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Vamos, pois, no 7º jogo a somar fracassos, à excepção da goleada à Bósnia na qual ninguém se queixou da eficácia que só é lamentada quando se falha e não quando se acerta quase a 100 por cento.
Paulo Bento, com o futebol de tracção atrás como é sua prioridade, desbaratou o potencial ofensivo de jogadores como Moutinho e Nani, ausentes do Mundial tal como Pepe, apoucando uma equipa que tem três novos titulares face ao Mundial-2010 onde Portugal nunca fez um jogo de pendor defensivo como hoje mas foi alvo de críticas violentas até quando jogou com a campeã da Europa e que viria a ser campeã mundial Espanha. Um jogo, recorde-se, que deu lamiré pela substituição de Hugo Almeida - hoje o 3º atacante (?), preterido face ao neófito Nélson Oliveira!... - quando Carlos Queiroz meteu a velocidade de Danny (e aos 58', e com 0-0!) para surpreender a Espanha em contra-ataque à falta de Nani num flanco para diversificar as acções com Cristiano Ronaldo.
Parece que hoje foi A Bola a fazer uma capa do género bronco
Hoje, nos 20 minutos finais, Portugal só assumiu porque nada tinha a perder e Paulo Bento foi capaz de meter Varela a cair para um flanco mas tendencialmente a surgir no apoio directo às costas do ponta-de-lança (já N. Oliveira) - tal como Vítor Pereira chegou a fazer no FC Porto em dois ou três jogos sem contemporização dos adeptos portistas! - e que, isso sim, foi a única coisa que transformou o futebol de Portugal e fez criar presença junto da área alemã, retirando Meireles, lento e pastoso, do campo. Varela até teve a melhor ocasião de golo nos pés, na zona do ponta-de-lança, mas Neuer defendeu o 1-0. Paulo Bento inovou e quase era premiado face a tanto conservadorismo de resto atamancado por um fraco defesa-direito (Podolski fez o que quis de João Pereira, só não acertou com a baliza) e o tal meio-campo de trabalho e suor mas sem genialidade nem força construtiva.
Se o 1-0 da Dinamarca à Holanda já tinha sido um péssimo resultado para Portugal, o 1-0 da Alemanha deixa já Portugal encostado às cordas, pois nova derrota na 4ª feira com os nórdicos e uma nova vitória alemã sobre a Holanda que não gosta de jogar pressionada, decidirá à 2ª ronda o Grupo B que prometia equilíbrio. E se Portugal se queixa da sorte, do azar, dos postes e das oportunidades, que dizer dos 28 remates holandeses, alguns na cara do g.r. e também no poste, mais um penálti por marcar a seu favor?...
O fadinho prosseguiu nos comentários da mesmice patrioteira encantada com mais "uma bela exibição" às quais os resultados, excepto contra os adversários da qualificação tida como fantástica e numa dinâmica imparável até não aguentar um empate no jogo derradeiro de Copenhaga, continuam a atraiçoar certa mentalidade de gentinha que não dá passo maior do que a chinela e vive dos cghavões de antigamente do futebol fechadinho ao ataque...
Se atentarem bem, acima dos ocasionais remates aos postes (que podem ser de sorte, como o de Nani) e ignorando as muitas ocasiões alemães na área em jogo corrido e menos em bolas paradas tão temidas, o futebol de Portugal vai definhando lenta mas inexoravelmente. Porque esse é o fado, já previsto há vários anos quando todos eram chamados a pôr as bandeiras à janela.
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Messi mete 3 ao Brasil - e enquanto Ronaldo voltou a não fazer nada de especal, por justamente não ser "o salvador da Pátria", o ás argentino fez 3 golos ao Brasil em que Hulk meteu um no 4-3 de Nova Jérsia. O CR7 fica para os alemães se divertirem com figurinhas decorativas de cera...
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