Como todos sabem o campeonato vai parar por quase um mês. Se os jogadores devem ficar muito satisfeitos com esta paragem, já que têm mais tempo para passarem o Natal em família, já os adeptos, que são quem realmente alimenta o futebol, ficam a perder.
Mas não são só os adeptos. Quando quase todos os clubes se queixam da falta de dinheiro, a paragem de um mês sem receitas poderá fazer muita diferença no seu orçamento e por isso torna-se a mesma incompreensível. É que jogadores, empregados, seguradoras, etc., têm ordenados e mensalidades a receber no final do mês e as receitas de bilheteira, por mais pequenas que sejam, desaparecem. Aliás digam-me que outro ramo de actividade no país se dá ao luxo de ter uma paragem tão grande no ano. Se juntarmos a paragem de Verão são totalizadas, pelo menos, 12 semanas sem futebol, três meses.
Reduziram a nossa liga para dezasseis clubes com a justificação da competitividade, mas o que se tem visto, e apenas com dois clubes a descerem de divisão, é que não se notaram alterações a nível de qualidade das equipas que continuam fracas, tal como os jogos. Os dirigentes da Liga acenaram com uma nova competição, a taça da liga, mas será que esta vai preencher esta lacuna? E em que moldes será disputada?
É evidente que também não desejo aos jogadores o mesmo que sucede, por exemplo, em Inglaterra, em que o campeonato não pára e até no dia 26 de Dezembro e 2 de Janeiro fazem jogos. Mas se virmos as coisas por uma outra perspectiva chegaremos facilmente à conclusão que as equipas inglesas ficam com outro ritmo de jogo e a sua competitividade a nível internacional vai ser, naturalmente, maior em relação a qualquer equipa que pare tanto tempo. Poder-se-á falar sempre que as equipas inglesas estarão mais cansadas, mas não quando se entrar novamente nas competições internacionais. O cansaço a aparecer será mais para o final da época e aí a motivação estará no seu ponto mais alto, já que é uma altura em que muito se resolve em relação a campeonatos e competições europeias.
Não vou sequer entrar em considerações sobre as desvantagens que terá um clube que está em alta, como o nosso FCPorto, ou por outro lado sobre as vantagens que terão clubes que têm novos treinadores, como por exemplo a Naval, porque no início de uma época, altura em que se decidem estas paragens, não se sabe como estarão os clubes no momento em que elas sucedem.
Mesmo sabendo dos altos ordenados deste género de trabalhadores, que são os jogadores de futebol, compreenderia sempre que tivessem duas semanas de férias de alta competição por esta altura, já quatro semanas acho que é um enorme exagero.
Mas não são só os adeptos. Quando quase todos os clubes se queixam da falta de dinheiro, a paragem de um mês sem receitas poderá fazer muita diferença no seu orçamento e por isso torna-se a mesma incompreensível. É que jogadores, empregados, seguradoras, etc., têm ordenados e mensalidades a receber no final do mês e as receitas de bilheteira, por mais pequenas que sejam, desaparecem. Aliás digam-me que outro ramo de actividade no país se dá ao luxo de ter uma paragem tão grande no ano. Se juntarmos a paragem de Verão são totalizadas, pelo menos, 12 semanas sem futebol, três meses.
Reduziram a nossa liga para dezasseis clubes com a justificação da competitividade, mas o que se tem visto, e apenas com dois clubes a descerem de divisão, é que não se notaram alterações a nível de qualidade das equipas que continuam fracas, tal como os jogos. Os dirigentes da Liga acenaram com uma nova competição, a taça da liga, mas será que esta vai preencher esta lacuna? E em que moldes será disputada?
É evidente que também não desejo aos jogadores o mesmo que sucede, por exemplo, em Inglaterra, em que o campeonato não pára e até no dia 26 de Dezembro e 2 de Janeiro fazem jogos. Mas se virmos as coisas por uma outra perspectiva chegaremos facilmente à conclusão que as equipas inglesas ficam com outro ritmo de jogo e a sua competitividade a nível internacional vai ser, naturalmente, maior em relação a qualquer equipa que pare tanto tempo. Poder-se-á falar sempre que as equipas inglesas estarão mais cansadas, mas não quando se entrar novamente nas competições internacionais. O cansaço a aparecer será mais para o final da época e aí a motivação estará no seu ponto mais alto, já que é uma altura em que muito se resolve em relação a campeonatos e competições europeias.
Não vou sequer entrar em considerações sobre as desvantagens que terá um clube que está em alta, como o nosso FCPorto, ou por outro lado sobre as vantagens que terão clubes que têm novos treinadores, como por exemplo a Naval, porque no início de uma época, altura em que se decidem estas paragens, não se sabe como estarão os clubes no momento em que elas sucedem.
Mesmo sabendo dos altos ordenados deste género de trabalhadores, que são os jogadores de futebol, compreenderia sempre que tivessem duas semanas de férias de alta competição por esta altura, já quatro semanas acho que é um enorme exagero.
Se já é mau parar a Liga nesta altura, e não por razão de forma maior como são os condicionamentos meteorológicos, parar por tanto tempo é pior. Acima de tudo, afecta a continuidade da prova, inserindo até jogos da Taça ao fim de semana.
ResponderEliminarUm luxo que tinha de ser consequência da redução da I Liga.
Mas uma aberração em todo o sentido.
Que se respeite o período curto do Natal, tudo bem. Mas só se o Natal coincidir com o fim de semana. Porque se 25/12 for a meio da semana qual o problema de jogar no fim de semana anterior?
Só os jogadores, especialmente estrangeiros, "gostam" disto. E alguns treinadores choramingas.
Para o público é mau, para os clubes ainda pior pela falta de receitas.
O inefável exemplo da Inglaterra também serve para distorcer um bocadinho a discussão. É certo que jogam demasiado neste período. Mas o Boxing Day (26/12) é feriado nacional e há séculos que se joga neste dia em que, com tudo fechado, os estádios enchem e a maioria dos clubes tem o seu recorde de assistência no Boxing Day. Dantes jogava-se até no dia 1 de Janeiro, agora contemporiza-se um pouco mas se é uma época disponível para as pessoas irem ao futebol, com feriados e dinheiro no bolso, de que vivem os clubes?
Foi por os trabalhadores folgarem ao sábado de tarde que o futebol profissional deu o salto no séc. XIX. E se domingo era dia para a família, durante 100 anos jogou-se sempre ao sábado de tarde.
O negócio tem viabilidade se for rentável. Por cá, só o futebol fica para trás, além dos problemas de sobrevivência diários, na relação com os consumidores e no estrito aspecto da razão comercial de existirem.
Uns cinco dias de paragem chegaria. O Ano Novo não interessa ao Menino Jesus.
E se a Liga tem menos jogos, a Taça da Liga fará com que se aproveitem folgas forçadas numa calendarização que já não se adequa aos tempos modernos. Nem à habituação competitiva que 15 anos de campeonatos a 18 clubes criou, derrubando barreiras mentais e acelerando o processo de actualização ou integração europeia pelos padrões a que as maiores equipas se impõem. Porque têm de ganhar e não de parar a actividade.
A ideia de retomar lucros com a Taça da Liga vai fazer voltar tudo ao normal. A competição, em si, é que pode ser pouco apelativa.
Boxing Day em Portugal?
ResponderEliminarDevia ser assim, devia. Mas não é.
Também para ver alguns dos jogos miseráveis que por aí acontecem, se calhar é melhor assim.
O grande prejudicado com esta paragem poderá ser, de facto, o nosso Porto mas se os profissionais cumprirem nas férias os programas de manutenção da condição física pode ser que a coisa se componha. Aliás, alguns (Lucho, por exemplo) bem andam a precisar de recuperar índices físicos.
Seja como for, meus caros amigos, particularmente o Zirtaev (sempre é o master of the blogue), eu também vou desligar uns tempos. Por isso, votos de festas felizes a todos os que aqui costumam aparecer.
Se bem me lembro no ano passado estas pausas fizeram mal a alguns jogadores,esperemos que os jogadores usem como repouso(coisa que nao me acredito)mas em janeiro veremos
ResponderEliminarporto 1969, no ano passado nem correu mal. A derrota na amadora foi já a finais de Janeiro.
ResponderEliminarPior foi em 1999, com santos a dar 12 ou 15 dias de férias. É certo que a equipa precisava, eram jogos sucessivamente com a Liga dos Campeões alargada e 2 séries de grupos, no Outono e a prosseguir na Primavera. Mas foram dias a mais e logo se pagou, começando a perder-se a vantagem.
Só aprende quem erra e quer corrigir. Jesualdo estará atento. E sempre há mais soluções. Embora os argentinos quando regressam costumam vir moles...
Mas agora voltam antes do fim do ano. Não há tangas...
e o q dizem do adriano poder ser dispensado? eu n quero acreditar... feliz natal para todos!
ResponderEliminarAcho que seria uma grande asneira. Ou ele pede para sair. Ou alguém assume a compra. Emprestá-lo quando pode fazer falta e há tanta coisa para vencer com todas as competições em aberto?
ResponderEliminarRecuso-me a acreditar.
Mesmo o Alan acho imprescindível. Ajuda a resovler jogos: no Nacional a sua entrada foi importante para fazer grande pressão na frente alargada de ataque.
Sinceramente, o Bruno Moraes é fraco de pés e o Jesualdo mete-o atrás do ponta-de-lança (Paços) ou mesmo descaído para a direita, onde é peixe fora de água.
Prescindiria mais depressa do BM do que do Adriano.
Mas se os jogadores não se decidirem em ficar ou sair, o treinador lá saberá para que precisa de cada um deles.
Entre um e outro dispensaria o Bruno Moraes, se tivesse de optar e os jogadores pusessem a coisa nesse pé.
O exemplo de Inglaterra foi só para mostrar o extremo oposto ao nosso. Não sabia dessa tradição do Boxing Day, mas é uma excelente ideia. Se queremos fazer do futebol um espectaculo e pensarmos que o dia a seguir ao Natal é um óptimo dia para levar as crianças ao futebol e consequentemente a família, talvez como presente de Natal, só poderia dar em estádios cheios. Aliás qq jogo em épocas em que as pessoas à partida estão mais disponíveis (férias, pontes, etc) são boas épocas para se ir ver um espectáculo, neste caso o futebol.
ResponderEliminarQuanto à questão da paragem dos jogadores, Zé Luís, lembro-me bem dessa época do F.Santos, a tal época em que o J.Costa disse que por ele encomendava as faixas. Foi uma desgraça. É simplesmente mau para todos e todos os treinadores se queixam, então porque se faz esta paragem, porque os clubes decidiram isto? Incompreensível.
Particularizando, para o FCPorto e apesar de alguns jogadores precisarem de descanso, é péssima a paragem, mas acredito que o Jesualdo a saiba gerir da melhor maneira.
Quintino, os meus mais sinceros votos de um santo e feliz Natal para si e para os seus.
Um abraço.