25 novembro 2013

Porque é que há jogadores que não podem ter a bola nos pés para mais de um toque?

AVB teve o seu dia de "levar 5", ao tempo que ontem escrevia isto ainda não tinha fechado a conta em 6-0 mas vejam os dois primeiros golos sofridos começarem em duas más reposições do g.r. Lloris...
 
Já agora, na véspera, o Southampton começou a perder no Arsenal por Boruc, g.r. dos Saints, armar-se em dançarino de polka, com o ridículo que se sabe e na ginástica artística ficaria abaixo de cão...
 
Os repetidos erros dos centrais do Porto, com Otamendi à cabeça e que já vêem com ele da época passada que só aos desmemoriados não ocorre lembrar, são apenas a confirmação de um velho ditado do futebol: centrais é para despacharem a bola à primeira e mais nada.
 
Da proibição absoluta de os centrais do Porto terem a bola por mais de um toque já tinha afirmado depois da cagada do Restelo. O jogo do Porto, apesar dos ceguetas e exegetas vários do mercado, vai evoluir se forem eliminadas as últimas pechas. Quanto às bolas que não entram, em maioria, é uma questão de sorte ou falta dela, o que se agrava quando se sofre um golo em raro (e permitido) contra-ataque.

De resto, como o futebol mostra a todos que queiram ver mesmo "o jogo" independentemente das equipas (hoje impossível nas tv's tugas da bestialidade e leviandade patrioteiras), os avançados custam mais e valem mais por alguma coisa: podem não vencer todos os jogos, mas dificilmente é por eles que se perde; o que valida uma atenção, e talvez preço, maior por um defesa - e um guarda-redes, pois impedir golos é meio caminho andado para não perder, quiçá para aguentar vitórias adiantadas e que devem ser preservadas a todo o custo. Mas, ainda em Inglaterra, vimos Liverpool e M. United cederem pontos com golos sofridos na pequena área em pontapés de canto ou livre.
 
Mas também será impossível erradicar as palermices recorrentes da bluegosfera na análise de jogos - não viam a merda que se fazia quando se ganhava e não vê agora as melhorias bastando não ganhar porque fixa-se nos erros primários individuais - se a atenção for centrada no acessório e desfocar do essencial. As análises são praticamente iguais no 1-1 do Restelo e no 1-1 com o Nacional em jogos tão diferentes que parecem inalcançáveis para o comum perdigueiro das redes sociais.
Devo ter sido o único que vi um bom jogo do Porto no sábado, tal como em Guimarães, mas também who cares?...
 E quanto a perceber que a sério, não temos treinador, já foi há dois meses e podia ter-me queixado da arbitragem;
dei-lhe um prazo de validade e antevi que não chegaria ao Natal e que em breve chegaria uma derrota a macular o campeonato;
juntei-lhe outro título menos abonatório tal a quantidade das suas invenções líricas; 
 
Agora que antevejo uma inversão de rumo, independentemente dos resultados, não vou dizer que tinha razão e juntar-me à chusma que nada viu até há pouco tempo. Vamos ter competição contínua por dois meses, um breve interregno do Natal que espero impeça férias no Brasil e a sorte pode mudar um pouco e encarreirar a equipa, atraindo de novo adeptos que falam só de barriga cheia.

Talvez o que escrevi do jogo de sábado, suscitando tantas visitas decerto incrédulas com o meu desplante, possa ajudar se complementarem - e estão dispensados de citarem, como é hábito nalguns fóruns já conhecidos e se for preciso cito os termos e os nomes - a leitura para actualização com os links acima. Já o que escrevi no Verão, da minha perplexidade com as "ideias" do novo treinador antes ainda de a bola pinchar, lamento mas terão de procurar por vocês e não irem em conversa fiada.

Há males já feitos e irremediáveis: a Champions está por um fio, o Atlético joga no Zenit sem meia equipa e dava jeito um empate. Mas o campeonato vai encarreirar, está mais próximo disso. Varela precisa de ser mais constante e Alex Sandro de deixar de inventar. A ganhar, não meter toda a gente na frente e deixar os centrais com a bola. Só falta isso. Os enervados parecem os outros. A equipa parece-me bem, critico quando devo e apoio quando merecem. Força Porto!

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