11 de "Lucho"

Nacional 1-2 FCPorto
(José Vítor, Bruno Moraes, Lucho)

O jogo difícil que se antevia confirmou-se. Mas para mal dos pecados de muitos o Dragão mostrou que é, talvez, o único sério candidato ao título, mostrando a fibra de campeão e mostrando que uma equipa muito jovem pode ter maturidade para, contra todas as adversidades e mais algumas, conquistar três pontos num dos terrenos mais difíceis do actual campeonato.

A equipa foi, como previra, a mesma que conquistou os oitavos de final da "champions" contra os vice-campeões europeus e comprovadamente a equipa que actualmente dá mais garantias, quer em termos de coesão defensiva, quer em termos de entendimento atacante.

Apesar disso e apesar de até ter entrado ao ataque, a equipa parecia um pouco perdida na primeira parte. Lucho pouco fazia que se aproveitasse, Assunção teimava em falhar passes e a dupla Postiga e Lisandro, embora esforçados como sempre, confundiam-se com os defesas da equipa visitada. Sobrava a magia de sempre do artista do costume, mas mesmo essa não estava a fazer "mossa" numa equipa do Nacional que parecia saber bem o que fazia, ao aguentar a ligeira pressão dos portistas e soltando-se aos poucos.

Não muito longe do fim da primeira parte o Nacional consegue o seu golo, num lance em que não ficam isentos os médios de cobertura já que deixaram à entrada da área o jogador do Nacional rematar. Num primeiro instante e dadas as circunstâncias pensei que iria ser muito difícil ganhar este jogo, mas lembrei-me do carácter destes jogadores, da sua garra, da vontade de vencer que eles têm demonstrado e nada estaria perdido.

Para a segunda parte Jesualdo alterou o que costuma alterar quando as coisas não correm pelo melhor. Saiu um médio, Raul Meireles, e entrou um avançado, Bruno Moraes. Mesmo assim o jogo atacante do FCPorto parecia lento e continuava a viver quase em exclusivo de Ricardo Quaresma. Parecia faltar qualquer coisa ao meio campo já que Lucho não estava nos seus dias e Assunção não tem pés para iniciativas atacantes. Então saiu este último e entrou Ibson que deu a dinâmica que faltava.

O FCPorto começou a encostar o Nacional “às cordas” e numa excelente jogada de Quaresma, mais uma, este assiste Bruno Moraes que não perde a oportunidade de empatar o jogo. Faltavam quinze minutos que, e com a equipa com aquela vontade de alcançar a vitória, eram mais que suficientes para ainda vencer o jogo. E quando eu já dizia mal da minha vida, mas principalmente do péssimo jogo do Lucho, este, a passe de Quaresma, mais uma vez mostrou porque é que mesmo a jogar mal faz sempre falta em campo ao fazer mais um daqueles golões que levantam qualquer estádio. Lindo!!!

Maravilhoso o golo, a vitória, os três pontos, o crer dos jogadores, o carácter da equipa, mas principalmente, e no fim de semana que foi, maravilhosa a bofetada de luva branca que todos os portistas através do seu FCPorto conseguiram dar ao Portugal invejoso.