21 novembro 2010

Perum é melhor do que galinha, quando se tem el Tigre a papar um Tigrão num jogo tipo salada de bróculos...


O treinador tinha avisado: jogo de alto risco. Não menosprezou o "secundário": meteu praticamente todos os titulares disponíveis. Mesmo assim, foi preciso comer muita sopa num jogo indigesto, mais lutado e disputado do que jogado, onde um imprevisto pode sempre acontecer. Calhou ter de ser Falcao, o único jogador de campo (fora o Helton, portanto) indiscutível que não foi lançado às feras, a marcar e decidir: el Tigre colombiano a papar o Roberto Tigrão que defendeu um portentoso disparo do Samurai Belluschi, com bola na barra e recarga do matador.
Foi difícil, com um Moreirense de linhas juntas e amiúde a defender nos seus primeiros 30 metros de terreno e num campo onde raramente tem sofrido golos.
E se é complicado romper barreira tão densa, só a golpes de insistência e muita troca de bola. O FC Porto teve posse, mas sem beliscar o opositor. Uma oportunidade de golo em cada parte e vivó velho. Um golito e bora lá prà fase seguinte a caminho do tri inédito na Taça. Ganhar por um, quando se sabia de antemão das dificuldades, é bem bom. Custou mas foi, não adianta muito dizer que houve pouca velocidade, porque não havia ali auto-estradas abertas. Nem dizer que não houve ritmo, porque o adversário obrigou sempre a jogar nos limites, com grande vigor físico. Muito menos falar em falta de penetração, porque o FC Porto tentou mas os cónegos fechavam os corredores e preenchaim o meio com muitos médios e o recuo do seu avançado e meio.
Foi preciso paciência e para adensar a teia de passes, em busca da rotura, lá teve que se meter Ruben Micael, mais um para equilibrar o défice numérico do meio-campo, embora sempre com uma ala esquerda coxa, nem Ukra nem Rafa convenceram, nem quando Walter para ali descaiu. Depois de uma primeira substituição que pouco mexeu com a equipa, colocando Falcao na área e derivando Walter para um apoio em ala, foi em 4-4-2, sem Walter e com Ruben Micael, que o FC Porto melhor lá chegou, tendo a bola mais perto da área até encontrar o buraco. Acabou por ser à bomba de Belluschi e com o sentido apurado do golo de Falcao. Foi sofrido, mas merecido e justo. Não há vitórias brilhantes com qualquer adversário, há luta e persistência quando assim tem de ser. Há opositores que parecem mais difíceis do que o nome indica e o inverso também sucede. Vamos ver o que sucede no próximo jogo, em Alvalade, depois de dois desafios muito suadinhos e complicados quando o som da ópera ainda ecoa por aí.


Reservo as questões de arbitragem para a rubrica habitual, até porque me custa, mais uma vez, ouvir falar de umas coisas e não ouvir falar de outras coisas. Vocês sabem do que eu estou a falar...

3 comentários:

  1. Amigos portistas, este foi um jogo difícil, um jogo que só deu ataque por parte dos Dragões, mas faltava o principal, a finalização, o(s) golo(s). Mas como quem tem Falcão tem tudo, ou quase tudo, entrou na partida e resolveu o jogo, e carimbou a passagem para a próxima eliminatória da Taça de Portugal. Agora que venham daí os lagartos e o resto é treta. :)

    Cumprimentos,
    ultrasfcporto

    ResponderEliminar
  2. Jogo complicado que o FC Porto não conseguiu simplificar, como era sua obrigação.

    Detestei assistir ao conformismo, à impotência, à falta de atitude, ao excesso de confiança que a grande maioria destes atletas patenteou neste jogo. Ficou claro que o facto de estarem a defrontar um adversário mais frágil lhes retirou motivação e clarividência.

    Alguns jogadores banalizaram-se de tal forma que se não estivessem com a camisola do nosso Clube bem poderiam passar por amadores.

    Não, não me contento com vitórias. Exijo atitude, raça e ambição.

    Um abraço

    ResponderEliminar
  3. Bom dia,

    Previa-se um jogo complicado, e assim foi. Não só por culpa nossa, mas também por mérito de um adversário lutador, voluntarioso, que sempre acreditou que podia levar o jogo para penaltis e ter a sorte de nos eliminar.

    O Porto jogou num ritmo muito lento, e falhou sobretudo na decisão final dos lances. Faltou o último passe.

    Ukra e Walter tiveram a oportunidade de se mostrar, mas este era um jogo complicado, com pouco espaço e de muita luta, ambos acabaram por ter uma exibição apagada.

    Rafa, outro estreante não teve muito trabalho defensivo, mas falhou muitos passes, penso que terá acusado algum nervosismo.

    Maicon e Rolando estiveram bem na defesa, assim como Guarin e Moutinho estiveram bem no meio campo.

    Destacaram-se neste jogo Hulk, Belluschi e Falcao. Sendo Belluschi na minha opinião o melhor em campo. Foi o que melhor de adaptou às características do jogo.

    Foi fraca a exibição, mas valeu a vitória curta, que nos permite continuar em prova, na luta pela conquista do Tri na Taça de Portugal.

    Boa presença de público nas bancadas que deu colorido à festa.

    Abraço

    Paulo

    http://pronunciadodragao.blogspot.com/

    ResponderEliminar