30 novembro 2010

Bin Laden ou Nobel da Paz (VI)?

Retomemos a arbitragem do Sporting-Porto, mal digerido o clássico de cá pelas patifarias do costume em Alvalade, e depois da indigestão em muita gentinha reles e triste por causa do clássico de ontem em Espanha para o qual Mourinho bem precisava da ajuda de um tuga como Olarápio para superar o Barcelona.
A Imprensa Porreiro, Pá cá da paróquia bem pode fazer de conta que não existiu (mais um) roubo em Lisboa em prejuízo do FC Porto.

Aos imbecis do costume, que cagam postas de pescada em tácticas, modelos e Leis do Jogo, deu-lhes aquela diarreia mental habitual em vez de fazerem de conta que não ouvem, não vêem e não falam. Para dizer que o fora-de-jogo, escandaloso, no golo leonino é de difícil detecção só mesmo equiparado à maldade da realização televisiva do evento, que remeteu para o intervalo, envergonhadamente, a clareza da imagem do lance irregular e impossível de passar ou despercebido à vista desarmada ou, pior, achado como "coisa milimétrica" depois de revistas as imagens. Tal e qual o fora-de-jogo ainda mais evidente e escandaloso do Benfica-FC Porto de há quase um ano em que só no dia seguinte, e após muitas demonstrações da marosca e da cegueira conveniente de um estúpido auxiliar de arbitragem que podia manejar uma esfregona em vez de uma bandeirinha, se deu conta da irregularidade, sem enfatizar-se a enormidade da mesma.
O energúmeno da direita, o Jorge (definitivamente) Rouba, não tem culpa no cartório pela asneira da grossa e reiterada do seu auxiliar nº 1, aí chapado em baixo.
Mas, tal como na Luz em 2008, Agosto, foi permitido todo o tipo de entradas aos adversários do FC Porto. Quem não se lembra das patadas autênticas de Carlos Martins, primeiro, e Nuno Gomes, na 2ª parte, ambos sobre Sapunaru?
Jorge Rouba Sousa ainda é glosado nos fóruns da manada como (ex)adepto dos SuperDragões, enquanto em Paredes é tão reconhecidamente benfiquista como o Daniel da RTPN que alguns, tolinhos, também achavam há tempos que tinha simpatia pelo FC Porto.
Confesso que me palpitava o João "Pode vir o João" Fereira para o clássico. O Vi-te ó Pereira era capaz disso. Era preciso um empata jogos, um árbitro que não deixe que os resultados se definam, alguém que pusesse um travão à marcha imparável do líder que, refreado em Guimarães por outro mestre da intriga com nome suspeito que confunde com o Xistrema, Carlos Xistra garantiu há umas jornadas. João "Pode vir o João" Ferreira era o ideal, até por não ter apitado nenhum jogo da Liga com o FC Porto mas tendo feito valer a sua marca na Supertaça (da édige da FPF) em Aveiro onde permitiu quatro agressões gratuitas a jogadores do FC Porto.
Esse árbitro da famosa escola de Setúbal, de resto, fez um trabalho nessa esteira no Porto-Sporting de 2009 (0-0), permitindo toda a agressividade aos leõezinhos que, arredados do título, tinham de apagar os 0-5 com o Bayern. Um empate animaria o Benfquique Flores, como veio a suceder. Num Sporting-Porto, em 2005, João "Pode vir o João" Ferreira ao qual nem na cova se libertará do estigma dos favores ao mafioso do gang "lá do Sul" conseguiu expulsar McCarthy depois de Rui Jorge se sentar nas costas do sul-africano e expulsar Seitaridis num penálti claro mas que não justificava mais do que o amarelo por jogar a bola com a mão sem uma evidente ocasião de golo.
Mas Jorge "Rouba" Sousa também tem o perfil de João "Pode vir o João" Ferreira. Permtiu não só os pitons de Maniche na barriga da perna de Moutinho, o Sapunaru de circunstância que o árbitro de Lordelo, Paredes deixou maltratar na Luz em 2008. Desde o início, mais de meia dúzia de cacetadas dos leõezinhos empertigados não em disputas de bola ocasionais, mas sempre por trás, sempre nos gémos das pernas de Varela, Belluschi, Hulk, Moutinho e Fernando. Como é que André Leão, muito elogiado pelos bacocos comentaristas, acaba sem um cartão pelo menos está ao nível da impunidade em que amiúde goza o distinto futebol agressivo do Benfica como se viu na época passada e sem a qual, essa contemporização dos árbitros, os meninos mimados da Luz não se habituam a jogar sob pena de levarem cartões a que não estão habituados.
E da mesma forma que o Sporting de Paulo Bento baixava o pau frente ao FC Porto, o jogo de linhas recuadas do Sporting de Paulo Sérgio, além de uma questão estratégica, baseava-se em travar fosse como fosse a progressão dos portistas. Daí o aparente ascendente da 1ª parte, anulando no seu terço do campo o futebol portista mas, por ser precisamente um jogo de espera, ficando sempre muito longe da baliza de Helton que só em pontapé para a frente (vidé o golo irregular) e em remates de longe (bola na trave de Pedro Mendes) era capaz de alvejar a baliza de Helton. O Sporting não teve uma ocasião de golo na área.
André Santos, portanto, foi o primeiro a bater, em Moutinho, por trás e até à cacetada infame de Maniche ocorreram uma meia dúzia delas, sem punição do árbitro.
Já com Maicon expulso, sem ter feito falta para consumar o habitual teatro do artista Liedson, num excesso de zelo de Jorge "Rouba" Sousa que deixou o FC Porto com 10 quando já empatara e ameaçava a baliza leonina, foi a vez de André Villas-Boas ir para o balneário mais cedo. Ele diz que contestou a dualidade de critérios disciplinares do árbitro. E tinha razão. Era revoltante. Mas os jogadores portistas sabiam que bastava colarem-se às costas de um adversário que, como eles queriam e provocavam, era falta óbvia. Isso chama-se não aprender com os erros e ninguém sanou a coisa. Sapunaru fez uma das faltas para que servem os costados de Postiga e nada a dizer. Ao protestar, sendo expulso, ao menos chamando a atenção do árbitro para a discricionariedade disciplinar, AVB teve o mérito de acordar o árbitro, pois até final, mesmo em suprioridade numérica, o Sporting acabou por ver mais cartões, muitos mais...
Mas para a arbitragem ser completamente enviesada, apesar da imbecilidade dos comentaristas que a avaliaram positivamente na generalidade, mostrando o que a casa gasta e do que gosta, só mesmo um habitual golo irregular leonino ao FC Porto.
Lembro-me daquele golo da Argentina ao México no Mundial, de Tevez (1-0), só possível num auxiliar a dormir na forma. Sendo italiano, na ocasião, custou-me mais a aceitar, pela experiência de que desfrutam no "calcio". Logo a FIFA o arrumou da cena... Por cá...

... Não é possível condescender com a asneira de José Ramalho. Custou-me, de resto, acreditar que só eu tenha referenciado o sujeito como o que levou o famoso cachaço do diabo da Luz, aquela coisa de somenos que justificou apenas do Bosta da Liga 1500 euros de multa, para indignação daqueles que agora acharam pouco 2500 euros pelas bolas de golfe no Dragão (resta saber quanto custarão em Alvalade...).
Nem é admissível dizer que no campo não se viu, porque Valdés estava destacado em fora-de-jogo e o árbitro-auxiliar sabia disso, viu-o à sua frente e quando a jogada decorreu com o simples pontapé para a frente de Rui Patrício, mesmo nas trazeiras da sua pobre cabecinha o "liner" sabia, instintivamente, que havia um jogador em fora-de-jogo que se pôs em situação "activa" quando foi disputar a bola. Logo, reflexamente, era de assinalar a infracção e torna-se indesculpável não só não o ter feito como alegar que era difícil de ver ou que foi uma coisa tirada por milímetros, o que as imagens demonstram claramente ser de metros.
Depois do cachaço da Luz, em 2008, José Ramalho, dito de Vila Real, viu na 2ª parte uma bola para lá da linha cabeceada por Cardozo, que deu empate (1-1) ao Benfica, fruto da coacção recebida mas que não ditou, ao contrário do Boavista, descida de divisão.
Já em Vila do Conde, esta época, um lance polémico na área portista foi consequência da vista grossa deste técnico de vendas que porventura deve negociar em óculos mas não os usa por decerto desconfiar do putativo produto. É que num alegado penálti, em dose dupla, de Álvaro Pereira, antes há uma situação de fora-de-jogo que podia ter sido assinalada a João Tomás a um cruzamento da direita; deste, após um ressalto, há uma falta claríssima sobre um defesa portista, creio que Maicon, que à sua frente o árbitro-auxiliar não marcou.
Espanta-me ainda, para fim da história e busca da moral da dita, que num caso exterior ao FC Porto, há uns anos, creio que em 1995 ou 96, um golo em flagrante fora-de-jogo de Poborsky, a dar a vitória do Benfica em Vidal Pinheiro (1-2), tenha instigado Pinto da Costa a denunciar José Luís Melo, apodando-o de "benfiquista de Valongo" que nunca mais nos esqueceu.
Para quem não sabe ou não recorda, esse baptismo nasceu daí, Poborsky estava quase na linha de fundo, à frente de José Luís Melo, para apanhar a bola e derrotar o Salgueiros quase no fim.
Hoje, pelo visto, o FC Porto mete-se em mexericos por coisa que não lhe dizem respeito e feitas fora do campo (Jesus-TVI em Aveiro). Mas a José Luís Melo, desta vez, não se lhe pode apontar culpas nas asneiras reiteradas e provocatórias de Alvalade que tanto prejudicaram o FC Porto.
De Alvalade é tudo, aproveitei para dizer a que se resumiu o jogo empertigado do Sporting, defendendo atrás, jogando em porofundiade mas sem fòlego para a 2ª parte e sem jeito para ataque continuado, daí os 13 pontos de atraso que não se diluiram com o forróbódó da Imprensa do regime e dos Shrecks e Gordos ou Freteiros "lá do Sul".
No jogo do Benfica em Aveiro, Bruno Paixão continua a mostrar que não é tão mau como foi pintado por mais de uma década em que justificou a irradiação uma vez pedida por Pôncio Monteiro e que o condenou para sempre. Podia ter marcado um penálti a favor do Benfica, numa situação de ressalto de bola de Rui Rego para Pedro Moreira que em reflexo mexeu o braço, mas ter havido um ressalto imprevisto suscitou a dúvida do árbitro que já deixou por marcar situações evidentes de mão na bola bem mais graves e incontestáveis, como na Supertaça de Leiria em 2008 Sporting-Porto (mão de Tonel).

2 comentários:

  1. A propósito deste tema, um amigo meu que mora em Lordelo, ouviu da boca do próprio, num café da localidade, após Jorge Sousa ter sido promovido e dado como apto para arbitrar jogos da primeira liga o seguinte: "A esses (FC Porto) só não os fodo se não puder!". Desde há 4 anos, quando soube disto, encaro sempre com desconfiança as arbitragens deste senhor.

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  2. Análise clarividente que retrata com toda a fidelidade a mentalidade do país desportivo, comprometido com a vassalagem ao vermelho empedernido, que corrói a verdade desportiva e que, paradoxalmente, valoriza exponencialmente (quanto mais não seja aos olhos de gente isenta) cada título averbado pelo FC Porto, contra tudo e contra todos.

    Um abraço

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