Porto-Lisboa em arbitragem...

Parece que a clássica do ciclismo já acabou (ligo pouco ao pedalismo, tem muito doping, tal como deixei de ligar aos JO desde o Ben Johnson em 1988...), mas o Porto-Lisboa ainda mexe muito com as pessoas no tocante a arbitragem.

Não percebo algumas dúvidas que se colocam nesta matéria. Eu, por exemplo, não tenho nenhumas e, por isso, advogo há muitos anos só árbitros estrangeiros nos clássicos do futebol. Perdemos a oportunidade de experimentar um para o Porto-Lisboa de domingo, como logo lamentei a propósito da farsa da greve dos árbitros, escrita aí em baixo.

Agora, a bluegosfera agitou-se, nem acredito tanto pela sua estranheza, mas mais por ser apanhada desprevenida.

Andam a implicar com o Vi-te ó Pereira, aquele que já vi há muito tempo a mexer os cordelinhos. Contesta-se que desde o barulhinho choradinho dos meninos da mama o benfas só apanha árbitros de Lisboa, ou arredores da escola de Setúbal como o tenrinho e conveniente Bruno Esteves do último jogo.

Se tivessem registos dos árbitros desde há 25 anos não se admirariam de tais coisas. Por exemplo, dos que falam dos Calheiros, dos fulanos e dos sicranos sem saberem que jogos e quantos jogos apitaram de Porto ou de Benfica. Aliás, se notarem, por exemplo, na época passada, a dos túneis mas a dos árbitros do costume também, perceberiam não haver nada de especial que destoe nas nomeações.

O Benfica tem quatro árbitros de Lisboa, e um de Setúbal, em cinco jogos desde Guimarães?

Pois tem, o FC Porto também teve na época passada e ninguém notou:

5ª j. Braga (D1-0), Pedro Proença (a tal derrota que o Manha nunca poderá dizer não ter acontecido com este)
6ª j. Sporting (V1-0), Duarte Gomes
7ª j. Olhanense (V0-3), Pedro Henriques
8ª j. Académica (V3-2), Hugo Miguel

E, no final,
27ª j. Guimarães (V3-0), Duarte Gomes (2)
28ª j. Setúbal (V2-5), Pedro Henriques (3)
29ª j. Benfica (V3-1), Olegário Benquerença (3), de Leiria mas é da casa e benfiquista dos quatro costados, como provou à saciedade neste jogo.
30ª j. Leiria (V1-4), Hugo Miguel (3)

(entre parêntesis o número de jogos apitados ao FC Porto na época passada).

Voltando ao Vi-te ó Pereira, na conferência de reparação de danos, após a 5ª jornada que era para reeditar ao cabo de outras tantas jornadas mas já foi rematada para 2011 e o fim da 15ª jornada, na altura eu escrevi o que mais me impressionou e ao qual praticamente ninguém deu importância. Recapitulando

Luís Filipe Vieira desafiou (na verdade, rosnou), na reunião dos talibãs após a 5ª jornada, para perguntarem, os jornalistas, ao Vi-te ó Pereira porque razão o árbitro portuense Paulo Costa não apitou o Benfica na época passada. Como se isso tivesse importância. E como se, na época passada, apesar dos lamentos dos adeptos broncos contra os árbitros do Porto, não tivessem apitado o Benfica Jorge Sousa (4 vezes), Artur Soares Dias (3) e Vasco Santos. Podia ter perguntado pelo Rui Costa, irmão de Paulo Costa, mas não, aqui há gato com o rabo de fora, como nas coisas feitas pelo outro lado...

Vi-te ó Pereira, um dos pilares de mais um título fraudulento na época passada a par com o Bosta da disciplina da Liga que o Benfica teve de se resignar perder no novo mandato sem o ogre oliveirense, não se fez de menos quando instado, na conferência de reparação de danos após os talibãs da Luz terem ameaçado este mundo e o outro de mortos-vivos, e disse que essa explicação dá-la-ia pessoalmente ao presidente do Benfica.

Isto faz-se às claras e, por isso, tal como terminei a referência à greve dos árbitros, repito para todos eles: vão-se foder.

p.s. - entretanto, depois da observação feita ontem sobre a referência liminar na RTPN no post anterior, hoje ouvi na TVI24 a mesma história do penálti por marcar no Porto-Benfica em 2009 e não ouvi no que ficou por marcar sobre Lucho; de resto, no outro Porto-Benfica do Proença, na Luz em 2007, o Porto não ganhou porque houve um golo irregular que então como hoje foi apagado do "chip" e uma perseguição disciplinar inqualificável a Pepe e Cª. Nem de propósito, a TVI24 pôs no ar as imagens desse primeiro clássicos do Proença, sem referência alguma aos desmandos da arbitragem nesse jogo da Luz.

Agora, vamos lá pensar é em ganhar ao Besiktas. Os outros virão a seguir.