23 março 2011

Ironias e sarcasmos reveladores dos seus intérpretes - só MAIS UM

Enquanto se espera pelo castigo da justiça desportiva portuguesa
em casos de reincidência por violência compulsiva
o Tribunal Arbitral do Desporto, em Lausana na neutral Suíça, volta a condenar as instâncias do futebol português que se quer moralista, moralizador e exemplar.

Depois da sentença favorável ao FC Porto, em 2008, mal passaram dois anos sobre nova sentença a destratar a justiça desportiva portuguesa, neste caso reforçada pelo poder do Estado no âmbito da tutela do Instituto do Desporto de Portugal sobre a Agência Antidoping de Portugal que perseguiu de forma infame Carlos Queiroz.









Vejam só como é a "porca miséria" desta vida.







http://www.record.xl.pt/fora_campo/interior.aspx?content_id=689564
O TAS primeiro anulou a decisão de suspensão de Carlos Queiroz por seis meses decretada pela ADoP, depois do recurso apresentado a 11/10/2010 pelo ex-seleccionador contra MAIS UM processo nojento e inquinado materialmente, como é norma no futebol português.
Prevista para o passado dia 11, adiada sem se saber porquê para dia 25, foi hoje anunciada a decisão final do TAS em dar razão a Carlos Queiroz, pelo que é livre de poder trabalhar já que a suspensão, que estava suspensa, deixa de ter efeito.
Ganha força a componente indemnizatória de Carlos Queiroz junto da FPF, num processo indigno que ditou o seu afastamento com a permissividade justiceira de alguns pategos que volta e meia fazem de Tiririca cá na paróquia. Isto, claro, dava mais um capítulo no inenarrável Relatório (Bo)Ronha que há tempos iniciei e ainda não foi concluído.
Pior: a queixa-crime apresentada no MP a propor investigação ao processo próprio da ADoP e adulteração de testemunhos, como aqui foi relatada documentalmente, tem mais força para chegar à verdade que o submundo dos poderes lisbonenses esconde como sempre fez no futebol português.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Desporto/Interior.aspx?content_id=1812240
Entretanto, isto sai um dia depois de Gilberto Madaíl não ter sido reeleito no Comité Executivo da UEFA. Derrotado em Paris, no Congresso Ordinário, Madaíl diz-se vítima da "pobre imagem do futebol português".

Que imagem será após uma década de presenças invariáveis de Portugal nas grandes cimeiras internacionais? Que pobreza se nos lembrarmos a nível de clubes de triunfos do FC Porto na Taça UEFA'2003, Champions'2004 e do Sporting na final da Taça UEFA'2005 realizada em Alvalade? Que mau futebol português estará retratado nos três clubes presentes nos quartos-de-final da Liga Europa agora mesmo?

http://www.ojogo.pt/27-82/Artigo918049.asp
Bem, como é costume, a vitimização prossegue. Ser Rui Gomes da Silva, um incendiário compulsivo, vice-presidente de um clube

- cuja tv oficial apela a "pegar em armas" contra o FC Porto,

- cujo jornal oficial conta estórias de favores de arbitragem no triunfo portista da Champions em 2004, uma competição (ou similar) a cuja final de 1990 o Benfica chegou graças a um golo marcado com a mão,
o protagonista a não "pedir" represálias" tem o efeito de logo ser apedrejada a Casa do FC Porto em Coimbra.
É como pedir aos adeptos para boicotarem os jogos fora de casa, obviamente eles mandam-nos à merda e, como agora se vê, retaliam.

O Benfica falar de violência com o seu rol extensíssimo de mortes, incêndios, agressões, ataques na estrada e à saída dos estádios é como Khadafi agora, e Saddam antes, falar em paz e sossego para o seu povo.

O Benfica que ainda no final da época passada, sem marcar presença no Jamor, teve um comunicado oficial a pedir civismo e compostura na final da Taça entre FC Porto e D. Chaves é o farsante que faltava a esta estória de ópera bufa?

Não, é só MAIS UM.

Como nota final: alguém se lembra de tanto alarido, tanta violência escarrapachada nos pasquins de caserna, tanto burburinho e preocupações na época passada?

Ou tem de ser quando o Benfica se prepara para perder o campeonato fraudulento, MAIS UM, da época de todos os favorecimentos em 2009-2010, que a violência volta à rua?

Por quanto tempo mais se vai aguardar, voltando à justiça desportiva do início, pelo castigo ao treinador-energúmeno Jorge Jesus - que nem se ficou por MAIS UM caso de arruaceiro compulsivo?

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