Esta questão não tem particularmente a ver com o FCPorto, mas o que os árbitros fazem dentro das quatro linhas, gerando polémicas atrás de polémicas, leva a que a questão tenha a ver com todo o futebol português em geral, onde, como é óbvio, se inclui FCPorto. Além da natural curiosidade que levanta a todos os adeptos de futebol.
Muitos se devem perguntar porque razão se mostram tão relutantes os árbitros portugueses em quererem a profissionalização e porque nunca se avançou para a mesma. Não que na minha opinião ache que algo mudaria na arbitragem com essa solução, mas seria normalíssimo que os árbitros o quisessem fazer, já que não poucas vezes se dizem injustiçados quando lhes tentam incutir alguma responsabilidade aos erros que cometem, dizendo mesmo que não são profissionais e que por isso ninguém os pode responsabilizar. Mas várias razões existem para que sejam constantemente colocados entraves, pelos próprios, a essa medida e é mais fácil entendê-lo perante os dados fornecidos pelo site FutebolNegócios.
O referido site informa-nos que os "senhores do apito", além de manterem os seus empregos regulares, o que convém para o caso de algo correr mal, auferem valores na arbitragem que se podem considerar de extras bastante luxuosos, já que estão bem acima da média do que aufere o português comum no seu emprego do dia a dia. Um árbitro por cada jogo da 1ª Liga recebe 1.000,00 € e por cada da Liga de Honra recebe 700,00 €, aos quais se retiram 20% para impostos. Além destes valores, e segundo o mesmo site, "têm direito a alojamento e refeição nos dias dos jogos, transporte com motorista da porta de casa à porta dos estádios, preparador físico, relvado para treinar, ginásios, equipamentos, 21€ de subsídio de refeição e 300€ de subsídio de treino". Com tudo isto ainda podem alegar, quando cometem erros e tal como já escrevi acima, que não são profissionais, não podendo assim serem responsabilizados.
Mas o site FutebolNegócios apresenta-nos dados concretos numa tabela com os valores auferidos nos últimos 6 meses pelos 24 árbitros pertencentes ao quadro de árbitros da Liga Portuguesa de Futebol Profissional. Como curiosidade podemos ver que o líder da tabela é precisamente o árbitro do último clássico e de quem os portistas bem se podem queixar.
Perante tudo isto é caso para perguntar: mas porque raio haveriam os árbitros de se quererem profissionalizar?
Muitos se devem perguntar porque razão se mostram tão relutantes os árbitros portugueses em quererem a profissionalização e porque nunca se avançou para a mesma. Não que na minha opinião ache que algo mudaria na arbitragem com essa solução, mas seria normalíssimo que os árbitros o quisessem fazer, já que não poucas vezes se dizem injustiçados quando lhes tentam incutir alguma responsabilidade aos erros que cometem, dizendo mesmo que não são profissionais e que por isso ninguém os pode responsabilizar. Mas várias razões existem para que sejam constantemente colocados entraves, pelos próprios, a essa medida e é mais fácil entendê-lo perante os dados fornecidos pelo site FutebolNegócios.
O referido site informa-nos que os "senhores do apito", além de manterem os seus empregos regulares, o que convém para o caso de algo correr mal, auferem valores na arbitragem que se podem considerar de extras bastante luxuosos, já que estão bem acima da média do que aufere o português comum no seu emprego do dia a dia. Um árbitro por cada jogo da 1ª Liga recebe 1.000,00 € e por cada da Liga de Honra recebe 700,00 €, aos quais se retiram 20% para impostos. Além destes valores, e segundo o mesmo site, "têm direito a alojamento e refeição nos dias dos jogos, transporte com motorista da porta de casa à porta dos estádios, preparador físico, relvado para treinar, ginásios, equipamentos, 21€ de subsídio de refeição e 300€ de subsídio de treino". Com tudo isto ainda podem alegar, quando cometem erros e tal como já escrevi acima, que não são profissionais, não podendo assim serem responsabilizados.
Mas o site FutebolNegócios apresenta-nos dados concretos numa tabela com os valores auferidos nos últimos 6 meses pelos 24 árbitros pertencentes ao quadro de árbitros da Liga Portuguesa de Futebol Profissional. Como curiosidade podemos ver que o líder da tabela é precisamente o árbitro do último clássico e de quem os portistas bem se podem queixar.
Perante tudo isto é caso para perguntar: mas porque raio haveriam os árbitros de se quererem profissionalizar?
Ora bem, acho que vou para árbitro.. E podem insultar a vontade.. :))))
ResponderEliminarCumprimentos,
Bruno
Eu acho que a profissionalização que os árbitros falam, não tem a haver com os seus ordenados mas sim com a forma que se dedicam à arbitragem, ou seja, por ser um part-time quando eles preferiam ser um emprego a full-time ,claro que isso iria reflectir nos seus ordenados.
ResponderEliminarNo meu ponto de vista, desde já digo que é um ponto de vista de um adepto normal que apenas acompanha estas coisas " por fora", o futebol é demasiado sério, tem demasiadas vertentes importantes que faz com que seja útil a profissionalização dos árbitros, porque eles não podem levar a arbitragem como um hobby já que um erro pode ter consequências nefastas aos clubes, principalmente quando falamos em jogos europeus que tem sempre muito dinheiro em jogo.
Os erros esses, quer os árbitros sejam amadores, ou profissionais acabarão sempre por existir, mas penso que a preparação para um jogo seria melhor feita se eles fossem profissionais, quando falo em preparação, junto as vertentes física, com as visualizações de vídeos de jogos, quer seus, quer de outros jogos e analise dos seus erros, e é claro psicologicamente, se um árbitro tiver problemas no seu trabalho poderá não ter as melhores condições para arbitrar.
Sinceramente, não fico impressionado com esses valores. Sem dúvida de que se trata de um "part-time" muito rendável, mas não deixam de ser valores muito modestos quando contrapostos às fortunas que este negócio envolve. Basta pensarmos que os jogadores mais bem pagos do nosso campeonato recebem mais de 100.000€ por mês. Logo, temos um tipo que recebe, na melhor das hipóteses, quase 2.000€ por mês (mais o que ganha na sua actividade profissional, é certo), com o poder para decidir - ou influenciar - uma partida em que intervêm jogadores que, no conjunto dos 22 que a iniciam, ganham mais de 1.000.000€...
ResponderEliminarPara além desta questão, concordo com a ideia do Menphis. Não é só a questão do salário, é também a da dedicação. Não é possível ter duas carreiras de sucesso - numa empresa e como árbitro. A 2ª implica uma menor disponibilidade para a 1ª.
Até por isso, acho que seria importante dar-se a possibilidade de os árbitros dedicaram-se inteiramente à carreira da arbitragem - com benefício do tempo disponível para treinarem, aprenderem mais sobre as características dos jogadores ("manhas" que se apreendem com uma horas de observação de vídeos, como a tendência do levezinho para o pé pesado aos guarda-redes), e para prepararem a carreira com mais tranquilidade (no sentido em que não se têm de preocupar com a outra profissão) e, ao mesmo tempo, com mais pressão (de não poderem ser apanhados em casos de corrupção, sob pena de perderem a única fonte de rendimentos).
Não concordo com esta visão. Os montantes referidos não servem para discutir a profissionalização.
ResponderEliminarSugiro um post sobre os salários dos jogadores dos três grandes, não poderemos ter um futebol sério se o lado que tem o poder decisório é amador, independentemente dos prémios. Moralmente seria mais aceitável jogadores amadores e árbitros profissionais do que o contrário. Por esses valores estarão sempre sujeitos a corrupção e outras pressões. São valores miserávelmente baixos para um desporto que move milhões.
Abraço
"...São valores miserávelmente baixos para um desporto que move milhões..."
ResponderEliminarQuer dizer que o porteiro que guarda a porta do Banco de Portugal deveria ganhar 100.000 por mês senão poderia ser mau profissional e deixar assaltar o nosso ouro...
A minha alma está parva...
É certo que a minha visão poderá estar bastante simplificada, mas a questão final não deixa de estar correcta, já que para um árbitro se profissionalizar teria de ter emprego certo na arbitragem. E aqui reside a questão. Um árbitro chega a profissional e a dada altura comete erros atrás de erros, que lhe fazem? Cortam no ordenado? É despedido? Fica em casa e não trabalha ganhando na mesma?
ResponderEliminarFica a questão então: Porque raio heveriam os árbitros de se quererem profissionalizar? Assim como está é tudo bem mais fácil, não podendo ser responsabilizados de nada.
Acredito que com mais tempo que pudessem dedicar-se à profissão de árbitro, estariam talvez melhor preparados, mas os erros apareceriam na mesma e não seriam por ganharem bastante mais que eles deixariam de errar.
O facto de estarem mais sujeitos a serem corrompidos por o futebol ser uma actividade que gera milhões, acho ser uma completa falsa questão e o exemplo do Deko é elucidativo. Ganhar muito ou pouco não faz de mim mais ou menos sério. Se sou honesto hei-de desempenhar sempre bem o meu trabalho e se não estou contente com o baixo ordenado (que não é aqui este caso) mudo de emprego. Honestidade é o que se precisa, se se deixarem corromper não são honestos, pura e simplesmente.
Um abraço.
Gostaria de aproveitar o andar por aqui para confessar algo que me dói bastante na alma: a forma passiva como os nossos representantes defendem o Clube nas Tvs! Eu aprecio muito a educação e a forma como o senhor Rui Moreira intervém no Trio de Ataque...Mas, face aos desmandos dos seus confrades de debate, deveria ser -como direi?- mais "objectivo e duro" nos argumentos que contrapõe aos oponentes...Esta terça-feira verifiquei que entre o JCV e RRC havia -de forma nítida- uma espécie de encontro argumentativo, que tendia a desvalorizar como habitualmente, os erros dos árbitros, partindo da premissa que estes eram erros favoráveis aos seus Clubes! Os outros, os que favorecem o Porto claro, são produto de má-fé ou de dinheiro sujo! É tempo de o senhor Rui Moreira abandonar um pouco o seu estilo "soft" e "requintado" e descascar nos meninos ladinos da Capital!Então o Bruno Alves devia ser expulso e o Liedson -quando muito- "poderia" levar cartão amarelo? Então o golo anulado ao Porto é mesmo fora de jogo e o do Sporting é "muito mais difícil" de descortinar? Então a falta de que resulta o 1º golo do Benfica em Guimarães é inexistente e a que dá o 3º golo nem sequer é mencionada? E o que aconteceria se o golo do Ismailov sobre o Beira-Mar -esta quarta-feira- fosse obtido na baliza do Sporting? Era mesmo dentro ou estaria sobre a linha?...Então as estatísticas já não servem para nada -argumento de quem faz isso a sua profissão?...O árbitro deveria parar o jogo para substituir o David Luís e os "conhecedores" não sabiam que quem pede a substituição é a equipa prejudicada com a situação?...Até o Carlos.Memória.de.Elefante.Desportiva.Daniel não sabia disto?...Elementar meu caro Rui Moreira, "amande-lhes" com o corpo para as unhas!...Sem medos! Agora estar ali muito diplomaticamente sentado a verificar todas aquelas sintonias estriónicas e nada fazer?...Valha-me Deus!Um abraço!
ResponderEliminarTemos de comparar estes numeros com o que ganha o comum portugues. Os arbitros ganham de facto, dinheiro a mais para as prestaçoes miseraveis com que nos presenteiam todas as semanas.
ResponderEliminarO problema é que o futebol move milhoes e segundo esse argumento podemos estar aqui 2 semanas a discutir o sexo dos anjos.
O que é facto é que a desresponsabilizaçao dos arbitros é notoria. Pior, é arbitraria.
O problema da arbitragem sao os orgaos que a gerem. O problema é que, enquanto em determinados sectores da nossa sociedade as mentalidades estao a evoluir rapidamente, o nosso futebol continua habitado por "aproveitadores de ocasiao" que se "orientam" conforme as suas necessidades. Basta olhar para os ultimos presidentes do Sporting e do Benfica. Basta olhar para a descomunicaçao e os seus dinossauros pequeninos, como Manhas e Cartaxanas.
O problema é de moral, nao de ordenados. E nao me venham com essa de "ah e tal (ja pareço o gajo do gato fedorento), ha paises onde os arbitros ganham mais, bla, bla, bla).
Peço desculpa, mas Portugal nao tem estruturas para alimentar verbos de encher.
Se os arbitros nao se querem profissionalizar, la teem as suas razoes. Se se profissionalizarem, encontrarao formas de contornar a lei e ter outra actividade extra-futebol. Se se profissionalizarem terao mais dinheiro por jogo. Naturalmente.
Dizem que o futebol em Portugal, passou décadas a ser previligiado em relaçao a outras actividades. Pois tera sido, com certeza. Mas quantas empresas terao fugido aos impostos nestas ultimas 2 décadas?
Em Portugal ganha-se pouco e por isso as pessoas tendem sempre a questionar o ordenado do vizinho.
Agora eu pergunto, vamos sanar o futebol (incluindo as mentalidades Madais e companhias) pensando que um arbitro nao deve ganhar mais do que ganha, porque ja ganha bem, e a sua prestaçao é fraquissima? Ou vamos dizer que coitadinhos ganham pouco e dever-se-iam profissionalizar para limitar a possibilidade de corrupçao? Mas acham que ainda hoje existe corrupçao que se suporta somente em valores materiais e classificaçoes? Nao sera que a moral no nosso pais anda nas lonas? Nao sera que o culto da incompetencia ainda esta muito instalado? Nao sera que estes senhores do apito ajem de ma fé? Basta olhar para as arbitragens de Xistras, Ferreiras, Elmanos e Imbecilios para constatar a realidade. Ou ouvir comentarios de Corneados, ou ler as declaraçoes absurdas do Orelhas depois de ter sido protegido em Guimaraes por uma arbitragem no minimo triste. Instigando à confusao, propagandeando a mentira.
Ou vamos trazer arbitros estrangeiros e fazer das suas actuaçoes exemplos para o s arbitros portugueses?
Posto isto, os senhores que defendem o Futebol Clube do Porto na televisao, nao deveriam ser mais incisivos nestas questoes em vez de chutarem para canto?
De facto, devo confessar que estava à espera de um Rui Moreira mais agressivo perante as alarvidades sobre arbitragem proferidas esta semana. O Sr. Guilherme Aguiar ja conhece demasiadas pessoas no futebol portugues para contrariar os seus comparsas de debate. Recebem os 3 muito dinheiro para fazerem aquela figura triste na SIC todas as semanas. Esse programeco da Sic"k", enfim... acho que ja nao o vejo ha mais de 1 ano.
Alguns pequenos acréscimos ao que atrás disse: JCV(José Carlos de Vasconcelos)e RRC(Rui Ribeiro e Costa) deverá subentender-se APV(António Pedro de Vasconcelos) e ROC(Rui Oliveira e Costa), onde vou eu sacar aquele, talvez à História de Portugal ou ao extinto semanário OJORNAL? E também corrigir que o Sporting jogou com o Gil Vicente e não com o Beira-Mar...Para mim não é importante, é até irrelevante o nome dos adversários, os beneficiados em causa são sempre os mesmos, mas convém dizer as coisas de forma totalmente correcta...Até para evitar fugas convenientes!
ResponderEliminarCaro Deko, não consigo idealizar um desporto onde o poder decisório está na mão da boa vontade de amadores. É certo que ganham muito mais do que um português médio, mas tens que concordar que uma decisão errada ou certa de um árbitro pode ter um peso económico brutal, o seu exemplo do porteiro é não passa de um exagero porque o porteiro não tem peso na decisão do Banco de Portugal.
ResponderEliminarÉ necessário ter presente a arbitragem em sentido amplo e todo o seu peso no mundo do futebol. O árbitro é o juiz numa partida é quem decide, os seus actos (maus ou bons) vão gerar perdas ou ganhos económicos. Os os árbitros deveriam ser profissionalizados deveriam ganhar mais mas como qualquer profissional (como cada um de nós) se errar terá que sofrer consequências.
Abraço
Estive até agora a ver um pouco do Programa da RTPN e lá escutei a promessa do treinador do Nacional -um grande cabeçudo- de que este fim-de-semana vai jogar na Luz sem ser à defesa...Isto é o mesmo que dizer, caros amigos de Lisboa -ele gostou muito da exibição do Benfica em Guimarães- ficai descansados, vou-vos abrir a "cueca"...Esclarecedor...Atenção PGR...
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