Novo Pavilhão do FCPorto

Na apresentação do Plano Pormenor da Antas (PPA), mais precisamente na apresentação do projecto do Estádio do Dragão, por volta de 1999/2000, o dito projecto expunha-nos um pavilhão multiusos com capacidade para 10.000 espectadores, que pertenceria à câmara do Porto e de quem o FCPorto usufruiria para a prática das suas modalidades ditas amadoras. Aquando da mudança de presidente da autarquia portuense, em 2002, tudo o que havia sido combinado foi revisto e muitas partes do próprio PPA foram alteradas. Aconteceu até, como se devem recordar, que já depois das obras do Dragão se iniciarem houve um tempo de paragem das mesmas imposto por Pinto da Costa devido a alguns acordos terem sido quebrados. Um dos projectos que ficou em “banho Maria” ou mesmo deixado para trás foi precisamente o do pavilhão multiusos que seria construído em frente ao Estádio do Dragão, do outro lado da VCI (como poderão ver na imagem do lado direito), mais concretamente onde ainda existe um antigo matadouro municipal que continua ao abandono.

Deixado para trás esse projecto, que seria um excelente e condigno pavilhão com a dimensão do FCPorto, o que aconteceu foi que as modalidades foram distribuídas por vários pavilhões existentes na área metropolitana do Porto e assim têm continuado. O basquetebol foi para Matosinhos, o hóquei foi para Gondomar e o andebol foi para Santo Tirso. Andam assim, como se costuma dizer com a "casa às costas", há cerca de 7 anos. Logo seria mais que urgente partir para outra solução.

Terá sido essa a principal razão para se dar início a algo diferente e terá sido assim que nasceu, pelas mãos de Manuel Salgado, o mesmo arquitecto que edificou o Estádio do Dragão, o novo pavilhão do FCPorto apresentado na passada semana. O local escolhido para o mesmo, quase colado ao estádio do Dragão, é óptimo. Os terrenos serão pertença do clube, por isso, logo aí a SAD terá feito uma grande poupança a nível financeiro e por outro lado a edilidade portuense apenas terá de aprovar o projecto que, como é óbvio, estará dentro de todas as normas a que é obrigada uma obra destas.

O único senão, e muitos portistas vêm falando disso e com toda a razão, é a pequeníssima lotação do mesmo. 2007 Espectadores é manifestamente pouco, sendo que para o público em geral são pouco mais de 1800 lugares. É pouco, mesmo muito pouco. Mas pergunto eu, quantos jogos terão sequer 1000 espectadores? A não serem os jogos mais decisivos, acredito que, infelizmente, muito poucos jogos terão casa cheia, mesmo que essa casa só tenha dois mil lugares. Assim, e dadas todas as circunstâncias, não terá sido esta a melhor solução?

Quanto ao nome, Dragãozinho era o que diziam que se ia chamar, Dragão Caixa é o nome definitivo. Entre um e outro venha o diabo e escolha. Se Dragãozinho é um nome algo redutor para o clube, já o nome oficial demonstra que terá existido uma boa ajuda de uma entidade financeira, o que, como todos sabemos e pela situação financeira do clube, seria algo quase obrigatório para uma obra destas poder avançar. Para mim será apenas e sempre o Pavilhão do Dragão.

É pequeno? Será. Mas não deixa de ser uma excelente obra, excelentemente bem localizada e acima de tudo é o nosso pavilhão. Agora que venham as piscinas e o museu.