21 maio 2010

Um imenso vácuo deste ogre saloio



Apesar da "ameaça" de falar apenas no final da época, ditada após a sua surpreendente e inaudita demissão da presidência da Liga, mesmo considerando não ter nada de novo a dizer fosse do que fosse, o imenso vácuo que foi Hermínio Loureiro no cargo conseguiu o expoente de se mostrar inútil e mesmo imbecil ao permitir-se contar algo de relevante que lhe ocorresse naquela cabecinha oca a adornar o corpo, tão balofo, e figura mal vestida de um atarracado taberneiro que não sabe pôr ordem na sua tasca.

Rejeitando ler qualquer entrevista escrita de um tipo sem pingo de ideia, de resto um transfuga político onde, entre a disciplina partidária e a vacuidade governativa nas coisas do Desporto, já dera mostras da sua vacuidade no caso do diferendo entre a FPA e a Liga de Andebol, não deixei de apanhar flashes em excertos televisivos. Basicamente dando conta de que, um dia, ficou de mão estendida e de que, noutro dia, lhe telefonaram a contar uma decisão judicial, no caso um órgão jurisdicional desportivo.

Até nisto o ogre se mostra saloio e repugnante. Porque ficar de mão estendida pode acontecer a qualquer um, mesmo um suposto líder de uma liga de futebol que não se dá ao respeito e contraria o que muito apregoa quanto à restauração da credibilidade no negócio. Já vi inclusive gente, porventura julgando-se importante, ficar de mão estendida diante de Pinto da Costa, aliás capaz de maltratar de forma muito pior quem lhe mereça tal repúdio.

Mas, o taberneiro falsamente indignado e abjecto altifalante de um mal difuso que representará quem olha o FC Porto como o mau da fita, não se coibiu de fazer passar uma informação, também a título pessoal como a anterior, sobre um "segredo" que fez supor ter sido transmitido de forma ilícita por suspeito recebimento de favor: o de que foi Pinto da Costa a transmitir-lhe a decisão do CJ da FPF sobre o caso Hulk em que reduziu a 4 jogos o castigo que a douta CD da Liga delirantemente recriou como 4 meses de suspensão.

Então sendo o FC Porto a recorrer de uma sanção, para um órgão superior, sendo o único e principal interessado, quando muito a par da CD da Liga que era a ré neste caso, não é normal que seja comunicada a decisão da instância jurisdicional que aprecia o caso à vítima que se queixa? Os patetas que esmagam este País de iliteracia e disfuncionalidades várias crêem que Pinto da Costa não devia ser o primeiro a saber e julgam ser uma manobra que, vendo a sentença sobre Hulk, comprovaria estar tudo mancomunado com os dragões.
As decisões disciplinares são, obviamente, primeiro comunicadas aos clubes e só depois transmitidas ao público em geral, através da Imprensa. E cá estive eu, no dia, a questionar o que teria sucedido para, pela 1 da tarde, ouvir na TSF que o CJ mantinha a sanção da CD da Liga, quando a versão verdadeira foi a de trocar completamente a volta à estratégia mentecapta do Bosta da Liga. Era possível a CS saber de uma decisão antes do FC Porto? Meteram uma rasteira à CS? Certo é que duas horas depois veiculava-se a versão certa e decerto comunicada primeiro ao principal interessado. Natural, pois, que de imediato a vítima tenha feito constar à ré, a Liga, a merda que armou e que, finalmente, o túnel da Luz, anteriormente visado como local de armadilhas e muitos queixosos avulso, tinha a consagração da batotice desvendada e a marcar indelevelmente mais um título fraudulento do Benfica - porque é essa a marca que perdurará, gostem ou não os capangas vermelhos por muito contorcionismo que façam para se livrar de tamanha peçonha.

Este é um País de idiotas e palermas capazes de se acharem, no achismo que é todo este difuso mas concreto pensar português à maneira chico-esperta tão do agrado do zé tuga, capazes de emitir opinião por tudo e por nada. Para mais quando um ex-presidente da Liga que não deu uma para a caixa num mandato longe da apregoada infalibilidade e seriedade e que acaba da forma absurda e patética que foi a demissão exclusiva de quem não devia assumir as mágoas de outros visados e responsáveis directos, se dá ao desplante de falar e nada dizer a não ser revelar-se um traste que confirma a indignidade da maioria do seu tempo na função.

Além da TVI, este ogre mal amanhado por natureza e acrescentado de vacuidade argumentativa e suspeita leveza de ser e de estar, terá dado uma entrevista ao JN.

Que pena, passados cerca de um ano e meio, não se saber a razão de uma investigação de página nesse jornal ter sido trocada por publicidade institucional à última hora, quando em causa estava algo grave sobre Hermínio Loureiro que, com a colaboração de membros do seu partido e a incontornável actuação do patrão da Comunicação Social e "amigo" Joaquim Oliveira a dar ordem de rasgar a página a horas de ir para a gráfica, lá passou pelos pingos da chuva que teimam em molhar quem anda desprotegido e tem telhados de vidro. Há quem sabe e até com manifesto incómodo mudou de funções no JN por causa de se abafar uma história comprometedora prestes a publicar-se e a entalar quem quer passar como intocável e impoluto.

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