Sobre o relatório e contas do Clube e depois de uma explicação sobre o mesmo, onde foi demonstrado que o clube terá uma situação estável, como principal destaque foi apresentada uma redução do passivo no valor de 12,7 Milhões de euros, estando este actualmente no valor de 31,9 Milhões de euros. O relatório foi aprovado quase por unanimidade, tendo havido apenas uma abstenção.
De seguida foi apresentado o Pavilhão Dragão Caixa para dar início à discussão sobre o empréstimo a contrair em relação a este novo projecto. Ficou-se a saber que a Caixa Geral de Depósitos suportará 70% do endividamento tendo em contrapartida, além do “naming” do pavilhão, o patrocínio das três principais modalidades profissionais, o Hóquei em Patins, o Andebol e o Basquetebol. Sobre este assunto várias questões foram colocadas por alguns sócios, sendo que a baixa lotação do recinto foi a mais ouvida, já que um clube como o nosso seria merecedor de um pavilhão com uma lotação bem superior aos cerca de 2000 lugares estimados. Pinto da Costa como resposta defendeu a beleza arquitectónica da obra, não tocando sequer no assunto da lotação. A autorização do empréstimo foi depois aprovada por maioria, existindo alguns votos contra.
Para finalizar e como prometido era a hora (ou a meia hora) de serem colocadas as variadas questões para interesse do clube. Vários sócios intervieram e a questão do Museu, já aqui falada no blog há muito (podem ver o post Museu, porque não temos?), foi um dos assuntos, não deixando de ser colocado em causa como um clube com a nossa história e quantidade de troféus já arrecadados se dá ao luxo de os ter encaixotados numa qualquer arrecadação. Pinto da Costa respondeu que quer um museu temático e não apenas um armazém de taças, não tendo avançado qualquer data, nem sequer uma previsão para quando poderá a execução do mesmo ser pensada realmente a sério, ficando apenas, tal como já está há quatro anos, uma porta ao lado da Loja Azul no Dragão com os dizeres “futuro museu do FCPorto”. Simplesmente incompreensível.
Outro sócio falou do velho campo da Constituição, onde são realizados os treinos das escolinhas do FCPorto e que terá condições muito precárias, principalmente para quem assiste aos treinos. Pinto da Costa falou das difíceis negociações com os senhorios de alguns terrenos, mas que já estarão resolvidas e que assim estará tudo a postos para que a modernização do complexo desportivo seja efectuada, não se sabendo o que estará planeado ao certo. Outros sócios intervieram, lembrando a necessidade de uma piscina, sendo que o FCPorto é um dos clubes com mais campeões nessa modalidade, e da necessidade de um espaço no Dragão onde os reformados possam confraternizar.
Houve também um sócio que mostrou a sua preocupação relativamente ao facto de o clube ter vindo a perder sócios, tendo havido uma redução de cerca de 3.000, o que é incompreensível tendo em conta o que o clube tem ganho e quase continuamente. Os números exactos eram os seguintes:
-Entradas: 7.868 sócios (6.912 novos sócios e 956 recuperações);
-Saídas: 10.429 sócios (10.217 eliminações, 114 pedidos de demissão e 98 falecidos);
-Numero de associados do clube: 86.229 sócios.
Estas últimas questões não obtiveram qualquer resposta por parte da direcção.
A assembleia terminou com uma ovação de pé, a pedido do presidente da assembleia Sardoeira Pinto, em memória das antigas glórias do clube recém falecidas.
PS: Hoje já temos futebol de alto nível com o regresso da Champions League, por isso não se esqueçam de actualizar as vossas equipas da Liga dos Portistas de Bancada no site do UEFA Football Fantasy.
Amigos:
ResponderEliminarPerfeitamente siderado pelo triste comportamento da Direcção do Clube aqui relatada e quando questionada sobre a piscina, museu e pavilhão.
Incrivel.
Mas, mas os... futeboleiros adeptos
é bem feito. Ou se calhar nem se importam.
O que querem é... bola.
Daqui a três anos lá teremos, de novo, os «ajudantes» de Pinto da Costa a recolherem assinaturas para a sua recandidatura com a promessa, dessa vez, do... Museu.
Lastimável.
Cumprimentos aos verdadeiros... portistas
Ó Adriano Correia sem Oliveira, mal por mal antes prefiro os inimigos abertamente inimigos do FCP que os inimigos encapotados de amigos do FCP.
ResponderEliminarLuís,
ResponderEliminarquando os argumentos são fortes não existe paixão que nos tenha de obrigar a discordar. Temos falhado bastante nesta área de acção que o Adriano comenta e na generalidade bem. Remeto com humildade para o meu comentário no último post. Muita coisa para mudar no contexto "extra-futebol". Andamos no mau caminho.
[[]]
Há coisas que me entristecem, não suporto ouvir vozes que me soam a excluidas, fico com uma amargura tremenda na alma. Não quero viver num País em que alguém seja excluido pela sua forma de pensar ou de qualquer tipo de dificuldade. Muito menos suporto que pessoas vivam amarguradas nas margens de um símbolo com a força e grandeza do nosso Clube...Estou a falar evidentemente do que me suscita "Adriano", é quase como reviver ouras marginalizações que me torturam ainda agora. Muitas coisas que ele retomou, já nós tínhamos aqui discutido até à exaustão -os rendimentos do Pres.e outros dirigentes, o Museu do Clube, o Pavilhão, a Piscina- e chegamos a um consenso mínimo ainda que momentâneo...Mas tínhamos passado completamente ao lado desta questão que não podemos ignorar, a de que muita gente vive o Clube com afecto, mas que se sente à margem do próprio Clube, por diversas razões que devemos considerar: de pensamento, de capacidade financeira, de idade, de distância, de saúde... Barreiras que se colocam a muitos e se transformam em muros inultrapassáveis como devemos admitir. Os tempos são de grandes dificuldades e muitos vivem-nas de forma dramática...Este meio que utilizamos para nos irmos falando ainda que de uma forma quase surreal, consegue minimizar esses estragos, aproxima pessoas de sítios tão diversos e longínquos como Lisboa, Porto ou do Canadá, permite aliviar paixões e ousar construir projectos e quimeras, outros estarão menos inclinados a fazê-lo e sofrem com a separação e a exclusão...Seria altura de reconhecer-mos isso e falarmos um pouco sobre formas de poder minorar este efeito tremendo de erosão. Já agora Teixeira, um Canal televisivo ligado ao Clube seria uma solução, se quiseres e puderes falar um pouco mais sobre isso agradeço que o faças...Entretanto um abraço para todos!
ResponderEliminarA verdade é q n fica nada bem à nossa Direcção deixar assuntos sem resposta. Penso que deveria ter havido mais respeito por esses sócios e pelas questões q colocaram. É certo q são questões delicadas, mas temas como a lotação do Pavilhão, a piscina, o museu, são temas absolutamente importantes para o FCP Clube. Já para a SAD pouco interessará. O FCP não é só futebol, meus caros.
ResponderEliminaré incompreensível e um desrespeito aos sócios que a direcção deixe estas questões sem resposta.
ResponderEliminara AG serve também para isto.
DAR respostas às questões dos sócios.
Caros Portistas
ResponderEliminarA divergências de opiniões é salutar e favorece o enriquecimento das ideias e do conhecimento.
Não querendo puxar dos galões, mas também quero aqui escrever que sou sócio há muito muito tempo. Ao contrário de outras paragens só me confere 1 voto(estou totalmente de acordo) em qualquer acto eleitoral.
O Adriano Correia, talvez seja da minha geração. Contudo temos visões do nosso Clube totalmente diferentes. Isto para concluir que olhamos para qualquer coisa que nos parece branco, mas existe sempre outra que nos diz que eventualmente será cinzenta ou bege.
Eu sou a favor do eclectismo de topo. Gostava também que o Clube tivesse o ciclismo e o vólei ao mais alto nível.
Vamos ser sérios. Manter o Clube no topo em todas as frentes das modalidades ditas amadoras, era sinal de que Clube descuraria o mais importante e a mola impulsionadora de todo o eclectismo, o Futebol. O Meireles explica muito bem que o nosso Clube é um Clube essencialmente de Futebol, feito para o Futebol.
Tirando algumas excepções, pelo mundo fora não conheço grandes equipas de Futebol que tenham um eclectismo de nível superior ao nosso. Normalmente as equipas de topo nas chamadas modalidades mais amadoras dedicam-se exclusivamente a essa modalidade.
Quanto ás instalações do novo pavilhão, todos sabemos o porquê, de o Clube ter que enveredar por um com dignidade, mas aquém do ideal. O Meireles explica também muito bem todo o imbróglio.
Quanto ao museu e piscina, a minha opinião é a de que o Clube tem de definir prioridades. A direcção eleita democraticamente acha que primeiro deve ser feita o pavilhão multi-usos, que sustenta as principais modalidades do Clube. Vão ser gastos 13.000.000 €, penso que mesmo assim é muito dinheiro. O défice está controlado. Não poderemos querer sol na eira e chuva no nabal.
O Teixeira no post anterior, escreveu sobre um canal próprio de televisão, que no essencial estou totalmente de acordo. Também acho que poderá ser uma mola da nossa afirmação no futuro. Todavia penso que neste caso a SAD deverá medir bem os prós e contras desta medida. Não possuímos(não possuo) todos os dados, para podermos opinar com clareza.
Saudações Portistas
Quaresma nomeado para melhor jogador do Mundo
ResponderEliminarRicardo Quaresma está entre os 50 nomeados para a «Bola de Ouro» 2007, troféu instituído pela revista «France Football» e que distingue, a partir deste ano, o melhor jogador do Mundo. O extremo do F.C. Porto, que se revelou decisivo para a conquista do Bicampeonato, é o único jogador a actuar no nosso país incluído na lista de candidatos. Os portugueses Deco (ex-Dragão) e Cristiano Ronaldo também estão indicados para o prémio.
Detentor de uma capacidade de passe e de remate notáveis e caracterizado pela sua habilidade para as trivelas, que já lhe valeram alguns golos e assistências memoráveis, o atleta vencedor de dois campeonatos, uma Taça de Portugal, duas Supertaças Cândido Oliveira e uma Taça Intercontinental pelos Dragões será avaliado por um júri de 96 jornalistas mundiais, que atribuirão aos 50 nomeados uma classificação numa escala de 1 a 5.
O troféu será entregue, no dia 2 de Dezembro, ao jogador que somar maior número de pontos. Desempenho, talento, fair-play, carreira e personalidade são alguns dos elementos que contribuirão de forma decisiva para a eleição do vencedor da «Bola de Ouro», que no ano passado premiava apenas o melhor jogador a actuar nos campeonatos da Europa.
Autor de um sem-número de exibições fantásticas e detentor de um currículo já considerável, sobretudo para a sua idade (24 anos), Quaresma assume-se como um candidato de respeito à conquista da «Bola de Ouro». Os seis golos apontados e as 17 assistências assinadas na Liga 2006/07 são outros argumentos de peso para a votação ser favorável ao atleta que mais golos deu a marcar no campeonato português transacto.
As questões levantadas pelos sócios são as mesmas que me preocupam.
ResponderEliminarSe a lotação reduzida do pavilhão pode ter alguma justificação, o Museu para mim é incompreensível pois existe o espaço, não existe é vontade. Não fixará tão caro assim dotá-lo com as novas tecnologias até porque se financiaria com as entradas.
A piscina já se me afigura mais complexo - localização, construção, etc - mas era uma necesssidade.
Agora não posso aceitar a não resposta por parte da direcção a estas questões.
De resto claro que tenho saudades dos tempos em que praticavamos muitas modalidades e tinhamos as infraestruturas necessárias - pista de atletismo ( onde deixei muito suor) e ciclismo, pavilhão, piscinas - mas realmente os tempos são outros e não se pode ter tudo...
Deixo um palpite: a Piscina não poderia ser enquadrada num dos pisos da estrutura global do Pavilhão? Porventura a um nível mais baixo que o do tapete para a prática das modalidades ditas amadoras?...Há um desnível muito acentuado entre a zona mais baixa do terreno em que o Pavilhão vai assentar e aquela que vai situar-se na cota do passeio que conduz às entradas da estação do Metro. Esse desnível pode ser aproveitado para em pavimentos intermédios (dois?) albergar outras actividades que não apenas as de suporte ao piso principal do Pavilhão e das referidas Modalidades...Pode ser, não tenho a certeza absoluta, apenas a poderia ter se tivesse a possibilidade de apreciar o projecto na integra...Não sei se estará disponível...
ResponderEliminarPenso que a piscina é caso muito particular e de muito difícil execução para o clube. Além dos custos de uma obra como é uma piscina, a manutenção é complicada e cara e só tendo muita gente a lá entrar seria viável. Penso que existem protocolos entre o FCPorto e câmaras de cidades limitrufes que dão acesso aos atletas às piscinas camarárias.
ResponderEliminarQt ao pavilhão, já dei a minha opinião num post na altura que foi apresentado o projecto e que podem ver aqui.
O que realmente é preocupante são os números acerca numero de sócios do clube. Em anos que vencemos, perder sócios realmente é muito estranho, mesmo incompreensível. Mas tb não sei o que poderá o clube fazer, já que os preços não são dos piores, até pelo contrário.
Um abraço.
Grande Zirtaev...
ResponderEliminarQueria apenas colocar uma pequena rectificação relativamente ao ultimo comentário que vos enviei referente ao facto de cada vez mais se falar de corrupção e menos de bola, que, penso ter sido mal interpretado pela maioria dos nossos amigos deste fórum.
Eu não quis de forma alguma referir-me ao blog. Foi um desabafo sobre a realidade do futebol em Portugal. Foi um bocejo sonolento sobre aquilo que passa actualmente em Portugal. Nos Jornais, na Tv, na rádio e no que diz a opinião publica geral.
Relativamente ao Blog, continuo encantado com a forma como o geres. é sem duvida um blog de referencia para nos Portistas.
Um abraço amigo,
Há muito confessei não ser (melhor: deixer de ser) sócio e por isso normalmente abstenho-me de comentar coisas como AG's e contas do clube, aqui por não ter conhecimento técnico da matéria e não dever, por precaução, falar. Mas concordo, como observador exterior interessado, com os reparos a não terem sido satisfeitas algumas perguntas pertinentes. Infelizmente, as AG's do FC Porto, temos de admitir, vão muito no sentido de defraudar os sócios que pretendam obter esclarecimentos, de resto como sucede na maioria dos clubes...
ResponderEliminarMesmo assim, considerando que as vendas do Verão não estão contabilizadas, penso ser positivo o resumo do exercício, daí a expectativa de o próximo semestre ser positivo em termos líquidos.
Note-se o esforço de reduzir o passivo, o que significa que não dá para tudo e essa preocupação é manifesta, sacrificando-se outras coisas. E, por fim, quanto ao passivo, se o FC Porto tivesse de andar aflito, que dizer dos outros grandes...
Sobre o Pavilhão já comentamos devidamente na altura.
E pra o jogo com o Leixões, saiu hoje o Rui Costa que ainda não tem os "vícios" do irmão Paulo (destacado para proteger o Boavista na Amadora). Já agora, Proença na Luz contra o Marítimo e o inefável Lucílio a presidir aos destinos leoninos na Choupana. Uma vez mais, internacionais para os outros e um iniciado para o líder da Liga.
Zé Luís, na apreciação das contas penso que estás a cometer um erro. Aliás erro que penso muitos cometem ao confundirem o Clube com SAD.
ResponderEliminarPenso que estes números apresentados são do clube e não SAD. Não sei é até que ponto os números que foram postos à consideração dos sócios poderão ser números da SAD para estes aprovarem, já que o FCPorto Clube é accionista maioritário da SAD. Mas acho que não, acho que são só do clube.
Se alguém me poder ilucidar agradecia.
Um abraço.
Creio teres razão, Zirtaev. Derrapei um bocado, habituado a pensar só no futebol.
ResponderEliminarA este respeito, só o futebol, futebol, futebol, não sou tão crítico quanto alguns amigos face à perda de ecletismo.
Não deixa de ter razão o adriano correia, citando outras eras. Mas hoje já não há pistas de cinza para atletismo e o alcatrão que tinha nas Antas para o ciclismo.
Os clubes de futebol adaptaram as suas instalações ao seu "ganha~-pão" e "raison d'être". Temos de aceitar esta realidade. É quase uma utopia pensar-se em manter 20 ou 30 modalidades (com as novas que se "descobriram").
Neste contexto, falar do FC Porto é falar do melhor clube, aquele com a relação superior em nº de modalidades/títulos. E não só a nível nacional, em que é incontestavelmente superior a Benfica e Sporting.
A nível internacional, à excepção dos colossais Madrid e Barça, não há muitos clubes na Europa do futebol que se façam notar sequer noutras modalidades. Não há em Inglaterra, na Holanda, na Alemanha, em França, mesmo em Itáia.
Penso que, tudo somado, o FC Porto ainda respeita o ecletismo que granjeou adeptos no passado e tem títulos suficientes para engrandecer o clube e satisfazer os seus adeptos.
Quanto à diminuição do nº de sócios, creio ser consequência de uma actualização permanente e "fresca" que nenhum clube faz. E presumo que isso só abona o "controlo" do clube na matéria. Numa fase de tantos êxitos desportivos pode não ser aceitável, mas a vida está difícil e estatisticamente mais a Norte que a Sul e tudo conta. Porém, baixar 2600 ou 3000 não é relevante porque não se vendem "produtos" fictícios e chucha-kits. Mas o Dragão continua com a mais alta taxa de ocupação em Portugal.
Talvez a falta do pavilhão também enha reflexos e tudo isto, em boa verdade, seja transitório, ainda que muitos adeptos, legitimamente, como o adriano correia não prefiram a modalidade "só futebol". Há grande liberdade de escolha e nenhuma intoxicação populista para entrar em livros de recordes.
Teixeira,
ResponderEliminaro problema é que os argumentos do Adriano Correia não são fortes são fracos, acho até que são só pretextos para quem quer estar no contra por outros motivos menos defensáveis e até eventualmente pessoais.
Não há problema nenhum em não se deter a posse de estruturas que custam muito dinheiro e não dão receitas ou cuja manutenção é superior às receitas, desde que se tenha acesso garantido a essas estruturas. A situação ideal para um clube é só possuir para além das equipas das várias modalidades que pratica estruturas edificadas que dêem receitas superiores aos custos de manutenção e melhoramento ou seja, que dêem lucro.
É bom o FCP poder ter ao seu dispor por um longo período de tempo um centro de estágio que não é seu e pelo qual paga uma renda insignificante.
O SCP não tem pista de atletismo e tem uma secção de atletismo do melhor que há a nível mundial. Porque carga de água há-de o FCP ter de possuir piscinas para ter uma grande equipa de natação? Não há piscinas na cidade do Porto e arredores?
Quanto ao pavilhão é o que é possível ter-se e 2.000 lugares não é assim tão mau. Os portistas contestatários que ofereçam um grande terreno ao FCP onde seja possível e permitido construir um grande pavilhão que assim teremos de certeza o tal pavilhão "digno" que eles querem.
O museu é a única coisa onde o Adriano tem um bocadinho de razão. Mas penso que se percebe perfeitamente porque é que o museu não é uma prioridade. Não se pode fazer tudo ao mesmo tempo porque o dinheiro não estica. Agora o pavilhão (13.000.000 € é muito dinheiro), depois o museu que ao contrário do que muitos pensam custa muito dinheiro se fôr posto em prática com a grandeza estética e tecnológica que o Porto merece. E os benfiquistas é que vivem muito de memórias e museus. Nós portistas vivemos do presente e do futuro não do passado.
Em relação à Assembleia Geral se fossem respondidas todas as questões de todos os sócios que as quisessem colocar nunca mais se saíria de lá e poderia até cair-se em situações confusas e pouco dignas que poderiam fragilizar a direcção.
Mas o que mais me aborrece na argumentação do Adriano Correia é o saudosismo dos tempos em que o Porto não ganhava nada e não passava de um clube pouco + que regional. O único motivo que consigo encontrar para esse saudosismo é que esses tempos foram os da sua juventude e a nostalgia é na realidade pela juventude distante e não pelo Porto dessa altura que felizmente morreu há muito tempo.
miguel sousa tavares em a bola 23/10/2007
ResponderEliminarA lição da África do Sul
Durante muitos anos pensei que havia dois países no mundo para os quais, por mais voltas que eu desse à imaginação, não conseguia antever futuro algum: a Índia e a África do Sul. Pois bem, enganei-me: a vida está cheia de surpresas, tanto as boas como as más. A Índia é hoje muito mais do que uma nação emergente: é já uma potência económica imprescindível, crescendo a um ritmo de 10% ao ano e — o que é mais notável para quem conheceu o estado de subdesenvolvimento do país há uns anos — com um crescimento baseado na investigação, na qualificação cientifica e no domínio das novas tecnologias. E a África do Sul, pese os problemas graves que se mantêm, está infinitamente melhor do que todo o continente africano e, sobretudo, conseguiu essa proeza impensável de sair do regime intolerável do apartheid por via pacífica e democrática, evitando a guerra civil e a desforra dos negros contra os brancos, como sucedeu no vizinho Zimbabwe. No Zimbabwe, o racismo negro determinou a expulsão e o confisco de todas as terras dos brancos, conduzindo à ruína alimentar, à fome e à miséria o que fora o mais próspero território agrícola de África. Sob o comando desse criminoso corrupto e sanguinário que é Mugabe (que Sócrates insiste à viva força em deixar vir à cimeira Euro-África de Lisboa), o Zimbabwe transformou-se num quadro de terror e de devastação humana que, mesmo em África, ultrapassa tudo o que é tolerável. A África do Sul, pelo contrário, teve a sorte de encontrar em Nelson Mandela um líder que, em lugar do ressentimento e do ódio, que até seriam compreensíveis, demonstrou, desde o primeiro dia no poder, que buscava antes o perdão, a reconciliação e a prosperidade para o seu país.
O que vimos neste Mundial de râguebi, com o triunfo de uma selecção sul-africana composta essencialmente por brancos e mulatos, não seria, obviamente, possível de acontecer no Zimbabwe. E, infelizmente para o seu povo, que não tem culpa dos dirigentes que tem, o Zimbabwe nunca será conhecido por estas ou outras boas razões e nunca beneficiará, à escala planetária, de uma tão boa promoção como a que a África do Sul ficou agora a dever à sua selecção de râguebi.
O triunfo da África do Sul ensina-nos uma lição que só os ditadores, os racistas e os particularmente estúpidos se recusam a ver: que África não é dos negros, nem dos brancos, como se proclamava até aos anos sessenta, nem dos árabes, como se garantia antes disso. África é dos africanos, independentemente da cor da pele: dos que lá nasceram, lá criaram raízes e lá pretendem morrer. Não há nada mais redutor e idiota do que querer julgar a História à luz dos critérios políticos e de justiça social contemporâneos. Até meados do século XX, a história das nações não foi mais do que a história das conquistas e das derrotas e das sucessivas migrações dos povos a elas associadas. Querer negar que os europeus fizeram e fazem parte de África é o mesmo que negar que os mouros fizeram parte da história da Península ou que os negros de África fizeram, forçadamente, parte da história do Brasil. O que aconteceu, aconteceu porque foi inevitável e até natural, pelos padrões da época. Ser anticolonialista é perceber justamente que o que era natural e tido como legítimo dantes, deixou de o ser depois. Não é pretender ajustar contas com a História, perseguir os que ficaram para trás por amor à terra onde nasceram (e muitas vezes sem outra a que pudessem chamar sua) e transformar a independência conquistada a ferros numa oportunidade espúria para uma vingança fora de prazo, de que os povos autóctones acabam, a maior parte das vezes, por ser as maiores vítimas. Angola, por exemplo, onde estivemos 500 anos, é hoje muito mais abusada e explorada por franceses, americanos ou chineses e com a colaboração do regime local, do que o foi pelos portugueses durante esses cinco séculos. São anticolonialistas e ciosos da sua «independência» para tratarem e mal e de cima (de cima do petróleo) os portugueses; mas já não o são na hora de constituírem as célebres sociedades mistas com as mais gananciosas multinacionais do mundo, fazendo viver a «Grande Família» no mais indecoroso luxo e ostentação, enquanto o povo é tratado como sub-gente. Por aqui se vê como a História tem as costas largas e as verdades adquiridas se transformam tantas vezes em embustes sem pudor.
E há ocasiões assim, em que o desporto subitamente nos mostra que há povos que conseguem viver em paz na diversidade multiracial e em que cada comunidade se sente filha do mesmo país e orgulhosa por o honrar.
2Hermínio Loureiro completou um ano à frente da Liga de Clubes e foi um ano positivo, em que ele confirmou que vinha para mudar as coisas e trazer ar fresco e um ambiente mais saudável ao ar putrefacto em que se vivia. Não deixa de ser uma ironia reveladora pensar que o presidente do Benfica — auto-nomeado regenerador moral do futebol português — conseguiu a proeza de estar com a Liga e intimamente aliado com ela, quando lá estava Valentim Loureiro, em representação do que de pior o mundo do futebol tinha; e conseguiu estar contra a Liga assim que se ensaiou a sério a sua efectiva regeneração. Não sei se é o desejo de dar sempre nas vistas ou se é fruto de uma grande confusão, ingénua ou deliberada, sobre os fins que verdadeiramente pretende.
Entretanto, uma das inovações que Hermínio Loureiro trouxe foi a Taça da Liga, em moldes de disputa originais e semelhantes ao que várias vezes aqui defendi para a disputa da Taça de Portugal: essencialmente, as primeiras eliminatórias discutidas a uma mão no campo dos mais fracos, e as eliminatórias finais a duas mãos. Para além disso, a Taça da Liga visava preencher um défice de visibilidade e de rendimento financeiro para os clubes pequenos e um défice de competição para os grandes, a braços com plantéis de trinta jogadores, dos quais uma dúzia a fazer vida ociosa, sem aproveitamento algum. Todavia, o que se está a passar com os grandes entre os grandes, ameaça matar à nascença a nova competição. Os profissionais de «segunda linha» de FC Porto, Sporting e Benfica têm demonstrado uma falta de vontade e de sentido de responsabilidade — uma falta de profissionalismo — que é preocupante e ameaça tornar inútil e desprovida de sentido a competição. Julgo que no final desta primeira edição, o presidente da Liga vai ter que se reunir com todos e perguntar-lhes o que verdadeiramente querem: manter todos os seus profissionais em competição durante a época ou desistir de fazer ocupar os excedentários, deixando-os livres para essa vida ociosa de treino pela manhã, salão de tatuagens ou cabeleireiro da parte da tarde.
Acho não gostarás de ficar a saber que o clube há muito não é accionista maioritário da SAD (http://web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PCS12688.pdf)
ResponderEliminarAs contas apresentadas referem-se unicamente ao clube Futebol Clube do Porto.
Amigos:
ResponderEliminarA minha «missão» está cumprida.
Entrei (iniciando) neste blog com a melhor das intenções, SEMPRE afirmando, respeitosamente, o meu pessoal conceito de PORTISMO.
Nem sempre fui compreendido, é certo, mas... respeitado.
Assim como respeitei os conceitos dos meus consócios, que têm uma visão diferente da minha, e no que concerne ao que é um CLUBE e o que devem (ou não) fazer os... seus dirigentes.
Dirigentes que antigamente punham a «casa» no Clube, e hoje, levam o Clube (rendimentos) para casa (alguns, até com... várias casas).
Assim, sigo a vontade do amigo
«meirelesportuense» que... não suporta «ouvir vozes que soam a excluídas», além dos conceitos do amigo «luis» que... prefere os
«inimigos abertamente inimigos do FCP que os amigos encapotados de inimigos do FCP» (gostava muito de saber «descodificar» este conceito mas assumo humildemente a minha incapacidade).
Conheço os «tempos de hoje» mas... como sou dos «tempos de ontem», em que ser adepto, atleta, dirigente (e até presidente) de um Clube, era por puro... AMOR À CAMISOLA.
É pecado pensar assim ?
Gostei muito.
Um abraço para todos, sobretudo para os do Clube (e, também para os do... futebol).
Vieira, tem toda razão, o que queria dizer era maior accionista.
ResponderEliminarAdriano não faça isso, já provou ser um grande portista e este sítio tem sempre espaço para grandes portistas. Exponha as suas ideias com a educação que o tem feito que terá todo o respeito de todos os que por aqui passam.
Um portista não pode desistir à primeira contrariedade:-)
Um abraço.
Boa noite meus amigos. É a 1ª vez (e tenho a certeza que não será a última) que deixo um "post" no blog que, para mim, é simplesmente o melhor, no que ao universo azul e branco diz respeito e desde já parabéns ao Zirtaev.
ResponderEliminarEm relação a esta notícia julgo que é incompreensível um clube, com a dimensão, do FCP não tenha um museu que honre as façanhas que muito esforço, suor e nervos custaram a todos (dos adeptos aos roupeiros). O facto do FCP ser um clube virado para o presente e para o futuro, não passando a vida a vangloriar-se com os êxitos do passado, não serve nem deve servir de desculpa. Um estádio de futebol, para um clube como o FCPorto, não deve resumir-se, apenas, à sua função primordial de garantir as condições indispensáveis para que aí se possa disputar um jogo de futebol. É um pouco, se quiserem, como um telemóvel, que hoje em dia não serve apenas para receber e fazer telefonemas. No futebol actual os estádios são fontes de grandes lucros para os clubes de grande dimensão. No que toca ao pavilhão já ouvi dizer aqui que terá capacidade para 2000 pessoas. Gostaria de saber, se alguém me souber dizer, qual era a lotação do antigo pavilhão (Américo de Sá)?
Parece-me, e para terminar, um pouco incompreensível que tendo o clube o sucesso que tem tido tenha perdido mais sócios do que ganhou.
É verdade Zirtaev, não sei se viste, mas o Rui Santos falou no teu blog no Tempo Extra, da sicnotícias.
ResponderEliminarCaro Adriano não sei se percebeu bem o que eu queria dizer com o "não suportar ouvir vozes que soam a excluidas..." Se as inseriu no lote das declarações proferidas pelo Luís, decerto não as entendeu muito bem e por isso vou tentar clarificar melhor o que havia por detrás das palavras que escrevi. -Muito sucintamente o que eu quis dizer com a afirmação de me sentir "pouco confortável" ao ouvir vozes como a sua, que me soam a "marginalizadas" não tem nada de menos consideração para consigo bem pelo contrário. Quero reafirmar que as vozes doridas -as que clamam por atenção e integração, são vozes que despertam em mim dor semelhante. Por isso não as consigo suportar, porque me doem e magoam ouvi-las soar. São como gritos, como lamentos de pessoas abandonadas à sua sorte pela indiferença dos homens...Era somente isto que eu queria dizer e espero que em relação a outros comentários menos agradáveis para si, o amigo dê um pouco mais de luta e não desista à primeira contrariedade ou então pura e simplesmente ignore-os e continue connosco. Um grande abraço!
ResponderEliminarÓ amigo Adriano, não seja tão susceptível que ninguém lhe fez nada que justifique tamanha susceptibilidade. Você próprio afirmou no seu comentário de "despedida" que foi respeitado. Não leve a mal mas com esse comportamento de amuo até parece um "calimero" - alguns de vocês não concordam com o que digo vou-me embora, não falo mais convosco. E logo você que passou o tempo todo nos seus comentários a criticar Pinto da Costa por tudo e por nada e a considerá-lo culpado de todos os males não lhe reconhecendo nem uma pontinha de mérito. Há que saber encaixar críticas e uma ou outra provocaçãozita. Ir-se embora quando acabou de chegar, por causa de ter sido criticado, quando passou o pouco tempo que cá esteve a criticar, parece-me que é claramente exagerado e falta de humildade da sua parte.
ResponderEliminarDuarte sê bem vindo aqui ao Portistas de Bancada e espero que seja mesmo para ficar por aqui e participar nas discussões, assim como continuo a esperar que o Adriano volte. Todos os portistas são bemvindos a esta bancada.
ResponderEliminarE sim, sabia que o TempoExtra tinha feito referência ao blog.
Um abraço.
PS:Meireles, enviei-lhe um email e ainda não tive resposta. Por favor contacte-me.
Caro Zirtaev,
ResponderEliminarTambém podias ter colocado as fotos.
http://estadiodragao.com/assembleia-geral-do-futebol-clube-do-porto/
Cumprimentos.