Deixo-vos, agora, duas para reflexão, por uns dias em que estarei ausente.
Agora ele vai para a selecção, talvez não cumpra, também ele, o contrato com o FC Porto, ficará a dúvida se sairá pela cláusula de 30ME (e se for, muito bom), ou menos um bocado.
Tenho pena. Porque Bruno Alves ainda representa muito do que é ser do FC Porto. E, mais uma vez, porque deseja melhorar a sua folha salarial, o que ninguém pode levar a mal, mas tenho pena especialmente por ser mais um excelente jogador do FC Porto desprezado em Portugal e impelido a fugir deste meio cretino que penaliza os melhores desde que estejam no FC Porto.
De resto, o epitáfio ficou já, para mim, da forma como analisou, frontalmente, a final do Jamor. "Sofreu" um golo de forma irregular mas que muito pouca gente quis evidenciar, enquanto alguns falaram mesmo de um erro dele.
Acabou expulso por mais um árbitro incompetente e imbecil, por uma carga normal daquelas que só a jogadores do FC Porto e especialmente a Bruno Alves muitas vezes foram marcadas aos de azul e branco e perdoadas aos de vermelho e branco que até agressões gratuitas e violentas protagonizaram.
Pelo meio, logo de início, creio que a primeira falta do jogo, Bruno Alves foi creditado com uma falta sobre um jogador do Chaves saltando mais alto sem braços nas costas do opositor, jogando a bola de cabeça e encostando apenas o peito nas costas deste, o que é legal. Depois, saltou noutra jogada sobre o mesmo jogador contrário, este baixou-se e Bruno Alvez caiu algo desamparado, era falta do opositor que o árbitro não marcou e a protestar por isso Bruno Alves viu um amarelo - quando tantos outros jogadores de vermelho berram e gesticulam furiosamente sem qualquer cartão.
Este é o epílogo indigno para uma época de todas as discrepâncias regulamentares e disciplinares, que envergonha o futebol português apesar de muitos assobiarem para o lado - precisamente os mesmos que apunhalam em vez de defenderem um jogador duro mas leal, independentemente de um ou outro excesso como 99,9% dos jogadores têm, com uma tarimba de vencedor e nível competitivo elevado.
As suas palavras revelaram uma mágoa muito grande, a mesma que relata o desprezo sentido de quem não valoriza o que há de melhor, o mesmo ressentimento que faz muitos quererem sair daqui para fora. Talvez o mais famoso seja Mourinho, que uma vez gritou: "Presidente, por favor, deixe-me ir embora".
Ao pé disto, no rescaldo da final na TVI, a elaborada psicanálise ao comportamento e palavras de vários elementos do FC Porto só não teve ali a famosa marquesa, mas não faltou a língua viperina do Octávio Malvado que é um mestre deste tipo de ciências e vocês sabem do que eu estou a falar.
Estamos todos fartos disto.
São sempre um prazer ler as suas opiniões, os ultimos 3 artigos estão óptimos.
ResponderEliminarMas gostava de saber quem pensa que vai ser o próximo treinador?
Será uma perda para o Clube a saída de Bruno Alves, jogador que admiro pela sua raça e portismo.
ResponderEliminarReconheço a realidade relatada neste artigo, que terá contribuído, a par com a legítima ambição de jogar num campeonato mais competitivo, com óbvios benefícios desportivos e financeiros,para a sua insistência em sair.
Se tal acontecer desejo-lhe toda a sorte do mundo.
Tal não invalida criticar a forma tão displicente com que abordou o lance que originou o golo do Chaves, mesmo que tenha havido a tal mão na bola. O Bruno habitou-nos a a uma atitude de campeão que nesse lance não existiu.
Um abraço
Pois, é bem verdade que estamos fartos e até ao tumulo não me parece que as coisas vão mudar.
ResponderEliminarFomos completamente ignorados em relação a este jogo;
Fomos completamente ignorados nos ataques às comitivas do FCP e Chaves;
E somos sistematicamente analisados de forma bipolar por parte da CS.
Eu estou farto, muito farto, mas honestamente só vejo uma solução para deixar de estar que é nºao ligar ao futebol. De outra forma (e porque a paixão por um clube não se muda), é continuar a engolir sapos. Há coisas que me vou afastando, tipo jornais, sites e programas habitados por imbecis e cretinos. A esses, não dou o privilégio do meu tempo e por conseguinte a possibilidade de me irritar.
Quanto ao Bruno Alves, segue a mesma filosofia de tantos que por cá passaram que, enquanto envergavam a camisola do FCP eram tudo o que mais desprezível se podia escrever e dizer deles e, miraculosamente depois de sairem, passaram a ser profissionais dignos e grandes jogadores. Não há paciência.
Percebo perfeitamente o Bruno Alves. Para além da questão salarial, há o prestígio e o reconhecimento e esse, cá, é sempre menosprezado quando a camisola é a do FCP. Eu no lugar dele também andava chateado.
Fico com muita pena, porque é, a par do Meireles, a grande bandeira do clube. Gostava muito que ficasse, mas com vontade redobrada de vencer e de sentir em cada momento de vitória o que ele expressou quando marcou há umas semanas o 1º golo aos lampiões. Esse é o sentimento que eu quero para todos os jogadores do FCP e especialmente para ele. É um grande jogador.
na altura não reparei em nenhuma falta do jogador do Chaves, mas como não vi repetição nenhuma do jogo, não tive oportunidade para ver se houve ou não alguma falta.
ResponderEliminarPode-me dizer como foi o lance ?
Obg
Falando de arbitragens, e deste jogo em particular, ela é preconceituosa e deliberada, numa demonstração permanente da dualidade de critérios, que outra coisa não é que uma pretensa defesa do árbitro. Ele sabe que se prejudicar o Porto, tem uma imprensa, escrita e falada, que vai dar "forma" à postura. Foi o que aconteceu. Relativamente a Bruno Alves, Falcão, que perto do fim mostrou enfado, e o senhor correu logo na sua direcção para o advertir. Permitiu o jogo duro do Chaves, teve uma postura de árbitro do Inatel na marcação de faltas, e sufragou o golo do Chaves em manifesta falta técnica, que chega a ser divertido ver defender corporativamente. Até em blogues azuis.
ResponderEliminarNo entanto as imagens dos jogos que ele dirigiu, do clube de que é sócio, tem muitas manifestações de desagrado, muito mais desabridas, mas contaram com a complacência do senhor. Quando assim é, nem se pode entender que o senhor é incompetente. É muito mais que isso. É este sentimento de "verticalidade" e equidade que grassa no país. Por isso vamos a caminho do fundo...