13 agosto 2008

A importância do triângulo (parte 2)

Analisemos então as várias opções para a posição 6 e o que elas nos poderão oferecer:

-Guarín: Foi contratado com a ideia de ser um dos possíveis sucessores de Paulo Assunção, algo que poderá acontecer mas não da forma como se esperava, uma vez que acredito que ele poderá suprir o lugar no onze de Assunção mas jogando mais adiantado no terreno fazendo baixar Raul Meireles para trinco. Pode também significar uma alteração do modelo, uma vez que em determinados momentos do jogo poderá trocar de posição com Meireles, permitindo assim uma permuta constante entre quem sobe e quem fica para não descompensar o meio campo.

Ambos os cenários obrigam a um maior esforço defensivo de Lucho, voltando a ter preocupações defensivas que já não tinha no ano passado graças á segurança de ter um elemento fixo como Paulo Assunção, que permitia que os companheiros do meio campo jogassem com mais liberdade.

Guarin é rápido, dinâmico, com boa qualidade técnica e passa com critério. Um claro 8 e não um 6 típico. Se jogar a trinco oferecerá maior mobilidade a essa posição mas ao mesmo tempo menor segurança defensiva e cultura táctica que Paulo Assunção acrescentava ao jogo portista.

Falta saber que planos terá Jesualdo para Guarín… Será que desistiu da ideia de o converter num 6 e a partir de agora o colombiano lutará por um lugar entre Lucho, Meireles e Tomas Costa? Ou esta passagem de Guarín para 8 e Meireles para trinco é apenas momentânea, e no segredo do trabalho realizado em Gaia ,Jesualdo prepara tacticamente Guarín para assumir essa função, não de uma forma igual a Assunção mas aproveitando as características ofensivas que Guarín já tem, mas acrescentando-lhe melhor cultura táctica , sentido posicional e leitura de jogo. Semelhante ao trabalho que Ferguson fez em Manchester com Anderson para adapta-lo a médio centro quando ele levava para lá rotinas de médio ofensivo.

-Tomás Costa: Outro jogador contratado ao engano. Vinha qualificado por Pinto da Costa como o substituto de Paulo Assunção e foi mais uma prova que alguém não anda a fazer o seu trabalho de casa, pois ele nunca, segundo as suas próprias palavras, foi trinco.

É um jogador que gosta de pisar os mesmos terrenos de Lucho Gonzalez mas sem metade da sua qualidade.

Do pouco que se viu até agora destaca-se por ser um jogador esforçado, “raçudo”, que sua a camisola mas sem grande primor técnico. Um jogador que faz lembrar outros que por cá passaram como o Luís Aguiar que não aquecem nem arrefecem.

Acho que será opção para lançar no decorrer dos jogos quando se quiser mais nervo no meio campo e pouco mais.

Como trinco foi pouco experimentado mas parece-nos que teria sempre a tendência de subir em demasia e não possui cultura táctica necessária para a posição, porventura demonstra menos aptidão, para essa posição para a qual supostamente foi contratado, que o próprio Guarín.

Outra opção será avança-lo para jogar lado a lado com Lucho, recuando o Raul Meireles. Seria uma modalidade mais ofensiva do triângulo porque enquanto Meireles é um jogador com uma formação que o permite percorrer duas zonas do meio campo e tem um raio de acção no campo mais amplo, já Tomás Costa parece jogar em espaços mais curtos e claramente vocacionado para ser um 8 á semelhança de Lucho, que ajuda nas tarefas defensivas, mas que gosta mais de lançar o ataque, apesar de até ao momento, não ter demonstrado grande visão de jogo nem grande qualidade de passe, para ajudar nas já famosas transições rápidas de que Jesualdo tanto gosta.

-Fernando: É o jogador que mais se assemelha a Paulo Assunção e o único trinco de raiz que chegou para este plantel. Quando se esperava que 2 dos reforços fossem trincos, afinal o único foi um jogador que já tínhamos.

Fernando já na pré-temporada passada impressionou Jesualdo pelo vigor físico, pelo excelente sentido posicional, capacidade de antecipação, assim como, pela maturidade que o seu jogo já demonstrava em tão tenra idade e, ainda por cima, chegando de uma realidade competitiva menos complexa que a do futebol europeu.

Após confirmar todas essas qualidades no Estrela de Amadora volta com toda a força e toda a legitimidade de reclamar para si o lugar que foi ocupado por Paulo Assunção.

A opção por Fernando permitiria a Jesualdo manter mais ou menos os processos de jogo já assimilados pelo seu triângulo de meio campo, uma vez que, não obrigaria a grandes mudanças quer posicionais, quer de processos de jogo, quer por parte de Raul Meireles ou de Lucho.

Permitiria que Raul Meireles continuasse a ser o pulmão da equipa percorrendo todo a zona central do terreno quer no apoio a Fernando quando necessário quer apoiando Lucho. Poderia continuar a ter um papel de transportador de jogo e não se perder tanto em tarefas de coadjuvante do meio campo defensivo.

Lucho poderia manter aquela posição no terreno mais ofensiva como um jogador entre o 8 e o 10, um 8 porque continuaria a ser um jogador de transições e descer um pouco para buscar a bola, e acima de tudo, efectuar um pressing zonal mas sem estar tão ligado a acções de grande desgaste físico, pautando-se a sua acção defensiva mais por um sentido de posicionamento importante para a equipa na hora de fechar linhas de passe, permitindo assim a rápida recuperação da bola para ser ele o primeiro ou 2º jogador a ter a bola para poder, no imediato, efectuar um dos seus passes de ruptura que desequilibram toda uma defesa apanhada em situação ofensiva.

Creio que a dúvida de Jesualdo relativamente a Fernando será o saber se ele está pronto para assumir a responsabilidade de jogar numa equipa como o F.C. Porto e se não será preferível preservá-lo e integra-lo no onze de uma forma progressiva.

-Raul Meireles: Ao que tudo indica, e ao contrário de todas as previsões inicias, poderá ser ele o sucessor de Assunção mesmo sendo um jogador de características totalmente distintas e que nos últimos anos se habituou a jogar com maior liberdade.

Jesualdo sabe que a posição 6 no seu desenho táctico assume um papel fundamental na estrutura de toda a equipa e na forma como esta se desenvolve em campo, e por isso, parece que neste inicio de época não quer correr riscos com uma adaptação (Guarín e Tomás Costa) ou com um jogador jovem e que pode ainda sentir o peso de uma camisola como a do F. C. Porto (Fernando).

Meireles já conhece os métodos de Jesualdo, sabe perfeitamente a forma como Jesualdo encara o jogo e as movimentações que ele espera. Meireles é também um jogador que no Boavista se habituou a jogar várias vezes naquela posição, assim como, no trabalho das selecções sempre se destacou jogando a médio defensivo, quer sozinho, quer muitas vezes, numa situação de duplo pivot defensivo, algumas vezes com o amigo Bosingwa até.

Este recuo de Meireles alterará de forma mais radical os mecanismos de jogo do triângulo portista do que a solução por um jogador mais fixo como Fernando, mas não será uma alteração tão radical e imprevisível como seria uma aposta por um jogador sem rotinas nem formação naquele lugar como Guarín ou Tomás Costa.

Em relação a Assunção, Meireles transporta mais nervo, maior mobilidade, capacidade de se desdobrar nas mais diversas funções e pode ser, á semelhança do que é Miguel Veloso no losango do Sporting ou Pirlo no meio campo do Milan, o 1º construtor de jogo da equipa por dispor de um pendor ofensivo que Assunção não tinha.

Como desvantagem Meireles não tem a mesma capacidade de ler o jogo em situação defensiva, nem o poder de antecipação que tinha o médio brasileiro obrigando assim a que Lucho recue uns metros no terreno e jogue mais em cunha com Guarín e participe mais nas acções defensivas, sofrendo maior desgaste e tendo que partilhar também o seu protagonismo no plano ofensivo e aprender a por vezes ficar ele mais atrás permitindo que suba antes Guarín, e até por vezes deixar Meireles galgar uns metros para aplicar o seu forte remate, que é uma arma que não poderemos abdicar mesmo com Meireles jogando mais recuado.

Lucho neste último ano estava acostumado a ser ele o maestro de todo o espectáculo, a ser o patrão de todo o processo ofensivo da equipa, e a ser ele a escolher quando acelerar o jogo e a quem dar a bola para a última etapa da conclusão da jogada de ataque. Este ano Lucho como todos os grandes patrões terá que aprender a delegar… Nesta estrutura mais ofensiva do meio campo do Porto ele terá que abdicar de algum do seu brilho nas acções ofensivas e saber também dar espaço para que outros também participem nesse tipo de acções.

Para outros jogadores poderia ser problemático mas não para Lucho, um jogador que se destaca exactamente pela sua generosidade e por não se importar de desaparecer mais vezes do jogo visível e dos holofotes das câmaras, para que outros possam brilhar e acima de tudo para que a equipa jogue melhor. Assim se distinguem os grandes jogadores dos demais… Os grandes jogadores não são aqueles que “ apenas” jogam bem, tendo o seu brilho próprio, são aqueles que fazem jogar bem todos os seus companheiros e os fazem parecer até melhores jogadores, ou seja, partilham o seu brilho por todos os companheiros mesmo que isso lhes faça perder protagonismo para que o céu em vez de ser iluminado por uma só estrela seja iluminado por várias.

Quem beneficiará com este recuou de Meireles e o refrescar de velhas rotinas na posição de trinco será Carlos Queiroz e o próprio Meireles.

Com a mais que provável saída de Petit das convocatórias de Queiroz, fica vago um lugar de trinco no onze da selecção. Se momentos houve em que tínhamos duas ou três opções de qualidade para trincos, actualmente o futebol português passa a fase dos médios box to box…Não temos médios ofensivos, os denominados nºs 10, e estamos a deixar de ter os típicos nºs 6, e há uma proliferação algo exagerada de médios centros de grande qualidade.

Meireles assim deixaria de ter que lutar com João Moutinho por um lugar no onze e assumir-se-ia como o novo trinco da selecção nacional, creio que á frente inclusive de Miguel Veloso que não assentaria bem num meio campo a três tão ofensivo como o da selecção.

Será uma solução que poderá beneficiar não só o próprio clube, como valorizar o próprio jogador, o seu valor no mercado e também o futebol português, que bem precisa de um grande trinco como Meireles já provou em tempos poder ser.

Tem a palavra o Mister Jesualdo Ferreira…

19 comentários:

  1. Não "estamos" a teorizar demais o futebol?!?!?!

    O "6" tem de ser o "6" que Paulo Assunção era?!?!?

    O futebol nunca foi rígido... ao ponto de toda e qualquer posição ter pré-requisitos obrigatórios!

    Eu, contrariamente ao que que tenho lido, acho que o FCP se reforçou e bem!

    Quanto ao Paulo Assunção faço uma analogia com as "namoradas". Se uma se foi, não vamos querer uma "igual"... simplesmente porque não há! Cada jogador tem as suas virtudes e os seus defeitos e o Paulo Assunção não era o melhor do mundo, pois, caso fosse, o seu destino não seria com certeza o Atlético de Madrid... e, quiçá, as lamparinas...

    Eu não gosto do Jesualdo Ferreira. Nunca gostei. O meu segundo clube é o Braga (é fantástico ser portista em Braga!!! :D) e, mesmo lá, ele só fez uma boa época: a primeira. De resto, só foi campeão no FCP, onde qualquer um de nós se arriscava a ser também...)

    De qualquer modo, acho que ele tem um óptimo desafio esta época. O FCP tem um plantel que, mesmo sem Quaresma (sou a favor da sua venda a partir dos €20M), tem tudo para ser tudo menos previsivel. Tem jogadores multifacetados e que mantendo um futebol ofensivo permitirão vários desenhos tácticos em simultâneo. Exemplos são o Rodriguez que tanto é extremo como pode transportar jogo, o Licha joga na ala ou a PL, o Hulk também, o Lucho consegue sempre encontrar o seu espaço livre, seja ele onde for, o Meireles foi trinco toda a vida menos no FCP onde o seu futebol evoluiu e, na minha modesta e leiga opinião, o Guarín e o Tomás Costa são craques. Craques mesmo!

    Espero que a tendência de se exigir o máximo de um jogador como se faz no Circo da Luz não aconteça no Dragão!!!!

    Quer o Tomy quer o Guarín são jovens mas demonstram vontade de trabalhar e é isso que nos distingue!! Nós trabalhamos! E, no FCP, quem trabalha, rende!

    O Tomy, e porque ninguém tem conhecimento algum para "catalogar" qualquer um dos reforços sul americanos, parece ser um daqueles jogadores que faz KMS atrás de KMS e tem boa qualidade de passe. Ou seja, o básico está lá!

    O Guarín parece-me ser um daqueles que "nasceu" para o futebol... é só um feeling que vale o que vale... :)

    http://basculacao.blogspot.com

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  2. O 6 nao tem que ser cerebral, muito menos se contamos com um Lucho no meio campo. Nos ultimos anos que nr 6 era pensador ? O Paulo e o Costinha ! Mais ninguem. Emerson, Peixe, paredes e mesmo andre nunca foram cerebrais. No entanto, nunca deixaram de ser importantes. O meio campo tinha outros jogadores que pensavam e pautavam o jogo. tinhamo o Semedo, o Paulinho Santos ( q nunca foi trinco ) o rui filipe eo proprio lipscei que pensavam por eles.
    Se tivermos um nr seis, carregador de piano, forte fisicamente com vontade de destruir e simplesmente entregar ao Raul ou Lucho o triangulo pode funcionar.
    Cso o quaresma saia, julgo que 4-4-2 na liga dos campeoes fara mais sentido, neste caso colocamos fernado atras e guarin ou tommy a dar forca ao meio campo

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  3. Perfeitamente de acordo com o "riskolas"...
    Também não gosto do Jesualdo mas penso que esta época ele não vai ter desculpas para não ir mais longe. Temos um excelente onze e boas opções para o banco.
    E o que mais me tem entusiasmado neste equipa é a sua capacidade de luta. Há muito tempo não via um Porto assim.
    Vamos lá a ver se ele deixa de inventar nos jogos mais importantes pois é aí que falha sempre.... sempre!

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  4. FC Porto vs Sporting

    Confronto Directo

    Total
    Jogos: 189
    Vitórias do FC Porto: 68 (36%)
    Empates: 53 (28%)
    Vitórias do Sporting: 68 (36%)

    Liga Portuguesa
    Jogos: 148
    Vitórias do FC Porto: 56 (38%)
    Empates: 38 (26%)
    Vitórias do Sporting: 54 (36%)

    Taça de Portugal
    Jogos: 34
    Vitórias do FC Porto: 12 (35%)
    Empates: 11 (32%)
    Vitórias do Sporting: 11 (32%)

    Supertaça
    Jogos: 7
    Vitórias do FC Porto: 0 (0%)
    Empates: 4 (57%)
    Vitórias do Sporting: 3 (43%)

    Campo neutro
    Total
    Jogos: 14
    Vitórias do FC Porto: 2 (14%)
    Empates: 7 (50%)
    Vitórias do Sporting: 5 (36%)
    Taça de Portugal
    Jogos: 7
    Vitórias do FC Porto: 2 (29%)
    Empates: 3 (43%)
    Vitórias do Sporting: 2 (29%)
    Supertaça
    Jogos: 7
    Vitórias do FC Porto: 0 (0%)
    Empates: 4 (57%)
    Vitórias do Sporting: 3 (43%)

    Curiosidades:

    FC Porto: Maior vitória em casa - Liga Portuguesa - 1935/36 - FC Porto 10-1 Sporting
    FC Porto: Maior vitória fora - Taça de Portugal - 1960/61 - Sporting 1-4 FC Porto
    FC Porto: Maior vitória fora - Liga Portuguesa - 1972/73 - Sporting 0-3 FC Porto

    Sporting: Maior vitória em casa - Liga Portuguesa - 1936/37 - Sporting 9-1 FC Porto
    Sporting: Maior vitória fora - Taça de Portugal - 1944/1945 - FC Porto 1-4 Sporting
    Sporting: Maior vitória fora - Liga Portuguesa - 1959/60 - FC Porto 1-4 Sporting

    Resultado Típico: FC Porto-Sporting (12 Jogos) FC Porto 1-1 Sporting
    Resultado Típico: Sporting-FC Porto (10 Jogos) Sporting 0-1 FC Porto

    Curiosidades:

    FC Porto vs Sporting - 189 Jogos, 68V 53E 68D (Golos: 257-275) (Todos os Jogos)

    Média de golos marcados pelo FC Porto: 1,36/J
    Média de golos marcados pelo Sporting: 1,46/J

    Última Derrota: 2008-05-18 vs Sporting 0-2 (a.p.)

    Última Vitória: 2007-08-26 vs Sporting 1-0 (desde então: 2D 0E)

    Venceu apenas 1 dos últimos 6 Jogos

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  5. Antes de mais, devo dizer que discordo de algumas coisas:

    (Tommy)"É um jogador que gosta de pisar os mesmos terrenos de Lucho Gonzalez mas sem metade da sua qualidade".. por favor, o homem é médio interior direito, ainda não fez um único jogo na sua posição (jogou a trinco e nas alas)..não podemos critica-lo, mas sim ao JUJU, que continua com a mania das irritantes adaptações..

    (Guarin) “Um claro 8 e não um 6 típico.”..não me parece, acho até, que ele já disse numa entrevista, que joga na posição 6, até na selecção.. Acho é que estamos a definir o nº 6 = P. Assunção, e isso é errado, não existem jogadores iguais, até acho bem, o Guarin atacar (ao contrario do Assunção), porque temos o Meireles lá para cobrir. Estas movimentações, quando mecanizadas, podem ser importantes, causando desequilíbrios nos adversários.


    Estou de acordo:

    (Fernando)“A opção por Fernando permitiria a Jesualdo manter mais ou menos os processos de jogo já assimilados”.

    (Meireles) “poderá ser ele o sucessor de Assunção”, desde o inicio, que venho a dizer, que a solução estava no plantel, parece-me a melhor opção, jogador com mais discernimento para esta posição tão minuciosa no esquema táctico.


    Zirtaev, não li nada sobre o Bolatti!? Ehhe nem vale a pena..não é? Quanto a mim, deviam tentar vende-lo novamente para a Argentina, claramente, não se adaptou.
    O Nuno Coelho, médio defensivo, que emprestamos ao Portimonense, é muito melhor..é jovem, formado no clube, tem muitas semelhanças com o Assunção (mal se dá por ele, mas limpa o meio campo todo) e desde que saiu dos juniores, tem sido todas as épocas titular, e habitualmente chamado pelas selecções jovens.. um jogador a ter em conta futuramente..

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  6. Treinador do FC Porto: Jesualdo Ferreira
    Treinador do Sporting: Paulo Bento

    Os 6 Jogos entre FC Porto e Sporting com os dois treinadores:


    Final da Taça de Portugal 2007/08 - 2008.05.18

    FC Porto 0-2 (a.p.) Sporting

    Equipa do FC Porto:
    Nuno
    Fucile - Bruno Alves - Pedro Emanuel - João Paulo
    Paulo Assunção
    Lucho González - Raúl Meireles
    Mariano Gonzalez
    Ricardo Quaresma - Lisandro López

    Substituições:
    Lino substituiu Mariano Gonzalez aos 79'
    Kazmierczak substituiu Raúl Meireles aos 104'
    Tarik Sektioui substituiu Paulo Assunção aos 112'

    Golos:
    Sporting - Minuto 111
    Sporting - Minuto 112

    ------------------------------------------------------------

    bwin LIGA 2007/2008 - Campeonato - Jornada 17 - 2008.01.27

    Sporting 2-0 FC Porto

    Equipa do FC Porto:
    Helton
    Bosingwa - Bruno Alves - Pedro Emanuel - Fucile
    Paulo Assunção
    Lucho González - Raúl Meireles - Marek Cech
    Lisandro López - Ricardo Quaresma

    Substituições:
    Ernesto Farías substituiu Marek Cech aos 46'
    Mariano Gonzalez substituiu Raúl Meireles aos 69'
    Hélder Barbosa substituiu Ricardo Quaresma aos 83'

    Golos:
    Sporting - Minuto 14
    Sporting - Minuto 15

    ------------------------------------------------------------

    bwin LIGA 2007/2008 - Campeonato - Jornada 2 - 2007.08.26

    FC Porto 1-0 Sporting

    Equipa do FC Porto:
    Helton
    Bosingwa - Bruno Alves - Pedro Emanuel - Fucile
    Paulo Assunção
    Lucho González - Raúl Meireles
    Tarik Sektioui - Lisandro López - Ricardo Quaresma

    Substituições:
    Hélder Postiga substituiu Tarik Sektioui aos 46'
    Mariano Gonzalez substituiu Raúl Meireles aos 66'
    Mario Bolatti substituiu aos Lisandro López 85'

    Golo:
    FC Porto - Minuto 53

    ------------------------------------------------------------

    Supertaça 2006/2007 - Final - 2007.08.11

    FC Porto 0-1 Sporting

    Equipa do FC Porto:
    Helton
    Bosingwa - Bruno Alves - Pedro Emanuel - Fucile
    Paulo Assunção
    Raúl Meireles - Marek Cech
    Lisandro López
    Adriano - Ricardo Quaresma

    Substituições:
    Kazmierczak substituiu Marek Cech aos 75'
    Mariano Gonzalez substituiu Raúl Meireles aos 78'
    Leandro Lima substituiu Paulo Assunção aos 84'

    Golo:
    Sporting - Minuto 75

    ------------------------------------------------------------

    bwin LIGA 2006/2007 - Campeonato - Jornada 22 - 2007.03.17

    FC Porto 0-1 Sporting

    Equipa do FC Porto:
    Helton
    Fucile - Bruno Alves - Pepe - Marek Cech
    Paulo Assunção
    Lucho González - Raúl Meireles
    Alan - Adriano - Ricardo Quaresma

    Substituições:
    Hélder Postiga substituiu Alan aos 45'
    Jorginho substituiu Lucho González aos 73'
    Bruno Moraes substituiu aos Adriano 77'

    Golo:
    Sporting - Minuto 71

    ------------------------------------------------------------

    bwin LIGA 2006/2007 - Campeonato - Jornada 7 - 2006.10.22

    Sporting 1-1 FC Porto

    Equipa do FC Porto:
    Helton
    Fucile - Bruno Alves - Pepe - Marek Cech
    Paulo Assunção
    Lucho González - Raúl Meireles
    Lisandro López - Hélder Postiga - Ricardo Quaresma

    Substituições:

    Jorginho substituiu Paulo Assunção aos 46'
    Diogo Valente substituiu Lisandro López aos 70'
    Bruno Moraes substituiu Ricardo Quaresma aos 75'

    Golos:
    Sporting - Minuto 43
    FC Porto - Minuto 47

    ------------------------------------------------------------

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  7. SAUDAÇÕES PORTISTAS

    VISITEM E DIVULGUEM ESTE BLOG,DEIXEM O VOSSO COMENTÁRIO.
    O SEU CONTEÚDO É PRINCIPALMENTE A TITULO INFORMATIVO DO FC PORTO,
    COM HUMOR À MISTURA E OUTRAS NOTICIAS INTERESSANTES.

    http://ultrasfcportomatosinhos.blogspot.com

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  8. Faço muito gosto que o endereço do meu blog fosse publicado na vossa página que desde já acho deveras interessante.

    http://ultrasfcportomatosinhos.blogspot.com

    ORGULHOSO EM SER TRIPEIRO

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  9. Um pouco de história. Porque antes éramos "Andrades".

    Em 1937, o F.C. Porto alugou para os jogos grandes, o campo do Ameal, um dos melhores estádios de Portugal, que chegou mesmo a receber alguns encontros da selecção nacional. Mas o Sport Progresso, arrendatário do terreno, reclamou em tribunal por alegadas falhas no pagamento.

    Os portistas passaram então a jogar no campo do Lima, que era utilizado pelo Académico e cujo aluguer era considerado exorbitante pelos sócios dos «azuis e bancos». Os três clubes envolveram-se numa «guerra de comunicados», que culminou numa série de acontecimentos estranhos: um incêndio destruiu parcialmente as bancadas da Constituição; e as do Ameal foram destruídas a camartelo. Houve quem atribuísse essa demolição ao senhorio, alegadamente portista e que teria pensado que assim poderia mais facilmente vender o campo do Ameal ao seu clube do coração. Houve quem nunca perdoasse ao senhor Andrade tal gesto e por isso os simpatizantes dos «azuis e brancos» começaram a ser conhecidos por «andrades». Actualmente nada mais resta do Estádio do Amial (até o nome se transformou, com o e a converter-se em i). Os terrenos juntos à Via de Cintura Interna, a VCI, deram lugar a habitações, respondendo assim ao crescimento da cidade. O espaço que em tempos foi ocupado pelo campo e pelas bancadas tem agora vivendas construídas nos anos 60 e alguns prédios mais recentes, mesmo ao lado do Colégio Luso-Francês.

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  10. Encontrei este texto. Achei interessante. Um retrato social do FC Porto e seus adeptos. O que acham?


    «Habitual a referência, mesmo nos meios jornalisticos ligados ao futebol, o denominado estilo de jogo «à Porto».

    Uma forma de jogar caracterizada pela disciplina, pela organização rigorosa, em que o espectáculo é subordinado ao resultado, e que corresponde a toda uma maneira de estar e ser em que os habitantes do Porto se reconhecem, fazendo parte de uma representação social mais vasta, ligada à autovisão dos habitantes da cidade como esforçados, trabalhadores, sérios e leais.

    É conhecido, aliás, o velho ditado que diz: «Em Lisboa as pessoas divertem-se, em Coimbra estudam, em Braga rezam e no Porto trabalham.»

    A disciplina, a organização e o trabalho árduo, que caracterizam o estereótipo ideal do estilo de jogo da equipa, parecem estar ligados a este culto do trabalho e esforço, mas também ao modo como os adeptos do FC Porto vivem os resultados e o quotidiano da sua equipa, e à transcendência com que estes são encarados. Para os adeptos o importante é a vitória do clube, quase a qualquer preço, surgindo o desporto ou o espectáculo como algo perfeitamente secundário. Os adeptos do FC Porto são considerados geralmente como os mais «fanáticos» em Portugal. E provavelmente isto acontece porque atribuem uma dramática importância ao comportamento e resultados da equipa. Este apoio tão exigente e inquieto, mas sempre tão intenso, resultará provavelmente do dramatismo com que vivem os jogos da sua equipa, verdadeiras questões de «vida e morte».

    Extremamente original e significativa é a forma de comemoração dos grandes feitos do clube. A romaria ou festa popular que abrange e envolve toda a cidade do Porto é bastante reveladora da identificação quase total entre cidade e clube. A congratulação com a vitória, a constante insistência na sua importância, extensão e significado, fazem parte de um processo de autovalorlzação dessa identidade local, de afirmação da sua superioridade.

    O facto de na essência desta forma de celebração estar uma tradição da cidade, elemento importante da sua cultura particular, ou seja, a festa popular nas ruas da cidade (veja-se o caso da noite de S. João), enquadra-se no carácter local da identificação colectiva com o clube de futebol. A estas celebrações, que possuem também elementos ou traços ritualizados, não faltam o sarcasmo e ironia para com os rivais vencidos, nem as práticas destinadas a humilhar e estigmatizar os adversários, destacando-se a intervenção do elemento «carnavalesco», que assume no caso dos adeptos do FC Porto caracteristicas próprias, como é o caso do «enterro» do adversário, que toma muitas vezes a forma de uma «procissão» de onze burros vestidos com camisolas do Benfica ou do Sporting.

    A «mística»: de «andrades» a «dragões»

    Se entre os adeptos do FC Porto existe uma afeição especial pelos jogadores que se entregam corajosa e totalmente ao jogo, na defesa das cores do clube, principalmente aqueles que foram formados nas suas escolas, isto acontece provavelmente porque estes são vistos como os que melhor podem prolongar o estilo de jogo da equipa, por um lado, e assumir também para si os significados e sentidos atribuidos ao jogo e ao clube pelo adepto (os casos de, por exemplo, Hernâni, Fernando Gomes, João Pinto, Vítor Baía ou Jorge Costa). Isto está possivelmente ligado à muito divulgada «mística especial» do FC Porto, criada nos últimos anos, e que se reporta directamente à oposição, desportivamente conseguida, aos clubes de Lisboa.

    No entanto, é importante recordar que na história do FC Porto, desde os seus primórdios, sempre tiveram papel crucial futebolistas estrangeiros, começando pelo guarda-redes, e depois treinador. Siska (anos 2O e 30), passando mais tarde pelo técnico brasileiro «Yustrich» (anos 50) que devolve ao clube as vitórias, e terminando em Rabah Madjer, o herói de Viena, em 1987.

    Tal como acontece com qualquer clube, a história do FC Porto é marcada por períodos (ou ciclos) de sucesso, alternados com outros bem menos felizes. A conquista dos mais importantes títulos do futebol europeu e mundial, em 1987 e 1988, materializou a chegada de um sucesso inédito e surpreendente, até porque foi alcançado após anos consecutivos marcados por desaires e frustações, nomeadamente nas décadas de 60 e 70, que eram sentidos como injustos e provocados por uma situação de discriminação regional. Qualquer adepto, mesmo entre os mais novos, conhece esta transformação radical na vida do clube.

    No entanto, é importante lembrar que o FC Porto foi o primeiro clube português bem-sucedido na compita nacional, ao vencer as
    edições inaugurais de todas as «provas de regularidade»: 1922 - Campeonato de Portugal, 1934 – Liga, 1939 – I Divisão. Depois a década de 40 trouxe o reinado dos «Cinco Violinos» no Sporting e os portistas passaram a ter que aceitar a superioridade dos «grandes» da capital. Sendo o FC Porto encarado como grande representante da luta e resistência perante as supostas injustiças de que a Cidade Invicta, e por arrastamento o clube, são vítimas, não surpreende que esta inferioridade tenha sido especialmente penosa.

    Pelo mesmo motivo, os principais protagonistas da resistência perante Lisboa e o seu poder no futebol (e não só…) fazem obviamente parte da hist6ria do clube como uma espécie de heróis. O treinador Pedroto e o presidente Pinto da Costa são exemplo disso. Estão entre os maiores símbolos humanos do clube porque conseguiram inverter a tendência geral da sua história, transformando-o em vitorioso e conhecido internacionalmente (a famosa e simbólica transformação de «andrades» em «dragões»), utilizando exactamente uma política de oposição aberta, de conflito até, em relação às identidades «inimigas», consideradas genericamente como o «poder de Lisboa» pelos adeptos do FC Porto.»

    Extracto de «A Paixão do Povo - História do Futebol em Portugal», de João Nuno Coelho e Francisco Pinheiro (2002).

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  11. Jorge Nuno Pinto da Costa é o presidente do Futebol Clube do Porto desde 1982, sendo considerado o grande responsável pelos êxitos nacionais e internacionais do clube desde então.

    Biografia
    Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa nasceu no Porto a 28 de Dezembro de 1937. Do casamento de José Alexandrino Teixeira da Costa e Maria Elisa Bessa Lima de Amorim Pinto, que acabariam por divorciar-se poucos anos depois, nasceram outros quatro filhos: José Eduardo, Maria Alice, António Manuel e Eduarda. Jorge Nuno faz a escola primária no colégio Almeida Garrett, tendo simultaneamente aulas particulares de Inglês e Francês. Aos 10 anos vai estudar para o Instituto Nun'Álvares, mais conhecido por Colégio das Caldinhas, em Santo Tirso, um colégio jesuíta onde estudam os filhos das melhores famílias da região. De regresso ao Porto, consegue o seu primeiro emprego aos 19 anos no Banco Português do Atlântico, onde foi colega de Artur Santos Silva. É mais ou menos por essa altura que inicia a sua ligação ao FC Porto como dirigente, mantendo contudo o seu emprego no banco e trabalhando mais tarde como vendedor de tintas e resinas, até passar a dedicar-se a tempo inteiro ao dirigismo. Publicou em 2005 a sua autobiografia, Largos Dias Têm Cem Anos, com prefácio de Lennart Johansson, presidente da UEFA entre 1990 e 2007.


    Vida pessoal
    Ao regressar ao Porto após vários anos no colégio em Santo Tirso, Pinto da Costa reencontra a filha de um amigo da família com quem convivera na infância, Manuela Carmona, e apaixona-se. Após vários anos de namoro, Manuela é convidada para trabalhar na Alemanha, onde consegue também um emprego para o namorado. Pinto da Costa, não querendo afastar-se do FC Porto, recusa a proposta e pede a namorada em casamento. Casam em Abril de 1964 e o primeiro e único filho do casal, Alexandre, nasce em 1967. Em 1985 Pinto da Costa conhece e apaixona-se por Filomena Morais, e em 1987 nasce da união a sua segunda filha, Joana. Já no século XXI separa-se de Filomena, assumindo o namoro com Carolina Salgado, que viria a terminar em 2005. Após uma separação conturbada de Carolina Salgado, em Outubro de 2007 Pinto da Costa volta a casar com a sua segunda mulher, Filomena.


    Ligação ao FC Porto

    De adepto a director
    É por influência do tio Armando Pinto, entusiasta de futebol que fora presidente do Famalicão, que Jorge Nuno Pinto da Costa começa a interessar-se por futebol. É o tio quem paga os ingressos do FC Porto x Sporting de Braga, o primeiro jogo a que Jorge Nuno, com 8 anos, assiste no Campo da Constituição, na companhia do seu irmão José Eduardo. Desde então não mais se desligou do clube, nem mesmo quando se encontrava longe do Porto, procurando sempre que possível ouvir o relato das partidas. Quando completa 16 anos, em Dezembro de 1953, a avó materna inscreve-o como sócio do FC Porto.

    Após o regresso ao Porto, Jorge Nuno acompanha religiosamente os jogos do clube, sobretudo de futebol e hóquei em patins. Com cerca de 20 anos, é convidado pelo responsável pela secção de hóquei em patins para ocupar o lugar de vogal, e aceita. Em 1962 passaria a chefe de secção, cargo que viria a acumular com o de chefe da secção de hóquei em campo. Em 1967 passa a ser também chefe da secção de boxe, onde conhece Reinaldo Teles, na altura atleta da modalidade.

    Em 1969, é convidado por Afonso Pinto de Magalhães a integrar a sua lista para as eleições desse ano como director das modalidades amadoras. Assim, Pinto da Costa assume pela primeira vez um cargo eleito no FC Porto, de 1969 a 1971. No final desse período, apesar de ter sido convidado por Américo de Sá a candidatar-se com ele, recusou o convite por considerar que o novo candidato deveria apresentar-se às urnas com uma lista totalmente renovada.

    Em 1976, em conversa com um grupo de amigos e apesar de não se encontrar a desempenhar funções no FC Porto, alguns deles - boavisteiros - provocavam Pinto da Costa por o seu clube ter deixado que o futebolista Amarildo, praticamente contratado, "fugisse" para o Boavista. Em resposta, Pinto da Costa disse apenas que "largos dias têm cem anos", decidindo nesse preciso momento - soube-se mais tarde, aquando da publicação da sua autobiografia - regressar ao dirigismo desportivo. Conversou com o presidente Américo de Sá e comprometeu-se a fazer parte da sua lista nas eleições seguintes como director do departamento de futebol.

    Ainda antes das eleições, acertou com José Maria Pedroto, treinador do Boavista, o seu regresso ao FC Porto, onde já havia sido jogador e treinador. Em Maio desse mesmo ano, Pinto da Costa volta a ser dirigente do FC Porto. É com Américo de Sá como presidente, Pinto da Costa como director do futebol e Pedroto como treinador que o FC Porto consegue quebrar, em 1977-78, o jejum de 19 anos sem vencer um campeonato nacional. Apesar disso, o final da década de 70 é um período conturbado para o FC Porto, e Pinto da Costa e Pedroto acabam por deixar o clube em 1980.

    A presidência
    Em Dezembro de 1981 as coisas continuam a correr mal ao FC Porto, e é então que um grupo de sócios se une com o objectivo de convencer Pinto da Costa a candidatar-se à presidência do clube. O "sim" demora a surgir, mas perante a insistência dos sócios Pinto da Costa acaba por aceitar, convidando Pedroto para voltar a treinar a equipa principal. Candidatando-se em lista única, Jorge Nuno Pinto da Costa vence as eleições de 17 de Abril de 1982, tornando-se o 33º presidente do FC Porto (ver a cronologia de presidentes do FC Porto no artigo relativo ao clube).

    No mesmo ano, o hóquei em patins do clube, que não havia vencido qualquer título desde a sua implementação em 1955, vence a Taça das Taças, arrancando para um período de ouro que se prolonga até aos dias de hoje. Em 1984, o FC Porto chega à sua primeira final Europeia de futebol, na Taça das Taças, contra a Juventus, da qual sai derrotado por 2-1. Em 1987 vence a Taça dos Clubes Campeões Europeus e a Taça Intercontinental, e depois a Supertaça Europeia relativa à mesma época, já no início de 1988. A década de 90 seria gloriosa para o futebol portista graças à conquista de oito campeonatos, cinco deles consecutivamente - o Penta, feito inédito no futebol português. Já no século XXI o clube azul e branco aumentaria o seu palmarés internacional, vencendo a Taça UEFA em 2003 e a Liga dos Campeões em 2004 sob o comando de José Mourinho e a Taça Intercontinental do mesmo ano já com Victor Fernandez.

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  12. Caro Adezivo:

    A consideração que faço sobre o Guarín não é somente por aquilo que ele afirma mas pelo seu estilo de jogo. Demonstra subir demais e não ter cûltura táctica para ser o último homem de meio campo e tem uma propensão ofensiva que não se coaduna com a posição e que chega a ser até um desperdício.
    Como refiro mais tarde,pode acontecer tal como o jogo da Lázio de haver uma permuta constante entre Meireles e Guarín e parece-me óbvio que Jesualdo o está atrabalhar para poder jogar a trinco.
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    Já li declarações opostas inclusive dos seus treinadores dizendo que Guarín é um médio centro e não um trinco,posição aliás que apenas costuma ocupar na selecção colombiana de sub.21 uma vez que no seu anterior clube ocupava terrenos mais adiantados.
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    Sobre Tommy ele ja jogou na sua posição,pouco tempo mas já jogou e não me parece que tenha demonstrado nada de especial até ao momento.
    Também Guarin jogou fora de posição,assum como Fernando na época passada e nem por isso deixaram de demonstrar qualidade, coisas básicas como o passe, a movimentação, a leitura de jogo analisam-se jogue na posição natural ou não e por mais que se queira defender o jogador a verdade é que ele fez tanto como fez o Luis Aguiar quando veio ou o Bollati,não aquece nem arrefece para já.
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    Eu não defino o Assunção como o 6,mas é óbvio que as características específicas da posição numa táctica 4-3-3 é de um médio que acima de tudo leia muito bem o jogo defensivamente e corte as linhas de passe,pelo menos da forma como Jesualdo e até anteriores treinadores do F. C. Porto pensam o jogo.
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    Concordo com o que diz da permuta constante com Meireles ser uma boa arma paa confundir marcações a meio mcampo mas acho também que com adversáripos mais fortes o meio campo poderá ficar mais vulnerável com as subidas de Guarín e terá menos segurança que tinha com Assunção que por se fixar mais no meio permitia uma maior liberdade a Meireles e Lucho.
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    Com Guarín terão que se criar novos mecanismos e é óbvio que obrigará um maior trabalho defensivo por parte de Meireles e o recuo de Lucho uns metros no meio campo.
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    Sobre o Bollati,foi fruto de mais um descarregamente mal sucedido e não apresenta mais qualidadre que o Nuno Coelho,o Castro e uma série de jogadores que o clube tem nos seus quadros.
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    Não o encarei sequer como hipótese para o onze no texto porque acho até que ele pode saír em Janeiro quem sabe.
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    saudações portistas

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  13. Presumo que a equipa-tipo desta época será a que enfrentou a Lazio. O meio-campo terá o Guarín a médio defensivo (posição 6) e dois médios interiores (posição 8), Meireles mais na esquerda e Lucho na direita, este um pouco mais adiantado, a exemplo do que acontecia na 1ª época do Jesualdo. O colombiano pareceu-me mais fixo no jogo com a Lázio do que nos jogos anteriores, em que subiu mais no terreno.

    Creio que a melhor posição para Guarín é a 6 e não 8, já que não mostrou grande capacidade em termos de construção de jogo, pelo menos de forma consistente, quando comparado com o Meireles. Não tem a cultura táctica do A$$unção, nem seria espectável que um jogador sul-americano de 22 anos a tivesse. O brasileiro só se impôs no Porto aos 25. O colombiano é um jogador diferente, preferindo impor o físico ao tackles. Algo que talvez seja penalizado pelos árbitros portugueses mas que será útil na CL, onde tivemos problemas face a equipas mais musculadas. Acredito que a médio/longo prazo será superior ao A$$unção. Parece ser mais rápido e melhor tecnicamente, além de ter um remate potente e da óbvia vantagem da estatura.

    O Tommy não foi contratado ao engano. É um jogador para substituir o Lucho quando este for vendido. A declaração de PdC quando interpelado sobre a saída do P. A$$unção foi apenas para que os adeptos não tivessem mais um motivo de preocupação. Recordo que foi feita aquando da suspensão do Porto da CL. Tommy é uma boa alternativa para médio interior. Distribui bem o jogo, recupera bolas e não tem medo de ir ao choque. Logicamente que precisará de um período de adaptação já que a velocidade do futebol europeu não é a mesma do sul-americano.

    Não vi jogos suficientes dos outros médios-defensivos para ter uma ideia real do seu valor.

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  14. Caro RicardoCosta, antes de mais, as minhas desculpas, porque mencionei o Zirtaev, mas parece-me que o texto é da tua autoria.
    Sobre o Guarín e o Tomy, já vi que temos ideias bem diferentes. Ambos ainda em adaptação, é certo, o que denota alguma apatia entre eles e a equipa, natural falta de rotinas.
    A única vez, que me lembro nestes jogos todos que o Tomy jogou na sua posição, foi apenas uns minutos, e não com a suposta equipa titular, ou seja, ninguém se conhece, torna tudo muito mais difícil..além do mais, não noto essa falta de técnica nele, alias, já o vi fintar, rematar á baliza, e fazer passes longos com qualidade..
    Ainda sobre o trio do meio campo, eu também talvez preferisse o Meireles a trinco, com o Lucho e Guarin/Tomy, á frente, mas também entendo que a ideia do Jesualdo, passa por mexer o mínimo possível, colocando só um trinco novo, se não seriam 2 posições alteradas (puxar Meireles para trinco + médio interior – novo -), em relação á época passada.

    Abraço

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  15. Portugal joga um encontro particular frente às Ilhas Faroé, na próxima quarta-feira, no Estádio Municipal de Aveiro (20.45 horas).

    Convocados:
    Guarda-redes: Quim, Eduardo, Daniel Fernandes;

    Defesas: Bosingwa, Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho, Pepe, Bruno Alves, Meira e Antunes;

    Médios: Deco, Duda, Raul Meireles, Carlos Martins, João Moutinho e Manuel Fernandes

    Avançados: Simão, Danny, Nani, Nuno Gomes e Hugo Almeida.


    Notas:
    -Ricardo finalmente de fora!! yeahh
    -Quaresma e Nuno também não foram convocados!
    -Só 2 Portistas.

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  16. Nos sub-21..

    Os Portistas são:
    -Paulo Machado
    -Helder Barbosa
    -Nuno André Coelho
    -Candeias
    -Vieirinha
    -André Castro
    -Bruno Gama


    convocatória completa:

    AC Siena: Gonçalo Brandão;
    ACF Fiorentina: Manuel da Costa;
    AS Saint-Etienne: Paulo Machado;
    Bolton WFC: Vaz Té;
    CD Trofense: Helder Barbosa;
    CF Estrela Amadora: Nuno André Coelho e Vítor Vinha;
    FC Inter de Milão: Pelé;
    FC Porto: Candeias;
    Leixões SC: Vasco Fernandes;
    Paok FC: Vieirinha;
    Rio Ave FC: Miguel Lopes;
    SC Olhanense: André Castro;
    Sporting CP: Miguel Veloso, Pereirinha, Ricardo Batista, Rui Patrício e Yannick;
    Vitória FC de Setúbal: Bruno Gama e Saleiro.

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  17. Adezivo são opiniões,o bom disto é podermos concordar,discordar e expor argumentos.
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    Eu gostei bastante de ver o Guarín na posição de Meireles,e gosto mais de ver o Meireles a jogar a trinco e creio que ele faz melhor a posição que o Guarín,aliás dá a ideia que Queiroz o vê como o novo trinco da selecção até pela última convocatória.
    .
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    Quanto ao Tommy,posso ter tido azar mas todos os jogos que vi,vi apenas um jogador esforçado mas sem grande qualidade de passe,algo atabalhoado e sem grande classe,sem qualidade para substituir Lucho.
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    Acho mal Pdc ter dito que ele vinha para substituir o Assunção se efectivamente nao vinha só para dar a idéia que tinha tudo sob controlo e para tranquilizar os adeptos porque assim colocou um peso enorme sobre os ombros do tommy sem necessidade.
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    E se isso é verdade enganou-nos a nós e ao Jesualdo que também de ínicio pensou nele como trinco e nao como médio interior direito.
    E a ser verdade isso é péssimo parao jogador ter sido anunciado como trinco para depois naturalmente desiludir nessa posição.
    Bollati,Luis Aguiar,Tommy para mim até agora estão todos na mesma categoría dos "não aquecem nem arrefecrem" que apenas dão comissão mas qjue na prática nao representam mais valia para o clube,são gastos desnecessários quando nos nossos quadros temos :Ibson,Nuno Coelho e Castro que faríam tão bem ou melhor e por um preço inferior uma vez que já são nossos.
    .
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    Para terminar um comentário á convocatória de Scolari....FORA RICARDO!!!!Finalmente o rei dos frangos que nos fez perder dois europeus está fora da convocatória.Acabou-se os mininos do Socolari.Agora temos treinador.
    Do nosso clube apenas Meireles e Bruno Alves na convocatória.Compreende-se uma vez que actualmente mais probabilidades temos de ter mais convocados na argentina,uruguai etc que do nosso próprio país infelzimente para mim.
    .
    Apesar disso acho que Quaresma só não foi convocado por nao ter praticamente jogado na pré época. Nuno podía também ser convocado entre os 3 guarda redes,considero-o melhor que Daniel Fernandes do Bochum.
    Mesmo assim Quim e Eduardo dão garantías assim como qualquer profissional de futebol que seja guarda redes oferece melhores garantías que o Ricardo.
    .
    .
    Saudações portistas

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  18. Por aqui, fugazmente, de passagem.

    Sobre triângulos:
    (entronca no ponto seguinte)
    Académica-Porto (com Mourinho).
    Aquilo não atava nem desatava: 0-0.
    Para adiantar, o Benni resolveu, de livre e à segunda, porque o árbitro mandou repetir pela barreira se ter mexido e o Benni teve sorte e fez o 0-1.

    Para chegar à vitória, a meio da 2ª parte, num Porto com Costinha, Pedro Mendes e Maniche no meio-campo (Deco era 10, mais à frente) o Mourinho inverteu o triângulo: Costinha-P. Mendes, Maniche à frente, Deco descaiu para um flanco e o Porto agarrou o jogo até ao fim.

    Às vezes interessa pouco (consoante o adversário) o triângulo com um trinco ou dois. Importa é saber mudar e poder fazê-lo. Jesualdo pode e sabe. Aguardemos.

    (depois desta história pequenina dos mistérios sondáveis do futebol).

    Espero que este ensaio não nos traga, de saeguida, as banais teorias do Lobo que por aqui de vez em quando é tomado em conta.

    Isto só para (superando a retórica barata do tonto) lembrar que, infelizmente, o futebol vai voltar à RTP e abre com o Porto-Belenenses, dia 24, o que reforça a minha vontade de ir ao Dragão e não levar com as teorias em casa pela TV.
    (disse infelizmente, tal como há dois anos quando previ a mesma porcaria na mudança da RTP para a TVI. De resto, se fosse com a SIC só mudavam, mais uma vez, as moscas).

    Outra história sobre teorias.
    Um dia destes, porque a nova "programação" a isso ibrigará, trarei aqui a definição de Alex Ferguson sobre os teóricos da bola que fazem coisas mais mirabolantes do que Pelé e Maradona alguma vez poderiam humanamente conseguir.
    Quem não quer ser Lobo não lhe veste a pele.

    Boas entradas.

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  19. O Jesualdo sabia para que posição o Tommy vinha, senão teria pedido mais um 8 preencher a vaga deixada pelo Kaz. Além disso teria excesso de médios defensivos: Fernando, Bolatti e Tengarrinha.

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