17 agosto 2011

Petróleo no Dragão e lodo no cais


Sou apanhado desprevenido pela distracção a que se votaram, subitamente e em uníssono, muitos dos críticos encartados da bola indígena colocados nas sinecuras do costume dignas de epígonos do regime a puxarem todos para o mesmo lado reunidos à volta da capital. Mas não surpreendido, ainda que estupefacto pela mudança e escolha de "objecto de estudo" em relação ao FC Porto tão típico da "Imprensa Destrutiva" dos que se dizem da dita desportiva.

Ainda pensei que exercessem a ironia de falar da abundância de meios no Dragão para acumular 43ME em aquisições. Nesse caso, aproveitariam uma "deixa" de Pinto da Costa dirigida como remoque ao Benfica há pouco tempo. Mas não, mesmo contratações anunciadas para o Benfica, todos "a caminho" se não mesmo já nas imediações da Luz, acabando no Dragão num desvio de 180º, nada disso suscita lamúrias e arrotos de mau perder. E, contudo, tantas aquisições no FC Porto só podem supor várias saídas, algo que nem me passava pela cabeça, tal como não imaginava, mesmo sabendo da consolidada imagem portista de negociar bem e ter crédito no mercado e liquidez e avales à prova de crise, poder ver bater recordes de compras, seja em valores individuais (13ME por Danilo), seja no somatório da pré-época - e não vejo, feliz ou infelizmente, muitos portistas capazes de pensarem um bocadinho nisto, se é bom ou um exagero, confiantes em que, no final, tudo dê certo.
Mas não, a estupidez natural da comentadeirisse futeboleira, fundada no mais absoluto sectarismo a realçar a inutilidade das críticas e a intoxicação mediática que leva a novas atitudes de fanfarronice e trauliteirismo que numa semana já rendeu uns dentes partidos e uns desacatos em cafés como no Velho Oeste sem lei, esse tarantantan clubístico desbragado que dizem sustentar audiências e alimentar o manicómio, só dá para ironizar, sim, mas com as boas decisões de arbitragem.
Deu para implicar com um penálti bem marcado, e resolutamente assinalado, a favor do FC Porto. Imagine-se se não fosse penálti. Há um ano, um defesa navalista movimentou o braço em direcção à bola e foi penálti, porém criticou-se na base do maniqueísmo: ah, se fosse ao contrário não marcava... Agora foi mais evidente ainda a falta e deu penálti inapelável, mas foi a forma de ouvir falar Manuel Machado de arbitragens, uma semana depois do silêncio dos ratos, do Manuel Machado e dos comentadeiros que não registaram nenhum dos quatro penáltis por marcar na Supertaça tão "equilibrada" por Pedro Proença.
Nem se discute a violência gratuita de Jeffren que, com 0-1 em Alvalade, devia ter deixado o Sporting a jogar com 10 a maior parte do jogo. Ou o golo em fora-de-jogo de Nolito, ainda que numa margem de erro que deve ser concedida ao avançado, mas que não funcionou, mal, em favor de Postiga. São esses lances que, com erros claros, devia merecer atenção. Mas a imbecilidade pura de comentários manhosos atirou o penálti de Benquerença para o foco das atenções.
Malmequer, Benquerença, realça-se que durante a época passada não marcou qualquer penálti. Podiam complementar que na época passada Benquerença não apitou qualquer jogo do FC Porto. O último que apitou, porém, não deve ser bom de recordar, foi o Porto-Benfica do Dia da Mãe com a vitória de 3-1 e em jogo em que transformou um penálti sobre Fucile, não assinalado, num amarelo que foi o segundo e expulsou o uruguaio e um potencial 2-0 deixou o FC Porto de Jesualdo com 10 e logo a seguir a sofrer o 1-1.
Quando a verdade é contada a metade e são sonegados dados para avaliação a estória não pode ter sucesso. Apenas os crónicos burros que alimentam o sistema da intoxicação e da estupidez marcantes do comentário da bola indígena. Com tendência para agravar-se, como é exemplar neste começo do campeonato depois do parêntesis, e irrelevância, da Supertaça com o triunfo indiscutível e natural do FC Porto.
Por fim, vi agora algumas imagens mais concretas do jogo do Sporting e há uma porrada de um jogador do Olhanense num do Sporting, quase no fim, que era vermelho directo. Mas do Xistra e da sua estranha complacência não se optou por falar como mau exemplo. Quseram dar mau exemplo da boa decisão de Benquerença em Guimarães. E sobram motivos acrescidos para as nomeações, hoje, para a próxima jornada, como se os árbitros fossem o centro do futebol mas não se lhes atribuísse a medida exacta dos seus erros e dos seus méritos, em vez de ironizar apenas como não tendo mais nada para dizer.

2 comentários:

  1. Também eu estou surpreendido com tanta liquidez que o Clube apresenta...São as aquisições de jogadores, são as infraestruturas, são as renovações, é o projecto da Escola no Brasil...Mas se vendermos o Falcao e o Fernando ficamos com saldo positivo...Bastaria o Falcao, mas eu não o queria, no entanto que posso fazer?...O rapaz quer ir jogar para Espanha!
    Ao menos que tente o Barcelona...Não consigo entender, se realmente queria sair, porque aceitou renovar o contrato ainda antes de regressar da Copa América.Não foi nada inteligente.

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  2. meireles ,
    se calhar renovou e aumentou a clausula de rescisão para ajudar o porto e este de alguma forma facilitar a sua saida.
    a confirmar os 35M€ o porto fez um excelente negocio , pois iria perde-lo por 30M€.
    claro que nos jornais (a confirmar-se)irão dizer que o porto vendeu abaixo da clausula de rescisão, quando de facto vendeu 5M€ acima.

    ninguem dorme neste clube isso é para os outros.

    quanto ao dinheiro gasto esta epoca , parece-me que é um indicador que algumas saidas estão iminentes , e que de facto o porto conta com fortes parcerias que vêem no porto potencial para valorizar activos na área desportiva , sendo o porto um clube sem paralelo na europa.

    força porto.

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