12 fevereiro 2009

“Mind games” (parte I): já vinham de Pedroto

Os justos reparos a uma certa impotência portista no clássico devem ser elevados ao nível de exigência que esta equipa suportará? A gestão de Jesualdo também é na vertente psicológica para evitar mais agressividade no discurso?

Na véspera do Porto-Benfica, algo muito para além de um simples jogo de futebol sem ser preciso passar dos limites de “é muito mais do que vida ou morte” (Bill Shankly), as declarações de Jesualdo reproduzidas pelo Zirtaev suscitaram-me o seguinte comentário:
“Jesualdo devia fazer MIND GAMES. Jogar com tudo o que tem a seu favor, inspirar receio no adversário. Porto perde? Fica com -2 pontos; Benfica perde? Fica com -4 pontos. Há muita diferença ganhe um ou outro. O Benfica.está proibido de perder, até porque joga já a época neste jogo. Jesualdo não fez essa pressão psicológica”.
Daniel, em resposta, achou por bem passar ao lado disso, como se este não fosse o jogo sempre especial, o Porto não jogasse em casa e não tivesse vantagem de ter empatado na Luz e liderar o campeonato:
“Essas dos mid games, sinceramente... para fazer por fazer, mais vale estar quieto! Falou bem o Nosso Treinador... muito bem aliás, como quase sempre! Temos que compreender que nem todas as pessoas são iguais, todos nós temos personalidades diferentes. Ninguém na era pré-Mourinho falava ou se sequer conhecia o termo mind games. Vamos respeitar quem trabalha de forma diferente”.
Como provam as declarações no final e depois disso, isto é mais do que um jogo: deseja-se ardentemente e requer, por isso, preliminares agressivos que apressem e elevem os níveis de satisfação, e mesmo depois do enlace há desenvolvimentos não propriamente ternurentos, até animalescos. Foi giro ouvir de Quique Flores que estava distraído a “olhar para o banco” quando o Porto jogava a bola na área encarnada e dali saiu um penálti; e da instituição Benfica, a propósito de uma atribulada escolta a desordeiros canalhas que matam, incendeiam e traficam, afirmar-se que “pugnam pela credibilidade da arbitragem”, prenda de bom senso chegada atrasada ao Natal da Luz.

Ora, primeiro, Jesualdo, desde que evite a higiene dentária e imagens que os outros só aproveitam para gozar em caso de insucesso, não destrataria alguém com uma menção às influências na classificação em caso de derrota do Benfica. Como se viu, e o próprio resumiu no fim do jogo, o Benfica veio para empatar. Segundo, essa é uma pressão tão legítima (se eficaz e para que lado vê-se depois) como vir defender um resultado, com “autocarro” de mais ou menos andares (devagar, devagarinho ou mesmo de maca…), mesmo que a classificação aconselhasse mais empenho na vitória para chegar a primeiro.

“Premonições” de Pedroto nas visitas do Benfica
Fosse no tempo de Pedroto, a coisa fiaria mais fino. Foi preciso clamar, sempre, contra os “roubos de catedral” para a arbitragem ter (algum) respeito pelo FC Porto. Envergonhar a Imprensa de Lisboa. Acabar com o mito da ponte. Os mind games existiam muito antes de Mourinho. Exemplos: “O Benfica ganhou em Roma? O FC Porto corre dez vezes mais do que o Roma”, Pedroto dixit. No domingo a seguir, vitória de 3-1. E, lembro bem, era a primeira equipa de Eriksson, aquela que eu considero a última grande equipa, soberba, do Benfica, a última que ganhou dois campeonatos seguidos por força da sua categoria. Mais Pedroto: “Estamos a 3 pontos do Benfica? Não, estamos a um ponto, porque o Benfica vai perder nas Antas”. E perdia (vitória valia 2 pontos).

Não é, por isso, surpresa que tantos portistas, nesta bancada tal como os senti no Dragão, tenham saído desiludidos no domingo. Soube a pouco, mesmo que se resgatasse um ponto com sofrimento e algum atabalhoamento. Quem festejou o resultado? O Benfica. E a Imprensa do regime. Na rádio, o Benfica tinha saído “mais candidato” do que o Porto. Imaginem se vencessem e liderassem antes até do jogo…

Não foi Mourinho a inventar os mind games, mas a explorá-los sabiamente. Este não é o tempo dos bissemanários do tempo de Pedroto. A mediatização actual, 0-24 horas, difunde até a queda de uma árvore na Colômbia. Mas Mourinho ganhou jogos ao Benfica nas Antas a jogar com 10 e a virar o 0-1 para 2-1. Mesmo contra Jesualdo. Como adjunto de Robson, o ainda tradutor Mourinho, relegado para a entrada do túnel junto aos placards publicitários defronte da “Maratona”, viu o FC Porto com 10 ganhar um dos mais duros jogos frente ao Benfica.

Na madrugada de domingo, aí pelas 2 da manhã, passou na ESPN a final de Sevilha com o Celtic (quem gostar de rever finais europeias ou grandes jogos ingleses, sintonize o “Classic” aí pela 1 hora) e, a seguir, na RTP Memória, o Porto-Benfica de 1994-95. Que jogo incrível, com 1-1, Secretário expulso e 5 amarelos para cada lado até ao intervalo, José Pratas a impor-se, o 2-1 final por Drulovic a passe de Rui Barros, depois expulsão de Dimas, mais o penálti falhado por Aloísio, chuva constante, campo pesadíssimo, relvado revolvido, luta titânica porque o Benfica precisava de vencer, fez por isso, falhou inúmeras oportunidades, não teve sorte e a raça portista, com 10 em campo, deu para tudo e para lançar o primeiro título da saga do penta, com Robson. O jogo acabou com quase 20 cartões, e mais dois ou três jogadores por expulsar…

Timing, modelo e alvo a escolher
Pensara eu, antes, nos mind games para Jesualdo. A questão era saber se a jovem equipa actual suportaria a pressão da obrigação de ganhar para arrancar para o tetra. Ao rever esse jogo, de madrugada, não podia comparar a raça que tinha João Pinto, Domingos, Emerson, Paulinho Santos, Rui Barros, Rui Jorge, Secretário, José Carlos, a maioria formados em casa mas já com anos de competição e títulos no bornal, com os actuais sub-21 ou sub-23 como Rodriguez, Fernando, Fucile, Cissokho, Hulk, Rolando, alguns chegados esta época, o francês com um mês no Dragão nunca foi líder do campeonato e outros mal sentiram a pressão de ser primeiro e de jogar a estreia em casa num clássico.

Esta equipa não manteve a boa pressão exercida no início do jogo, falhou golos, perdeu ocasião de serenar e foi chumbada aos 45’.Custou-me a mim e ressentiu-se a equipa. Jesualdo admitia ter “argumentos que nos fazem pensar que vamos ganhar” e que o vencedor seria “quem num clima emocional como este ultrapassar as dificuldades que o adversário lhe vai colocar”. Avisado, previdente, mas a atenção pedida foi traída num canto. Teria sido melhor outro discurso?

Os mind games servem para criar clima emocional (alvo o público) e espicaçar os jogadores, eventualmente assustar o adversário. Jesualdo sentiu isso nas duas idas à Luz: Fernando Santos garantia que no final do dia o Benfica seria líder (manteve um ponto de atraso com 1-1). Camacho esperava encurtar de 4 para 1 ponto na época passada (0-1). Até com o Porto a 10 pontos de distância, em 2003, a pressão foi exercida e Mourinho zombou no fim (0-1 e 13 pontos à maior): “Parabéns pelo esforço [Imprensa], chegaram a fazer parecer que o jogo era decisivo”.

Sem os mind games neste clássico, o Benfica jogou cómodo, com intenção única de não perder, táctica como a do Trofense. Os portistas jogaram no seu registo que não tem permitido superar os adversários em casa nos últimos três jogos: bola, passes, remates, mas pouca área e nenhuns golos. Para piorar, a 1ª parte sem golos sempre para aquela baliza, sem Norte…

Como Quique lançou o jogo? Mais cauteloso ainda do que Jesualdo. Com elogios ao adversário: “Geneticamente mais forte”. Nem o cineasta percebeu, habituado a charada nos tramas e quebra-cabeças apelativos a Indiana Jones… Quem tem Aimar, Suazo, Katsouranis, Reyes, Luisão, mais Cardozo e Nuno Gomes no banco, não pode desdenhar este capital de experiência de jogos grandes. “Geneticamente”, os títulos portistas recentes não implicavam com metade da equipa actual, mas deixou os seus jogadores avisados: nada mau lançar os mais altos (menos Cardozo) que até marcam de cabeça nos cantos, Luisão, Sidnei, Katso e Yebdá. “Geneticamente”, o FC Porto tem dois centrais altos e fortes. Já fizeram as contas?

Como fazer mind games e gerir a estaleca psicológica da equipa?
Mal acabou o sorteio da Champions, saiu-se Mourinho:
“Zlatan [Ibrahimovic] é o melhor jogador do mundo”.
O Inter vai jogar com o M. United de Ronaldo “FIFA World Player of the Year”.

Saiu-se Paco Benitez:
“Reina é o melhor guarda-redes espanhol”.
Interessante, sendo que o Liverpool vai jogar com o… Real Madrid, onde Casillas é capitão e guarda-redes da selecção campeã europeia.

Mind games de trazer por casa? Alguém reparou estes aspectos?
- quando Rodriguez “explodiu” para a forma actual, não estaria nesse alavancar da sua personalidade a revelação de Jesualdo de que Cebola vinha, há dois meses, a jogar lesionado?
- as indirectas de Jesualdo sobre a arbitragem (não é observador, não é crítico de arbitragens, não faz nomeações nem escolhe filiações clubistas) não se revelaram oportunas, mordazes, eficazes, tanto que incomodaram terceiros?
- depois de 15 dias a “malhar” na arbitragem (que dizem agora proteger e “credibilizar”), rotulando de “campeonato da corrupção para quem o vencer”, os benfiquistas na voz de Luís Filipe Vieira não vieram reclamar “esperar ganhar no campo”, para obterem a arbitragem inenarrável que se viu no Benfica-Braga, depois da derrota com o último classificado e um treinador na corda bamba?
O clima emocional conta muito, mais do que as tácticas, pode-se apimentá-lo ou deitar água na fervura. Jesualdo, da sua parte, sentiu o jogo menos conseguido da sua equipa, e até a desilusão de muitos adeptos prevendo “arrasar” o 2º classificado, quiçá como em Guimarães (0-5). O 4x3x3 montado para vencer, virado para a frente mas sem resultados/golos imediatos, não foi acompanhado da agressividade psicológica e pressing no campo que superasse a barreira física dos “mastins” Yebdá-Katso, num Benfica tão curto de espaços e ambição que deixou Suazo perdido no alto-mar.

O FC Porto não conseguiu jogar mais porque o adversário foi coeso e feliz por a sua precaução não lhe causar danos de início. Com 0-1 cada equipa fez a gestão possível mediante as circunstâncias do jogo e nenhuma, mais uma vez, arriscou. Nem o Benfica com “mais banco”. Reconhecendo as falhas e a descontinuidade do seu jogo, mas já patentes com Marítimo e Trofense, as críticas portistas à equipa são algo exageradas, emocionais e imerecidas. A equipa está de pé e, como sabemos há muito, cresce a competir. Tem limites para suportar níveis de exigência requeridos a equipas amadurecidas, aquelas que nos ocorre de memória, mas muita gente pensa que cada equipa é um caso de sucesso rápido como as que a precederam.

Para os adeptos portistas ficou, ainda, a gestão de poupança do onze titular que se vinha a fazer. Amigo meu há um mês alvitrava que “vamos arrasar” e a convicção da gestão de efectivos na Taça da Treta aguçava o desejo. Essa foi a ilusão e a “cobrança” veio logo a seguir…

Apesar da satisfação benfiquista de cantar vitória por um empate (como na Taça UEFA, por exemplo, em Berlim), e regozijo pela exibição (a melhor, dizem eles com o atrevimento não visto em campo) só porque o resultado a favoreceu, pois já jogaram melhor no Dragão e perderam, o FC Porto é líder e a equipa, jovem e sem tarimba de campeã apesar do estofo demonstrado em Braga e no Restelo, tem tudo na mão para ser feliz.

A sucessão de jogos, também com a Champions e ainda a Taça em Março, não admite mais poupanças e cedência de pontos. Se Jesualdo não quis pressionar a equipa com mind games, talvez por ainda não estar pronta e correr o risco de bloquear de vez, ela vai ter de conviver com pressão maior doravante. Como soube reagir no período negro, ganhando em Alvalade depois da derrota com o Dínamo, vencendo em Kiev a seguir ao desaire na Naval, triunfando em Istambul, superando de novo o Sporting na Taça. Afinal, não foi sob pressão que se reconheceu a equipa jogar melhor?

Será tudo uma questão de estofo, de espírito, mas a alma guerreira que os portistas conhecem de outras épocas e sentiram faltar no domingo tem de ser inserida na equipa. Para vencer já o Rio Ave (com os 3 trincos habituais e organização de Carlos Brito). E acabar com o bruxedo dos empates caseiros, talvez começar a atacar a baliza Sul primeiro. Porque yo no lo creo, pero que las hay…

10 comentários:

  1. mind games

    certa vez, na luz, o pedroto pegou no joão pinto - um puto imberbe ainda - e foi com ele, muito antes do jogo começar, antes ainda do aquecimento, até ao círculo central.

    à volta deles, um coro de 80.000 benfiquistas - devíamos ser só uns 2.000 - assobiavam e gritavam impropérios para aqueles visitantes.

    nisso, o mestre vira-se para o moço de caracóis e diz-lhe:
    - estás a ouvir?
    - sim.
    - toma atenção a uma coisa, eu nem quero sequer saber que estás com medo destes assobios. repara, é que estes assobios não são para ti, são para mim, entendes?

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  2. Ó Zé, eu já não peço mind games, mas que o professor esteja atento no banco e altere o que for necessário para melhorar a prestação de equipa.

    O que mais me incomodou no Domingo, foi verificar que o golo do F.C.Porto, não motivou, não galvanizou, não fez a equipa crescer e ir à procura da vitória.
    Isso não é o F.C.Porto que eu conheço e o treinador tem responsabilidades no assunto.

    Um abraço

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  3. Concordo, Vila Pouca. Com 1-1, esperava mais força, mas a equipa não a soube imprimir. Desgastada psicologicamente? Creio que sim, mais do que fisicamente. Se a cabeça não manda, o físico não responde. Não é fácil avaliar estas situações, muito menos estar lá dentro. O jogo é feito por humanos, nós temos muitos jovens que pensamos serem os mais amadurecidos do reino e cujo seu primeiro ano a sério deve equivaler aos que saíram campeões com 5 anos de tarimba.

    Daí ser mais comedido nas avaliações. Reconhecemos que oi "curto", mas sabemos que não "dava" mais.

    Também esperei e incentivei para, com 1-1, a equipa ir para a frente, teve até saídas de contra-ataque mas má condução da bola (Rodriguez) e opção de passe (Hulk). Via ali as afamadas "transições rápidas", a oportunidade de aproveitar uma nesga de terreno finalmente desocupado pelos teimosos vermelhos. Bloqueio mental, talvez, a impedir melhor desenvolvimento das jogadas. Creio que foi quando pareceu haver mais espaço, porque o empate perturbou o Benfica, mas não aproveitámos nem o espaço, nem a bola, nem o adversário assustado.

    Mas isso podia acontecer noutro jogo qualquer. Com a importância de um clásico destes e o contexto classificativo, pode dar-nos outra ideia das limitações genéricas da equipa.

    Depois, os mind games nem terão tanto a ver com o treinador, mas com os jogadores, os que saberão aguentar ou não. O "galvanizar" que falas e todos esperavam vai da natureza guerreira de cada um, por isso esta equipa não teria resistido como a de 1994-95 que revi na tv. Eram jogadores de outra fibra mental e física, a actual equipa é reconhecidamente "macia". E menos madura do que era a outra, por comparação. Estas nossas memórias é que nos farão decerto pensar que na fábrica a produção sai igual em cada equipa. Talvez o treinador pudesse incutir maior agressividade? Talvez. Daí a minha ideia que relatei, mais como constatação do que crítica.

    É que depois do jogo os mind games continuaram... do outro lado. Amanhã fecho a questão.

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  4. Pinto da Costa não vai a julgamento no "caso da fruta".



    http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Policia/Interior.aspx?content_id=1142929

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  5. "O Tribunal da Relação do Porto negou provimento ao recurso interposto pela equipa liderada por Maria José Morgado, que contestava o arquivamento do processo contra Pinto da Costa e o FC Porto, relativo ao jogo FC Porto-Estrela da Amadora de 2003/2004.



    O acórdão do Tribunal da Relação, a que a agência Lusa teve acesso, rejeita a tese da equipa especial de investigação liderada por Maria José Morgado, especialmente no que diz respeito ao testemunho de Carolina Salgado, ex-companheira de Pinto da Costa: '(...) Como é bom de ver, tal prova testemunhal não se revela, a nosso ver e de forma alguma, credível'.



    Este processo reporta-se ao célebre 'caso da fruta', em que o FC Porto, o seu presidente, Pinto da Costa, o árbitro Jacinto Paixão, entre outros, eram acusados de corrupção desportiva. Numa primeira investigação o Ministério Público arquivou o processo, que viria, mais tarde, a ser reaberto pela procuradora-adjunta Maria José Morgado, directora do DIAP, que deduziu acusação.



    O processo viria, no entanto, a ser arquivado pelo tribunal de primeira instância, decisão contestada por Maria José Morgado, que recorreu para a Relação, que voltou, agora, a decidir pelo arquivamento. Desta decisão há recurso para o Supremo Tribunal de Justiça. "

    in record

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  6. eu continuo na minha..mind games não porque o jesualdo não os sabe fazer!

    sempre que os fez, teve exactamente os resultados contrários!

    por isso mais vale tar caladinho e tentar não fazer o impossivel, que é perder este campeonato.

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  7. Uma coisa que me irrita nas conferências de imprensa do Jesualdo antes dos jogos é o discurso do "vai ser um jogo difícil". Nada como motivar o adversário.

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  8. Cada mister tem o seu estilo e o de Jesualdo não é seguramente o de Mourinho.

    Agora algo que não se pode admitir é a conjugação, ainda por cima em simultâneo, de 3 factores chave:

    1 - o Presidente está calado e ninguém da Direcção fala; o porta-voz do clube é Jesualdo com as consequências que isso acarreta; tenho saudades dos tempos em que antes e após os jogos PC galvanizava a equipa e achincalhava os adversários como poucos sabem fazer

    2 - o público do Dragão parece estar a assistir a um espectáculo de cinema ou de ópera e não de futebol; ainda me lembro de alguns FCP-SLB em que os jogadores do SLB já tremiam mesmo antes de o jogo começar e quando acontecia algum lance mais polémico as Antas quase iam abaixo;

    3 - há jogadores demasiado macios que ainda não perceberam que jogar no FCP é diferente, exige uma outra atitude mental; vejo muitas vezes na RTP Memória repetições de jogos em que Jorge Costa, Paulinho, Kostadinov, etc entravam a jogar contra o Benfica como se estivessem a defrontar a morte.

    Eu sei, nada se repete, mas mais do que contratarem jogadores para ganhar comissões, mais do que não termos um defesa esquerdo desde que o N.Valente preferiu as libras de um clube inglês de meio da tabela, pior do que ter um treinador que insiste num jogador (Lucho) apenas pelo estatuto, etc, o que mais me entristece são os 3 pontos que referi acima.

    Isso sim, dá-me vontade de desligar a televisão. Vontade que nunca tive quando jogavamos feio, com jogadores da casa sem a cotação internacional dos actuais, com um estádio quase todo à chuva, mas com algo que há anos que não temos: uma simbiose Direcção-Treinador-Equipa-Público.

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  9. Domingo há Inter-Milan.

    Mourinho, há dias:

    «Os rossoneri? Têm andado muito bem. O Pato, o Kaká, o Beckham: mas têm menos seis pontos que o Inter...».


    Custava muito, era ofensivo ou ostensivo, lembrar que o Benfica tinha menos um ponto que o Porto?

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  10. Dia 20, uma 6ª feira, às 21h, na RTP-1, jogo P. Ferreira-FC Porto.

    Uma notícia em tempo útil no site do FC Porto, está a evoluir.

    Deve ser pelos 150 anos da "Origem das Espécies".

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