O delírio de que se travestem agora os noticiários à volta da Selecção Nacional é sintomático do que é a Imprensa nojenta actual, vergonha da informação adulta e séria.
As projecções que se fazem, depois das avaliações analíticas de retrete, ficam para explorar após o jogo, mas depois de tanto ter abordado o tema nestes últimos meses não deixaria passar em claro o jogo desta noite no Dragão onde não acredito que esteja muita gente, a começar pro José Mourinho...
A apregoada "revolução" tem o sentido cretino e até abjecto do termo hoje em voga como quem muda de camisa e come tremoços, quanto às mexidas de Paulo Bento que, obviamente, em escassos dias não podia fazer "revoluções" e nem no resto da sua vida conseguiria alterar o panorama de recrutamento, agora de 24 jogadores para dois jogos e mais do que o contingente levado para o Mundial por Carlos Queiroz.
Naturalmente, está na Selecção toda a gente e mais levaria se fosse alargado o contingente, pelo que consta Hélder Postiga e até três guarda-redes, precisamente como se fôssemos para o Mundial outra vez, mas agora sem obrigação de chamar mais de dois...
Dos epítetos já lançados nos jornais, que ridicularizam tanto como aqueles que gostam de adoçar a boca aos entrevistados com adjectivos sucessivos e poderes encomiásticos, estão aí as colunas para a posteridade da mediocridade presente e a cretinice bestunta de seres não pensantes com canetas na mão.
Mas o propalado consenso, como se imagina, é a cuspo, mesmo com uma inusitada carta sebastiânica de Mourinho, para sempre a pairar sobre a Selecção, quiçá o País, a vincar quem é o seleccionador.
Os contestados Meireles e Beto estão aí, tal como os outrora lesionados Micael e Varela, porque o mal existente era não haver um seleccionador identidicado com a turba da Imprensa e demasiados jogadores do FC Porto hoje aliviados com as saídas de Meireles e Bruno Alves, precisamente.
Que corra bem, é o que espero e desejo, como sempre reafirmei, apesar de achar Paulo Bento uma péssima opção, mesmo sendo a única e a última porventura à mão mas contra a qual a maioria dos adeptos identificados com um clube seguramente terá de, aqui ou ali, se manifestar, pelas posições ridículas e caricatas, citando LFV, assumidas pelo clube onde trabalhou e do qual saiu também sob fortes críticas dos seus adeptos.
Se é para "queimar", como os seus prosélitos profetizaram, não sabemos, porque depende do resultado e já nesta noite sem que lhe possam ser assacadas as responsabilidades que ninguém quer atribuir, muito menos a Imprensa de causas favoráveis ao regime instalado e controleiro. Mas ridículo, para quem não notou logo após a nomeação, é terem para o novo seleccionador proposto um contrato para além desta qualificação - precisamente o argumento que acharam demasiado para Queiroz ter assinado por quatro anos.
Especialmente quando não se sabe se a FPF terá em breve novos responsáveis que, com ou sem Bento, possam expiar todos os pecados capitais dos últimos meses e arcar com o fracasso e a sua gestão incómoda até 2012, em caso de desfecho negativo.
Eheheh, que riso :)
ResponderEliminarReferi antes do Paulo Bento ser seleccionador que os jogadores como protesto nao deveriam jogar pela seleccao. Mas como isso nao acontece, quem me dera que a maior parte dos adeptos deixassem de ir aos estadios para ver os jogos.
ResponderEliminarAssim despachava-se o processo de "limpar" toda a federacao e de possivelmente, se despedir o secretario de estado Laurentino Dias e seus cumplices (como o Luis Horta e o Luis Sardinha).
Nao vou apoiar mais a seleccao de PT. Apoiarei a seleccao do Pais onde vivo ha quase uma decada, a Inglaterra.
Obrigada pelos posts, Ze Luis-tem feito um excelente trabalho! Os meus Parabens, porque realmente e' muito importante a divulgacao que tem feito sobre os factos deste processo vergonhoso, nojento, inaceitavel, inacreditavel...
No futebol como na política a mediocridade está no limite. Com a vulgarização dos valores, éticos e sociais, ficou facilitado o assalto a lugares de liderança dos incapazes e oportunistas, únicos responsáveis pela deterioração e desnorte que se está a passar no nosso país.
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