Já se vê Luz no título! (apesar da falta de pressão do Benfica...)

Não há o chinfrim de quando se anunciava há tempos um campeão aos soluços.

O FC Porto segue imperturbável, porque ainda não voltou a Lisboa, na senda de um campeonato triunfante e porventura o mais "rápido" de sempre, apesar da perspectiva de um bicampeonato babado no início da época. Cumpre com ordinária administração um percurso quase sem falhas. Passou mais uma etapa em Leiria, está mais perto do título e o desânimo dos rivais é chocante.

A"culpa" do jogo frouxo, a passo lento, às vezes "doble" por pura recreação com a bola, até com alguma irritação, por parte do FC Porto em Leiria, é do Benfica. Sem a pressão da afamada perseguição, mesmo que à distância e até considerável, os líderes incontestados e futuros campeões em breve já jogam para passear a bola e ter menos codícia pela baliza. Nada que tenha obstado a mais uma vitória: 21ª e 11ª consecutiva em 23 jogos da Liga. Outra "bomba" de Guarin e novo penálti para Hulk marcar o seu 20º golo no campeonato - e depois de o careca de Braga ter negado dois penáltis ao FC Porto, a suscitar, decerto, interesse mediático quanto à nota de um não menos "desempoeirado mental" observador da Liga...

Mais um passo rumo ao título, contam-se calmamente os dias que faltam mas já há "iluminados" que percebem como o FC Porto, ó ironia das ironias, pode carimbar o título na Luz e com mais classe e desafogo do que o Benfica quis fazer em Maio no Dragão. De 2 de Maio de 2010 a 3 de Abril de 2011, quanto mudou na Liga, desde um campeão imperial em vez de um campeão aflitivo e inseguro, a a árbitros que persistem em negar penáltis ao FC Porto quando há um ano marcavam com facilidade para o Benfica e há tempos era o Benfica a lamentar-se que não se lhe marcavam penáltis e concediam muitos ao FC Porto.

Mesmo assim, o tal ciclo de cinco jogos já vai em três vitórias e só falta bater a Académica no domingo e o Benfica na Luz para o título ser certo. Como lembrou Villas-Boas, o FC Porto cumpriu o seu trajecto e respeitou o plano, o "nosso rival que vai atrás" não, com a atenuante de mascarar o seu plano falhado com alusões a arbitragens e intromissões anedóticas de observadores da Liga...

Esta coisa de fixar objectivos, definir o campeonato em cinco jornadas, tornou-se muita areia para certas camionetas ronceiras e trauliteiras que a cada semana têm mais uma desculpa para chegarem atrasadas ou falharem os seus trajectos, metendo-se por caminhos ínvios próprios de quem se habituou a "fazer as coisas por outro lado".

Tornou-se, esta noite fria e húmida a causar danos no relvado e prejudicando o jogo de posse de passe do FC Porto, irritante a partida porque a U. Leiria recusou jogar. Não foi só o Benfica que desistiu do título, foi o conjunto leiriense que, com três centrais e um só avançado amiúde colocado à entrada do seu meio-campo, também se demitiu de se opor com valentia e coragem ao FC Porto.

O futebol portista intimida assim tanto que mesmo para uma equipa desafogada na tabela, sem ambições de maior ou perigo iminente, perde completamente a noção de jogo, de jogar, de fazer futebol?

Sim, assim a Liga é uma pasmaceira, de resto complementada com árbitros ridículos, este Cospe Machado mais um daqueles que é tido como "portista", como se não houvesse "benfiquistas", e nega dois penáltis ao FC Porto. Parecia o Elmano Santos, uma vez numa derrota fantasmagórica em Leiria... Um desastre o "Collina" português, capaz ainda de trocar um amarelo a Rolando para dá-lo a Fucile...

Feito o resultado, que só por acidente é trocado por um deslize como foi em Guimarães e em Alvalade, AVB geriu os suplentes, metendo Cebola Rodriguez e Ruben Micael, depois de ter lançado James para mudar de novo o figurino do meio-campo para o losango em que Guarin trocou com Moutinho, este recuou para trinco e o colombiano, quatro dias depois de Moscovo, lá fez soar as trombetas do triunfo para abrir mais uma vitória portista. E são tantas as vitórias portistas esta época que até chateia, tira entusiasmo ao público e... deixa o "nosso rival que vai atrás" na posição mais desconfortável ainda de ter de arranjar subterfúgios para encobrir os seus fracassos.