Água mole em pedra dura...

FCPorto 2-0 Boavista
Quaresma, Postiga

Foram 3 as surpresas apresentadas por Jesualdo Ferreira na equipa do FCPorto neste jogo. João Paulo entrou pela primeira vez num onze esta época, Bruno Morais apareceu pela primeira vez a titular e Marek Cech regressou ao seu lugar após alguns jogos no banco.

A presença de João Paulo em detrimento de Raul Meireles poderá ter duas explicações. A primeira poderá passar pela vontade do treinador querer dar mais músculo ao meio-campo num jogo que se antevia durinho e a segunda poderá ter a ver com a pequena lesão de que o jovem médio se ressentiu nos dias que antecederam o jogo. Aliás esta última explicação servirá também para explicar a ausência de Fucile da convocatória, o que levou Marek Cech a entrar de início mesmo estando este com alguma carência de confiança, como deu para ver neste jogo. Já Bruno Morais terá entrado para fazer descansar Lisandro Lopez.

O jogo começou com um FCPorto muito determinado e acutilante, sob a batuta de um maestro, Ricardo Quaresma. Os primeiros quinze minutos foram sufocantes para o adversário. Apesar da entrada à “dragão” não existiram oportunidades flagrantes de golo. A partir dos quinze minutos o Boavista conseguiu aliviar um pouco a pressão, mas raramente saía do seu meio-campo, sendo sempre o FCPorto a assumir as despesas do jogo. Até ao intervalo foi sempre mais do mesmo, com Quaresma sempre a assumir o comando da equipa.

Para o segundo tempo, Lisandro foi chamado para aumentar o poder atacante e substituiu João Paulo que até nem tinha estado mal, mas faltava mais qualquer coisa na equipa do FCPorto. Jesualdo que cheguei a chamar de medroso, mostrou mais uma vez que quando é necessário arrisca. O FCPorto passou então a jogar em 4-2-4. Pronto, sei que não foi bem esse o esquema, mas o que é certo é que se jogou com quatro avançados puros, apesar de todos serem muito lutadores e com grande sentido de entreajuda ao seu meio campo quando a equipa não tinha a bola.

O golo acabou finalmente por surgir, apesar de ter sido um presente oferecido pelo guarda-redes adversário a Quaresma, como que a agradecer-lhe o espectáculo que este oferecia a todos que estavam no estádio. A partir daí todos nos apercebemos que o jogo estava resolvido. Então Jesualdo repõe a táctica e retira o apagado Bruno Moraes, reforçando com Raul Meireles o meio-campo. Ainda assim continuou o domínio do FCPorto e numa jogada de insistência na sequência de um livre, Bruno Alves faz pelo segundo jogo consecutivo uma assistência para o incansável Hélder Postiga, que assim fez o seu sétimo golo na liga.

Notas muito positivas também para Pepe e Bosingwa que fizeram um grande jogo, principalmente o central que está um grande jogador. Ibson, pelo contrário, desiludiu, agarrando-se demasiado à bola, complicando algumas vezes o que seria muito simples e atrasando muitas vezes jogadas de ataque que se quereriam rápidas.

Tendo em conta o jogo que se aproxima e a derrota do segundo classificado, esta vitória foi muito importante, ainda mais sabendo que foi obtida com um FCPorto em alguma gestão de esforço e contra uma equipa muito dura que foi beneficiando da complacência do árbitro, e que esperemos não ter sequencias nos jogadores para o jogo do Arsenal.

PS: Está uma nova questão na "Opinião da bancada". Estive mesmo para não colocar a pergunta de qual o melhor jogador em campo contra o Boavista, já que pareceu mais que evidente quem seria. Mas desta vez têm a opção de votar em mais que um jogador.
Para informação, na anterior pergunta em relação ao melhor jogador do jogo da Rússia, Quaresma ganhou com 57% dos votos.