Ir, olhar e ganhar

O Olhanense tem feito uma boa carreira desde o início do campeonato. Tem uma qualidade de jogo muito boa e também sabemos que, pelo facto de jogar com o FC Porto, vai ter uma motivação bem maior. É o encerramento de um ciclo importante e um encontro de grau de dificuldade elevado, tão difícil como os jogos com o Chelsea ou o Sporting de Braga, que nós não ganhámos.

A equipa foi capaz, nos dois encontros, de fazer jogos equilibrados. Isso permite uma maior estabilidade emocional e táctica, e é isso que procuramos desde início. A melhoria de alguns jogadores só acontece com a melhoria da equipa. Jogo a jogo, adquire-se um conhecimento, por parte de todos, do que são as regras do jogo e temos uma equipa mais segura.

Tenho a tarefa de formar equipas fortes, sabendo que tenho de ajudar alguns jogadores que chegam a serem mais fortes. Não temos nenhum poder de voltar a ter grandes equipas se não trabalharmos arduamente com os atletas que temos. Não vamos lamentar as ausências ou a falta de alguns jogadores. É importante perceberem que a equipa que jogou com o Atlético de Madrid tinha cinco elementos que não alinharam na época passada, quando empatámos e os eliminámos.

OLHANENSE - FCPORTO (7ª Jornada da Liga Sagres)

Amanhã, 4 de Outubro, 20:15 horas, RTP 1

Estádio José Arcanjo

Árbitro: Pedro Henriques ( AF Lisboa )

O "problema" Raul Meireles e... o de Tomás Costa

Jesualdo criticou, justamente, os jornalistas de não "estabilizarem" as suas apreciações. Isto a respeito de Hulk: "Há tempos era Hulk e mais dez, depois ganhámos sem o Hulk e ele, por fim, passou a ser um problema. Porque é que vocês não estabilizam?", comentou o técnico portista.

A questão de Hulk prende-se com a forma como a equipa o solicita a jogar, da mesma maneira que a equipa ainda não aprendeu a jogar para um ponta-de-lança próprio de área. Hulk já esteve bem melhor frente ao Sporting e de novo demolidor com o Atl. Madrid. Falcao foi decisivo nos dois jogos. Os erros foram corrigidos e têm pouco a ver com o que se escreve ou diz na Comunicação Social. Mas como o clube comunica mal, que ideia há do ttrabalho dos outros no exterior?

Mas o profe sentiu a discussão em curso de outra questão premente: a de Raul Meireles, abúlico, frouxo, ausente até. E dissertou sobre as capacidades e necessidades de trabalho físico de cada jogador. Sabemos que são todos diferentes nos seus recursos e ajudas e estímulos. Mas dizer que ele precisa de mais treino e menos jogo, significa que vai descansar em Olhão? Para ser a selecção a beneficiar disso? E se sair do onze é para Tomás Costa ou Guarín o lugar numa equipa que tem jogado sempre com nove jogadores contando ainda a "falta" de Mariano?

Subitamente amplo em explicações da sua estratégia (posição de Hulk frente ao Sporting) e opções de banco (entrada de Guarín e recuo de Meireles na Champions), Jesualdo conta-nos o seu sentir. Será por causa da falhada opção, não explicada, de Guarín em Braga? A ausência de Belluschi nesse jogo? E frente ao Atl. Madrid não se perrcebeu, como na época passada, que Tomás Costa pode jogar, mal, em várias posições mas a de trinco é demsasiado sensível e importante para ser sujeita a experiências já testadas antes com fracos resultados? O profe, afinal, quer provar o quê, teimando em opções falíveis e de que os adeptos estão fartos de verem repostas?

Mariano tem estado mal, por falta de confiança com a saída do onze, mas aí não há alternativas com as lesões de Varela e Roddriguez. A não ser... Tomás Costa. Como sabem, nunca apreciei este moço, diligente e esforçado mas fraco tecnicamente e em sentido táctico. Porém, reconheço, ele dá-se mal em posições que não são suas, pois originalmente é médio direito e poderia ocupar o lugar que Mariano não tem feito por merecer. Esta a minha dúvida para amanhã.

Vale que o colectivo, com princípios assimilados desde a pré-época como então se percebeu, ajuda a dissimular as falhas individuais. E aí, no jogo de equipa, tem razão Jesualdo em enfatizar como o FC Porto continua forte. A precisar de trabalho e tempo, mas no bom caminho que há um ano mal trilhava por esta altura. Só precisa, o profe, de desfazer algumas dúvidas que ainda tem quanto a jogar certas opções do plantel. E apesar de ter-se saído bem nos dois últimos jogos, essas dúvidas sentiram-se e de que maneira.

Vamos lá ter Olhão para acertar o melhor passo de campeão.