15 novembro 2013

Trabalho de casa atrasado (até no site...)

Sem (muitos) comentários. Fi-los todos antes de começar a época e mal o treinador abriu a boca para dizer ao que vinha. A confusão dos últimos meses só teve um responsável. Bem me pareceu. Não admira que um tipo tão lento a pensar no banco demore tanto a procurar uma alternativa que, em princípio, devia integrar "embeded" o seu trabalho. Vítor Pereira podia não mostrar sistema alternativo, mas era ágil e até brilhante na hora de decidir no momento.

Com trabalho de casa igualmente atrasado, parece, li por aí, nem imaginava tal o contentamento da anterior inauguração pelos aduladores acéfalos do costume, que hoje estreia-se um novo site do FC Porto: um clube sem Comunicação, para o exterior e a começar pela organização enfadonha dos jogos sem alma de espectáculo, falho de ideias apesar de rodeado de tantos "amigos", alguns de quem se dizia mal no passado e que ouvi de viva voz quem de direito para tais críticas. Os crédulos - sobre o novo site que é a imagem de quem anda por lá nestas andanças e de cujo futuro e utilidade duvidei ao ponto de raramente lá ir e já nem me lembro a última vez que o consultei - babam-se com a inovação e já confiam confiarão será de arrasar. É só um pormenor porventura isso aparecer numa altura de paragem competitiva, a dizer só por si da oportunidade da coisa, mas pelo menos deve dar para meter as imagens da inauguração do Dragão, faz depois de amanhã 10 anos. Os crédulos, entretanto, continuam a ruminar em silêncio as "desvirtues" do Torto Canal e este, que vi por acaso, ainda esta noite, é um exemplo - e nem sabia da opinião do presidente - de como não saber onde e como se está: nem seria como o presidente via nem como é, uma chachada como a outra mas de maneira diferente porque tinha de ser. Vão esperar mais uma geração de portistas dedicados e competentes em Comunicação e Jornalismo para, quando já estiverem mortos, alguma coisa aparecer na TV - projecto que também não augurei grande futuro. Mas ao menos têm o Museu para alegrar - ainda que quem tanto dele falou, fabulasticamente, ainda não tenha contado como é se já lá foi, a bluegosfera deixa tanto por dizer como os planos alternativos do Paulo Fonseca. E tal como as observações, discretas, tímidas e insípidas por inconveniência e insuficiências próprias, a espaços feitas ao Torto Canal, também mal se alinhavaram avaliações pertinenses e correctas ao futebol de Paulo Fonseca (diferente do do FC Porto, note-se).

O Museu ainda hei-de ver este ano, só para confirmar se é verdade aquilo da foto do Papa...
 
Da Comunicação, de novo o paralelo com o Governo, só ao nível da mediocridade antes e da ausência agora do Poio Maduro e o que caiu na Lomba dos acontecimentos, que é o que sucede a castigar apenas o voluntarismo... E se querem saber como um portista se move nos meandros digitais, embora não o aprecie como blogger nem ache bom o Aventar, fiquem com esta impressão da Visão de ontem com um "consultor de Comunicação".  E, já agora, do enquadramento em Estado Sentido...Só de lembrar como o FC Porto teve a LPM ao serviço e aparentemente desfez-se dessa agência com "receio de Lisboa" confessada pela própria (notícia do Expresso), até o próprio Luís Paixão Martins, como então publiquei, vir denunciar-se como trabalhando, anos depois, para o FC Porto...
 
De resto, apesar das observações (como sempre) in illo tempore aqui deixadas, não deixo de me rever no que o Bruno Sena Martins escreve aqui, de forma lamentavelmente intermitente:

Paulo Fonseca
Na minha relação com o F.C. Porto 2013/2014 domina, para já, a apatia de quem se percebe a salvo de emoções extremas.
 O Porto de Paulo Fonseca ainda não foi injustamente acossado para que o chamamento à sua defesa me confira mínimo estímulo para insultar os seus detractores - como aconteceu com Jesualdo e Vítor Pereira (Paulo Fonseca teve direito a estado de graça e, pese embora o buraco negro imposto pela transferência de Moutinho, pese embora a habitual histeria do adepto de futebol, a crítica tem sido proporcionada).

Ainda não me cativou para uma qualquer ideia futebolística ou discursiva que me violentasse às alturas de uma entrega passional, nenhuma adesão a uma "sensibilidade estético-política" - como aconteceu com Mourinho, Villas-Boas e, mais recentemente, na prefiguração do minuto 92).

 Ainda não foi tão contra-intuitivo, absurdo ou inepto que me fizesse desejar uma destruição criadora - como aconteceu com Co Adriaanse, Octávio, Fernandez, Couceiro ou Del Neri.

 Enfim, agradeço a Paulo Fonseca, nestes meses, a serenidade de uma vida destituída de paixões. Não que o possa culpar por tudo.

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