Temos mesmo de usar o vernáculo para rebobinar o filme do "Processo Queiroz", kafkiano até à medula mas tão genuinamente tuga que é simples "traduzir" do checo Josef K. para um qualquer José S., tal a similitude de processos...
Quando se chama "filho da puta" a alguém, hoje em dia, não se quer pôr de facto em causa a honorabilidade da mãe do visado pelo insulto; amiúde não se conhece a mãe "ofendida", pelo que cai pela base o intuito de ofender a dama. De facto, cada vez mais, o "filho da puta" hoje tão em voga é mesmo ele o visado directamente no jargão, pelo seu carácter repugnante, modo de ser asqueroso e traiçoeiro até dizer chega...
Pegando no famoso "(o dr. Luís Horta) que vá para a cona da mãe dele", que enfureceu meio país pudico e condenou Queiroz à reprovação do abuso de poder da linguagem persuasiva como é a portuguesa com os seus significados reais, dir-se-á ser um elogio e um conselho para alguém se tratar encaminhando-o para a origem e o ser que o concebeu, tido como de melhor carácter do que o títere a quem se chama "filho da puta". Em resumo, até porque um tribunal português reconheceu isto mais ou menos nestes moldes, um "filho da puta" ir para a "cona da mãe dele" é um "convite" a um recomeço de vida, talvez regenerando-se porque a marca "filho da puta" não sai da pele de alguém que, aliás, faz a sua vida nesse registo de tramar a vida dos outros pelas mais variadas razões, às vezes objectivas para permitir a um subir na vida nas costas de outros, outras vezes fúteis ainda que para subir na mesma à custa de alguém e para o que, como quem não quer a coisa, faz um broche ao chefe.
Não vou desculpar a linguagem nem aceitar que virgens ofendidas se indignem por tão pouco. Ao saber que Carlos Queiroz ganhou, como era óbvio, no TAS contra a filha da putice da ADoP, do IDP, do Governo em suma, e da FPF como atrelado infeliz nas coisas mais sujas do futebol português, e depois de aqui ter contado, documentalmente, o essencial que a merda da Imprensa tuga teve nas mãos e não explorou nesta matéria, tinha intenção de aqui trazer alguns desses documentos como os dos médicos que fizeram o controlo antidoping à Selecção a 16 de Maio de 2010 na Covilhã.
Soubemos que apenas José Madeira fez o seu relatório das incidências do controlo, ferido apenas pelos insultos irados do então seleccionador, na data e no local devidos. Os outros, um fez na data de 16 de Maio mas em Lisboa, o que significa que o fez depois e já em casa (João Marques), outro fez alegadamente na "Covilhã", mas em data posterior, o que é notável (Queimadela Baptista).
Soubemos que apenas José Madeira fez o seu relatório das incidências do controlo, ferido apenas pelos insultos irados do então seleccionador, na data e no local devidos. Os outros, um fez na data de 16 de Maio mas em Lisboa, o que significa que o fez depois e já em casa (João Marques), outro fez alegadamente na "Covilhã", mas em data posterior, o que é notável (Queimadela Baptista).
Saber, agora, que a ADoP, reagindo à sentença do TAS que dá total razão a Queiroz, alega que os médicos da FPF contradisseram-se, adulteraram e negaram até testemunhos anteriores, quando foram ouvidos no TAS em Janeiro, é risível, atendendo ao comportamento dos médicos da ADoP que entraram em contradição, falsificaram datas e locais na elaboração de documentos e, entre várias dissonâncias testemunhais, conseguiram afinar pelo mesmo diapasão o essencial para condenar Carlos Queiroz.
Como aqui relatei exaustivamente toda a história, com todos os documentos que agora o TAS avaliou, não resisto a rebobinar o filme e enquadrar o "finale" - tão mau quando o enredo que lhe deu origem.
Como aqui relatei exaustivamente toda a história, com todos os documentos que agora o TAS avaliou, não resisto a rebobinar o filme e enquadrar o "finale" - tão mau quando o enredo que lhe deu origem.
De facto, os médios da FPF meteram os pés pelas mãos. Quer o dr. Campos quer, especialmente, Henrique Jones, que, para cúmulo, confessou no TAS não ter sabido ter sido testemunha num inquérito em Portugal.
Na verdade, foi a defesa de Carlos Queiroz quem anotou a... anedota. Henrique Jones, aquele gordo bonacheirão que dá sempre o boletim médico da Selecção, andou a dormir e confessou não saber que tinha estado presente num inquérito no caso Queiroz em Portugal.
Na verdade, foi a defesa de Carlos Queiroz quem anotou a... anedota. Henrique Jones, aquele gordo bonacheirão que dá sempre o boletim médico da Selecção, andou a dormir e confessou não saber que tinha estado presente num inquérito no caso Queiroz em Portugal.
Agora que tenho mais documentação, face à sentença do TAS, dá para avaliar se isto é trágico ou é cómico. Por ser em inglês, e até técnico, não quero maçar potenciais leitores (nem abusar de quem não sabe inglês). São médicos, cinco médicos, em causa, mais o inefável dr. Horta, Luís Horta, fora o "norte-coreano" Laurentino "Kim Jong-il" Dias, tudo gente fina que se borra por tão pouco e consegue ter o portuguêsmente afamado comportamento de filho da puta. Queiroz, que não deixará de pedir chorudas indemnizações, mesmo que nem as paguem o imbecil Madaíl, o pobre Horta ou o patético Laurentino, pediu a demissão de toda a gente no dia em que o Governo... foi c'o caralho!
Parece que nos livrámos de uma boa corja, mas o típico filho da puta português está por todo o lado. Por isso este Portugal moderno, que devia inteiro voltar "para a cona da mãe" para ver se renascia mais honesto e com valores que seguramente tornariam o País melhor, está com merda até ao pescoço.
Repare-se: a Imprensa que rejubilou com a demissão de Queiroz hoje não dá um título na 1ª página. Outros, foleiros como sempre, metem uma linha pequenina como apólice de seguro. Pior: os que recusaram contar a história como devia ser, deram-se ao desplante de aceitar a "desculpa" da FPF de que não foi este caso que fez demitir o ex-seleccionador. Só cabrões, além de ignorantes e maus profissionais, fazem assim. Li no Rascord só hoje à noite porque apanhei o jornal no restaurante: remetem para uma informação da Lusa, como se o jornal não pudesse contactar directamente a FPF.
Ora, ao contrário do veículado, não foi a entrevista ao Expresso, de 15 de Agosto, a ditar a saída de Queiroz. Porque o "caso do polvo" (A. de Carvalho) teve uma sentença de 1ª instância da CD da FPF de que Queiroz recorreu (da suspensão de um mês).
Nenhum jornal teve a decência de seguir toda a história: nem no início, nem no desenvolvimento, nem no fim. Ignorantes. Ou filhos da puta. Típico. Foi a suspensão de seis meses da ADoP, e a pressão pública do sec. Estado do Desporto Laurentino "Kim Jong-Il" Dias a pedir à FPF para "agir em conformidade", que ditou, sim, a demissão de Queiroz. Já depois de demitido, Queiroz viu o CJ da FPF para o qual recorreu de um mês de suspensão pelo "processo do polvo" confirmar a suspensão. Ora, a FPF não podia despedir Queiroz só por isso e enquanto corria os trâmites da defesa em recurso. Logo, até hoje, até ao fim, tudo digno de filhos da puta, recorrendo a uma "fonte da FPF". Sempre a mesma merda.
ACT.: A Bola precisa a 24/3/2011 aqui http://www.abola.pt/nnh/ver.aspx?id=254268
Entetanto, como estive por fora e soube agora que Queiroz regressa amanhã de Moçambique (li no JN), limitei-me a apanhar as "bocas" e em especial a reacção do ex-seleccionador. Tinha ouvido algumas passagens na rádio, mas nenhuma concretizou, no que ouvi, aquilo que espero que Queiroz denuncie, à chegada, e que aqui contei em devido tempo no seguimento de uma notícia do CM:
Queiroz foi confrontado com o parvo do Sócrates a dizer que "todos temos saudades de Scolari", no convívio em que foi despedir-se da Selecção em Lisboa de partida para o Mundial. Deve ser por isso que, li agora no Rascord, a sua cabeça servida em bandeja a alguém, segundo ouvi na rádio, parece que foi precisamente servida a Laurentino "Kim Jong-il" Dias, José "Kim Il-Sung" Sócrates e Pedro "Kim Jong-Un" Silva Pereira, a trilogia de norte-coreanos (pai, filho e neto) de um Partido Socrático que deixou o País a pão e água e que, à moda também albanesa, prepara a sua recondução e, sem vergonha, apresentar-se de novo a votos.
Como, por fim, em tempos fiz a contagem do marcador em Queiroz, 4 - Tudo o Resto, 0, há que actualizar o placar: Queiroz, 5 - Tudo o Resto, 1. E este "1" foi um golo na própria baliza. O "processo do polvo", infelizmente, foi atraiçoado por Agostinho Oliveira, que negou na audiência disciplinar da FPF o que toda a equipa técnica sabia de um conluio denunciado por Porfírio Alves aos técnicos que, em Aveiro, assistiram à Supertaça, a 7 de Agosto. E que levou, uma semana depois, Queiroz a falar de Amândio de Carvalho "a cara na cabeça do polvo", na entrevista ao Expresso que ainda guardo comigo.
O polvo era o regime socratino e o episódio de retaliação mesquinha e política, tipicamente norte-coreana, por causa do Scolari dito pelo Primeiro-Sinistro. O bacoco Amândio, 25 anos depois de Saltillo, lá anda entre as comendas na FPF e as distritais do PS em Setúbal/Montijo. Tivemos um sec. Estado do Desporto a abraçar efusivamente a condenação da ADoP para agora levar com um balde de merda pela cabeça abaixo. Médicos que mentiram e aldrabaram. Médicos que nem sabem porque existem. Doutores para cima na FPF e doutores para baixo no Governo.
Eis o retrato do País. Filho da puta. Mas já não adianta ir "para a cona da mãe". Se até Afonso Henriques bateu na D. Teresa... e passados 900 anos andamos nisto.
Sem dúvida alguma, um país filho da puta! Ou não fosse ele maioritariamente vermelho.
ResponderEliminarNão é por acaso que os Super Dragões não o deixam de lembrar, em todos os jogos!
Um abraço
É só filhos da puta...
ResponderEliminar"Ou não fosse ele maioritariamente vermelho"
ResponderEliminarComo dizia um amigo meu, e que repiso sempre tal lição, pobres e benfiquistas foi a herança de Salazar.