27 fevereiro 2009

Crónica de uma viagem a Madrid


O F.C.Porto em Espanha
Aproveitei este jogo do nosso clube contra o Atlético para voltar a uma cidade aonde deixei muitos amigos e onde vivi um ano. Neste regresso, tentei inteirar-me de tudo o que se dizia do Porto actualmente, se mudava muito em relação ao já respeito que existia no ano em que tinha residido em Madrid. Para ter uma noção ainda maior, para além de falar com amigos espanhóis comprei todos os jornais desportivos de todas as conotações pró Madrid, pró Barça e o El Mundo Deportivo do Atlético de Madrid que é diferente do El Mundo Deportivo do Barcelona.

A conclusão que cheguei é que relativamente ao ano anterior há actualmente um grau de conhecimento superior sobre as características do F. C. Porto e certos jogadores que hoje estão mais cimentados que nunca na memória colectiva espanhola.

Lucho é um caso aparte, quando falo em Porto, mesmo que fale com alguém que acompanhe pouco outras ligas me saberá logo relacionar com o Porto e dizer que é um excelente jogador. Todos quando falam de Porto falam automaticamente de Lucho. Muito respeitado, consideram um craque, que faz mover toda a equipa do Porto. Muitos diziam que era o Kun Aguero do Porto. E depositavam muitas esperanças num bom resultado para o Atlético até porque sabiam que Lucho iria jogar limitado e isso poderia ser fundamental para emperrar a equipa do Porto.

Mas sabiam que não só de Lucho o Porto vivia. Pude constatar que perante a classe jornalística e quem acompanha futebol com atenção Bruno Alves é já um nome consagrado como um internacional português de qualidade, capaz de ser mais um caso Pepe ou Ricardo Carvalho. Num jornal diziam mesmo que pelo seu estilo de jogo era o novo Fernando Couto.

Para além disso destacava-se o poder ofensivo do Porto. Que apesar de não ser tão forte como o do Atlético era também o ponto forte da equipa juntamente com o meio campo com o duo: Meireles Lucho. Já Fernando ainda é desconhecido, sabe-se que é o substituo de Assunção mas há ainda muito desconhecimento, ao ponto de ler coisas como o facto de ele não saber jogar com a bola nos pés e só saber destruir.

O Porto estava bem estudado. Sabiam que o ponto fraco e a atacar seria as laterais. Porque Cissokho era inexperiente e vinha do Setúbal e diziam que Fucile era bom atacar mas não era propriamente um Bosingwa. E acima de tudo mantinham a imagem que já no ano passado tinham de Helton, um frangueiro, guarda redes típico da escola brasileira, muito irregular e capaz de meter frangos incríveis. Sempre achei estranho essa imagem tão negativa que tinham sobre o Helton. Mas depois do frango que ele deu com o Chelsea e agora com o Atlético acho normal que essa seja a ideia que fiquem dele.

Destacavam que pelo centro o Porto tinha muita segurança com um grande Bruno Alves e que Rolando apesar de menos bom seguia o estilo do seu companheiro mas que por serem do estilo de centrais altos e mais pesados seriam os ideais para que Aguero pudesse usar a sua velocidade. Mas prova do respeito por Bruno Alves é que a Nike fez um reclame propositado com os dois para este jogo. Via-se na loja do Atlético um grande cartaz assim como nas páginas dos jornais espanhóis de Aguero e Bruno Alves prevendo o grande duelo. Aguero com a mensagem “não me verás” e Bruno Alves com a mensagem “Não passarás”. E afinal aplicou-se mesmo a de Bruno Alves que só reforçou ainda mais a fama de central de classse mundial que já acumula não só em Espanha como por toda a Europa e que o coloca já na rampa de lançamento para mais altos voos.

Lisandro destacava-se como o maior foco de perigo, sabiam já dos estragos que havia feito na champions anterior e o chamavam de goleador. Elogiavam muito o tridente ofensivo com El Cebolla Rodriguez que conhecem bem por ser uma das figuras da selecção uruguaia e o têm em muito boa conta e ainda um tal de... Hulk... Que diziam estar a fazer furor em Portugal mas que o classificavam como um jogador muito forte e muito rápido e muito forte mas sem grande técnica... Pois... Ainda não tinham visto o verdadeiro Hulk... Depois do jogo a opinião deles mudou radicalmente e agora já o temem bastante e não o colocam tão atrás de Lisandro e Rodriguez como antes.

Os cronistas afectos ao Atlético aludiam ao facto do Atlético ter que salvar a época através da champions e que mesmo mal na Liga, na Champions o Atlético nunca havia perdido em casa nem mesmo para o Liverpool. Mas admitiam que quando saiu o Porto ao Atlético os sorrisos eram maiores do que eram actualmente. Porque o Porto de lá para cá melhorou enquanto o Atlético piorou substancialmente e que a experiência do Porto não era de deixar de ser levada em conta e que era uma senhora equipa.

Com alguma graça se vê que ainda não se sabem informar bem sobre o que se passa na liga portuguesa. O ponto mais curioso foi num jornal que diziam que Jesualdo Ferreira dizia-se em Portugal que tinha por hábito lavar os dentes depois de ganhar um jogo. Essa deu-me para rir muito. Claramente andaram a ler a bola, record, etc. depois das declarações de Jesualdo que ganhar no Porto era habitual como lavar os dentes e lá leram algumas provocações a esse facto nesses jornais quando o Porto perdeu algum jogo


Os traidores
Mas a minha estadia em Madrid começou logo com uma desilusão. Traidores. Paulo Assunção já não me surpreendia e até não me afectava muito. Afecta-me é que os argentinos o ano passado pela sua briguinha por protagonismo com Quaresma dessem mais valor a Assunção que a Quaresma e agora ele diz as barbaridades que diz do clube e diz que o Atlético é muito melhor e no final acabam aos beijinhos e abraços com ele. Claramente a mensagem do Jesualdo de que ele já não era um dos nossos não passou para os argentinos.

Mas a verdadeira desilusão veio de Paulo Futre. Um jogador que se fez no Porto, que foi campeão da Europa que ainda hoje é recordado pela exibição memorável de Viena e que em longa entrevista falou que depois de algumas dúvidas agora estava mais que seguro que iria torcer pelo Atlético de Madrid apesar de lhe custar ver o Porto eliminado. Alegou vários motivos…O facto do Porto já ter duas champions, de ter estado mais anos em Madrid que no Porto, o de viver em Madrid e acompanhar mais o Atlético que o Porto, e finalmente o facto de um dos seus filhos que também é portista e torcer pelo Atlético lhe ter dito que ía apoiar o Atlético.

Tudo bem que ele torça pelo Atlético. Mesmo não tendo ganho nada de relevante lá e mesmo sabendo que só chegou lá porque o Porto fez dele jogador. Mesmo assim e visto que ele já la vive tantos anos e até dirigente do Atlético já foi, até aceitava. Não me entra na cabeça foi uma declaração dele... “Foi maravilhoso ser campeão da Europa pelo Porto, é o topo na carreira de um jogador, mas, apesar disso, não se compara com o que eu senti quando ganhei a taça do Rei pelo Atlético de Madrid em pleno Bernabeu, isso foi algo de inexplicável, foi mais marcante que tudo...”. Comparar aquela final mágica de Viena e ser campeão da Europa a ganhar uma mísera taça do rei? Isso no mínimo é insultuoso e chega até a raiar a ingratidão. Fiquei deveras desiludido com Futre. Li isso logo mal aterrei em Madrid e só me deu ainda mais raiva e certeza que o Porto ia a Madrid mostrar o que é o F. C. Porto e que o Atlético pode ter Aguero e as estrelas que quiser mas o que o F. C. Porto vale na Europa e no Mundo não se compra com jogadores, só se tem com rigor, seriedade, profissionalismo, espírito vencedor, adeptos incríveis e uma estrutura que mesmo sendo de um país pequeno como Portugal dá 10 a 0 ao Atlético de Madrid.

Futre ainda conseguiu dizer pérolas como: “O Calderon é um ambiente muito mais difícil de jogar que o Dragão”, ou “prefiro o Atlético pelos seus adeptos que são os melhores do Mundo…”. Sobre o Calderon e os adeptos devo dizer que os vi muito tempo calados. Vi foi o Porto a cozinhar muito bem a equipa do Atlético de Madrid no seu próprio Calderon…

Maniche teve uma postura totalmente diferente. Mesmo sendo jogador do Atlético não teve problemas em já mesmo antes do jogo refrear o optimismo e alertar para o facto de o Porto ser um grande clube europeu, mais experiente que o Atlético e com uma mentalidade vencedora que não muda saia quem saia todos os anos e demonstrou eterno agradecimento e apreço pelo F. C. Porto. Ele mesmo nas suas entrevistas parecia já prever que as coisas iam correr mal para o Atlético e que claramente os seus colegas não tinham noção do adversário muito forte que iam encontrar.


O Calderon
Já ao ir para o estádio e depois da consciência que éramos respeitados mas ainda havia muita confiança que o Atlético ganharia. Verifiquei a realidade logística que me faz ver que por vezes não sabemos dar valor ao que é nosso e tendemos a achar que tudo o que é de fora é bom. O Porto em organização, logística, estádio, etc. dá uma goleada ainda maior ao Atlético do que a que podia ter dado no campo se não tivesse feito um festival de golos falhados.

Falo de acessos terríveis, de um estádio mal localizado, velho e decadente por fora e por dentro, com um péssimo relvado e nada moderno ou funcional e agradável como o nosso estádio do Dragão. Já antes do jogo recomendavam que se comesse fora do estádio porque la não havia serviços de restauração de qualidade o que estranhei. Até ter entrado no estádio... Uma espécie de garagem por dentro em que tinham 3 ou 4 pessoas atrás de um balcão improvisado sem qualquer tipo de higiene ou qualidade, nem licenciamento a vender umas sandes e umas bebidas. Um barraco. Pareciam aqueles barracos que vendem comida nas imediações do estádio. Comparar isso com o que se pratica actualmente nos estádios modernos...

Para além disso, lugares sujos sem se ver bem os números em alguns... E lugares marcados...? Nem pensar, é tudo ao molho... Isso de ter lugares marcados é um luxo. Em Portugal somos atrasados mas até nos jogos da liga nacional se cumpre os lugares marcados já há alguns anos. Então na champions nem se fala... É escrupulosamente cumprido. O Vicente Calderon quer pelos acessos, pelo exterior e interior do estádio, sujidade, degradação, etc. fazia-me lembrar os estádios portugueses de há para aí uns 10 anos atrás ou mais. E ainda dizem que estamos atrasados em relação a tudo ao resto da Europa...

Depois a polícia parecia achar que ia lidar com selvagens na forma como tratava as pessoas. Mas nada demais, apenas zelo. Não fosse os adeptos do Porto estarem separados dos do atlético de Madrid por duas simples tiras de plástico que separavam as duas bancadas. Absolutamente ridículo.

O Jogo
Durante o jogo o Calderon foi silenciado por uma grande exibição e por uns adeptos incansáveis no apoio á equipa que apenas esmoreceram após o frango de Helton que foi um verdadeiro balde de gelo perante o que o Porto vinha jogando. Mas também foi aí que começou a reacção. Ao contrário de outros adeptos e outras ocasiões, os portistas no regresso de Helton mesmo ainda chateados por mais um frango numa fase importante da champions, não lhe furtaram apoio, desculparam o erro e cantaram o nome dele deixando-o visivelmente emocionado e mais focado que nunca para dar o seu melhor para não deixar mal todos os que o apoiaram. Aí viu-se uma união perfeita e sede de vencer entre equipa e adeptos. A união perfeita que já nos levou a grandes vitórias. E provou-se que esta equipa está unida e é um balneário blindado, principalmente quando no golo de Lisandro todos se abraçaram a Helton.

Realmente os ultras do Atlético faziam um bonito espectáculo. Durava era pouco porque depois sofriam a cada vez que Hulk, Lisandro, Rodriguez e companhia tocavam na bola. E após o empate o Atlético ouviu mesmo olés no seu próprio campo tamanho era o domínio do Porto sobre o campo.

Assunção teve a reacção esperado, apupado quando tocava na bola e felizmente Maniche teve a reacção que merecia, aplaudido por todo o estádio ao entrar. Por adeptos do Atlético e pelos do Porto. E quando uma vez rematou para fora teve o seu nome cantado durante vários minutos por todos os portistas numa prova de gratidão a um grande jogador que ainda hoje não se esquece do clube que marcou para sempre a sua carreira e não se furta a elogia-lo e é mais um portista a torcer por fora mesmo não jogando cá já há alguns anos.

Mas o ódio de estimação esse estava guardado para...Simão :-). Esse sim ouviu cânticos ofensivos todo o jogo e das poucas vezes que os adeptos foram até á grade sem se tratar de um golo do Porto era quando Simão se chegava perto daquela zona e aí ele ouvia de tudo mesmo. De início ele sorria perante os cânticos ofensivos. Depois do 2-2 e quando lá ía parecia ficar mesmo irritado até porque se antes estava a conseguir incomodar Sapunaru, agora até já dificuldades em dominar a bola tinha junto da bancada aonde estavam os portistas a chamarem-lhe de tudo.

A acabar o jogo talvez por alguma azia, prolongaram por muito tempo a permanência dos adeptos do Porto. As luzes já estavam quase apagadas e nós ainda á espera de poder sair.

Epílogo
Mas o sentimento era de resignação por parte dos adeptos do Atlético. Sentiam que podiam estar satisfeitos pelo empate que caiu um pouco sem terem feito nada por ele. O F. C. Porto não venceu, mas deixou a eliminatória em vantagem para o jogo em casa e sem dúvida reforçou ainda mais a sua imagem por terras espanholas e viu activos como Bruno Alves, Lisandro, Rodriguez valorizarem-se ainda mais e deu a conhecer um jogador que é incrível e se chama Hulk. Agora muitos já estão com os olhos postos no que ele fará ainda nesta champions e não deve haver um único adepto do Atlético que não o tema neste momento.

Apesar de tudo, eles ainda confiam muito no seu poder ofensivo. Todos os jornais falaram que o Atlético saiu vivo do jogo sem saber muito bem como mas que no Dragão o seu poder ofensivo pode fazer mossa. Por um lado é nisso que se motivam. Mas esquecem-se que o Porto em Madrid assumiu o jogo, coisa que não é o seu melhor estilo e mesmo assim falhando golos atrás de golos, marcou 3, um deles mal anulado e destroçou a defesa do Atlético enquanto que Aguero e Forlan viram-se e desejaram-se com Bruno Alves e Ronaldo e ficou claro que o meio campo e a defesa do Porto são mais fortes que o Atlético e o ataque não é assim tão mais fraco que o deles.

Com uma diferença. O Porto tem treinador (por mais que muitos portistas não o gostem de admitir) e tem por isso uma equipa mais coesa, segura e mais capaz de gerir jogos do grau de exigência da champions. E acima de tudo é uma equipa feita na Europa. Não se encolhe nem se atemoriza com ninguém como o Sporting fez com o Bayern de Munique em que logo pelo discurso de coitadinho de Paulo Bento começaram logo a perder o jogo ainda na sala de imprensa (e ainda falam dele para treinar o Porto... só mesmo se for para piada de Carnaval…)

O F. C. Porto como clube é maior e melhor que o Atlético e parece que muita gente inclusive o próprio Futre se esqueceu disso. Nada melhor que o relembrar com uma exibição convincente em Madrid. Falta agora fazer o que não fizemos lá e matar a eliminatória o mais cedo possível, provando em campo que não são somos o melhor clube, mais organizado, com mais história, mais respeitado mundialmente, mas também temos melhor equipa mesmo actualmente numa época em que o Atlético investe milhões no seu plantel e tem mais dinheiro que o F. C. Porto. Mas nós somos o F. C. Porto, o que somos hoje não o compramos em lado nenhum, construímos com muitos anos, muita dedicação, muita organização e profissionalismo. Por isso dominamos em Portugal mesmo muitas vezes sentindo que lutamos contra o nosso próprio país para vencer não só em Portugal como vencer lá fora levando o nome de Portugal a conquistas que há muito tempo o Sporting e Benfica são incapazes sequer de sonhar em fazer.

Isto tem que ficar claro para os nossos adversários seja em Portugal ou na Europa. Nós somos o F. C. Porto. Ponto. Em qualquer época, com qualquer momento de forma nós somos sempre fortes, sempre têm que nos temer e respeitar. A nossa força está já instituída no futebol Mundial por muito que isso não agrade a muitos.

19 comentários:

  1. Nem sempre concordo contigo mas... absolutamente brilhante.

    "Ao contrário de outros adeptos e outras ocasiões, os portistas no regresso de Helton mesmo ainda chateados por mais um frango numa fase importante da champions, não lhe furtaram apoio, desculparam o erro e cantaram o nome dele deixando-o visivelmente emocionado e mais focado que nunca para dar o seu melhor para não deixar mal todos os que o apoiaram. Aí viu-se uma união perfeita e sede de vencer entre equipa e adeptos. A união perfeita que já nos levou a grandes vitórias. E provou-se que esta equipa está unida e é um balneário blindado, principalmente quando no golo de Lisandro todos se abraçaram a Helton."

    Se assim fosse sempre...
    Se os adeptos apoiassem sempre até ao fim.
    No fim façam a sua justiça... Mas no durante apoiem... Destabilizar não ajuda em nada...

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  2. Concordo que no nosso estádio o apoio dever ser total e incondicional.
    Na emissão da tv ouvi o apoio dos adeptos que se deslocaram a Madrid.
    O que é estranho é que em casa não temos esse apoio e os adeptos são os mesmos. Por que será?

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  3. Ricardo Costa,

    obrigado por teres transmitido as tuas impressões vividas no Calderón.

    Gostei imenso de ler e também eu concordo que fora do Dragão temos sempre os melhores adeptos do mundo.

    São aquels 3000-5000 adeptos que ainda encarnam - nos estádios, entenda-se - o espiríto do Dragão "aka" Antas.

    Que saudades de viver esses ambientes em nossa casa.

    E sim, Jesualdo foi o mentor da excelente exibição. Sem medos, ao contrário do que muitos não se cansam de lhe apontar.

    Quanto aos espanhóis, seguramente com ou sem atmosfera no Dragão, irão compreender a força do FC Porto - o representante da bandeira de Portugal na Europa do futebol, "ontem", "hoje" e SEMPRE.


    Abraço

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  4. Seja bem aparecido Ricardo e em excelente forma. Parabens pela prosa, entre outras coisas faz bem ao nosso ego, não só de portistas mas também de portugueses.
    Quanto ao resultado da eliminatória, não sendo favas contadas, estou francamente optimista. Eliminar o Atlético, depois do que foi dito e escrito dá um prazer suplementar, lá isso dá.

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  5. Parabéns Ricardo Costa pelo excelente relato. De facto algo tem que ser feito para que a atmosfera do Dragão seja de principio ao fim espectacular. Assobiar logo aos 4 minutos não ajuda e nós somos os 12° jogador!

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  6. Excelente testemunho ricardo Costa(já mudavas de nome ;)), espero que amanha no dragão e na segunda eliminatoria o estadio esteja cheio e seja o verdadeiro 12 adepto para o FCP, e que os tempos em que era o 12 adepto para os adversarios já seja coisa do passado.

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  7. Ricardo, eu nunca estive no Vicente Calderon mas pela descrição que fazes do estádio, fazes-me lembrar um que desapareceu há relativamente pouco tempo. O Estádio das Antas.
    Era tal e qual. Feio, sujo e muito pobre. Era pobre demais para a grandiosidade do FCPorto. Ainda bem que houve o Euro04.

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  8. Tem-se falado muito do ambiente do público do Dragão e do ambiente frio do mesmo. Eu não tenho a certeza que os adeptos de hoje apoiem menos do que faziam nas Antas. O que me parece é que as condições acústicas do Dragão não sejam as ideais para criar bons ambientes. Tive essa opinião logo no jogo de inauguração do estádio. Eu tinha lugar na fila 22 dos cativos das Antas e no novo estádio fiquei na fila 7 atrás dos bancos. Era um silêncio mortal. Mudei para a arquibancada e já vi jogos em muitas partes dos estádio e apesar de melhor, o ambiente não é o das Antas.

    Acredito que um ambiente "quente" ganha jogos e por isso acho que a SAD deveria investir na acústica do estádio. Não sei que possíveis soluções existiriam, mas que era um investimento importante era.

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  9. Foda-se!!!Chamar feio e sujo ao velhinho estádio das ÁNTAS???Pobre ainda vá lá,agora feio e sujo???Eu que por várias vezes me emocionei a pontos de me aflorarem lágrimas aos olhos no velho estádio das ÁNTAS tenho de lêr isto?Oh amigo Miguel,o
    velho estádio das ÁNTAS era do mais belo que os meus olhos viram!Para mim o frio está a afectar-lhe o discernimento!Quanto ao post excelente!Futre?Esse nome soa-me familiar!Penso que há já alguns anos jogou no nosso clube um
    jogador com o mesmo nome!Não deve tratar-se da mesma pessoa seguramente!

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  10. Ó condor, mesmo não utilizando uma expressão tão forte, estou de acordo consigo. Insultar o velhinho estádio das Antas, é de facto uma heresia. Era sujo? Era feio? Não sei. Naquilo que amo não sou capaz de ver defeitos assim tão graves e eu vivi naquele velhinho estádio momentos inolvidáveis. Vivi ali algumas da maiores emoções da minha vida, por isso também não gosto que digam mal dele.

    Saudações portistas

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  11. muito bom post! PARABENS!

    em relaçao aos adeptos podem chamar o que quiserem as claques mas as 2 claques do PORTO são das melhores do mundo! sempre a apoiar (as vezes cometem alguns excessos), e se não fossem eles no nosso estadio ninguem apoiava e so assobiavam!

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  12. Ok. Não era feio...era arquitetonicamente ultrapassado.
    Peço desculpa :)

    Pedro, as claques não são más mas o publico em geral é de facto péssimo.
    São longos minutos de silencio total cortados por assobiadelas monumentais quando as coisas não correm de feição.
    Não temos o habito de cantar o jogo todo ou pelo menos puxar pela equipa. Gostamos de nos sentar, ver o jogo e protestar.Pouco mais.

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  13. Cozinhados no Calderon, comidos pelo dragao!

    (titulo de O JOGO depois da segunda mao... :)

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  14. Não o público não é pessimo e o Estadio das Antas era bonito , apesar de claro que hoje em dia fosse um estadio velho.

    Eu estive em Madrid e de facto as condições não eram boas, mas também não exagerem. E além disso via-se muito bem o jogo de la de cima onde estava. Os adeptos que la estavam fez-me lembrar o futebol à moda antiga tipo Estadio das Antas. Foi lindo!

    É estranho as condições acústicas não serem boas e isso é inegável, basta ver o Colectivo que nas Antas com menos gente fazia mais barulho que faz agora no Dragão. Provavelmente são as aberturas nos topos, mas encontrar soluções para isso é complicado. Ideias? Dois vidros gigantescos?!

    O problema do Dragão é muito provocado pelos "adeptos das pipocas". Não é que eu tenha algo contra comerem pipocas ao intervalo ou antes do jogo, agora durante é para estar a viver intensamente, protestar em qualquer decisão contra do arbitro e comandar a equipa para a frente.(O chamado Tribunal das Antas)

    Apoiem mais!

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