30 outubro 2010

Contra tudo, contra tolos, até contra os elementos

Não sei se, nas transmissões do futebol, a TVI não terá de ser considerada a tv dos imbecis ou idiotas, porque os camarelos do costume voltaram a mostrar que o são.
As tantas ocasiões de golos desperdiçadas pelo FC Porto na piscina de Coimbra chegaram a fazer-me acreditar que "aquilo" era um jogo disputado em condições normais. E acreditaria pela insistência em como relatador e comentador opinavam como se o jogo decorresse nas habituais situações de pressão, temperatura e humidade. Tenho pena que os jogadores, limitados a lutar e a chutar a bola para a frente, sejam sujeitos a apreciações técnicas e tácticas como se estivessem como peixe na água.
Era tudo ao contrário, apesar de, sejam quais forem as condições, serem onze contra onze e o FC Porto vencer.
Helàs, em Coimbra, na Supertaça de 2004 com o Benfica, num piso cheio de areia como se fosse uma praia, o FC Porto também venceu. Pelo que, a aura de vencedora e o espírito de conquistador esta época deixam o FC Porto com probabilidades elevadíssimas de ganhar, seja onde for, com quem for, como for.
Um golaço de Varela também pareceu saído de um jogo normal. Mas não foi. Normal só mesmo a vitória do FC Porto. Normal de novo a cretinice dos tvi's de ocasião, que fazem e desfazem ao longo do jogo, ensinam e estimulam, descrêem e acreditam, desfalecem e arrebitam, dão vitórias como certas (como em Guimarães...) e derrotas como garantidas até tudo ficar preso pelo fio da imponderabilidade, acrescida de condições inclementes de chuva e campo alagado, favorecendo ressaltos e trambolhões e até espicaçando a subjectividade do árbitro.
Duarte Gomes tinha de inventar mais uma falta, com um academista a fazer falta sobre Guarin mas a ser favorecido pelo ponto de vista do árbitro, para lançar mais um chuveiro academista no jogo. E de tão poucos ou nenhuns remates academistas na 2ª parte, já depois de Falcao, Hulk e Belluschi terem falhado "golos de caras" e Moutinho desperdiçado um penálti (remate ao poste com o g.r. caído para o outro lado...), eis que subitamente, do nada, sem futebol jogado, a Académica quase empatava, Hugo Morais atirou um livre à barra e Éder a recarga sobre a barra.
Era o que bastava para o derrotismo dos tipos da tv dos imbecis transformarem a sua resignação num grito de revolta e alegria que não chegaram a ter, como tiveram a felicidade de terem em Guimarães.
Foi mesmo uma vitória de raça, contra tudo, contra tolos e contra a intempérie. Com elementos assim, ninguém pára o FC Porto.

28 outubro 2010

Calma, eles vêm e perdemos a grande oportunidade de ter árbitros estrangeiros...

Pior do que tá não fica, um Porto-Benfica sem árbitros internacionais ou sem qualquer árbitro português.


É tudo fogo de vista. Até o PS, entalado na sua "intransigência" esbraceja para não perder o pé, afogado já em sondagens que o põem a pique - ainda assim com 3,5 em 10 tugas a votar nele, segundo a suspeita Eurosondagem há uma semana, ou 2,6 em 10 pela mais recente da Católica, o que ainda assim dá 0,9 de diferença e, como é com o PS, não vale sequer um homem inteiro.

Os árbitros, obviamente, não vão fazer greve. Tal como o Governo vai ceder por causa de 200ME no OE-2011, cede na fiscalidade junto dos árbitros. Então, com a pasta do Desporto, o Laurentino Kim Jong-il Dias, que tem subsídio de residência em Lisboa (sendo residente em Fafe) como governante, tal como Teixeira dos Santos e Alberto Martins que desprestigiam o Porto no Executivo do Sótraques, ia lá perder-se por 183 euros de colecta obrigatória aos árbitros?



Anda a correr uma anedota sobre a propalada greve dos árbitros (greve não, diz o chefe da corja da APAF, porque eles não são... profissionais).


Gozam que, como o Benfica pediu aos seus adeptos para não irem aos jogos fora, os árbitros, de cartão à vista, cumpririam esse dever e orientação superior.


Porém, como se sabe, para a visita de excepção ao Porto, o Benfica requisitou 2500 bilhetes para quê?





E logo começaram os cenários: jornada adiada?; árbitros escolhidos na assistência, alvitrou o Guilherme que, contado por João Rodrigues a escolher árbitros com Pinto de Sousa - sim, está nas escutashttp://reflexaoportista.blogspot.com/2010/10/destas-escutas-nao-reza-historia.html -, era/é comandado por Luís Filipe Vieira.

Também se aludiu a árbitros estrangeiros. Pois quê? O diligente imbecil enquanto árbitro Pedro Henriques, forçado a retirar-se por ser incompetente, veio logo garantir a solidariedade da arbitragem internacional: não viriam.

De uma forma ou de outra, e como sempre defendi aqui, perde-se uma oportunidade de ter árbitros estrangeiros, nem manipuláveis nem associados ou conhecedores sequer de algum clube português.

Porque dos árbitros nacionais estamos todos fartos. Como do Sótraques até.


Se faltassem só os internacionais para o Porto-Benfica?

Ninguém notaria a diferença. Afinal, a merda de arbitragens dos Lucílios, dos Olegários e dos João "Pode vir o João" Ferreira - sim, está na escuta de LFV com Valentim - é o que é.

Pelo que, se apitasse, digamos, um puto tenrinho, como o novato Bruno Esteves chamado pelo Vi-te ó Pereira para o Benfica-P. Ferreira de amanhã, nunca faria pior. E, como o palhaço Tiririca, PIOR DO QUE TÁ NÃO FICA.

Entretanto, para o Académica-Porto aí está o durão Duarte Gomes, com um belo rol de intrigas arbitrais com os dragões. E logo o internacional que pôs a boca no trombone pela greve.

Vão-se foder.
adenda: preocupante é isto http://www.publico.pt/Sociedade/seguranca-vai-piorar-advertem-sindicatos-e-associacoes-da-policia_1463354, logo quando os jagunços pedem ao MAI um Papa-Móvel para virem ao Dragão.

Vilarinho ensina Vítor Baía com o exemplo Mourinho e o que é o atraso de Portugal

A Imprensa do regime evocou os 10 anos da queda de Vale e Azevedo que tanto ajudou a colocar no poleiro, adulando-o até ser preso, pactuando com os contratos rasgados que, conta Vilarinho, valiam 6ME com a Olivedesportos e passaram a dar 2,5ME da SIC a quem o vigarista se entregou deixando lá uns rufias que ainda permanecem na estação de Carnaxide.
Parece que fez 10 anos de Manuel Vilarinho ter ascendido à presidência do Benfica, três anos antes de, quiçá transformado em Vilavinho, ter cedido, qual direito hereditário norte-coreano, ao jagunço e criminoso orelhudo o lugar a um traficante condenado em tribunal - mas esta parte, a da inacreditável "cedência de direitos" ao ex-presidente do Alverca a Imprensa do regime nunca mais explorou.
Vilarinho, mais lúcido ou mais tomado pela bebida vá-se lá saber, veio dizer que foi "um dos cinco melhores presidentes do Benfica" e claramente acima do actual detentor do poder ainda hoje investigado em várias acções policiais.
Pode gabar-se, Vilarinho, de ter tido Mourinho. Mas, ainda assim, foi Vale e Azevedo que o contratou, mas o sucessor despedidu-o nunca imaginando a projecção de Mourinho, como ali nunca a teria tido. Tal como pode ufanar-se de, na sua campanha presidencial tão demagógica e populista como a do seu antecessor vale tudo, prometer contratar Jardel, aquele brasileiro que o Gastar Vamos teve na mão e Pinto da Costa recebeu de braços abertos e, ao tempo, sem receio de manchetes ordinárias de "roubar" isto ou "desviar" aquilo que o Benfica simplesmente não quer.
Os últimos três presidentes do Benfica só confirmam o dizer de Abraham Lincoln: "Quase todos os homens podem enfrentar a adversidade, mas se quiserem testar o carácter de um homem, dêem-lhe o poder".
E o poder, esse poder é este que Vilarinho descreve em A Bola: "Mas nunca percebi a razão da Imprensa o temer [Vale e Azevedo] só pelo facto de ser presidente do Benfica. E aí admito: ser presidente do Benfica mete medo a muita gente, eu tenho essa experiência. Mas é um sinal de atraso do nosso país».
E para provar que Vítor Baía não tem razão de pensar que se tivesse jogado no Benfica e/ou Sporting teria tido outra projecção garantida pela mesma Imprensa do regime, basta ver que Mourinho nunca teria a projecção que teve se lá tivesse continuado. E, pior, é que fugiu da Luz e não acabou em Alvalade, como de lá lhe acenaram. As coisas eram tão más por ali que acabou em Leiria, mas cedo se mudou para o Porto com o êxito que se sabe.
Mas esta é só uma piada para animar o Grande Vítor Baía, jogador mais titulado no mundo do futebol profissional e o maior guarda-redes de sempre em Portugal. Porque ele tem razão, teria mesmo uma estátua, seria comendador e decerto levado ao colo à presidência da FPF se tivesse jogado no Benfica. Presumindo, claro, que ganharia pelo menos metade dos títulos que venceu no FC Porto.
Algo que até Paulinho Santos, comparado com o inimigo de estimação João Vieira Pinto, lho demonstraria ser irrealizável. Mas que teria boa Imprensa, que não seria atacado de forma vil nos jornais nem pelo Morcela de Campo Maior (em 2000, lembram-se?) e que não o trocariam pelo Ricardo na Selecção Nacional, lá isso teria e é claro que Vítor Baía seria mesmo o Eusébio das balizas.
Imagine-se o Hulk no Benfica com a média de golos (1 por jogo) de CR7 em Madrid? Os golos de Ronaldo são celebrados como de Portugal em Espanha e, contudo, há um jogador no FC Porto que lhe leva a palma. Destaque, outra vez, para Hulk? Não, agora fala-se de andarem a perseguir CR7 com um "laser".
A prioridade e relatividade das notícias da Imprensa Destrutiva, isso sim, é caso único no Mundo!
Felizmente, para Vítor Baía e José Mourinho, eles atingiram o topo, ainda que possa, o topo, ter diferentes patamares: o do FC Porto e o do Mundo. Mesmo que o FC Porto, como já sucedeu um par de vezes, o atinja também.
Poucos é que se dão conta disso. E, então, sabujam-se e lambuzam-se uns aos outros, mas nessa orgia de mediocridade e inveja nem Vítor Baía nem José Mourinho se revêem. E sabem porquê.
sobre aquela vergonha anunciada de um adepto ter morrido em Braga ao festejar o título e ser atacado por adeptos rivais, supostamente do Braga. Como sempre, o clube da propaganda e da violência gratuitas diz que não entenderam as suas justificações.
Continuamos, de resto, a aguardar a instrução criminal, pedida pelo FC Porto, sobre o apelo à violência na tv dos bimbos, feito por "jornalistas profissionais" como a ERC diz que existem naquele antro, e coadjuvados por um advogado palhaço ou cu lasso instigador da divulgação das escutas do Pífio Dourado às quais teve acesso enquanto advogado de defesa do árbitro Jacinto Paixão.

27 outubro 2010

As vitórias do FC Porto fazem bem a todo o País














Até o miserável Primeiro-Sinistro Sótraques, em 2005 e em 2010, quis convencer-se que era o Benfica a dinamizar o País com os seus títulos, minimizando o facto de serem fraudulentos como o seu diploma “independente”, mas o FC Porto ganhar tanto como agora volta a fazer em pleno e com pujança liberta o País para mais conhecimentos, literacia, inclusão social e avanços na área da saúde. Pode ser irónico, mas não é um contrasenso. A taxa de informação disponível para o cidadão beneficia tudo e todos, chega ao País inteiro, habituado a pagar em vez de receber, como ainda agora se constatou de lés a lés, mesmo que muitos não tenham dado conta de esse benefício social/educacional foi à custa do recente Porto-Leiria. A RTP, de resto com o patrocínio de todos ainda que à força, é a imagem desta difusão de portugalidade e mediatização, justificando até os salários dos seus responsáveis editoriais.

O Ti Manel, por exemplo, ligou-me: lá perto de Torre de Moncorvo, distrito de Bragança, tinha tirado o leite à vaca e posto o rebanho a pastar no monte sobranceiro à casa, manhã bem cedo, para depois ver as notícias ainda antes das 9. Como só tem os 4 canais generalistas até ao apagão analógico (quêm?, pergunta-me) em 2012 que o impedirá de ver televisão quando se cumprirem meia dúzia de anos de a aldeia ter recebido a “luz”, também tem o hábito de ver mais a RTP. Coisas do antigamente, repete-se.

Também a senhora Maria fez eco do mesmo: com o negro carregado da viuvez e do fado português, acabara de assistir ao eclodir da ninhada que lhe dá alegria, além dos ovos agora mais disponíveis para vender porque são caseiros e faz preço mais em conta do que na mercearia do avô Manel, ali por Lousã perdida igualmente nos montes sem saber se pertence a Coimbra ou Leiria. É certo que ela ficou desanimada com algumas notícias, apesar de há dias o presidente da RTP ter anunciado lucros pela primeira vez em muitos anos, o que é notável numa empresa com 500ME de dívida; mas como usa candeia em casa, só vê televisão, e pequenina, na mercearia que é a única coisa que reparte com o Manel já cansado de lhe fazer a corte, ele igualmente sozinho e com os filhos em Lisboa. Mas, ao menos, é o senhor Manel que paga a “luz” e sentirá o aumento, na factura, de 1,75 para 2,5 euros a dar, voluntariamente à força, para a RTP que ele, como antigamente, vê apesar do desdém das coisas que ouve lá com origem na capital, distante mas chupista de dinheiros públicos a que a senhora Maria não liga.

O avô Manel é mais pragmático: então se dizem que as SCUT são para os utilizadores pagadores, que é para os outros que não as usam não as pagarem, como é que quem não tem sequer tv em casa paga a taxa da televisão pela factura da luz, ocorrendo-lhe logo o caso da vizinha Almerinda?

Um argumento, de resto, respaldado por João Salteiro, agro-industrial que vende batata e castanha para todo o País mas tem uma queixa, melhor duas queixas desde há uns tempos, a propósito desta notícia que não veio nas televisões onde os banqueiros se gabam muito do seu negócio e até resistiram aos testes de stress e estão sólidos, dizem eles:
“A agência do Millenium BCP em Argozelo, no concelho de Vimioso, passou a abrir, apenas, à quinta-feira. Desde o início de Outubro que o funcionamento do banco está limitado a um dia por semana, uma situação que não agrada à população, nem à Junta de Freguesia”

Então, pergunta-me ele, eu que não devo dinheiro à Banca tenho de pagar impostos agravados por causa do défice e de o custo do dinheiro ser mais caro para os bancos e o Governo que o vão pedir lá fora?
Tudo isto porquê?

A RTP, contaram-me a respeito do início deste périplo nacional, conseguiu o recorde de entre as 8.45h e as 10h, ontem de manhã, não ter falado do FC Porto que tinha jogado na noite anterior; mais de uma hora de telejornal que ou tinha notícias do dia anterior, embora nem todas, ou lembrava o que podia acontecer durante o dia de ontem.
“Olhe, ouvi três ou quatro vezes a mesma coisa, deram as 9 horas e creio que passaram pelo menos dois intervalos, aí pelas 9.15 e às 9.30. Aquilo foi ou do Cavaco, com imagens dele quando foi PM, ou do Orçamento. O Cavaco porque ia anunciar a recandidatura. O Orçamento porque andam a contar as horas a que programavam reunir-se o Governo e o PSD e o incumprimento desse horário. A gente, sem querer, sabe sempre a quantas anda. É o contrário do Paulo Sérgio em Alvalade”.

É verdade, porque o senhor Almeida, de Seia onde compro o inigualável Queijo da Serra, também me falou de que, até por ter satélite e ver a RTPN tanto como a RTP sem N mas com L de Lisboa, não apanhou nada sobre o Porto-Leiria. É certo que, apesar da parabólica, o senhor Almeida também não deixa de ser voluntário à força a pagar, a partir de Janeiro, 30 euros por ano para a RTP na conta da EDP que, como é hábito em Lisboa, suga de todo o lado e distribui pela televisão da capital, mais a RDP e a Lusa, o dinheiro da taxa do audiovisual. Com oferta mais diversificada na grelha televisiva, o senhor Almeida sempre viu, durante a mesma hora em que a RTP silenciou o FC Porto-Leiria, três vezes o resumo dos golos do Dragão na TVI24. Já a SICN lá fez jus ao N e meteu uma vez os golos, virando-se depois para o trânsito em Lisboa e o tempo que no interior nem aquece nem arrefece.

“Digo-lhe mais, quando passei para a RTPN, que sei que emite no Porto, a partir das 10, antes de ouvir falar do Porto, o nosso Porto que tanto nos orgulha e se mantém no alto, falaram do Cavaco, claro, do Orçamento sem novidade alguma e do qual repetem ou as mesmas não-notícias ou os mesmos comentários de gente do regime a suplicar pela aprovação. Mas ouvi também de um vulcão não sei onde e até de um bisonte que caiu numa piscina do Texas. Ou no Texas foi mais um tornado? Fico confuso com tanta coisa. E de futebol, bem, de futebol soubemos que os 33 mineiros do Chile jogaram à bola, mas isto tudo sem entrarem na página do Desporto que, pelas 10.30h lá meteu o jogo do Porto. Você que está aí, é verdade que a Redacção da RTP no Porto é que tem a secção desportiva com tantos programas da bola? E não é que, silenciado num caso e dispersos nos outros canais, apenas vi na SIC que o Varela também sofreu um penálti? Só dessa vez pude ver!”

Um seu cunhado, o Adérito, comerciante em Coimbra mas ainda com casa no sopé da serra, já espumava quando passou todo o fim-de-semana sem ver sequer os golos da Académica com o Nacional. “Então é isto o serviço público? Ou, em nome do corte na despesa da RTP reclamada por todos, já fecharam a delegação em Coimbra como anda a fazer a Lusa?”.

Ocorreu-me a indignação do João Rodrigues Sarmento, de Câmara de Lobos, antimaritimista confesso e discípulo de Rui Alves que guindou o seu Nacional ao alto, sobre o Funchal e melhor do que o Marítimo nos últimos anos. “Bê, ó menos na Choupana é o Rui Olves que não deixa entrar as televisons nos jogos europeus. Mas ele é dono do clúb praticamante, agora a RTP não dá o resumo do jogo de Coimbra e fico sem ver também o meu Nacional. Depois de mais um delúve só me faltava mais ist. E eu até pago prà RTP pela factura da EDP e também não posso fugir a isso, é outra calamedod!”

Foi mais longe com alma de Almeida, o ti Belmiro, de Paderne, no Algarve, falou-me de receber mal lá no monte a televisão sem cabo mas que, numa hora de telejornal da RTP, falaram 4 vezes de um conterrâneo de Boliqueime que ia recandidatar-se à Presidência da República, aquele Cavaco distinto que conheceu Portugal só depois de estudar lá fora até ao 25 de Abril e julga que os portugueses gostam dele com aquela cara de nojo e o físico indicado para não fazer mal a uma mosca e incapaz de dar um murro na mesa na sua responsabilidade política de trazer por casa onde decerto manda a Maria.

“Meteram quatro vezes o Cavaco, até parece o Mourinho. Só que não marca golos nem chefia nada. É verdade. Não há dúvida que aprendemos muito com a televisão. Até ouvi falar de células com cauda e que o espermatozóide é o maior nesse aspecto. Uma coisa de doenças, que é comum ouvir-se temas sociais e de saúde nas televisões. Lembro-me que, depois do Porto-Braga, o domingo de manhã mereceu muita atenção sobre a pobreza envergonhada e gente na ‘sopa dos pobres’ e uma corrida em Lisboa a favor, salvo seja, do cancro do peito. Parece que um vulcão na Indonésia é o que está a dar agora. A gente pelo menos sabe o que vai lá fora. Cá, nem por isso. Nem a pagar. Nem por serviço público. Só suplício generalizado”.

Gil Rodrigues, por 35 anos emigrado na América e com filhos estabelecidos em Toronto, é que não abdica de morrer nos Açores, de volta a S. Miguel com 83 anos para ali acabar os seus dias. “Fico satisfeito por aquele tipo careca do ambiente [Quercus] aparecer duas vezes, antes das 9 e antes da 10, no ‘Minuto Verde’ a falar do peso das aves do arquipélago. Isto é limpinho. A informação é sempre a mesma, na RTP, mas no resto está tudo bem. Até nos ensinam falar bem o Português, mas deviam olhar para os rodapés que passam a correr nas notícias e o miserável serviço do teletexto que tem os mesmos defeitos do telelixo dos apregoados telejornais com tantos meninas e meninos que sabem ler, sim senhor, mas devem entender pouco do que dizem. Eles são um bocado como o Malato daquele concurso: põe perguntas e dá-se ares de saber as respostas, porque as lê no papel que tem na mão. Uns figurões. E parece que ganham bem. Olhe, ainda bem que a RTP dá lucro, diz o seu presidente. E nós que devíamos ser accionistas poderíamos ter melhor informação, mas é o que é e dá o que dá”.

Quando o País treme, abana mesmo, ainda que não venha a cair

26 outubro 2010

O novo Calimero nem sabe a quantas anda



Pronto, é oficial! O disparate de Paulo Sérgio sobre a calendarização dos jogos Liga-UEFA subiu a nível ridículo. Pena foi AVB ter "respondido", como já frisei. O treinador do Sporting é o novo Calimero, o que não admira pelo carácter hereditário no clube dos viscondes e esse legado de choraminguice pateta que é marca em Alvalade.

A coisa não se ficou por má interpretação sequer, mas lá chegou a via do... comunicado. Para perder de vez a razão.

Portanto, o Sporting vem a queixar-se de ter menos descanso na Liga depois de jogar na Europa. Nada mais falso. Foi até o primeiro dos grandes a jogar à 2ª feira, na F. Foz. Mas, que dizer disto se o próprio treinador do Sporting confessa ter marcado na sua agenda a visita a Leiria para sábado, quando há muito foi calendarizado pela Liga, com horário e tv consignados, jogo no domingo? Patético, só pode. O Rascord até pôs uma "fonte da Liga" a criticar a postura do treinador leonino, hoje, após a preocupação deste com alguma "manobra" sobre o jogo de Leiria... uma notícia não assinada, porque não se gosta de dar a cara quando se trata de beliscar o clube de ali da beira, não é?...

Mas não chega, quando o tipo chega a isto:

"«Quanto ao F.C. Porto-Benfica, domingo, 72 horas depois do F.C. Porto-Besiktas, recordo que o Benfica-Sporting foi 72 horas depois do Lille-Sporting. Até parece que em décadas de futebol alguma vez se jogaram estes clássicos à segunda-feira...».

Bom, Paulo Sérgio andou ocupado na época passada entre Paços de Ferreira e Guimarães, talvez não tenha dado conta do último Benfica-Sporting, aí em Março ou Abril, a uma terça-feira... E foram os sportinguistas que até se insurgiram por a SAD de Alvalade ter permitido ao Benfica, que jogara na 5ª feira anterior na Europa, adiar para tão tarde o dérbi. Por sinal, antes do último Benfica-Sporting, esta época, até houve críticas de novo, agora por não terem adiado o jogo por mais 24 horas devido ao encontro de 5ª feira na UEFA que os leões haviam disputado.

De resto, o Sporting já jogou à 2ª feira (Aveiro) ao mesmo tempo do FC Porto (Guimarães) e depois de ambos terem jogado para a Liga Europa na 5ª feira, mas o Sporting em casa com o Levski e o FC Porto em Sófia com o CSKA. Na próxima ronda europeia, o Sporting jogará em Gent (Bélgica) e, depois, com o Guimarães... na 2ª feira.

A propósito do clássico Porto-Benfica, agendado para domingo 7 de Novembro, não se percebe o convencimento de Paulo Sérgio de os clássicos não serem à 2ª feira, sendo que o FC Porto jogará na Europa com o Besiktas. Há algum problema em ter um clássico à 3ª feira como na época passada?

Bem, em Espanha já estão a pensar passar o Barça-Madrid, de 28 de Novembro como o Sporting-Porto, para a 2ª feira dia 29. Clubes interessados, adeptos sem se oporem e televisões despreocupadas quanto a audiência, garantida em qualquer dia.
É muito difícil pensar a sério e não dizer tantas asneiras repetidamente?...

Bin Laden ou Nobel da Paz (I)?*

* uma nova rubrica, e original como sempre aqui, para registar as capacidades abundante e regularmente reveladas por esta escumalha que o chico-esperto Vi-te ó Pereira só vai voltar a avaliar em meados de Janeiro, após a 15ª jornada (a 9/1/2011), depois do frete ao Benfica à 5ª jornada e o incumprimento da promessa de nova apreciação a cada 5 jornadas
No domingo já tínhamos visto este estarola de Lisboa, bancário de 33 anos segundo o site da Liga, dar um amarelo a Maxi Pereira numa falta por trás aos calcanhares de um adversário que devia significar vermelho directo; depois, numa outra falta dura para amarelo, o mesmo defesa do Benfica não viu o segundo cartão. Hugo Miguel conseguiu por duas vezes perdoar a expulsão a Maxi Pereira.
Mas o louro, ou loiro se quiserem, da jornada vai para este imbecil, o site da Liga diz que é estudante, talvez repetente com 34 anos e é do Porto. O que o fez ver, muito bem, penálti na carga ilegal de Fernando sobre um leiriense, impediu-o, sabe-se lá porquê, de no mesmo local da área, com ele árbitro posicionado praticamente no mesmo local também em que veria o lance de Fernando, em lance da 1ª parte idêntico com Varela carregado nas costas por um defesa leiriense, ver um penálti óbvio para o FC Porto.
Este Vasco Santos já o tinha apreciado com nojo há um ano e pouco, no Porto-Leixões sem problemas com 4-0 ao intervalo. Na 2ª parte, medíocre a querer protagonismo num jogo sem complicações, marcou faltas de toda a maneira e feitio e, casualmente, revelou ser uma porcaria de árbitro. Depois, no conturbado Benfica-Nacional, fez trinta por uma linha a expulsar madeirenses quando Caimar mergulhava sem falta e devia ser expulso por simulação com segundo amarelo, criando mais um penálti inexistente até se transformar, facilmente, o 1-1 da 1ª parte, depois com 2-1 ao intervalo, em 6-1 final. E que, então, mereceu esta capa do Vermelhices.com que reproduzo.
adenda: e como muito bem recorda o José Correia aqui http://reflexaoportista.blogspot.com/2010/10/destas-arbitragens-nao-reza-historia.html, este asno deixou por marcar três grandes penalidades para o FC Porto na época passada frente ao Rio Ave, algo que fui comprovar no meu arquivo e lá estão os penáltis por marcar.

Estes dois saloios, um de lá e outro de cá, não devem merecer a atenção do saloio-mor Vi-te ó Pereira com tanto tempo até nova avaliação pública, até porque vai passar ainda a quadra natalícia e tudo se esquecerá. A incoerência, desonestidade, falta de brio que marca a arbitragem portuguesa, porém, vai ter em simples momentos de comparar o comparável em lances pontuais de jogo, o destaque merecido e que os árbitros tanto procuram, ainda que amiúde passem despercebidos nos periódicos alegadamente desportivos.
E nada melhor do que nomeá-los para o Nobel da Paz, que ambos merecem agora por pacificarem o futebol português que muitos dizem estar aflito mas sem papel de jeito à mão ao qual se limpar de tamanha necessidade; ou atribuir-lhes o rótulo de Bin Laden, qual incendiário por palavras e actos, estes por acção ou omissão, aproveitando o remoque recente de Pinto da Costa que os Talibãs do sul, com acesso a microfones, ainda ontem exploravam babando-se como se tivessem fumado ópio das lindas papoilas do Afeganistão.

25 outubro 2010

Goleada feita e outra por fazer



Mesmo sem chegar ao patamar, subjectivo, de ser considerado "extreminador implacável", o FC Porto - sob pressão, dizia-se de forma bisonha - obteve a sua maior goleada da época com 5-1 ao Leiria mas outros tantos golos por marcar. Bis de Hulk, leva 8 golos, a abrir, bis de Falcao também e Varela (ambos agora com 4 golos cada) a deixar igualmente a sua marca, o líder imparável da Liga chega aos 19 golos em 8 jornadas e sofreu o primeiro penálti que muitos andavam a pedir...


Foi por descompressão, com 4-0 nas calmas antes da hora de jogo, que Fernando fez penálti, num daqueles relaxamentos habituais que têm custado golos, como antes em Guimarães. Fazendo a seguir o 5-1, o FC Porto entrou de novo em poupança, o que se compreende. Aliado às mexidas, com estreia de James e a entrada ainda de Walter depois de Souza ter rendido o já habitualmente bem gerido Moutinho, nova descompressão e desconcentração impediu dobrar a marca de golos, com Fucile e Álvaro na cara do golo mas sem cederem a bola como deveriam.


Enquanto joga com o pé no acelerador e com concentração total no jogo, os dragões ganham quase todas as bolas, seja em desarme seja em recuperação com pressão alta e muito forte, posicionando-se sempre muito à frente e, assim, ameaçando permanentemente a baliza contrária. Sempre preocupado a gerir esforços e individualidades com várias substituições criteriosas, AVB iguala o registo do arranque de 2007 de Jesualdo, com um empate em oito jornadas num campeonato decidido a 5 de Abril com 5 jornadas por disputar e terminando com 20 pontos de avanço que alguém quis, administrativamente, minorar.


Apesar de os bacocos e os basófias não acrediarem, não se vê mesmo "Pai prò Porto", pelo que uma vitória imperiosa na Académica, no sábado, pode fazer encomendar as faixas de campeão se nova vitória se registar à 10ª jornada, com 2/3 da prova por realizar. E é de tudo isto que "eles" têm medo, porque o FC Porto está muito forte e, salvo lapsos como em Guimarães, ninguém tem pedalada para este ritmo de campeão.


Taça com cónegos

Na Taça de Portugal, a 21 de Novembro, o FC Porto visita o Moreirense, segundo o sorteio realizado hoje na FPF. Há muitos jogos entre equipas da I Liga. Num deles, o Benfica-Braga de encher o cartaz, já ouvi os minhotos a pensarem pequenino: Rui Casaca queixou-se da sobrecarga de jogos. É nestas alturas que certas equipas mostram não ter bagagem para estas andanças.
adenda 1): lá está, AVB teve de responder a Paulo Sérgio por causa da calendarização dos jogos, aqui http://www.maisfutebol.iol.pt/fcporto/fc-porto-andre-villas-boas-sporting-paulo-sergio-iol-maisfutebol/1202572-1304.html, mas na verdade não devia dizer nada e deixar a calimerice povoar de histórias infantis as lacunas informativas do adepto da bola.
adenda 2): que capas da Imprensa Destrutiva para amanhã? Manchetes com goleada? O Incrível Hulk? O Exterminador Implacável? Os +7 pontos e +8 golos marcados do que o 2º classificado?

O desafio de Villas-Boas

Várias situações/declarações sugeriam um trabalho diferenciado a seu respeito. Remeto para resumos no final deste texto. Obviamente, não do Jesus a chorar a perda dos seus melhores jogadores, quando já tão próximos estamos do Natal; ou a ser permanentemente enganado pela realidade da Champions que, da sua "cátedra", acredita(va) poder vencer e agora até os seus discípulos e pantomineiros lhe atiram à cara tanta basófia que nem cabe no amplo antro do clube da dita e dos distintos "papagaios".

Mas a declaração de André Villas-Boas, em vésperas de receber a U. Leiria e quando se sabe, agora, que tem o Benfica a 4 pontos de distância mas a muitos mais em qualidade de jogo e categoria de plantel, confiando, pelo que acha ser normal, lógico e "implícito", que não continuará se não for campeão no FC Porto tem muito que se lhe diga, ainda que sem merecer manchetes (O Jogo preferiu destacar uma mirífica transferência de Hulk pela cláusula) nem comentários dos adeptos portistas.
É curioso. Desta vez não houve descontextualização, desculpa banal. Nem má interpretação, outro expediente para assobiar para o ar. Nem sei se muitos engoliram em seco, incapazes de raciocinarem sobre o sucedido, ou mudos e quedos por tal ser dito por quem já ganhou uma aura mágica e um certo tique de intocável, até por ser portista desde pequenino, liderar a equipa de forma tão serena quanto soberba e assumir-se como um protagonista até em conferências de Imprensa, onde está longe de ser um menino, de se intimidar pela "première" com um grande e de dar grandes motivos de reflexão.
E, sendo assim, convém perguntar que motivos o terão impelido a uma declaração daquelas?
1) dois dias depois de Pinto da Costa ter abrilhantado a aura do treinador em Istambul, era preciso AVB "pedir" um reforço dessa confiança presidencial?
2) alguém acredita, mesmo dispensando-se das avaliações do que está já feito e foi obtido com plena satisfação de dirigentes, jogadores e adeptos, que o seu contrato teria condição sine qua non o de ser campeão?
3) está já esqucido por quanto tempo AVB assinou contrato com o FC Porto ou é um pormenor meramente despiciendo?
4) será um treinador capaz de se "pôr fora", mesmo vivendo o clube de perto e até perto do coração de aficionado, se for seduzido por emblema grande da estranja, sim na condição de, mesmo campeão e até vencedor na Europa (porque não?) a correr atrás de proposta milionária e irrecusável?
5) ou, mais prosaicamente, goza com os jornaleiros - mais uma vez não questionaram "em cima" sobre o que acabava de dizer... - e domina totalmente as conferências com canetas e pés de mirofone?
6) pior, ainda, será que usa a Comunicação (seja Social ou marginal) para dar "recados"?
7) e se os der, é para o balneário de forma a puxar por uma "vaga de fundo" do plantel a pedir-lhe já a prorrogação do contrato?
8) mais absurdo, um factor auto-imposto de pressão extra, para o seu trabalho e concentrar em si as atenções?
9) corre o risco de se tornar narcísico por via do anterior, de forma a poder receber todos os aplausos no final em caso de ser campeão mesmo?
10) mesmo que corra mal, mas faça um bom trabalho como o já exposto permite augurar com total sucesso, é crível que perca o lugar? tendo, ainda, outro ano de contrato?
Responda quem souber. Mas ninguém pode ficar indiferente e estas conferências de Imprensa prometem mais diversão no futuro, acho eu. Não é por ser ou não "clone" de alguém, mas imita muito bem e cativa pela inteligência a expor as suas ideias sem medo de interlocutores (realmente fracos) à sua frente ou de bolas na trave. Cada vez gosto mais deste tipo. E não estou a vê-lo sair tão cedo, por nada deste mundo.
declaração 1: saio em defesa de Vítor Baía e nem precisava de ler a posição generosa e lúcida de João Saraiva aqui entre Baía-e-os-talibans a seu respeito; lembrava-me da alusão de Baía a ser o Eusébio com estátua se tivesse sido do Benfica; sei que a implícita crítica de VB é à Imprensa da capital e o endeusamento imbecil de gente que não ganhou a décima parte do que venceu o maior g.r. português de sempre; o considerar o FC Porto "um clube mais fechado" é uma constatação óbvia, sem nada de pejorativo e já ultrapassado até o período de "black-outs" que ele viveu como jogador mas que há muito passaram à história pelo que nada tem de crítica contemporânea; ao fazer este resumo, e tendo em atenção os "talibãs" que João Saraiva muito bem identificou, dispenso-me de me referir a esses rafeiros e vira-latas de ocasião que, aliás, acusaram o toque depois de lhes chamarem a atenção das asneiras que (repetidamente) cometem pela heresia de... serem mais papistas que o papa.
declaração 2: Paulo Sérgio insurgiu-se contra a calendarização dos jogos do Sporting com o discurso calimero conveniente mas sem razão para a qual ninguém lhe chamou a atenção: os leões não tiveram as exactas 72 horas de descanso entre dois jogos; mas bastava terem trocado de horário com o Benfica para praticamente se cumprir o regulamento; não deixa de ter razão, em pequenina parte, por sinal pouco relevante. Mas podia queixa-se directamente à TVI, que pela primeira vez ao domingo marcou um jogo para as 18h. E o Sporting vive, e muito, da tv. Mas já teve benesses no calendário, jogando à 2ª feira depois de jogo europeu. E terá mais. Já o FC Porto, que jogou bem longe e tem o seu jogo esta 2ª feira, terá de defrontar o Benfica 72 horas depois do jogo com o Besiktas no Dragão. Jogar na Europa tem estes inconvenientes, fará quando as coisas apertarem lá mais para a frente.
adenda: não posso fazê-lo agora que isto vai longo, mas destaco e remeto para interessados um notável artigo (sem link, quando há tantos inúteis por lá online...) de Silva Peneda, ex-ministro e grande portista, na sua coluna dominical do JN. Sobre economia, valores transaccionáveis, competitivdade, valores não-transaccionáveis e chulice. Do Porto, do Norte, para Lisboa. Ensinará muita gente burrinha que dá-se ares de basófias a viver com o dinheiro de quem produz e vende o que importa, nos ministérios e gabinetes de telecomunicações e energias sediados na capital. Explica-se onde está o valor e quem pode sair da crise, quem vive do esforço alheio e arrisca ficar na merda, apesar dos "efeitos difusores" e de roubarem verbas comunitárias ao Norte de Portugal supostamente para, desde o Terreiro do Paço, as distribuírem pelo País.

22 outubro 2010

Un Señor!

Não posso deixar escapar esta, não pode passar despercebida:
Espanha: Del Bosque chama Aragonés para dividir prémio do Mundial

Outra para o fim-de-semana

João Carrajola de Abreu, de 57 anos, foi o membro do Conselho de Justiça da FPF que esteve no centro de uma polémica que ainda se arrasta nos tribunais. Esta sexta-feira sentou-se no banco dos réus respondendo por um processo de difamação movido pelo FC Porto devido a uma entrevista na qual referia que o clube azul e branco e o Boavista tinham uma estratégia, que o então presidente do CJ da FPF (Gonçalves Pereira) validou, no sentido de alterar o sentido de voto daquele conselho no processo Apito Final - in Record online.

Eu bem que há dias recuperei a estória deste farsola, um Carrajola daquele CJ amotinado da FPF que condenou o Boavista à despromoção e não conseguiu afastar o FC Porto da Europa.
Fiz bem. Tenho pena que para muitos este episódio esteja esquecido e o facto de eu o ter recuperado parece não ter despertado pelo menos a curiosidade da massa adepta portista. Mas cá continuo a minha luta pela denúncia dos (Bo)Ronha do futebol português.
E agora mesmo deparei-me com isto:

Lá está, nem sabia que o FC Porto tinha metido um processo a este "artista", mas fez muito bem e é no tribunal que se esclarecem coisas, se mostra a honra a certos tipos farsantes e se luta pela reposição da verdade desportiva também.
É isto que o FC Porto tem de fazer sempre. Aí sim, cá estarão todos os adeptos para reforçar a união do clube e do seu simbolismo. Assim sim, contra tudo e contra tolos. Como o von Smallhausen Abreu, que caricaturei aqui em devido tempo e podem aproveitar para pôr a leitura em dia até ao jogo com a U. Leiria na 2ª feira.
I rest my case.
p.s. - e quem haveria de aparecer a defender o von Smallhausen? "O julgamento prossegue próximo dia 29. Uma das testemunhas convocadas pela defesa de Carrajola Abreu é Amândio de Carvalho, vice-presidente da FPF, que esteve esta tarde no tribunal mas não chegou a ser ouvido. Também vão ser ouvidos, em próximas sessões, antigos membros do Conselho de Justiça que decidiu o Apito Final".
Cá teremos, então, o herr Flick da Gestapo e a Helga rainha das valquírias. É mesmo de rir "Allô, Allô".

Os "Bin Laden" do fim-de-semana

Volto ao mesmo: tenho pena que Pinto da Costa não passe das palavras aos actos, tal como tenho pena que os pés-de-microfone que agradecem umas larachas ditas por um presidente de clube não coloquem questões como deve ser.
1 palhaço feito Bin Laden cenourinha, feito arrotado, perdão advogado a denunciar o Pífio Dourado em que foi defensor de... Jacinto Paixão. Se Pinto da Costa fala dos "Bin Laden" e de quem instiga à violência, pois já devia ter anunciado publicamente, e os jornalistas deveriam ter perguntado, se fez a competente participação criminal sobre o teor de declarações e programas da tv dos bimbos. Isso sim, deixaria mais tranquilos os adeptos do FC Porto.

Muitos palhaços, aliás já implicados em tribunal para o competente julgamento Na melhor das hipóteses, até porque essa tirada dos "Bin Laden do futebol português" saiu do escuro de Istambul, lá longe, embora os ingleses usem a expressão "out of the blue" para designar o que sai ou acontece inopinadamente, Pinto da Costa vai merecer os dichotes habituais dos cronistas do regime a acusá-lo de... incitar à violência.
Na Antropologia, tudo começou assim, com símios de forma humana em cenas reais e sem fazerem a figura de palhaços, depois popularizada e interiorizada por agentes similares sobreviventes até aos nossos dias
É que isto de lidar com gente anormal e acéfala tem um "tiro pela culatra" que os primatas estudados na Antropologia têm inculcado no topo do corpo coberto de pelos e com forma quase humana. Se não sair um comunicado, vem aí uma pedrada pela certa digna de algum pândego que não pode estar a escrever ou discorrer na tv sobre a falta de remates à baliza num jogo da Champions onde não ganha quem quer, só quem pode.
Nunca liguei ao tema das escutas tal como nunca recorri também ao YouTube para apanhar os excertos explosivos dos palhaços da tv dos bimbos. Sendo um caso de decência moral e de investigação criminal, é só matéria a tratar, não nos bancos de escola, mas na Judiciária. Digo Judiciária e não o diminutivo pouco significativo, mas commumente aceite, de "Judite", porque a entrevistadora do regime é capaz de perguntar a alguém pelas escutas do Pífio Dourado, mas deixa o sinistro dos Santos, das Finanças, dizer que a sustentabilidade da Segurança Social está em risco, sem contrariá-lo com a segurança garantida do anterior responsável da coisa que asseverava estar tudo bem por muitos anos.
Portanto, há coisas que não são só de blá, blá, mas de acções concretas.
E, como tal, deixo para o fim-de-semana dois vídeos expostos no Mar Salgado, que eu não vou ao YouTube, sobre o que é a moral e o exemplo ditos por quem sabe e mostra como é, os "Bin Laden" em que se revêem escritores, cineastas e outros "artistas".
Bom proveito.
ah, já agora, aproveitem para fazer fila e beneficiar desta oferta, e não sejam esquisitos porque a cavalo dado não se olha o dente: http://desporto.publico.pt/noticia.aspx?id=1462339

21 outubro 2010

Exibição espectacular

A questão nem é só relativa à época já decorrida. Esta época, outra época, mais épocas, o que o FC Porto fez esta noite em Istambul, onde costuma ser feliz, foi simplesmente maravilhoso, uma exibição de encher o olho, em si mesma. Indemendentemente do resultado, de o 0-2 não ter sido permitido pelo árbitro vesgo a negar o bis a Falcao, de Maicon ter sido expulso sobre o intervalo, de um penálti sobre o colombiano não ter sido assinalado com um empurrão ostensivo pelas costas - depois de Fernando ter visto um amarelo sem fazer falta nem sequer usar os braços sobre um adversário na linha de meio-campo -, de muitos cartões terem sido perdoados aos turcos, de Fernando ter acabado por sair com duplo amarelo quando Villas-Boas podia ter antecipado esse problema tirando-o e recuando Moutinho - mesmo com tudo isso, o FC Porto fez um jogo extraordinário pela qualidade do jogo, os movimentos colectivos, as bolas paradas que renderam o 0-1 (grande canto de Belluschi, muito largo a tornar infrutífera a saída do g.r. e com a bola para fora da pequena área) e também em situação defensiva, mais os golos de Hulk ao seu jeito explosivo, foi um futebol de encantar.
E para ser mesmo um futebol de outro mundo na cidade repartida por dois continentes nas margens do Bósforo, Hulk marcou dois golos de génio quando o FC Porto jogou a 2ª parte com dez, acabando com nove por sofrer um tento nos descontos.
De resto, é impossível falar de alguma falha colectiva ou individual e se alguma coisa não gostei, e não gosto, é do calção branco que contribui para achar todo o equipamento algo deslavado. Gosto tudo azul e a brilhar assim é para fazer deste jogo um daqueles dignos de compêndio. Até parece fácil, como parece fácil fazer dois golos com 10 jogadores (Schuster arriscou demais quando tirou um central, o que tinha falhado no 0-2, e era perceptível que Hulk romperia por ali para o 0-3).

O FC Porto deslumbrou.


20 outubro 2010

Sempre foste um dos nossos!

O fura-greves. Foi com o golo de Lisandro que o Lyon deixou de jogar à bola, recreando-se apenas como se um jogo da Champions não fosse contra os melhores do mundo e permitisse ritmo de treino...
O fura-redes que nos habituámos a amar e o Dragão a ecoar: Lisandro Lopez, Lisandro Lopez, Lisandro Lopez, Lisandro Lopez...

Entretanto, a magia continua e a basófia voltou a levar dois. Isto era como ganhar ao Marselha, ao Schalke e ao Hapoel, tudo igual entre os grandes da Europa.










E nem se fala de isenção desportiva no âmbito da Liberdade de Imprensa...

Nem da imbecilidade veiculada repetida e dolosamente na televisão, com flagrante mediocridade e parcialidade em matéria de futebol. Bem, se agora estamos, no geral, ao nível do Mali, que vem logo abaixo, imagine-se se as questões desportivas contassem: superaríamos os primitivos da Papua Nova Guiné?
Mas a realidade é esta, Portugal continua a cair neste ranking de forma abrupta e não é nem por acaso nem um caso isolado da perda de valores que dão forma à cidadania. Aqui, leitores e ouvintes/telespectadores têm muita culpa.
http://www.publico.pt/Media/portugal-cai-do-30º-para-o-40º-lugar-da-liberdade-de-imprensa_1461965



Passou, entretanto, um ano do "recadogate" e da vergonhosa actuação do Diário de Notícias no conflito entre S. Bento e Belém, em que a Presidência da República suspeitava de ser vigiada pelo Governo.
http://www.publico.pt/Media/comissao-da-carteira-acusa-dn-de-infraccao-grave-e-dolo-intenso-no-caso-de-belem_1461795

E, ainda, um ano depois da suspensão do melhor telejornal alguma vez editado em Portugal e sujeito à perseguição política do PM que nunca escondeu sequer a hostilidade, verbalizada em entrevistas, contra Manuela Moura Guedes e o "Jornal de 6ª" da TVI - coincidindo tudo isto com o desenlace previsto da saída da pivot da estação amestrada em que se tornou o canal que voltou a ser muito "católico" como era na sua origem.


http://www.publico.pt/Media/manuela-moura-guedes-sai-da-tvi-porque-deixou-de-se-identificar-com-o-canal_1461717

Há pouco tempo, o Polvo Socialista tem-se manifestado contra José António Cerejo do Público, como mostra azedume contra o crítico de televisão Eduardo Cintra Torres que escreve no mesmo jornal que, com os seus defeitos e excesso de matéria menos relevante para o cidadão português (nomeadamente o absurdo da focagem nas questões do Médio Oriente e em particular os interesses dos judeus na matéria), ainda faz informação própria de qualidade, tal como os semanários e as revistas de informação.

Mais, tudo entrelaçado na trampa e trama do processo Face Oculta e as revelações do Sol nessa matéria e todo o condicionamento subsequente da investigação quando chegada ao patamar superior que implicou a PGR e o STJ e os respectivos mandantes e farsantes que são tidas como figuras de Estado.

É todo o lodo do País que fica à vista, através da Liberdade de Imprensa, mesmo que não o pareça. Porque o Jornalismo ficou refém dos "cinco mil euros mensais e cartão de crédito" dos patrões, condicionando a informação que no seu melhor tenta resistir com alguma credibilidade em raros exemplos que reforçam apenas a regra da "autocensura".

19 outubro 2010

Como o Benfica era defendido no outro regime e a isenção dos Carrajolas (lembram-se deste sinistro actor?) actuais

Talvez com algum atraso apanhei, sem querer, uma peça de novo absurda que o inefável (Bo)Ronha deu no seu blog, realmente muito mal frequentado. O que tem a ver o Homer Simpson com o von Smallhausen lacaio do "herr Flick da Gestapo" da série "Allô, Allô". Eis como o modus operandi do futebol português nos gabinetes, a proteger desavergonhadamente o Benfica, se revela sempre e sempre que cada um abre a boca para contar coisas de outros tempos. E aqui se recorda como um protagonista sai agora a terreiro depois da farsa do PREC do CJ da FPF de Julho de 2008 em que, sublevando-se contra o presidente que até encerrara a reunião, condenaram Pinto da Costa, Valentim e João Loureiro e o Boavista.
Ok, o Vaticano acha que Homer Simpson é católico mas isso interessa(-lhe) pouco a todos.


http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Cultura/Interior.aspx?content_id=1690134

Da mesma forma, este João Carrajola "von Smallhausen" Abreu, de quem o inefável (Bo)Ronha diz ser amigo - diz-me com quem andas... -, saiu-se com esta pérola e mostra-se imparcial e referência de lisura:

"A ideia generalizada de que os magistrados são independentes e os outros juristas “correias de transmissão” dos interesses de quem os elege é desmentida pela realidade dos factos.
Era famosa a forma como diversos desembargadores resolviam os recursos a favor dos clubes de Lisboa, nomeadamente o SL Benfica, no antigo regime e até ao fortalecimento do associativismo no norte do país.
Cite-se também o caso que eclodiu na Comissão Disciplinar da Liga entre o Dr. Gomes da Silva e o Dr. Pedro Mourão, que culminou com o afastamento do primeiro.
Portanto, a independência não é privativa dos magistrados, tal como o tráfico de influências não é apanágio dos “advogados”.

Este bonzo, um anafado com aspecto sinistro, saiu-se com esta como a demarcar-se da dependência de outros advogados que enxamearam as instâncias jurisdicionais da FPF ao longo dos anos. Mas ele próprio foi relator do acórdão do CJ relativo ao FC Porto-E. Amadora, com o qual reiterava o castigo do Bosta da (CD) Liga para afastar o FC Porto da Champions, sempre manobrado pelo Cunha Leal e o João Correia como correias de transmissão do Benfica. E, para mais, confirma o diferendo Gomes da Silva-Mourão e Cebola, quando estes afastaram o primeiro para salvar o Belenenses e condenar o Gil Vicente no caso Mateus, numa sublevação que, mais uma vez, a gente de Lisboa fez suceder. Mas contar como as coisas foram no episódio não reforça a posição neutral que diz ter em nome da legalidade de que foi enviesado intérprete... amotinado!
"Allô, Allô"!

Posso recuperar o que então escrevi (6/7/2008) a respeito do PREC instalado no CJ da FPF e dos intervenientes num processo vergonhoso depois ratificado pelo parecer do Fretes do Amaral a 65 mil euros. O dr. Gonçalves Pereira já viu os tribunais darem-lhe razão quanto à sua legitimidade como então presidente do órgão, falta os tribunais anularem de facto as decisões saídas da intentona de assalto ao poder instituído e reabilitar, definitivamente, o Boavista, pai e filho dos Loureiro e Pinto da Costa (que sofreu dois anos de silêncio por conta destes maganos).

"Na tv, vi um tipo sempre escondido, de olhos na ponta do nariz, enquanto um moço fininho lia um comunicado. Este, Álvaro Batista, é de Castelo Branco. Seria o vogal a quem foi confiada a presidência de uma reunião de conselheiros não convocada regulamentarmente. Isto é indesmentível. Parece que outro conselheiro, talvez por antiguidade ou estatuto, mostrou indisposição para assumir o lugar que lhe caberia. Normalmente, em bando, há sempre quem empurre alguém para os cornos do touro. Álvaro Batista mostrou saber ler comunicados. E nada mais. Vi mais um ou outro conselheiro e esperei saber quem identificaria o pomo da discórdia, o tal João Abreu recalcitrante. Este homem de leis não só não aceitou que o presidente do CJ não acatasse o pedido de suspeição pacense para este não votar a decisão da descida de divisão (por motivos claramente infundados de alegada promiscuidade de Gonçalves Pereira e Valentim Loureiro na Câmara de Gondomar, cuja realidade é do conhecimento público), que compete ao presidente nos termos regimentais.

Não, João Abreu achava-se no direito de questionar o presidente quando este era o “suspeito” da acção; mas achou-se ainda mais no direito de ficar, ele mesmo, acima da suspeição que sobre ele foi lançada por dois clubes, quando o presidente, no âmbito das suas competências e depois de ter trocado correspondência a propósito com ele sobre o assunto, exerceu a acção profilática de o afastar, perante a renitência deste. É o primeiro exemplo de democraticidade do órgão, melhor de alguns dos membros do órgão. Com cara de não poder partir um prato, conta-se na Imprensa, Álvaro Batista é o primeiro a questionar o presidente. Não em termos jurídicos, mas de opinião pessoal. O assunto é entre partes, não é colegial. Álvaro Batista é um sargento que ousa iniciar a sublevação. Um filme com guião certamente pré-definido.

Aqui começou a sublevação. O presidente, desautorizado, só podia encerrar a reunião e fê-lo, uma vez mais nos termos regulamentares. Este ponto é também pacífico. Curioso que os amotinados reclamam o seu direito de justiça e esgrimem (embora poucos) argumentos jurídicos, sem afastarem o cenário da intentona. Partem para a denúncia de situações menos claras, apresentam-se na televisão, em bando mais uma vez, e ditam sentenças que chegam ao povo quando este acorda. Pena é que o direito de informar primeiro os interessados das sentenças tenha sido subjugado ao interesse próprio de se legitimarem, tardiamente, pela tv, à procura de soldados para a sua trincheira.

As figurinhas da farsa

Hoje, ao ler os jornais, vejo a figura do João Abreu. Desatei a rir. Já tinha visto a figura na tv, ladeando o comunicador do panfleto revolucionário convenientemente lançado a meio da noite.Porque me ri ao identificar João Abreu nos jornais? Porque já na tv a figura, que desconhecia, me causara sorrisos.Não rebolo a rir como o Astérix e o Obélix, mas gosto muito da série “Allô, Allô”, o René, as criadas, o “monsieur Leclerq”, a Helga, mesmo o Herr Flick, da Gestapo.Pois, João Abreu faz-me lembrar o lacaio do oficial da Gestapo, von Smallhausen. Aquele coxo de má figura, vestido de negro como João Abreu, baixo, de óculos transparentes em armação e lentes. Estão a ver? Dá para tudo, até para herr Flick subir com as botas cardadas nas suas costas a trepar a uma carroça. Só me posso rir. É, de facto, uma comédia, de costumes do futebol português e da má prática de certa gente.

Só João “vom Smallhausen” Abreu apareceu. Álvaro Batista, arauto do comando que lê comunicados, podia ser a Helga, fiel soldado feminino à disposição de quem manda. Os famosos cinco conselheiros são dois. Os bandos são assim. Até no Conselho de Revolução, perdão de Justiça. Fazem manobras de diversão. A gente ri-se."

Para concluir: esta gente dá-se ares de importante e impoluta, dá conselhos e aponta rumos. Deve ser um dos comparsas do Seara para o assalto que aí vem à FPF. E pensa que são todos parvos como o (Bo)Ronha. Só quem não os conhece.

18 outubro 2010

Líder penhorado, clube caloteiro

Os ditados populares têm as "verdades" que resultam da experiência e o comum saber. Daí não espantar que se diga "diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és" e, claro, "olha para o que eu digo, não para o que eu faço". E uma actuação em concreto diz bem do perfil de quem a conduz ou induz, pelo que tudo tem a sua explicação, sinteticamente, em "um vintém é um vintém, um cretino é um cretino".
Depois somos brindados com notícias do género desta em que quem reclama por segurança pública não paga os serviços que tal acarreta em despesas. Leia-se no Correio da Manhã:
Benfica é devedor à Polícia
Por: Miguel Curado
Segundo a Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP), autora do levantamento, o Sport Lisboa e Benfica é um dos devedores, com cerca de dez mil euros em falta relativos a acompanhamentos de claques a jogos feitos, já este ano, na zona do Porto.
No caso do SLB, o montante corresponde a encontros de futebol realizados em Fevereiro, Maio e Setembro de 2010, em zonas policiadas pela PSP do Porto. "Os dez mil euros em dívida dizem respeito a pagamentos em atraso de gratificados a ‘spotters' (acompanhantes), e agentes de Investigação Criminal e da Unidade Metropolitana de Informações Desportivas do Comando da PSP do Porto", explicou ao CM Paulo Rodrigues, presidente da ASPP".

Sabemos que a criminalidade impõe o redobrar da vigilância. E por tudo o que tem acontecido, há décadas, com as novas hordas de bárbaros dos bairros de lata que rodeiam a capital, é natural que, por um lado, se reclame vigilância, mas se aproveite para fazer a violência "por outro lado".

Sabemos que nem um árbitro está sossegado quando vai à Luz, seja no túnel ou em serviço na linha lateral. Sabe-se o historial de foguetes desde o clarão mortal do very-light de 1986 no Jamor. As arrecadações de droga e armas nas catacumbas. O assalto a adeptos contrários, incêndios em autocarros de pessoas de outros clubes.


Contudo, se é o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, visita frequente da tribuna reverencial da Luz, não deixa de ser curioso constatar, ainda da mesma notícia:
"O próprio Ministério da Administração Interna está incluído nesta lista, com nove mil euros em dívida a agentes e chefes da PSP que policiam os jogos de futebol dos escalões de formação. Também o Ministério da Educação não terá, segundo a ASPP, pago os gratificados relativos aos exames do final do passado ano lectivo". Esclareça-se sobre os "escalões de formação" que são jogos de miúdos a reclamarem de segurança, amiúde inválida quando desatam à pedrada mesmo em campo alheio.
Para completar o ramalhete e servir de exemplo de como o Benfica arruinado é uma cópia fiel e tão mal feita e inútil do Governo do País mentiroso e arrogante com laivos de novo-riquismo idiota e parasitário, eis que se usa um argumento para incumprimento: se não é a crise internacional a justificar o descalabro económico e financeiro do País é um expediente qualquer para salvar a face mas sem evitar o ridículo e caricato do que se alega.
"Segundo o sindicalista, o Benfica alega um "conflito institucional" com a PSP para o não pagamento do montante em atraso. "A ASPP já enviou vários ofícios para a SAD do clube, e aguarda ainda por resposta", concretizou o presidente do sindicato. O porta-voz do Benfica, João Gabriel, disse ontem ao CM não poder confirmar a dívida. No entanto, "a mesma não pode ser imputada ao Benfica, já que o acompanhamento de claques é assegurado pelo clube organizador do jogo", disse."
Já havia prova documental em como o presidente foi penhorado num rol imenso de falências duvidosas de que soube extrair benefícios eventualmente criminosos, somam-se as provas de o clube ser caloteiro.
A última risada sobre a instituição tem a ver com as agressões mútuas do tratador do milhafre e um dos "stewards" em serviço na Luz.
É a cultura de clube.
p.s. - ah, só faltava o "comunicado".
onde é clara a confusão e raro o esclarecimento. Não desmente nada, de resto pela fonte contactada na notícia a dizer desconhecer a dívida, contribuindo com mais fumo. Como têm já um historial de comunicados patetas e cabotinos, também ilustram bem quem é o responsável "editorial". Glorigozo.

17 outubro 2010

Munições e pontaria

Pode ser que seja uma arma, este Walter que não tem a ver com o Carl Walther inventor da pistola abaixo que até há pouco equipava a nossa Polícia.

Como vai ser a segurança e a eficácia na recepção aos ansiosos energúmenos, tema do dia há semanas e a quase 20 dias do clássico, é uma incógnita.

Para já ficam os três de Walter ao Limianos que se apresentou numeroso no Dragão, daí não me ter surpreendido pelo deserto que eram aquelas paragens minhotas precisamente por onde andei no sábado...

Ok, vem com atraso, mas é um jogo oficial e não pode ficar sem um registo na agenda.
Estive longe, não vi na tv, apanhei umas coisas na rádio, felizmente o telejornal da RTP da noite de sábado ainda meteu os golos (salvé!) e pude ver os três do Walter mas gostei muito do do Varela. Contudo, fiquei impressionado, antes de ver, ao ouvir estarem mais de 41 mil no Dragão. Com bilhetes a 1, 2 e 5 euros, é caso para perguntar se os valores estratosféricos dos jogos da Liga, considerando o poder de compra e a miséria que aí vem reduzi-lo mais ainda, vão continuar na mesma.
Não acho que se tire alguma coisa destes jogos, é evidente que são para contar e ganhar, o treinador roda jogadores mas estes serão sempre, nesta altura, os reservistas e só têm de mostrar serviço. Um cruzamento daqui, uma assistência dali, mas é pouco, não se tiram conclusões sobre a possibilidade de um ou outro ascenderem à "primeira" equipa, até porque esta tem mostrado categoria e competência numa liderança inatacável da Liga.

Enquanto os outros pensam no "jogo" da vida e, parece, da morte, para eles, 5ª feira há um compromisso importante para decidir a primazia no grupo da Liga Europa. Depois, a U. Leiria na 2ª feira, de volta às lides domésticas, a seguir ainda a Académica em Coimbra e mais Liga Europa, temos muito em que pensar e do qual falar.

15 outubro 2010

Benfica dá a AVB mais atenção do que a subserviente CS

Pela caladinha, então lá pediram os 2500 bilhetes da ordem. Espero que venham queixar-se, de novo, da inflacção, do preço dos bilhetes e da chuva de água, de pedras ou de bolas de golfe.
Para quem tem medo da sombra, nada como andar acompanhado. O problema é que passam a ser sombras e sombras e sombras. Na escuridão, como nos túneis, nunca se sabe o que acontece, mas estas imagens lembram-nos o que é a realidade mesmo e não a que escondem na CS sempre dada a ouvir apenas uma parte ou é ameaçada se não leva mesmo nas trombas.

Cuidado, eles fazem as coisas por outro lado.
"O Benfica pediu ao F. C. Porto, 2500 bilhetes para o encontro entre as duas equipas a disputar a 07 de Novembro. É a primeira vez que o Benfica pede bilhetes para um jogo fora de casa, após o apelo do presidente, que exortou os adeptos a não comparecerem a jogos em campos alheios.
Fonte do F. C. Porto revelou a Agência Lusa a chegada do pedido por parte do Benfica, que inclui também 100 lugares VIP".
Parece que 2500 (a quem) vão pagar os bilhetes. Acompanham, qual guarda pretoriana, os 100 VIP que se acham no direito de ver o jogo de borla.

Mais um lindo exemplo para as hostes da decência e moralidade.

Esperemos que, como da outra vez em que quando entraram já estava 2-0 e só foi pena terem perdido o golão de Quaresma a entortar, antes ainda do David Luiz, o Nélson - a quem alvitravam a Selecção Nacional e hoje não se ouve falar dele - e a marcar de trivela ao Quim no poste mais distante, revistem essa cãobada; então tiveram de descalçar os sapatos na revista e deixar umas coisas de metal que deve ser para fazer bem ao suor dos pés, imagine-se o que andará pela zona das ancas e virilhas desse pessoal das barracas.
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Desporto/Interior.aspx?content_id=1686713
"O jogo do Porto é o único que não cumpre os pressupostos em que assentou o pedido dos órgãos sociais. O FC Porto, com esta Direcção, nunca se baterá pela verdade desportiva", justificou à Lusa uma fonte do Benfica" - como se fosse o Sótraques a justificar mais uma medida de excepção para renovar os contratos dos seus "boys" antes de espetar com impostos à populaça, digo eu.

"A fonte do clube da Luz acrescentou que a decisão de requerer os bilhetes surgiu na sequência da conferência de imprensa de ontem, quinta-feira, do treinador do F.C. Porto, na qual André Villas-Boas voltou a tecer críticas aos dirigentes "encarnados".
"Depois de assistirmos, na conferência de imprensa de ontem, a mais uma manifestação de benfiquismo do senhor Villas-Boas - aliás, não há uma única conferência de imprensa em que este não fale do Benfica -, decidimos pedir os bilhetes e retribuir-lhe tamanho entusiasmo", afirmou a fonte" - como se sabe não inquinada nem da parte que há semanas "antecipou" o crucial encontro agendado para... 7 de Novembro, digo eu também.
E se pensávamos ter lido bem, da fonte encornada, que este jogo não se enquadrava na quarentena auto-imposta de vetar os jogos fora, além de um preconceito qualquer sobre a verdade desportiva de que se julga bacoca detentora, eis que a mesma fonte, sempre inquinada, diz que, afinal, o AVB estimula a vontade dos energúmenos irem a jogo.
Mais coerência intelectual não pode haver, pois não?
Enquanto a Comunicação Social desvaloriza o troco dado por AVB a LFV, os encornados acusaram o toque e querem fazer corte ao treinador da liderança do campeonato. Fazem bem.
Para o Benfica, afinal, nada cai em saco roto, nem as suas patetices.
No FC Porto, mais uma vez, sabe-se isto pela Lusa, o que vem sendo normal. O sítio oficial do clube, mais uma vez, não dá sinais de vida. Saberá, mais do que consultar "fontes", tirar partido da Comunicação, deixando de resumir a sua fogosidade e ironia a fogachos de Labaredas? Ridículo, mais uma vez.
Adenda (17.30h): já o esperava, mas aos bocados fui apanhando as coisas que passam na tv de tarde e, claro, como o FC Porto não usou o tema para dar umas pauladas em quem as merece, o que se veicula, repito, nas tv's e terá seguimento à noite, é a posição do Benfica mediante essa fonte oficial citada pela Lusa. (Já não basta a porcaria dos OCS sujeitar-se aos monólogos do treinador na tv dos bimbos e publicar, com imagens nas tv's da tv dos bimbos, o que ele diz). Recusar enfrentar esta corja com a mesma capacidade de intervenção é levar sempre de quem fala mais e mais alto. Aliás, salvo as devidas proporções, foi o que sucedeu a Rui Moreira, cuja atitude elogiei mas não nego que sempre me pareceu mole para aquela cavalgadura e foi incapaz de responder ao longo dos tempos a APV e deu no que deu. Estas coisas não acontecem por acaso, é só por impreparação de meninos do coro. De resto, ouvi citarem a tal fonte do Benfica e a "resposta" a AVB para estarem no Dragão no Porto-Benfica, mas nunca mais passaram a resposta de AVB a LFV. Ficar calado dá nisto. Ridículo, mais uma vez, repito.
À parte, mas complementar (15h):
Lembrar Ricardo Bexiga (quem?) entre os "boys"
que os "boys" do PS colocam
Aludi a escuridão e túneis, importa ler como é curioso isto que é hoje notícia no País:
onde o deputado PS Vítor Baptista diz como os "boys" do PS distribuem cargos pelas empresas do regime: todas em Lisboa, como a CP onde refugiaram, lembram-se?, um tal Ricardo Bexiga espancada por uma gaja no Porto, e seus mandantes, para engrossar as fileiras dos gestores da companhia pública que tem mais quadros do que qualquer outra e os prejuízos mais elevados também.
Isto é de emoldurar. Mas há ainda 35% de portugueses dispostos a votar na mesma merda, embora as sondagens da agência do ex-deputado ROC valham o que valem...
É claro que, a isto, o PM sem vergonha para vergonha de Portugal diz, laconicamente, que há que saber ganhar e saber perder. Ele, com a cultura do Benfica, é o exemplo da treta para falar de... fair-play.

O (des)tratamento (des)igual é este, o que foram e o que são de diferentes também

Cá está, a resposta de AVB a LFV teve o destaque que era esperado nos pasquins.

Não é só uma questão de direito de resposta
devido a representantes
maiores de dois grandes rivais que em nenhum outro país seriam tratados de forma diferente como é prática em Portugal.

É questão de dignidade dos próprios jornais que fizeram parangonas com as bacoradas do presidente do Benfica e calam praticamente as do treinador do FC Porto. Reparem que, por questão de igualdade, aceito equipará-las como "bacoradas", mas sempre dizeres, falares e saberes a explorar no mercado à volta do futebol que se quer vender em papel.
O mesmo, de resto, passou-se há dias com a resposta de Pinto de Sousa, ilibado em tribunal, a um ex-condenado na Justiça portuguesa.
Nada que surpreenda, certo. Tal como não admira que as vendas destes pasquins medíocres e infantis tenham caído a pique.
O boom da Imprensa desportiva diária em Portugal, com o percursor O Jogo em 1985 com medo de sair da sua pequenez de um meio reduzido como o Porto e subalternizado como irmão mais novo do gigante e então poderoso e recordista JN, deu-se quando os três resistentes, após o desaparecimento da "Gazeta" aí por 1994, iniciaram em 1995 a corrida em circunstâncias de igualdade. Num ano apenas, o Record congratulou-se de ter superado a audiência de A Bola, e as vendas também, dominando em todas as "regiões" de Portugal, à excepção do Algarve (reinado de A Bola) e do Porto (prevalecendo O Jogo, filho da terra e à sombra do tutelar JN). Durante 5 anos, Record esmagou A Bola em todos os vectores. Hoje, 10 anos após os píncaros atingidos, com vendas reduzidas em 40% e até mais em largos períodos do ano, esta inflexão e a desconfiança geradas no público leitor não faz inverter a tendência. Desde 2008, 12 anos após uma manchete de Record a anunciar a histórica ultrapassagem, A Bola fez gozo de anunciar a inversão da tendência: continua a não confrontar as suas vendas com as dos outros (via APCT em que não confia), mas quanto a audiências é um facto que se comprova ter recuperado a liderança. O Jogo, incapaz de se definir apesar de tímidos arrufos oriundos do seu gene natural, definha, não sai da cepa torta, apesar de entretanto emancipado, em 1994-95, da tutela do JN.
Onde antes havia tratamento igual e não discriminatório dos clubes, hoje há subserviência a um e rejeição de outro que lhe faz sombra, amiúde até relegado para plano inferior face a um terceiro clube falido e praticamente sem alma, fatalmente relegado para 3º lugar por muito que custe aceitá-lo. Quando dantes as polémicas não eram encobertas, ou mesmo ocultadas de todo, em qualquer dos clubes, o que suscitava interesse em todos por vermos expostos os problemas de cada um, agora há a mistificação de um e o apagamento de outros. As broncas eram tais que, logo em 1995, os três clubes maiores entraram em blackout simultâneo, mas não detiveram o "avanço" da Imprensa, que ganhou foros de maioridade e notoriedade. O que um diz ou faz tem prevalência, agora, sobre o que outro ganhe ou mostre, mesmo que ganhe muito mais e mostre mais coisas ainda que sem espaventos.
O que muitos fazem até por esquecer, a verdade é que o Penta do FC Porto de 1995 a 1999 coincidiu com os picos de vendas, desmentindo que os êxitos dos clubes de Lisboa é que puxam pelos jornais. A questão era que, em nome da Informação adulta que se implantou e hoje desapareceu entre a arraia-miúda que meia dúzia de velhos caciques querem ter à sua volta nas Redacções, tudo era tratado, nada era escondido. Mais: no "boom" de vendas, nem havia clubes em finais europeias, ou grandes carreiras lá fora com uma ou outra excepção da melhor equipa da modernidade, o FC Porto. A própria Selecção Nacional andava apagada, depois de voltar aos grandes palcos 12 anos depois de França, em Inglaterra-96, falhou o Mundial-98, apesar da Geração de Ouro estar já em pleno e os seus maiores nomes a jogarem, então sim, nos grandes clubes do continente.
É por isto que a Imprensa desportiva, descredibilizada e até descapitalizada, definha e arrisca morrer. Para já, vegeta e suplica por favores de alguém que ajude esta filosofia a manter-se à tona. Mas a confiança nunca volta. Podia estar abalada por miríades de anúncios de reforços, mas não deixava de os debater, escalpelizar, até denunciar quando eram barretes ainda antes de se provar. Hoje exalta-se qualquer vendilhão do templo, na esperança de vender mais dois jornais por dia, confinando os pasquins àquilo que eram antes de serem diários: os seus limites territoriais - que têm o mérito, quais jornais de bairro, de garantirem a sobrevivência. O vencer fronteiras é apenas virtual, através das edições online que captam publicidade, têm leitores mas à borla. Praticamente os três têm capas diferenciadas para Porto e Lisboa, mas o Record nunca o pratica, A Bola fá-lo só em dias de jogo sabendo que a vitória dos dragões é quase certa, O Jogo respeita diariamente o interesse do leitor lisboeta e do portuense.
Hoje, O Jogo já pensa no Natal e no pinheirinho desejado em Alvalade, como se Zigic possa ser melhor do que Purovic que nem como duas gruas juntas deram grandes títulos ao Estrela Vermelha.
A Bola nem pensa sequer no treinador que já ganhou o único troféu desta época pelo clube que venceu a Taça de Portugal nos últimos dois anos e pela terceira vez em cinco anos, tendo disputado ainda outra final neste período. Incensa os treinadores de Lisboa.
Record já puxa pelos cordões à bolsa do benfas para comprar, senão pinheirinhos para a Luz, mais pequenos grandes génios talvez iguais à dupla adquirida com antecedência de meses e que não brilha onde antes só brilhou um di Maria.
É isto a Imprensa desportiva portuguesa, hoje. Desapreciando o destacado líder do campeonato, vencedor da Supertaça esta época e detentor do troféu há dois anos que este fim-de-semana os maiorais vão começar a disputar a pensar na final (Jamor? outra vez?) de Maio.
TELEVISÃO (adenda)
Até a entrevista de Paulo Bento, milagreiro e já presunçoso por ter "inventado" um pequeno jogador como João Pereira, passou despercebida nas capas dos pasquins. É certo que não disse nada de novo, que tem tendência a repetir-se e a dizer nada de novo, além dos ãh, ãh que se ouvem em muitos pivots televisivos, ãh, ãh... Só estados de alma como os do inefável (Bo)Ronha, quiçá a expiar pecados velhos de anteriores apreciações recentes e maldosas ou de antigos destinos em mão a silenciar os desatinos quando se sentava no banco da Selecção a ouvir as vedetas maltratarem os treinadores, dão ênfase a nada.
É a cultura vigente. Melhor, o caldinho que a mantém quente. Mas azeda.
Reparei agora, ao apanhar os noticiários desportivos das tv's antes do almoço, que o registo de AVB foi simplesmente apagado. Já ontem, nos telejornais da noite, parcas referências ao assunto vi-as na SIC e TVI, salvo erro. Hoje, nada se passou, nada se recuperou, nada se confrontou. Que diferença para o episódio anterior e o chinfrim ridículo criado por uma figura pateta e bronca do chamado Portugal moderno.
Entretanto, dei comigo a pensar em operações de salvamento. A Judite entra em campo para salvar o regime na tv do dito: foi o Bettencourt, a quem falou das escutas do Pífio Dourado como se ela as tivesse alguma vez ouvido ou percebido, mas não lhe salvou a noite de AG em Alvalade onde os viscondes são o que é Dias Ferreira, mãos nas ancas e alcoviteiras da pior espécie; quando se esperava a mão mediática ao Teixeira dos cantos por onde espalha as misérias dos cortes em deduções, apoios sociais e salários, eis que surgiu o seleccionador como se tivesse feito algo de extraordinário para contar com jogadores que há um mês estavam lesionados...
COISA INTERESSANTE, ESTA
"Blogues, Twitter, Facebook, Ipad são palavras que entraram de rompante no nosso tempo. A Internet multiplicou as possibilidades das pessoas comunicarem. Grande parte da informação que recolhemos destas novas fontes é obtida sem a mediação dos jornalistas. Coincidência ou não, o aparecimento das novas tecnologias agravou a crise da comunicação social e sobretudo dos jornais. Os grupos de comunicação multiplicam iniciativas nesta rede global, mas não conseguem encaixar o seu modelo de negócio nela. Previsões dão os jornais como mortos num futuro próximo. Será que a Internet matou o jornalismo? Ou pelo contrário, a Internet é uma força revolucionária que torna os cidadãos sujeitos em vez de espectadores e o que está em causa são os grandes grupos de comunicação que só pensam em negócio e esqueceram-se dos valores do jornalismo?Estas são algumas das questões que pode aprofundar num debate que se vai realizar a 20 de Outubro com a colaboração do Chapitô e do Sindicato dos jornalistas".
No blog "5 Dias", para quem não sabe, de tendência comunista mas que eu gosto de ler, sem preconceitos.

14 outubro 2010

A austeridade e os enganadores, o Desporto e o secretário, as boas práticas e a realidade no Kim Jong-iluminismo

Quem teria de vir à baila?
O João Miranda é lixado para desenterrar as toupeiras: http://blasfemias.net/2010/10/14/campanha-promocional-dos-ginasios-termina-ao-fim-de-2-anos/

E isto?
TUDO EM LISBOA

Do Público online
CP, Carris e Docapesca aumentaram “escandalosamente” salários de gestores em 2009
Marques Mendes denuncia empresas públicas que duplicaram remunerações
14.10.2010 - 22:51 Por Luciano Alvarez

Depois de na passada semana ter divulgado uma longa lista de empresas e institutos públicos que, no seu entender, podiam ser extintos, o ex-líder do PSD Marques Mendes voltou hoje ao ataque. Desta vez, o alvo foram os ordenados dos gestores públicos.
O ex-presidente do PSD revelou quatro exemplos ocorridos em 2009, “ano de crise” e “com muita gente a passar dificuldades”, – os ordenados das administrações do Porto de Lisboa, Carris, CP e Docapesca foram elevados. Neste caso para o dobro.Um dos casos relatado no seu comentário na TVI24 (Jornal das Dez), é o da CP. A empresa, que em 2009 teve prejuízos 231 milhões de euros (CP e CP Carga), passou a 12 de Junho do ano passado, por decreto-lei governamental, de Empresa Pública (EP) para Entidade Pública Empresarial (EPE). Um mês depois (13 de Julho), por despacho dos secretários de Estado do Tesouro e Finanças e dos Transportes, foram alterados os vencimentos dos seus gestores. O presidente que ganhava 4.725 euros passou a ganhar 7.225 euros (mais 52 por cento) e os vogais passaram de 4.204,18 euros para 6.791 euros (quase 60 por cento).Outro exemplo é o da Carris. A empresa, que em 2009 teve cerca de 41 milhões de euros de prejuízo, viu, por decisão governamental, os ordenados dos seus gestores igualmente aumentados de forma significativa em Março de 2009. O presidente ganhava 4.204 euros e passou a auferir de um ordenado mensal 6.923 euros (mais 65 por cento). Já os vogais passaram de 3.656 para 6.028 (mais 65 por cento).Mendes citou ainda as subidas de ordenados dos gestores da Administração do Porto de Lisboa. Lembrando que estes aumentos tiveram sempre o aval do ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, o ex-líder do PSD revelou que em Junho de 2009 o presidente da empresa pública passou de 4.752 de ordenado mensal para 6.357 euros (mais 34 por cento). Já os vogais passaram de 4.204 euros para 5.438 (mais 29 por cento). Mendes afirmou que são apenas três exemplos – “mais há”. E lembrou que a sua fonte de consulta são documentos do próprio Estado, considerando estes aumentos “escandalosos”. Para o antigo presidente do PSD, não é a qualidade dos gestores que está em causa, mas sim “a falta coerência governativa e a ausência de moralidade neste tipo de comportamentos”. E perguntou, face aos casos que denunciou: “Que autoridade moral tem o ministro das Finanças para cortar salários e aumentar impostos quando, também em ano de crise, faz chorudos aumentos de vencimentos?”. E tirou uma conclusão: “Neste sector da Administração do Estado não há crise – ou se multiplica o número de administradores, ou se multiplicam os vencimentos, ou se multiplica uma coisa e outra.”Sobre o Orçamento do Estado para 2011, que amanhã será apresentado pelo Governo, Marques Mendes acha que vai passar, porque entende que o PSD “vai acabar por se abster".