06 janeiro 2008

Recolocar justiça na diferença pontual

Na entrada do novo ano e no regresso do campeonato após as mini-férias natalícias, o FCPorto joga o último jogo da primeira volta do campeonato e pode terminá-la com uma vantagem de nove pontos sobre o segundo classificado, o que, para quem tem acompanhado todos os jogos do bi-campeão, só pode ser considerada normalíssima e demonstrativa da diferença de potencial entre os Dragões e os outros.

Apesar da diferença de qualidade evidente nem tudo está bem. O FCPorto vem da sua primeira derrota num jogo em que a generalidade dos jogadores estiveram muito abaixo das suas capacidades, sendo que hoje quererão fazer tudo muito rápido perante os seus adeptos para apagar a má dada na Madeira. Por outro lado, todos se lembrarão que no ano passado, após o regresso das férias natalícias, depois de terem sido eliminados da taça de Portugal vergonhosamente e coincidentemente jogando também contra a Naval, a equipa teve um arranque difícil que colocou mesmo em causa toda a grande vantagem alcançada na primeira volta, tendo conseguido quase em desespero a conquista do bi.

Após a perca de pontos dos mais directos rivais, os azuis e brancos só poderão entrar motivadíssimos, contando até com o regresso dos seus dois alas mais credenciados, Quaresma e Tarik, sendo que este último apenas jogará este jogo, estando de imediato de partida para o CAN para representar a sua selecção, ausentando-se por um mês do clube. Assim, a equipa inicial é evidente, existindo apenas uma grande surpresa na convocatória, já que Fucile não faz parte da mesma, ao que tudo indica por opção táctica, avançando para o seu lugar o Marek Cech.

A vitória é o mínimo que se pede para este jogo. Um bom jogo do FCPorto somado a essa vitória é o que os adeptos merecem e o que os jogadores se devem sentir obrigados a dar. Tudo se conjugou para que a reentrada na liga e a entrada no novo ano seja a melhor e só faltará os jogadores darem tudo o que podem e sabem, atalhando assim, e de maneira, o caminho para o tri, recolocando também justiça na diferença pontual para o segundo classificado.

FCPorto - Naval, 20H15 - SportTv1

4 comentários:

  1. Acho que há uma diferença significativa em relação há um ano.
    a) a experiência que obriga a evitar que o "mal" se repita
    b)uma maior consciência colectiva e individual do "mal" feito
    c) o "outro" jogo com a Naval foi depois das derrotas com Leiria e Amadora, ambas sem o Quaresma, e por isso a Naval foi então despachada com 4-0 na maior goleada do campeonato pelo FC Porto
    d) a fragilidade de alguns jogadores, detectada na Choupana, foi identificada por exemplo com a saída de Fucile que então achei demasiado débil em condição física para jogar e pelo visto ainda nem recuperou.
    e) as aparências, porém, vistas de fora não têm grande singificado se não virmos no jogo o que se passa, pois também não faria sentido a presença de Mariano e Farias nos convocados após comprovada e unânime actuação desastrada de ambos na 5ª feira para a Intercalar com o Varzim.
    f) o FC Porto, neste contexto actual, actua sabendo que pode ganhar pontos à concorrência, quando antes perdeu-os sem saber se a concorrência os aproveitaria, o que sucedeu e então encurtou distâncias.
    Espero um bom jogo, lá estarei com o palpite de 2 ou 3-0. O que custa é sempre o primeiro... mas também que a equipa não adormeça depois.

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  2. Sobre os jogos de ontem:
    Setúbal-Benfica, miserável jogo que desisti de ver ainda com 0-0 (soube depois que mal virei costas o Benfica marcou).
    Mas foi miserável de parte a parte
    Boavista-Sporting, bom jogo, disputado, vivo, em campo difícil que tornou impossível fazer melhor.
    Mas o "fechadinhos ao ataque" de Jaime Pacheco ainda é táctica para ganhar que Carvalhal tentou de novo no Bonfim, tal como frente ao FC Porto o Setúbal nada arriscou e arriscou-se a perder com um fraco Benfica com aquele caso da indisciplina em campo que, ridiculamente, ouvi hoje de manhã o mesmo comentador dominical da RTP-N desvalorizar.
    Este, mais um moço do regime da CS que não belisca o Governo também não fere o seu benfiquismo.
    Disse que era irrelevante (para o jogo?, o campeonato?, o próprio clube?...) a indisciplina em campo custar pontos (na 1ª página co CM).
    Enfim, um pateta com ar de padreco e má cópia matinal do prof. Marcelo Rebelo de Sousa, que sabe falar, à noite. Mas tudo programas do regime.
    Ou seja, até não chegar o Canal Benfica (ah, ah, ah, de boicote em boicote) que obrigue Luís Filipe Vieira a não reagir com um mês de atraso às críticas de José Veiga a quem ele achou que o Benfica tanto devia (!!!), vamos ter padrecos como este Rui Baptista aos domingos e as tv's silenciadas até meados do ano eleitoral de 2009 para a concessão do 5º canal que o desgoverno parcimoniosamente dará ao mais bem comportado da classe.
    Está lindo, está...

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  3. Tens razão Zé Luís. Mea culpa. Tinha ideia que o jogo com a Naval teria sido o primeiro após a derrota com o Atlético, não foi, apesar de ter sido feito após uma derrota perante o Estrela em casa e após os jogos de que falaste.

    Qt ao caso de indisciplina no benfica, esse artista que desvalorizou o caso só pode ser burro, se até o próprio clube suspendeu os jogadores, aliás o próprio camacho castigou de imadiatos os jogadores durante o jogo. Enfim. Eles vão tapando o sol com a peneira com toda a lata possível. Não têm pudor algum com essas burrices. Acho que nem os próprios benfiquistas já os levam a sério.

    Um abraço.

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  4. Interessante a RTP não mostrar todas as imagens do desentendimento ni resumo do jogo que vi hoje ao almoço - as imagens do " Jogo " são bem mais elucidativas ...
    Hoje, é ganhar e ... ganhar...

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