10 janeiro 2011

A saca-rolhas

O JN conta que um saca-rolhas foi o instrumento usado para mutilar sexualmente um cronista alegadamente conhecido em Portugal por um modelo cuja família mais depressa saiu a terreiro a proclamar a sua heterossexualidade do que a inocência do seu varão num crime em Nova Iorque 7

E é notável que o saca-rolhas - cuja imagem é sempre usada para se extraírem confissões de alguém que é suposto guardar segredos importantes e prima pela discrição - sirva para tanta coisa na vida real. Ou para abrir cupidamente uma garrafa de vinho ou suscitar um título patusco como o da Bola de hoje a que só faltou lembrar que há um campeão em vez da memória de alguém ter eventualmente jogado à maneira de um campeão, o qual há um ano era "extreminador implacável" e hoje está completamente desvalorizado pelo esfusiante líder da Liga que tem registos e estatísticas muito melhores - mas nem a saca-rolhas se percebe nas notícias.
Se um crime alegadamente passional, mesmo entre same-sexers como os que se entretiveram há uns tempos em campanhas vazias como as que hoje decorrem noutro âmbito de gente mais oca ainda, também é susceptível deste título do "I",
então é porque em tão selecta comunidade, falando-se de um caso de "violência doméstica" tão trivial, certas paneleirices tomaram mesmo conta do dia-a-dia lusitano sem mais nada para abrir telejornais. Está, apesar da violência sádica e mutilação criminosa reportada no "affaire" nova-iorquino, definitivamente consagrada a igualdade de géneros e terminou a distinção entre casais seja de que espécie forem, até porque o casamento civil porque tanto(s) se pugnou já os igualou há tempos.

Ah, como saca-rolhas informativo, esta exemplar capa não prima só pela(o) dona(o) e a sua felicidade a duplicar, como há dias Elton John - que me lembro ao lado da esposa na final da FA Cup de 1984 quando o seu Watford, com certos tipos como Luther Blisset e um tal John Barnes aterrorizavam defesas indefesas, defrontou o Everton em Wembley - a regozijar-se por ser "mãe" de uma menina e babada ao lado do "marido". O êxtase nestas coisas nunca fica dissimulado, ao contrário de outras intenções e ao arrepio da realidade nua e crua...
Vejam como no dia da consagração dos três maestros do Barça nomeados para o FIFA Player of the Year Award querem lá meter, insidiosamente e com algo de libidinoso, um quarto intruso que há uns meses até à Coreia do Norte teve dificuldades em marcar golos... Digamos que, mais do que metê-lo a martelo, é autenticamente tirar uma não-notícia a... saca-rolhas.
Ainda vou acreditar que tal instrumento foi inventado por um português. Nem precisam de jurar.

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