes de Lisboa tinham a oposição frágil do provinciano FC Porto que raramente dava luta, só abrilhantava e dava dimensão nacional a uma compita que era regional à volta da Grande Lisboa e até com equipas do Alentejo e Algarve.
Eusébio e Di Stéfano
Mas do tempo que ninguém gostaria de reviver ficou, também, o benefício do Estado centralista, elitista e sulista ou lisbonense.
Eusébio foi desviado da rota para Alvalade rumando à Luz. Não foi por decreto real como na Espanha franquista a querer dividir (época sim, época não) a valia de Di Stéfano pelo Barcelona e o Real Madrid (ao que os catalães se opuseram, o argentino era deles e rejeitaram partilhá-lo preferindo perder um dos maiores jogadores de sempre e que contribuiu para o engrandecimento do Real Madrid por mais de 15 anos), tendo a RFEF inscrito o jogador pelos merengues com o êxito que se sabe.
Mas as figuras do regime, nos corredores do poder, levaram Eusébio para a Luz. Dirá APV que, nessa altura, ganhou quem soube trabalhar melhor, mas esta história e todos os seus contornos só após o 25 de 74 pôde ser contada plenamente livre do bafio do regime comprometido e de um clube que, com Eusébio, teve a projecção por uma década ou mais como o Real Madrid em Espanha graças ao grandioso D. Alfredo.
A identificação do Benfica com o clube do regime, próximo do poder e com uma adesão popular que importava apaziguar mesmo num período político de repressão policial e censura, foi patente nos anos 60. O
facto de o Estado, centralizado e fechado, aproveitar a boleia dos triunfos internacionais foi tido, num regime fascista como sucedeu em todos os países do Bloco de Leste, como um exemplo, ainda que único, de abertura ao mundo. O Benfica, conscientemente ou não, deu boleia ao País anacrónico, pobre, inculto e reprimido, como uma janela lá para fora. Era como um Dínamo de Berlim, ou Honved de Budapeste, Dínamo de Moscovo ou CSKA de Sófia.
Tanto que, para não suscitar a animosidade da populaça e o ícone acima do pedestal clubístico que era Eusébio, foi vetada em
Argumentação: fictícia ou factual
Não pode, nem deve, é APV pensar que, como o Benfica nesse episódio Eusébio - enquanto ROC se calou com o episódio Góis Mota - o FC Porto teceu uma "teia de interesses", desvalorizando as grandes equipas que o FC Porto foi construindo e em cada uma, sempre mais forte, alcançando metas e conquistas antes impensáveis. Eram inimagináveis para mim que parti de 5-21 em títulos face ao Benfica em 1977, estarmos agora com 23-31... e não é andebol.
Estes aspectos são incontestáveis e RM perdeu, então, para APV alguma capacidade de argumentação por não ter dados, saber menos da matéria do que o opositor. Um demagogo embaraça qualquer um na sua prosápia se não for combatido. Para tal há que saber atacá-lo mas também saber defender-se. RM não é obrigado a saber tudo e daí que ele, como Guilherme Aguiar ou outro comentador portista, são apanhados sem reacção perante algumas manobras ou factos atirados para a discussão.
Mas Rui Moreira esteve muito bem e terá, penso eu, sentido um espicaçar da parte desta bancada para ser mais assertivo, como aqui já sublinhei há muito tempo.
A Liga no Porto, com e sem Pinto da Costa
Se APV fala da teia montada pelo FC Porto e de a Liga estar sediada no Porto, é do mais confrangedor desconhecimento das coisas - ou baralhar para confundir.
A Liga está no Porto porque a FPF está
Sobre a teia, a aranha APV não vai longe. Há anos que o FC Porto se demarcou da Liga. Pinto da Costa foi presidente da Liga só para concretizar-se a sua transferência para o Porto, a Câmara facilitou a aquisição do terreno, Valentim ajudou a pressionar, creio que a Câmara e/ou o Governo participaram na construção do edifício da Liga que teve instalações provisórias na R. Alegria e acabou a descer a Constituição para a moderna instalação que existe ali à Casa da Boavista.
A Liga, de resto, foi fortemente impulsionada por dirigentes nortenhos, mas também João Aranha do Sporting que foi dos mais altos dirigentes na Liga que esteve muitos anos sem organizar os campeonatos profissionais.
FC Porto desLigado
Com sede, e moderna, no Porto, Pinto da Costa saiu da Liga. Não tardou que o FC Porto se desligasse por completo até não ter lá qualquer representante e ter apoiado candidaturas para destronar Valentim Loureiro que acabou apoiado por Luís Filipe Vieira metendo Cunha Leal.
É atirar areia para os olhos o "FC Porto dominou a Liga" ou montou "teia de interesses" o que em política e lobbying é legítimo mas não é líquido que fosse uma "verdade falseada" em que insistem os detractores, nem sequer daí tirou o FC Porto proveito.
Então o "monstro fugiu ao criador"?
Quando se ufana Dias da Cunha, talvez o único elogio que lhe dão os sportinguistas, por identificar o "sistema com Pinto da Costa e Valentim Loureiro", está-se a esquecer que após o penta portista o FC Porto esteve 3 anos sem ganhar o campeonato: Sporting-Boavista-Sporting por alguma razão foi e não colheu a frase de Dias da Cunha para o justificar com uma mal construída ideia de "o monstro fugiu ao criador" (sic). O FC Porto foi muito prejudicado e pelo menos os dois primeiros títulos Sporting-Boavista devia tê-los vencido. Mas há muito o FC Porto se afastara da Liga e se calhar pagou por isso, porque a intriga e o crime compensam como pode o FC Porto testemunhar sendo vítima desse "sistema" de que o acusaram de ser o mentor.
E se por vezes se distingue, com laivos de mordacidade e mesmo malvadez, que o FC Porto é competente até nos corredores do poder, o que é discutível, como justificar que para ganhar 18 ou 20 campeonatos tenha perdido 12 ou 13? E se venceu 8 ou 10 taças tenha perdido 11? Faz sentido?
Ora diga lá se sabe...
O que RM ou qualquer portista que se preze deve pensar, dizer, perguntar a quem vem com a ladainha do costume, das "influências", dos "árbitros", dos "benefícios" de há "15, 20 ou 25 anos" é só isto:
- em que anos foi o FC Porto campeão?
- quem foi o 2º e a quantos pontos de distância?
- que resultados lembram nos jogos entre os grandes?
- que arbitragens polémicas alegadamente beneficiaram o FC Porto, em que jogo, qual o árbitro?
Qualquer rival ficará sem reacção: porque não sabe, porque não lembra, porque não viu, porque só ouviu dizer, vagamente, que "há 15, 20 ou 25 anos" tal e tal, assim e assado.
Vocês sabem do que eu estou a falar. Vi muitos jogos, há 36 anos que sigo o campeonato muito de perto, raramente perco um jogo televisionado, tenho arquivo e boa memória e sempre que atirei estas questões não obtive resposta.
Ao invés, lembro o que sucedeu nos anos em que o FC Porto não foi campeão.
Benfica grande em 83 mas perdia nas Antas
E, se querem saber, equipa rival à altura do FC Porto destes anos todos, só vi o Benfica de Eriksson em 82-83, fez a dobradinha e perdeu a UEFA em casa para o Anderlecht que ainda era uma grandiosa equipa na Europa. Foi a única equipa realmente grande que vi nos últimos 25 anos capaz de rivalizar com o FC Porto. Essa sim, uma equipa fantástica com Humberto, C. Manuel, J. Alves, Shéu, Nené, Filipovic, Bento, Veloso, Álvaro. Fantástica.
Mas não esqueço que, depois de ganhar em Roma por 2-1, nos 1/4 da UEFA, o Benfica vinha às Antas no domingo seguinte, em Março de 1983. Pedroto, o fabuloso Zé do Boné, avisara que o "Benfica não tem 3 pontos de avanço, só tem 1 porque vai perder nas Antas". E que "o FC Porto corre 10 vezes mais do que a Roma". Prometia.
Lá estive e ganhámos por 3-1. Mas o Benfica era globalmente mais forte e foi campeão justíssimo.
Ficam os néscios a cismar...
Quanto aos campeonatos ganhos pelo FC Porto, praticamente todos com larga vantagem e a 2, 3, 4 e 5 jornadas do fim, só um demente pode pôr em causa o património competitivo que, ainda hoje, como se (ou)viu no Bonfim, escapa à percepção. Ou são parvos ou distraídos.
E contra isso nada...
Lembro sempre um amigo meu que diz: "Herança do Salazar, só pobres e benfiquistas".
Mas não resisto a citar Ortega y Gasset, no meu fundo:
"Como aqueles insectos que não há maneira de tirar do orifício onde vivem, não há modo de desalojar o estúpido da sua estupidez, levá-lo a passear um bocado mais além da sua cegueira e obrigá-lo a contrastar a sua rude visão habitual com outros modos de ver mais subtis. Anatole France [filósofo francês, N.E.] dizia que um néscio é muito mais funesto que um malvado. Porque o malvado descansa algumas vezes; o néscio jamais"
in "A Rebelião das Massas"
Amigo Zé Luis por favor,continue a escrever,obrigado!
ResponderEliminarEste comentário foi removido por um gestor do blogue.
ResponderEliminarMais uma vez excelente.
ResponderEliminarSubscrevo o Condor, continua e ... obrigado.
Tiro o meu chapéu a este artigo do Zé Luis.
ResponderEliminarGuardem-no que vale a pena.
José Correia
reflexaoportista.blogspot.com
Desvendado mais um caso no nosso futebol...
ResponderEliminarPaulo Bento deu no intervalo um " Porto " aos jogadores do sportem e conseguiu um brilhante resultado.
Orelhas não se conforma e chama a ... polícia...
Magnífico artigo.
ResponderEliminarQueria tambem acrescentar que no passado o FCP teve sempre uma grande capacidade financeira no entanto não podia contratar os melhores jogadores Portugueses, inclusive quando contratou um dos cinco violinos,antes de rumar para o scp, este foi chamado para a tropa e no dia seguinte estava no sporting.
Mas o que me dá gosto é que o FCP ganhou uma liga dos Campões na era pós Bosman, e não na era Franco / Salazar, ou seja ganhou na era em que ou se tem muito dinheiro ou sem tem uma excelente gestão desportiva e não na era em que os jogadores era património do estado.
Obrigado por ter expresso com clareza o sentir que me vai na alma.
ResponderEliminarExtraviado, essa do mercado de recrutamento dos jogadores daria uma história fabulosa, sem dúvida.
ResponderEliminarSempre ouvi dizer que isso reduzia a capacidade de intervenção do FC Porto, mas não vive esse tempo.
Lembro, porém, que alguns jogadores que o FC Porto "perdia" para a tropa, e não "perdidos" noutros clubes do regime, eram quase irrecuperáveis.
O exemplo que tenho mais próximo da minha vivência desportiva e com quem já troquei impressões sobre a carreira dele e a sua vida foi Seninho.
O trem-bala, pela sua velocidade, que seria decisivo no título de 77-78 antes de rumar ao Cosmos após marcar 2 golos em Old Trafford, esteve praticamente perdido em Angola no serviço militar ainda no final dos anos 60, só por 73 ou 74 voltou a Portugal e já na idade onde dificilmente "saem" jogadores lá apareceu, com 26 ou 27 anos, o Seninho a explodir e a puxar o FC Porto para o título.
Que faltará mais dizer sobre os benefícios que os clubes lisboetas tinham pela proximidade do poder, na capital, com o resto do País tão distante geográfica e visceralmente provinciano que é o epíteto, de tão enraizado, com que ainda hoje brindam as regiões acima de Santarém e abaixo de Setúbal? - portanto, um raio de 60/70 Kms.
Quem lá viveu e vive não sabe o que é estar do outro lado.
E ficam chateados com a evocação do episódio Calabote. Se, hoje em dia, há árbitros sócios de camarote na Luz, como Proença, naqueles tempos não era inverosímil que, dando só Benfica, Benfica, Benfica e Sporting de vez em quando, que os árbitros fossem simpatizantes do clube mais ganhador. Nessa altura era raro o FC Porto disputar um campeonato de forma viva e competitiva, pelo que deve ser o Sporting a queixar-se. Claro que Eusébio e os outros tinham o seu valor inquestionável, mas sabemos que não era nos confrontos entre os grandes, como não é ainda hoje, que se ganham títulos. Mas já se tinha uma ideia nas finais de Taça com arbitragens tendenciosas e, lá está, só uma vez o Porto ganhou uma ao Benfica, em 1956, com golo de Hernâni mas quem a jogou e viveu sabe como o Benfica pressionava o árbitro para mudar as coisas. Ganhar, então, era um achado. Mas há quem ache que era bom, só cavalheiros, senhores de chapéu de palhinha e senhoras de sombrinha e vestido até aos pés. Só que havia atentados à verdade desportiva, de que há muitos relatos da época, e acima de tudo condicionantes nos corredores do poder centralizado em Lisboa.
Por muito mal que vá o País agora, e vai, por cega e absurda que seja a Justiça, além de continuamente manietada pelo Poder Político como era dantes, agora há condições para outros vencerem. Nunca as competições foram tão abertas, até pelo mediatismo e os directos, e tão democráticas, desde a disputa dos campeonatos às finais de Taça que eram privilégios quase só dos mesmos e não do E. Amadora, do Boavista, do Beira-Mar.
Os néscios que não saem do buraco, como os vermes, queriam festa sempre à porta de casa. Belém, Bonfim, Luz, Alvalade, um pouquinho de Alcântara e Barreiro é que era.
Agora que vêm o Porto à frente temem perder o império colonial imposto no futebol do antigo regime.
Se a democratização abrangeu o País foi pelo futebol e o Desporto em geral e o Poder Autárquico.
Porque quanto ao Poder Central estamos, no meu entender, mais perto do 24 de Abril.
Excelente Post em que as citações no fundo explicam tudo.
ResponderEliminarParabéns e um abraço
Acho muito bom o seu Post...No fundo veio pegar nas coisas verdadeiramente importantes que construíram ou ajudaram a construir durante muitos anos o poderio de uns Clubes em detrimento dos outros...Esse exemplo do Seninho é esclarecedor, o Eusébio foi Militar, recordo as suas participações na Selecção Militar que creio conquistou um troféu a nível Internacional pela única vez, mas não foi mobilizado ao contrário de muitos outros...Estive no serviço Militar com Mário Ventura, na altura jogador do Guimarães e embora tivesse sido Internacional pelo Belenenses estava mobilizado e lá foi ou conseguiu alguém que fosse por ele...Sim meus senhores, nessa altura era moda comprarem-se vontades reduzidas à miséria, por alguns dinheiros aceitarem fazer uma Comissão na Guerra para assim poderem quando voltassem -se voltassem- construir aqui um vida melhor!...Voltamos ao mesmo, quem tinha Poder conseguia escapar ao Sistema e toda a gente informada o sabia!...O meu irmão cumpriu Serviço em Moçambique e esteve Mobilizado na Amadora juntamente com Inguila -jogador do Benfica- que acabou por ficar por cá, enquanto o meu mano avançou...Não me venham com cantigas o Eusébio saiu de Lourenço Marques com destino ao Sporting de Lisboa -vinha do Sporting Lourenço Marquino- e acabou no Benfica, assim ao estilo dos raptos Luis Filipianos dos anos 2000...Mais tarde aconteceu um episódio semelhante com outra grande promessa: Nelson!...Par se defender bem um determinado interesse -é isso que o RM faz na RTPN- tem que se estar documentado e ter alguma coragem de dizer os Bois pelos nomes...Parece que no caso presente nem uma coisa nem outra, joga-se na simpatia e depois d'ela esfumada, cai-se no silêncio...Em boa verdade é isso que eu critico, o senhor Rui Moreira não se representa exclusivamente a si próprio...Tem que ter essa consciência, nós os que não temos voz esperamos que ele diga o que fôr necessário para nos sentirmos Justiçados perante os ataques soezes dos representantes adversários...Esse espisódio que relata do Dirigente Sportinguista na Tapadinha revela bem as turvas águas em que navegava o Futebol de então e de certo modo justifica algumas vitórias e a relação de forças a nível do Poder...O afastamento forçado de um Presidente do Porto por esses anos é a outra face da moeda mas também esclarecedora...Depois de Abril as estruturas mantiveram-se ainda inalteradas a nível Organizativo, reparem, quem foram os diversos Presidentes da FPF ao longo destes 34 anos de Democracia?...Não me lembro de nenhuma figura ligada ao FCPorto -devido à distância?-mas recordo uma série delas ligadas ao Benfica!...O próprio Setúbal teve sempre durante muito tempo, gente ali bem colocada...Pinto da Costa esteve nem um ano à frente da Liga e foi tal a guerra movida pelo Sistema que ele teve que abdicar do cargo e dedicar-se em absoluto ao seu Clube...Depois todos recordamos Lourenço Pinto e a campanha de que foi vítima...Adriano Pinto foi perseguido durante anos -e eu até julgo que ele foi dirigente do Boavista- para ser substituido na própria AFPorto...Paz à sua alma! O Boavista -isto é algo estranhíssimo ou talvez não- é que colheu as vantagens de toda esta Guerra -não Norte/Sul, mas sim Porto/Benfica/Sporting- e ascendeu através de muitas figuras ligadas a si -o próprio José Lello andou nessas andanças- ao domínio do Futebol Profissional, devido a quê? Para mim é claro, foi uma forma encapotada de conciliar os diversos interesses em disputa...Mas não desinteressada...Sabemos agora que o Marinho Neves -o triste escritor de novelas Palacianas- era um agente muito activo nessa esfera como Informador -tipo Pide- do Sporting, isto para além do facto de o próprio Valentim Loureiro sempre se ter afirmado como um indefectível Sportinguista...Estou a falar de figuras mais mediáticas, que as outras, muita outras, nem sabemos quem são e muitas vezes o simples "porteiro" ou o "motorista" -veja-se o Marco de Canaveses- são peões muito importantes neste jogo constante de Influências...Portanto podemos fácilmente concluir que o Poder no Futebol nunca esteve controlado pelo Futebol Clube do Porto, não o poderia estar, mas teve sempre -isso sim é incontornável- pessoas muito e profundamente ligadas aos nossos adversários...Mesmo nas repercussões das relações que estes nossos adversários mantiveram na esfera do Futebol, temos as figuras de Pimenta Machado -Presidente do Guimarães e candidato ao mesmo cargo no Benfica- do Presidente da Câmara de Braga que teve um papel muito importante nessa conjuntura, em alinhamento claro com os Clubes de Lisboas e tentando com isso também explorar o facto para poder beneficiar o próprio SCBraga...E as transferências de jogadores feitas nessa altura entre Sporting/Benfica/Braga/Guimarães/Boavista...Peguem nesses elementos e descubram como tudo isso tinha a sua importância...Quanto exemplo do que ue digo abundam ainda nos nossos adversários...No Sporting/Benfica de ontem, quantos senhores lá estavam em competição e que vieram dos Clubes que acabei de mencionar?...Paulo Bento, Pedro Barbosa, Abel, Nelson, Nuno Gomes, Petit,...O próprio Presidente do Sporting foi Presidente do Estoril o tal que hoje é presidido por um ex-dirigente do Benfica...Bem o melhor é falar de coisas verdadeiramente limpas...Vou fazer uma pausa...
ResponderEliminarO que realmente limita Rui Moreira no seu comentário é que, ao contrário dos outros comentadores, ele tem ambições politicas. No pobre panorama portuense RM tem legitimidade a aspirar aumentar a sua influência e não me parece que coloque o Futebol à frente da sua ambição.
ResponderEliminarZé Luís :
ResponderEliminarA ler e reler...
para memória futura.
Excelente !
Obrigado Ze Luis, pelo Post.
ResponderEliminarJá agora seria interesante sabermos os jogadores do FCP e dos dois Mouros que fizeram a Guerra Colonial, para ver-mos se havia Clube do regime ou não.
Mais uma vez Obrigado.
Zé Luis
ResponderEliminarExcelente post, aliás como sempre.
A nossa sina já vem de longe e o nosso ADN, será sempre o combate como é demonstrado pelo excerto que em baixo deixo, onde se vislumbra que a nossa luta foi é e será sempre contra os mentecaptos e invejosos que por aí medram.
“O silêncio dos jornais de Lisboa
A 4 de Abril de 1920, descrevia em tom épico «O Primeiro de Janeiro»:
“ O nosso campeão venceu o fortíssimo agrupamento da capital por 3-2. É um resultado que deve animar extremamente os nossos amadores de futebol, amigos da sua terra. O que é estranhavél, e até certo ponto digno de censura, é o facto de nenhum dos jornais de Lisboa se referir a este encontro, noticiando o seu resultado, quando é certo que, quando os portuenses perdem, a imprensa local está sempre pronta a fazê-lo. A verdade, porém, é que desta vez e em campo estranho, o F.C.Porto conseguiu vencer o Benfica numa luta renhida e interessante na qual foi necessário empenhar todos os esforços e energias.
Mas mais doloroso foram, para os responsáveis portistas, algumas omissões. E como só não se sente quem não é filho de boa gente, Alexandre Cal, capitão-geral do F.C.Porto, publicou em «O Primeiro de Janeiro» uma carta sintomática, que era sobretudo, um grito de revolta, com revelações insólitas e impressionantes, indícios claros de uma guerra Sul Norte que já nem sequer estava latente, existia e arrebatava.”
fc limpatudo, são desses documentos que os mentecaptos de hoje precisam de ler. Sei haver muitos por aí mas eu não tenho algum.
ResponderEliminarO Luís César, do dep. futebol do FC Porto, tem um acervo de relatos desses tempos e quando escrevia em jornais respigava alguma coisa da época, tal como já fez na revista do Dragão.
É que antigamente valia tudo e em Lisboa não eram nada meigos.
Essas coisas são importantes para não se perderem entre as mentiras que se propagam como verdades nas bocas vermelhuscas e que só apanham os incautos.
Felizmente, a Historia não se escreve a lápis vermelho.
Obrigado por mais uma colaboração, sempre bem-vinda de qualquer portista que possa fazê-lo.
A bem da Nação!
Bom post .. Mas uma pequena correcção .. Eusébio ia para a Juventus quando foi desveado e elevado a património Nacional , não ia para o Inter de Milão ...
ResponderEliminarSó para pegar num jogador à sorte, lembro o Lemos...Quando se estava a tentar impor no Porto -tinha sido um tremendo goleador nos juniores Portistas- foi logo Mobilizado para a Guiné...Quando regressou vinha completamente fora de forma. Lembrando ainda a passagem do Eusébio pelo Serviço Militar, contrariamente ao que sucedia com a maioria dos cidadãos que saíam do Porto -p.ex.- eram colocados o mais longe possível de suas casas, este foi colocado em Lisboa...Na selecção Militar o Eusébio jogou com o Serafim -do FCPorto- colocado em Lisboa, depois de tudo isto, este esteve na Académica e foi para o Benfica!...Ou foi assim ou ao contrário!...O que é certo é que um esteve sempre em casa e o outro?...E por aí fora...Quanto a transferências de jogadores oriundos das equipas que mencionei, Braga, Boavista, Guimarães, lembro assim de supetão, Rui Bento, Nelo, Moinhos, Pedro Barbosa, Paulo Bento, João Pinto, Manaca, Nelson, Isaias, Costinha, sem falar dos que sairam do Leixões e do Salgueiros -que numa só época recebeu o refugo todo do Benfica, Melo, Germano, Santana...- como Nelito, Sá Pinto, Nelson, Fonseca...Ou da Académica, Artur Jorge, Toni, Rui Rodrigues...Muitos sairam e regressaram e voltaram a sair e voltaram a regressar, quem ganhou rios de dinheiro nestas transações destes Clubes e à custa de quê?...Quando o Porto decidiu fazer algo semelhante, começou logo a pôr-se em dúvida as intenções subjacentes a esses contratos...Agora, ainda agora, MaKuKla falha um Penaltie contra as àguias e contra a vontade do Treinador e vai para o Benfica, Jorge Ribeiro falha outro Penaltie, desperdiça no último ataque do Boavista um lance de morte para os Vermelhos -estavam três Boavisteiros isolados- e vai para o Benfica, imaginem se isto acontecesse com o Porto o que não se diria...O APV quando há dias se falou no Jorge Ribeiro, replicou logo com o Jorge Costa...Pergunto eu, o que aconteceu com o Jorge Costa?...Falhou algum Penaltie no Marítimo contra o FCP?...Todas estas transacções poderiam ser discriminadas, talvez encontrássemos aí algumas coisas interessantes...Por exemplo, alguém põe em dúvida o Campeonato conquistado pelo Boavista?...Tá quieto, ó Meu!...Isto para mim é estranho...estranhíssimo...Para quem põe tudo em causa, o mérito dos adversários, as suas relações no Submundo, silenciar-se sobre essa vitória, ter esse lapso de memória horribilis, considero suspeito, considero estranho não ter suspeita alguma...Será que foi alguma contrapartida?...Faça quem pode e tenha elementos -eu não os tenho, possuo somente a memória a valer-me e ela tem picos de valor- um escrutínio destas transferências, pode até só contemplar os últimos trinta anos, vamos ter de certeza, muita matéria para especular...i
ResponderEliminarSó para brincar um pouquinho
ResponderEliminar"Polícia apreende dois pitbull em Lisboa"do JNotícias...
Será que um era o Petit e o outro o Claúdio...Estariam nas Amoreiras?...
COITADO DO BOAVISTA...
ResponderEliminar"Sérgio Silva pagou veículo de luxo com cheques carecas
-Cheque de banco francês também não teve boa cobrança
-Sérgio Silva passou um cheque sem cobertura de uma conta pessoal domiciliada num banco francês, a um médico do concelho de Matosinhos, e entregou outros dois nas mesmas condições, mas de contas em que não aparece como titular, contou, ao JN, o lesado. Tudo para pagar um veículo Jeep Grand Cherokee, no valor de 27 mil euros, adquirido em Outubro de 2005.
O empresário comprou o jipe a um médico com consultório em S. Mamede de Infesta, pagou com um cheque de uma mulher e levou os documentos da viatura. Mas não houve boa cobrança e a dívida mantém-se, passados dois anos e meio. O processo, entretanto, está entregue a um advogado.
O JN teve acesso a três cheques, supostamente entregues por Sérgio Silva, o proprietário da Castle Shore, que, segundo o presidente do Boavista, Joaquim Teixeira, apresentará, hoje, cheques no valor de 38,4 milhões de euros. Segundo testemunhos recolhidos pelo nosso jornal, junto de pessoas que se recusaram a revelar a identidade, Sérgio Silva circulava em carros de luxo e negociava no ramo automóvel.
Entre os documentos consultados pelo JN está uma declaração de dívida, no montante de 33 mil euros - verba referente à transacção de uma viatura BMW X5 -, datada de 5 de Janeiro de 2007. Ao que foi possível apurar, também este valor se encontra por liquidar.
O cheque da conta domiciliada em França, com a chancela do Crédit Agricole Brie Picardie, tem a particularidade de ter o extenso escrito... em português. Este documento prova, aparentemente, que Sérgio Silva teve, ou tem, morada naquele país. No caso, para a formalização desta conta, o empresário utilizou uma morada de Pomponne, nos arredores de Paris. Conforme o JN escreveu na edição de ontem, Sérgio Silva foi julgado no Tribunal de Viana do Castelo, em Maio de 2005, num processo em que surgia como arguido, por passar cheques sem cobertura, pelo que terá ficado inibido de passar cheques. Conclui-se, portanto, que a inibição em Portugal não o impediu de solicitar a emissão de cheques no estrangeiro."
"Ontem, em conferência de Imprensa realizada no auditório do Estádio do Bessa, o presidente do Boavista afirmou ter sido informado acerca do passado problemático do investidor. Com efeito, os episódios pouco claros avolumam-se. O médico que vendeu o jipe a Sérgio Silva conheceu o empresário através de um agente de seguros, com escritório em Matosinhos, que também terá sido lesado, em 1700 euros.
Na altura, em 2005, Sérgio Silva começou por se apresentar para fazer o seguro de duas viaturas (cujas apólices nunca liquidou) mostrando-se, mais tarde, empenhado em mediar a venda de um terreno, destinado à construção de um hotel, e foi na sequência desse potencial negócio - que não chegou a concretizar-se - que terá recebido essa verba.
Os casos investigados pelo JN ocorreram entre 2005 e 2007. Mas, após o final de 2006, Sérgio Silva deixou ser visto com tanta frequência. Ter-se-á ausentado de Portugal e, segundo o líder boavisteiro, regressa empenhado em "provar que é uma pessoa de bem".
-Vítor Santos/Jornal de Notícias...
"Joaquim Teixeira aposta tudo
-Joaquim Teixeira voltou a ter confiança ilimitada em Sérgio Silva"
Joana Carvalho
"Dia de extremos no Bessa. A meio da tarde e nas palavras do presidente Joaquim Teixeira, o Boavista "estava a dois dias de desaparecer". Ao princípio da noite, em conferência de Imprensa, o mesmo Joaquim Teixeira exultava de optimismo "amanhã (hoje) todo o dinheiro será entregue". É assim o Boavista dos dias que correm, entre a queda no abismo e a euforia desmedida. Quase patológico. Para os jogadores é que os dias correm sempre da mesma maneira, sem dinheiro - o pré-aviso de greve mantém-se para domingo. Os adeptos, esses, agarram-se à ilusão e protestam com os jornalistas e com a família Loureiro, a mesma que há sete anos vitoriavam pelo título nacional. Ninguém diga que está bem...
Começando pelo fim, Joaquim Teixeira entrou no auditório faltavam uns dez minutos para as 19 horas. Depois de umas palavras de circunstância foi ao que interessava "Amanhã (hoje) todo o dinheiro será entregue. Sérgio Silva faz questão de entregar os cheques com todos os jornalistas presentes. Eu confio nele e o Boavista está vivo e recomenda-se". Ou seja, Sérgio Silva não apresentou os prometidos 14,8 milhões de euros, mas, para compensar, hoje irá apresentar 38,4 milhões, acto testemunhado para a posteridade pelos jornalistas. "Os 14,5 milhões iniciais ainda não chegaram, pois as transferências podem demorar dois ou três dias. Mas agora decidiu pagar tudo de uma só vez e fez questão de o fazer na presença dos jornalistas".
Cinco horas antes, às 14.40 horas o site Maisfutebol publicava uma notícia de fazer chorar as pedras da calçada, onde o mesmo Joaquim Teixeira declarava "o Boavista pode acabar sexta-feira", porque o investidor Sérgio Silva "não apresenta o dinheiro nem dá as garantias bancárias", chegando a admitir a própria "irresponsabilidade", porque acreditou nas pessoas erradas.
O que se terá passado entre a hora do almoço e do lanche foi uma incógnita que o próprio presidente do Boavista esclareceu "Confio plenamente em Sérgio Silva. Estivemos reunidos toda a tarde e quinta-feira (hoje), acompanhado de entidades bancárias e de elementos de empresas onde é investidor, vai apresentar os cheques bancários do total de 38,5 milhões de euros", garantiu.
E nem o passado de Sérgio Silva, com muitas dúvidas de credibilidade, a que se juntam diversos processos judiciais por dívidas , fazem Joaquim Teixeira desviar-se um mílimetro que seja do caminho da salvação "O Sérgio Silva disse logo que não tinha um passado imaculado, teve alguns problemas. Teve de se ausentar do país, mas voltou para erguer uma bandeira em Portugal".
Porque o dia era especial as condições no Bessa também foram especiais. Os jornalistas, que incialmente estavam sentados na primeira fila, foram informados que teriam de passar para as cadeiras mais atrás (bem perto dos sócios mais exaltados), uma vez que as duas primeiras filas iriam ser ocupadas pelos dirigentes axadrezados. Como num passe de mágica, e num momento de rara existência, o Boavista contabilizou o número de dirigentes exactos para ocupar as duas filas.
E nem os milhões que nunca chegam mas todos os dias são prometidos fazem acalmar o nervo de dona Fernanda, adepta castiça e por todos conhecida pelos seus "Boaviiiiiista". Ontem, não gostou da pergunta e mostrou uma até agora desconhecida mão pesada."
-Este EMPRESÁRIO só passa cheques de valor superior a 30 Milhões de Euros!...
"Salários em atraso: Hermínio Loureiro quer alterar regulamentos"
ResponderEliminarHermínio Loureiro, presidente da Liga de Clubes, manifestou-se preocupado com os casos de salários em atraso por que passam o Boavista e o Estrela da Amadora, entre os outros clubes das ligas profissionais, e anunciou que pretende avançar com uma proposta de alteração dos regulamentos na próxima Assembleia Geral de clubes para acautelar situações idênticas na próxima temporada.
«Estou naturalmente preocupado com todas as situações de incumprimento, dificuldades que algum associado da Liga atravesse. Nesse sentido, temos vindo a trabalhar nos últimos tempos, procurando encontrar soluções, ferramentas e instrumentos que permitam aos clubes aumentar e potenciar as suas receitas. Nessa perspectiva estamos naturalmente preocupados com situações anormais que afectam o dia-a-dia dos associados da Liga», começou por destacar o dirigente numa rápida visita ao Estoril Open.
O presidente da Liga recordou que a crise não se vive só no futebol, mas em todo o país, mas deixou um alerta para os clubes. «Convém contextualizar a situação, o país atravessa uma crise
económico-financeira, não é só o futebol. O futebol não é uma ilha, portanto, aproveito a situação para alertar para a necessidade de alguma contenção e moderação salarial», referiu.
Hermínio Loureiro pretende, assim, aproveitar a próxima Assembleia Geral de clubes, na qual está prevista alterações aos regulamentos, para propor novas normas que acautelem situações como as que vivem actualmente o Boavista. «Estamos a trabalhar em conjunto, vamos aguardar pelos próximos desenvolvimentos. Vamos propor algumas normas que visem acautelar dificuldades inesperadas. Estamos a fazer estudos, a analisar os regulamentos de outras ligas, nomeadamente também o regulamento da UEFA, para podermos adaptar à realidade portuguesa», destacou.
Alterações que o dirigente quer implementar o mais rapidamente possível. «A vontade que tenho é para ter início na próxima época desportiva», acrescentou."
Reparem nos pormenores:
«Estamos a trabalhar em conjunto, vamos aguardar pelos próximos desenvolvimentos.»
Cá para mim, isto -estamos a trabalhar em conjunto-é o que decorre daquele encontro com o LFV...Se esta situação acontecesse com outros Clubes...Tudo inserido no esquema das interligações que mencionei mais acima...Raparem bem!
ricardo sousa, creio que tem toda a razão, o Eusébio podia ter ido para a Juve.
ResponderEliminarMeireles, eu também lembrei o Lemos, mas nao estava muito seguro. Sei que foi para a tropa e, enfim, perdeu-se. Quando fez os 4 golos ao Benfica em Janeiro de 1971 (algo que só ouvi na rádio ou quando o meu pai chegou a casa), ele tinha feito os 2 no 2-2 na Luz da 1ª volta. Mas a tropa quebrou a sua regularidade e... perdeu-se.
Daí para trás não sei, não li, não conheci mas, é como digo, daria uma história extraordinária que o povo da bola desconhece até porque naquele tempo o povo não lia jornais e a informação era seleccionada, condicionada, censurada. Tudo aquilo, o esqueleto histórico que existia, estava numa redoma de que mal sobrou vestígios.
Daí nem para museu serve essa tanga do Benfica e do futebol e tal porque Portugal, à excepção de 66, não ia a lado algum.
Aliás, depois das finais ganhas de 61 e 62, das perdidas em 63, 65 e 68, o Benfica, mesmo com Eusébio, desapareceu da cena internacional e por alguma razão foi. Eclipsou-se, definhou, tal e qual o regime - daí a identificação clube-regime.
Obrigado a ambos, contando o extraviado e o ricardo sousa, pelo contributo que deve ser mais participativo da bancada para enriquecer os dados em questão, a temática abordada e, por fim, o blog e a Nação portista.
Zé Luis ainda agora no Pontapé de Saída o "Camilo.Careca.Economista" deu a indicação que toda a gente já suspeitava: é adepto do Benfica!...E mais abriu em relação ao Boavista aquilo que eu também suspeito, não é Sérgio Silva o verdadeiro Financiador em campo...Este é apenas um testa de ferro, convenhamos um testa de ferro muito pouco credível a acreditar nos seus antecedentes em matéria de cumprimento dos acordos celebrados...Por eu dizia, COITADO DO BOAVISTA...Não me repugnaria a ideia de que fosse o próprio LFV que estivesse por detrás de tudo isto!...Há uma marca perceptível do seu estilo, dele e de José Veiga!...Aliás o próprio Zé -Veiga- veio hoje endereçar palavras de conforto ao Benfica -no pós traumático de Alvalade- como se estivesse ainda a ele ligado...Sintomático?...
ResponderEliminarAtenção eu não quero que o Boavista desapareça...Ninguém o quer, mas parece-me que os mais preocupados com esta questão são os próprios Benfiquistas...Porque será?...Será do Guaraná?...
ResponderEliminarE reparem Pontapé de Saida feito pela RTPN, onde está como comentador Luis Freitas Lobo, um moderador que eu não identifico ainda com nenhum dos três grandes, Paulo Madeira e José Eduardo um Benfiquista outro Sportinguista convidados para falarem sobre o Último Sporting/Benfica e Paulo Sousa comentador esterno que esteve a falar do FCPorto/Porto, isto para além do já falado analista Económico, o tal Camilo,Careca.Benfiquista...E não sei de que Clubes serão, os demais intervenientes no Programa, realizadores, operadores de imagem e texto, directores, etc...D...
ResponderEliminarDesculpem, Paulo Sousa "comentador externo hoje", devia estar a falar de casa -chovia muito- para dar opinião sobre o FCPorto/Benfica...
ResponderEliminarViva !
ResponderEliminarObrigado Zé Luís por ter lembrado Anatole France que , infelizmente anda bem esquecido. Não é um filósofo mas um escritor. Mas é verdade que a fronteira, por vezes é ténue.
Quanto aos três FFF ninguém está isento de culpas.
É verdade que o Benfica vinha a Colombes jogar para representar o regime. Para que os e/i/migrantes não se revoltassem. Não deixa de ser curioso que, na altura, só os os maoístas, comunistas e outros independentes tivessem protestado. Os independentes e comunistas ficaram fiéis a si próprios e à história. Já quanto aos maoístas veja-se o que deu o Durão Barroso sem falar de outras.
Já escrevi no blog do blue boy a problemática de questionar o acesso aos arquivos do jornal "A Bola " .
Vi jogar Lemos . Vi Lemos marcar quatro golos ao Benfica ! Um dos últimos jogos que vi nas Antas !
Depois dei o salto !
E Viva o Porto !
Nuno-7
ResponderEliminarBosingwa-8
P. Emanuel-8
B. Alves-8
Fucile-8
P. Assunção-8
R. Meireles-9
Lucho-10
Tarik-7
Lisandro-9
Quaresma-8
E. Farias-5
M. Gonzalez-7
J. Paulo-5
-Considero esta vitória verdadeiramente esmagadora, se não fosse uma inoperância atacante -por vezes enervante- que desperdiçou inúmeras oportunidades de concretizar, creio que o Setúbal levaria para os balneários no final do jogo, um resultado histórico...Os mais perdulários, Tarik, Lucho -por ironia o que mais as criou- e Quaresma...
Aparte este contributo, outro pormenor: Estoril Open; lugar "aberto" às mais "altas personalidades" do Desporto Nacional; José Veiga, Scolari, Luis Filipe Vieira, Hermínio Martinho...Possivelmente muitos mais...Estoril Open, Estoril Gate, Autódromo do Estoril, Casino do Estoril, estranho não é?...Depois um banhito na Praia de Monserrate...Com histórias e Bolos se comem os Tolos...
"Registo Comercial de Inglaterra não "conhece" a Castle Shore"
ResponderEliminar-PAULO ANUNCIAÇÃO-
"O investidor Sérgio Silva foi apresentado publicamente como proprietário da "empresa Castle Shore, sediada em Londres". De acordo com os esclarecimentos do clube e do próprio Silva, a empresa londrina tem "negócios com a banca" e dedica-se à "gestão de capitais". As listas telefónicas do Reino Unido, no entanto, não incluem qualquer empresa com aquele nome. E na "Companies House" britânica - a Conservatória do Registo Comercial do país, onde estão inscritas todas as empresas sediadas no Reino Unido - também não existe registo de qualquer empresa no activo com aquele nome. Entre 1988 e Outubro de 2006 existiu uma Castleshore Limited (nº de registo 02310521), com sede em Bushton, Swindon - uma firma de pintura e decoração. Na vizinha Irlanda existiu uma Castleshore Holdings Limited, com sede em Ballsbridge, Dublin (nº de registo 412293) - mas tal como a empresa de Swindon, esta sociedade também foi dissolvida em 2007 e deixou de existir. O JOGO investigou todas as variantes possíveis dos nomes Castle e Shore nos registos da Companies House e não encontrou uma única empresa com uma qualquer combinação desses nomes."
Obrigado, portomaravilha, pela visão de imigrante a receber um embaixador do regime.
ResponderEliminarCompreendido.
Abraço.
Puorra, este gaijo só fala do Benfica...!
ResponderEliminarComo os cotobelos e o queixo lhe doem. Continuando assim não consegue fazer o programa na RTP sem nos mesmos estar sempre a mexer ( algo lhe doi).
Benfica era o Clube do "regime"!Que fosse ...! Há alguma diferença do anterior para o actual? O seu clube em que regime tem bibido?
Das conquistas do 25 de abril, só resta a liberdade de expressão e essa "tá-se indo" ( bá lá para a sua empresa dizer que é comunista ou que aprecia Hugo Chabes e logo berá o que lhe acuntece... ) e eu que num "gramo" nada de política. O seu clube é o exemplo acabado, na boz do seu "Dalai Lama", quão seguidores
bocês são e ai de quem fôr contrário às ideias do dito cujo. Qual "Tibeste" qual não "Tibeste".
"Tibesteis" foi muito tempo com o nome de "ANDRADES" e agora com a conibência da imprensa já não bus chamam assim, lá está! Ai de quem o faça (salbé a democracia!).
Biba o presidente do conselho de justiça da FPF,os guimaros, calheiros, franciscos silvas, os pintos do porto, os duartes, chocolates e outros que mais e depois vêm-me com a história do "calabote"!
Estrebuchem à vontade, acabou-se.
JCM