05 janeiro 2011

«Não gostamos que se diga que estamos na frente graças às arbitragens»

Este é o grande título que pode extrair-se das declarações, hoje, de Belluschi, no Olival. O mais importante. Porque isto dito assim pelos críticos e caceteiros do Benfica dói. Por ser falso. Está certo que o fulcro da questão é outro: o Benfica não contesta verdadeiramente a liderança do FC Porto, apenas acha que a diferença pontual deveria ser menor. É um ponto de vista legítimo, há que reconhecer. Mas falso. E mais ainda se compararmos com o que era o cenário há um ano.

E é isto que faltou dizer a Belluschi. Que alguém esqueceu de passar a mensagem para ele a transmitir como é devido, porque na Luz a cartilha é lida a toda a gente, do balneário aos paineleiros profissionais de agit-prop pelos meios do regime onde atingiram foros de escândalo as múltiplas presenças e vozes de adeptos benfiquistas.
Haja, porém, alguém do FC Porto a lembrar a escandaleira da época passada. Pior: se o Benfica se queixa das arbitragens desta época, haja alguém para lembrar que, nesta altura, no campeonato passado e fraudulento, o Benfica tinha quatro pontos de avanço sobre o FC Porto logo após o confronto directo. E, então, não foi 5-0 o resultado, para calar de vez as bocas, mas apenas 1-0 e um golo de irregularidade horrível. Uma irregularidade - um fora-de-jogo quilométrico de Urreta que devia interromper imediatamente a jogada pela qual, depois, nasceu o golo em pontapé para a frente e seja o que Deus quiser - que era tão óbvia e escapou a tantos cegos que não cuidaram de denunciá-la.
Pior: há um ano, após arbitragens incríveis de proteccionismo ao Benfica com mergulhos indecorosos, expulsões de adversários aos montes e risíveis faltas a favor para dar golo, mesmo após o falso 1-0 da Luz, os jogadores do FC Porto não andaram a apregoar que a vantagem do Benfica na tabela era excessiva. Curiosa e ironicamente, então eram ainda os benfiquistas que reclamavam da liderança... do Braga, que foi o campeão de Inverno, estatuto esse de que agora nem se fala nem se viu em algum título.
Depois do vexame do Dragão, os jogadores do Benfica deviam jogar mais e falar menos, mas a cartilha do clube e o instinto congénito de choradeira infantil é mais símbolo do clube do que a invenção de um voo de milhafre para parolo ver.
Isto fora outros números e estatísticas que após esta jornada nº 15 serão comparados entre a escandaleira que foi, mas andou por aí calada pelos ratos do costume do mais execrável esgoto a correr a céu aberto de baboseiras sem fim, e a que dizem que tem sido mas só o dizem, agora, para encobrir como o FC Porto conseguiu nesta meia época, resultados muito melhores do que os celebrados há um ano.
Haja decência, mas quem a apregoe fale do que deve ser realçado. E só se espera mais uma resposta à altura do FC Porto no sábado, na recepção ao Marítimo. Com ou sem Xistrema nomeado.

1 comentário:

  1. Sem dúvida que a melhor resposta a esta "lavagem ao cérebro" que está a ser levada a cabo, a partir não do túnel, mas das"conferências de imprensa" do antro do Seixal e do estúdio do canal vermelho, é um vitória categórica no próximo sábado.

    Villas-Boas, não vai ficar perturbado e tem conhecimentos bastantes para preparar também a equipa para a luta fora do campo, a qual, após o jogo com o Nacional tomou proporções de âmbito nacional.

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