13 janeiro 2010

Quanta pobreza

Académica 0 - 0 FC Porto

Equipa: Nuno «cap»; Miguel Lopes, Maicon, Nuno André Coelho e Fucile; Tomás Costa, Prediguer (Orlando Sá 58')e Guarín; Valeri ( Sérgio Oliveira 74´'), Farías( Yero 86') e Mariano

Além de, proporcionarem ritmo de competição a alguns jogadores menos utilizados, dos estádios vazios, dos regulamentos que são mudados a meio da prova, das arbitragens encomendadas, ( ainda nesta jornada tivemos direito a mais uma, com o beneficiado ser sempre o mesmo) os jogos da Taça da Liga servem para ver o quanto pode ser constrangedor ver futebol quando ele é mau jogado, ou pelo menos, jogado a ritmo de passeio.

O jogo do FCPorto, frente à Académica, teve momentos entre o aborrecimento e a irritação por ver uma partida tão fraca, com tão poucos momentos de emoção.Uma exibição muito à imagem da competição para o qual o jogo se disputou: pobre.

É certo que o relvado não se apresentava nas melhores condições, como o FCPorto também alinhou com um onze maioritariamente constituído por jogadores com pouco ritmo, que muito dificilmente poderiam constituir como um verdadeiro conjunto, mas a equipa portista esteve globalmente tão fraca, tão sem ideias, tão lenta, principalmente ofensivamente, que a única oportunidade de golo aconteceu aos 81 minutos quando Sérgio Oliveira, apetece perguntar quem mais do que ele, esteve a um pequeno passo de marcar o golo da vitória.

Esta partida, como todas as partidas da Taça da Liga, servem para ver com que Jesualdo Ferreira pode contar para o resto da época, e se os jogos do Leixões e da Académica serviram para alguma coisa, foi para ver que jogadores como Tomás Costa, um jogador que quase nunca acerta um passe em condições, Guarin, Mariano Gonzalez, Prediger, são jogadores de quem se pode esperar muito pouco, ao contrário de Maicon, Nuno André Coelho, Sérgio Oliveira, a equipa melhorou significativamente com a sua entrada, e, se for trabalhado mais fisicamente, Valeri, são opções a ter em conta.

Da partida, apenas se pode dizer que as equipas se anularam uma à outra, estiveram bem defensivamente, mas no ataque quase nunca tiveram oportunidades. Sempre que elas pensavam em vir para a frente, quase sempre os ataques eram anulados, com maior ou menor dificuldades pelo seu adversário, aproveitando apenas os lances de bola parada para proporcionar algum perigo.

Por isso, foi um jogo muito disputado a meio campo, com mais luta pela posse da bola, alguma, por vezes demasiada, virilidade por parte da Briosa, mas com pouca emoção e com poucas coisas boas para serem lembradas.

O FCPorto agora tem a possibilidade de carimbar o apuramento às meias-finais, na próxima partida frente o Estoril. Espera-se com melhor futebol, mais apelativo e agradável, porque ver a equipa jogar mal, com titulares ou com a segunda linha, já começa a ser demais.

8 comentários:

  1. "Tomás Costa, um jogador que quase nunca acerta um passe em condições".

    Vi num café a 1ª parte. Pobre. De que outra forma poderia ser num meio-campo de Pregiger, Guarin e Tomás Costa? Pois ainda resisti, enquanto uma obrigação não me chamava naquela altura, até uns 5 minutos da 2ª parte. Tinha mesmo de sair, nunca poderia ver o resto do jogo.

    Que melhor oportunidade de sair depois de ver o Tommy a receber a bola com todo o tempo e espaço do mundo, andar, rodar e passar a bola para o vazio, pela linha lateral?

    Não perdi nada depois, penso eu de que...

    Da 1ª parte, duas faltas grosseiras da Académica sem cartão. A benevolência destes árbitros quando os jogadores portistas sofrem faltas feias e até em zona perigosa (Markus Berger ceifou Mariano perto da área e devia dar cartão além do livre; depois foi Guarin travado quando fugia pela direita ao Paulo Sérgio perto da área e de novo sem cartão)...

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  2. As segundas linhas não parecem ter vontade de jogar na equipa principal numa competição já de si vigarizada.
    Veja-se o golo anulado ao Guimaraes por causa da falta de jeito do GR dos mouros!
    Cada jogo cada roubo,assim mais vale entregar a Taça SLB aos defensores da verdade desportiva e desistir da competição., ou então, joguemos com os juniores no Estoril ,uma vez que o Sergio Oliveira e o Yero fizeram mais em 10 minutos que certos estrangeiros que por lá andam!
    Melhor em campo: Nuno Coelho!
    Do Tomas Costa tenho a dizer que o rapaz á esforçado e que jogou benzinho a partir dos 60 mns (no lugar do Prediger).
    A posição natural dele é Defesa\medio direito (vejam como jogava na argentina).
    Não queiram fazer dele um DECO (talvez um paulinho santos ?) mas respeito a opinião em como poderiamos ter melhor.... outros Flops: Mariano,Prediguer,Guarin...

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  3. Eu vi pouco do jogo... mas dizer que a Académica jogou com virilidade é um eufemismo bastante grande.

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  4. Eu não tenho grandes comentários a fazer. Aquilo hoje foi deprimente demais.

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  5. nightwish, a Académica jogou com a maioria dos habituais titulares. Aliás, como o Leixões fizera na 1ª jornada.

    Jogando em casa, sabendo das "segundas linhas" do adversário e de que uma vitória os qualificaria, os estudantes deram tudo. Deram tudo para explorar a fraqueza do adversário. É natural.

    O que não me parece natural é que faltas para cartão não tenham sido sancionadas disciplinarmente. Mas lá voltamos aos árbitros...

    Mesmo assim, o FC Porto B aguentou a Académica A cujo treinador se preocupou tanto em desgastar a equipa e o relvado... queixando-se de ter agora o relvado estragado.

    Pois é, não se pode ter sol na eira e chuva no nabal... Com as "reservas" do Porto é a mesma coisa.

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  6. Zé Luís,

    nada que impeça a RTPN de no resumo dizer que a Académica jogou com as segndas linhas...
    E por falar em relvado estragado, o Jesus queixou-se ontem do relvado de Guimarães, sendo curioso que no jogo da Luz não tenha achado grande problema no relvado para o "grandioso" jogo do SLB...

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  7. Devo admitir que senti alguma vergonha... até ao momento em que dormi profundamente!!!

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