05 junho 2012

Do patriotismo e jornalismo sem medo

Já o afirmei aqui, repetidamente, dos raríssimos jornalistas que me prendem a atenção é José Gomes Ferreira. Vejo quase sempre o seu Negócios da Semana, senão em directo à 4ª à noite, na 5ª às 13h ou mesmo no sábado às 7 da manhã, na SICN. Normalmente prefiro os telejornais da SIC, confesso, sem deixar de lhes notar defeitos, como é normal. Por ironia, não acompanhei o telejornal da noite de 5ª feira, mas fica aqui o resumo essencial que define um jornalista e, mais, um editor de uma secção, no caso Economia, que ajuda muitos a compreenderem a verdade das coisas longe do ruído de quem demagogicamente quer abafar os prejuízos irreparáveis que a governação Sócrates causou a Portugal.
Agora que a parolice à volta da Selecção atingiu o pico ainda sem Tony Carreira chegar ao palco e os porcos e cabras, nabos e galinhas desfilarem garbosos pela Praça do Comércio um dia destes na promoção abarracada do Continente digna deste continente de que se ri até o alarve Jardim madeirense, seria bom pensar no patriotismo de outra forma e olhar e ouvir como deve ser para as infelizmências e acontecências a que chamam crise sem pôr nomes aos boys...
Prefiro guardar para o Europeu os dizeres sobre a pobre Selecção que, se fosse com Carlos Queiroz, estaria já enterrada viva de tão medíocre parece mais anafada pelo meio do conformismo triste do País. Mal tenho visto os jogos, na verdade vi apenas a 2ª parte com a Turquia, mas o efe-erre-á habitual não faltou, como se já fôssemos campeões de alguma coisa que não seja a estróina e a fanfarronice. Ressalvo que nem vi as capas dos pasquins de domingo, mas não tarda ouvir e ler os críticos de 2010 face à nova realidade que descuraram então...
Ouvi ontem o que os jogadores iam comer, seguiram-lhes os trajectos do autocarro de todos eles do último treino para uma comezaina qualquer e depois a ida a Belém. Depois do bronco Madaíl, Fernando Gomes quis ser erudito a falar na gesta dos navegadores como novidade, mas não inédito nem sequer melhorando o refrão já gasto do blá, blá. À saída, com a perturbação costumeira de meia hora de atraso na descolagem, não descolámos nunca da parolice de saber que a comitiva iria embarcar pela porta 26... E à chegada, ouvi na rádio, também foi noticiado o menu dos jogadores em Opalenitsa, como já ensinaram alguns a dizer mas o locutor da RR, voilà, teimou dizer Opaleniska...
Já transformaram o 1-3 com a Turquia - parece que não houve manchetes a dizer que NUNCA PERDEMOS COM A TURQUIA -- numa vitória moral, algo nunca visto em amigáveis, fruto de muitas ocasiões de golo e aparentemente um bom futebol praticado, mas que não se compagina tal lamúria dos "azares da bola" com um adversário fraco, um g.r. pior ainda e que caiu de cotação depois do fim da sua geração dourada que conseguiu dar-lhes, em 2002, um 3º lugar no Mundial - enquanto por cá adulam um tipo que perdeu em Portugal um Europeu e foi apenas 4º em 2006 na Alemanha. E tudo a uma semana de defontarmos os alemães...
Realmente, a selecção parece banhada não a ouro mas em água benta e anda tudo muito dolente, como se o futebol embalasse as pessoas ou estas já nem sentissem a tal crise que surgiu por coisas que se podem ouvir no vídeo acima, se quiserem ser PATRIOTAS...
Das peripécias da bola dá para falar de sábado em diante. Para já vivemos do marketing, dos porcos que estão para chegar ao Terreiro do Paço aos tablets que, depois das bandeiras com pub no canto, lá fizeram as cores nacionais num canto do estádio. É explorar enquanto dá, porque depois pode não dar.
Foi o que fizeram os criminosos que afundaram o País em seis anos apenas...

p.s. (salvo seja) - a jornalista do Público no cerne de uma bronca sem nexo e mal explicada, demitiu-se, comprovando quem se lixa ser sempre o mexilhão e, também ela, vítima das crónicas de escárnio e maldizer que atribui à Direcção do próprio jornal. Também quem aceita trabalhar com gente daquela estirpe num jornal que virou latrina a sujar o dinheiro de Belmiro de Azevedo... (este bem se pode queixar-se de que nunca ganhou com aquilo, não se sabe é porque aceitou perder sempre dinheiro). 

2 comentários:

  1. No fim José Gomes Ferreira diz o mesmo que eu,ou seja:o país está entregue a politicos corruptos e a interesses instalados!
    Quem deve assumir o controlo?A opinião publica!Eu zé pagante e obrigar esses senhores a renegociar as famigeradas ppp!
    Por outras palavras;eu zé pagante devo pegar numa cachaporra e partir o máximo de cornos que puder!
    Será que fiz a leitura correcta do que disse o sr jornalista?

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  2. O que falta, é que mais pessoas façam o que a o ACP fez.
    Meter acções em tribunal. Obrigar o estado a mexer-se
    Pelo menos abana a árvore onde se escondem os macacos que só coçam para dentro, e pode ser que algum deles caia. Basta cair um, que a coisa de tão podre que está, se transforma rapidamente numa corrente de lama fétida e castanha.

    http://gamesfreebola.com/

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