17 outubro 2009

Obrigação cumprida

FCPORTO 4 - 0 Sertanense
Marcadores: Hulk ( 7´ e 86´) e Farias ( 10´e 39´)

Equipa: Beto, Fernando, Maicon, Nuno André Coelho, Prediguer, Sérgio Oliveira, Valeri, Rodriguez ( Dias 61'), Mariano ( Alex 70´), Hulk e Farías ( Yero, ao intervalo)


Quando uma equipa encara as partidas de forma séria, com brio profissional, e com respeito pelo seu adversário e pela entidade que o paga, tudo fica mais fácil, sem espaço para surpresas e escândalos, foi mesmo isso que a equipa do FCPorto, que se apresentou frente ao Sertanense, fez, acabando por conseguir uma vitória fácil, coincidentemente por números alcançados em anos transactos em jogos contra a mesma equipa, e muito tranquila.

Apresentando um sistema totalmente diferente daquele que tem vindo a ser utilizando, regressando ao 3x4x3 de tempos holandeses,e com várias estreias na equipa principal, a maior novidade acabou por ser a inclusão de Sérgio Oliveira, que bateu um record histórico, é, a partir desta partida, o jogador mais novo a actuar pela equipa principal do FCPorto destronando uma figura mítica, o bi-bota de ouro Fernando Gomes. O jogador demonstrou um tremendo à-vontade, uma grande simplicidade, sem grandes floreados mas sempre muito eficaz, com uma grande qualidade de passe, mostrando a alguns jogadores adultos, como por exemplo aquele que envergou a braçadeira de capitão, como o futebol tem mais eficácia e ais garantia de sucesso, quando existe simplicidade no trato da bola.

Com 10 minutos realizados, o FCPorto acabava com todos os sonhos de surpresa ao Sertanense, a maneira como os pupilos do Jesualdo se apresentaram logo de inicio foi o melhor caminho encontrado para que todo o resto fosse realizado a ritmo de passeio.

Aos 7 minutos, e pela primeira vez com a camisola portista, finalmente, Hulk marcou de livre não dando hipóteses ao seu adversário, no primeiro remate do FCPorto à baliza do Sertanense.

Passados 3 minutos, depois de ver um defesa impedir, com o braço, que ele marcasse, Ernesto Farias, de grande penalidade, não perdoa e fazia o 2-0 acabando com todas as esperanças da equipa da Sertã.

A partir daí, o FCPorto baixou o ritmo, apesar de tudo, apresentando um futebol agradável, com Hulk a mostrar um ritmo competitivo bastante alto, e com o meio campo a trabalhar bastante, com destaque para Sérgio Oliveira, sempre muito trabalhador.

Mas, novamente como é tradição, Ernesto Farias também tinha de fazer dois golos, aos 39 minutos, Rodriguez cruzou de forma perfeita, ao que o argentino se aproveitou para se antecipar de forma rápida, aumentando a vantagem.

Ao intervalo, Jesualdo Ferreira dava oportunidade a mais um jovem, desta vez a Yero, com uma exibição muito de longe ao que se dizia dele. Curiosas declarações no final da partida de Jesualdo Ferreira dando conta do que os adeptos esperavam sobre este jovem jogador, explicando, de forma pedagógica, que o aparecimento de um jogador na equipa principal portista nem sempre é fácil, é necessário dar tempo ao tempo e não queimar etapas na formação de um jovem.

Na segunda parte, o jogo baixou ainda mais de ritmo, o colectivo portista não funcionava de forma tão perfeita como funcionou na primeira e o jogo foi perdendo de interesse.

Hulk destacava-se pela sua valentia, Prediger pela sua clarividência em campo, fiquei curioso para ver este jogador em jogos com outras exigências competitivas, e ainda mais curioso em perceber o porquê de não ter sido inscrito na Champions League, e Nuno André Coelho que confirmava a sua qualidade.

Mas a partida não terminaria sem que Hulk também bisasse, aos 86 minutos, o brasileiro rematou embora contando com a ajuda de Dias, outro dos jovens, conjuntamente com Alex, que Jesualdo também lançou, que desviou a bola do guarda-redes do Sertanense.

Cumprida a missão Sertanense, o FCPorto ganhou de forma fácil e tranquila, não necessitando de muita aplicação, ganhando mais alguns jogadores quer para um futuro próximo, quer para o futuro longínquo, fez descansar algumas pedras importantes e deu ritmo competitivo aos elementos titulares que estiveram muito tempo parados, mais perfeito não poderia ser. Agora venha a Champions League e os jogos mais a sério.

5 comentários:

  1. E não é que não há duas sem três, novamente 4-0!!!
    Apesar do adversário ser de nível bem inferior, tentou jogar o jogo pelo jogo, mas como é óbvio, reduzido após as expulsões teria de recuar o bloco e atacou pouco, o que não deixou perceber o que vale alguns dos jogadores que hoje se estrearam.
    Apesar de tudo, o Prediger pareceu-me um elemento útil, com entrega ao jogo, passe curto muito bom, bom posicionamento inteligente, e uns cortes interessantes. A rever em jogos de maior grau de dificuldade.
    Valeri, notasse que tem qualidade, mas parece-me muito pesado, preso de movimentos..
    Maicon e Nuno Coelho também já os conhecia, portanto nada de novo, bons jogadores!
    Dias e Alex, entraram nos últimos 15 min, tiveram pouco tempo para demonstrar o que valem, mas deixaram apesar de tudo boa impressão. Já o Yero, pareceu-me um pouco trapalhão, mas ainda é cedo para grandes percepções do real valor destes jogadores.
    Mas aquele puto de 17 anos, Sérgio Oliveira, que foi titular tem muita classe!! Ele tem visão de jogo, tem técnica, tem qualidade de passe, não se amedrontou absolutamente nada com o "palco", espero sinceramente que não seja mais um que não passa de promessa.

    ResponderEliminar
  2. Gostei do jogo.
    Entrámos bem, e assumimos o controlo rapidamente.
    Gostei dos júniores, especialmente de Sérgio Oliveira.
    Hulk e Farías também estiveram muito bem.

    Gaspar
    http://odragaozinho.blogspot.com

    ResponderEliminar
  3. Num jogo de dificuldade mínima, Jesualdo operou uma gestão do plantel, dizimado nas últimas duas semanas, pela utilização dos internacionais pelas respectivas selecções.

    Sobraram os suplentes à excepção de Beto a que se juntaram alguns jovens da formação. Foi com estes portanto que o professor treinou neste período.

    Natural portanto as escolhas para a formação da equipa e seus suplentes para este jogo.

    Embora seja prematuro tirar-se ilações do comportamento dos utilizados, face ao andamento e fragilidade do adversário, não poderei escamotear a boa prestação do «menino» Sérgio Oliveira que me surpreendeu pela positiva e a quem se deve dar novas oportunidades.

    Desconfio no entanto que o seu futuro passará pelo empréstimo, quando mudar de escalão a exemplo de outras promessas que passaram episodicamente pelo plantel principal. Faz parte da política que tem vindo a ser seguida pela SAD.

    O jogo não ofereceu quaisquer dificuldades mas ainda assim deu para notar a qualidade de passe de Prediger, que esteve sereno, atento,lúcido e prático. Não inventou nem complicou, antes pelo contrário. Falta um exame mais exigente. O central Nuno André Coelho, já tinha jogado na lateral direita, agora foi colocado à esquerda. Parece ser pau para toda a colher sem perda de qualidade. Jogador pendular mas vai ter de esperar pela sua oportunidade face à classe dos centrais titulares. O mesmo se passa com Maicon, ainda que neste jogo me parecesse um pouco intranquilo apesar do pouco trabalho.

    Esperava um pouco mais de Valeri. Teve como habitualmente bons pormenores,não esteve feliz no remate.

    Rodriguez, ainda à procura de ritmo, alternou coisas boas com outras de menor qualidade.

    Farías confirmou o instinto de goleador. Continua a ser o avançado portista que menos tempo necessita para marcar. Especialmente contra o Sertanense!

    Um abraço

    ResponderEliminar
  4. Olá Zé Luís!

    De acordo com a sua apreciação geral do jogo e dos jogadores, em particular a dirigida a Sérgio Oliveira.

    É de facto um jogador de processos simples e inteligentes. Agora, é preciso tratá-lo bem e saber aproveitá-lo.

    Abraços

    ResponderEliminar
  5. Rui Valente,
    eu nem vi o jogo, a crónica é do Menphis.

    Nem vi na TV e só domingo de manhã soube resultado, ouvi pela rádio apenas 1-0 e 2-0.

    Ouvi sim, que houve um sistema táctico esquisito... tipo Adriaanse Será verdade?

    ResponderEliminar