http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Cultura/Interior.aspx?content_id=1690134
Da mesma forma, este João Carrajola "von Smallhausen" Abreu, de quem o inefável (Bo)Ronha diz ser amigo - diz-me com quem andas... -, saiu-se com esta pérola e mostra-se imparcial e referência de lisura:
"A ideia generalizada de que os magistrados são independentes e os outros juristas “correias de transmissão” dos interesses de quem os elege é desmentida pela realidade dos factos.
Era famosa a forma como diversos desembargadores resolviam os recursos a favor dos clubes de Lisboa, nomeadamente o SL Benfica, no antigo regime e até ao fortalecimento do associativismo no norte do país.
Cite-se também o caso que eclodiu na Comissão Disciplinar da Liga entre o Dr. Gomes da Silva e o Dr. Pedro Mourão, que culminou com o afastamento do primeiro.
Portanto, a independência não é privativa dos magistrados, tal como o tráfico de influências não é apanágio dos “advogados”.
"Na tv, vi um tipo sempre escondido, de olhos na ponta do nariz, enquanto um moço fininho lia um comunicado. Este, Álvaro Batista, é de Castelo Branco. Seria o vogal a quem foi confiada a presidência de uma reunião de conselheiros não convocada regulamentarmente. Isto é indesmentível. Parece que outro conselheiro, talvez por antiguidade ou estatuto, mostrou indisposição para assumir o lugar que lhe caberia. Normalmente, em bando, há sempre quem empurre alguém para os cornos do touro. Álvaro Batista mostrou saber ler comunicados. E nada mais. Vi mais um ou outro conselheiro e esperei saber quem identificaria o pomo da discórdia, o tal João Abreu recalcitrante. Este homem de leis não só não aceitou que o presidente do CJ não acatasse o pedido de suspeição pacense para este não votar a decisão da descida de divisão (por motivos claramente infundados de alegada promiscuidade de Gonçalves Pereira e Valentim Loureiro na Câmara de Gondomar, cuja realidade é do conhecimento público), que compete ao presidente nos termos regimentais.
Não, João Abreu achava-se no direito de questionar o presidente quando este era o “suspeito” da acção; mas achou-se ainda mais no direito de ficar, ele mesmo, acima da suspeição que sobre ele foi lançada por dois clubes, quando o presidente, no âmbito das suas competências e depois de ter trocado correspondência a propósito com ele sobre o assunto, exerceu a acção profilática de o afastar, perante a renitência deste. É o primeiro exemplo de democraticidade do órgão, melhor de alguns dos membros do órgão. Com cara de não poder partir um prato, conta-se na Imprensa, Álvaro Batista é o primeiro a questionar o presidente. Não em termos jurídicos, mas de opinião pessoal. O assunto é entre partes, não é colegial. Álvaro Batista é um sargento que ousa iniciar a sublevação. Um filme com guião certamente pré-definido.
Aqui começou a sublevação. O presidente, desautorizado, só podia encerrar a reunião e fê-lo, uma vez mais nos termos regulamentares. Este ponto é também pacífico. Curioso que os amotinados reclamam o seu direito de justiça e esgrimem (embora poucos) argumentos jurídicos, sem afastarem o cenário da intentona. Partem para a denúncia de situações menos claras, apresentam-se na televisão, em bando mais uma vez, e ditam sentenças que chegam ao povo quando este acorda. Pena é que o direito de informar primeiro os interessados das sentenças tenha sido subjugado ao interesse próprio de se legitimarem, tardiamente, pela tv, à procura de soldados para a sua trincheira.
As figurinhas da farsa
Hoje, ao ler os jornais, vejo a figura do João Abreu. Desatei a rir. Já tinha visto a figura na tv, ladeando o comunicador do panfleto revolucionário convenientemente lançado a meio da noite.Porque me ri ao identificar João Abreu nos jornais? Porque já na tv a figura, que desconhecia, me causara sorrisos.Não rebolo a rir como o Astérix e o Obélix, mas gosto muito da série “Allô, Allô”, o René, as criadas, o “monsieur Leclerq”, a Helga, mesmo o Herr Flick, da Gestapo.Pois, João Abreu faz-me lembrar o lacaio do oficial da Gestapo, von Smallhausen. Aquele coxo de má figura, vestido de negro como João Abreu, baixo, de óculos transparentes em armação e lentes. Estão a ver? Dá para tudo, até para herr Flick subir com as botas cardadas nas suas costas a trepar a uma carroça. Só me posso rir. É, de facto, uma comédia, de costumes do futebol português e da má prática de certa gente.
Só João “vom Smallhausen” Abreu apareceu. Álvaro Batista, arauto do comando que lê comunicados, podia ser a Helga, fiel soldado feminino à disposição de quem manda. Os famosos cinco conselheiros são dois. Os bandos são assim. Até no Conselho de Revolução, perdão de Justiça. Fazem manobras de diversão. A gente ri-se."
Para concluir: esta gente dá-se ares de importante e impoluta, dá conselhos e aponta rumos. Deve ser um dos comparsas do Seara para o assalto que aí vem à FPF. E pensa que são todos parvos como o (Bo)Ronha. Só quem não os conhece.
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