Eis...celente a 1ª volta do FC Porto: 13 vitórias em 15 possíveis e a terminar a 1ª volta com um grande jogo que rendeu apenas meia goleada (4-1) ao Marítimo, com outros tantos golos por marcar, tantas quantas as bolas que pingaram na rede superior dos madeirenses e várias outras ocasiões de golo. Mas, até comparando com os números do Benfica tão celebrado como máquina de futebol na época passada, decerto as manchetes amanhã falarão de outra coisa que não esta:
15J 13V 2E 0D 36GM 6GS 41P, do FC Porto
15J 11V 3E 1D 39GM 9GS 36P, do Benfica há um ano
João Moutinho rematou a um poste numa das mais belas jogadas do desafio, mas os três primeiros golos portistas foram arrancados à bomba, dois de Guarín a fazer jus à sua poderosa meia-distância que no caso da abertura do marcador resultou de um tiraço de 37 metros. Hulk, de permeio, marcou o 2-0, com um golaço de fora da área e deu a assistência para James estrear-se a marcar também na Liga com um golo fácil.
Num dia de regressos, tanto foi celebrada a retoma das vitórias como o regresso do futebol espumoso e com golos magistrais como piquinhos num cálice do melhor champanhe. Voltaram ainda Varela, em nível muito aceitável, jogando na direita, James na esquerda e Hulk a ponta-de-lança; mas também Fernando de regresso desde a lesão na "piscina" de Coimbra e até Mariano, muito acarinhado após 10 meses de ausência.
Com Moutinho e Guarín imperiais na construção, Belluschi solto a chegar à área e a tornar-se o mais rematador na 1ª parte e logo com ameaça de golo na primeira jogada, houve futebol largo, vistoso e em profundidade, buscando permanentemente as linhas ainda que o objectivo não fosse cruzar, por não estar Falcao (lesionado) na área... Foi em desequilíbrios pelos flancos que o FC Porto mais perigo criou, mas só em remates de meia e longa distância marcou, em zona frontal, enquanto as jogadas à boca da baliza batiam na rede apenas do lado de fora...
Uma forma brilhante, como acentuou AVB, de marcar distâncias para a concorrência, pelo estilo e a forma dos golos, com convicção e talento que dobraram um Marítimo empertigado e que, ao contrário do sortudo Nacional que apostou no ferrolho e teve a sorte grande, pela sua atitude positiva ainda encurtou distâncias no marcador e teve sempre a baliza de Helton na mira.
Com Varela de volta, Fernando capaz de retomar o seu lugar se na gestão de esforço de Moutinho Guarín ocupar a sua vaga quando necessário, Falcao a recuperar de lesão e de desgaste evidente, quem ameaça fazer uma 2ª volta em grande, e sem fanfarronismos, é o FC Porto. O calendário é apertado, mais do que a propalada pressão exterior ditada por adversários a larga distância pontual, pelo que a gestão do plantel terá variadas formas em todas as frentes. Mas há todo o optimismo e confiança de que a equipa não vacilará, como demonstrou cabalmente, com categoria, esta noite.
act.: agora percebo, ao ver as capas dos pasquins com títulos repetidos e imagens para os justificar, a importância que davam ao jogo entre o 3º e o 7º classificados... A SICN, que celebra 10 anos de critério jornalístico e se inspira no que de melhor se faz lá fora, dá primeiro o jogo dos irrelevantes com vitória injusta e tremideira com assobios até final e depois o do líder que fez 41 em 45 pontos possíveis.
Excelente análise do jogo.
ResponderEliminarVIVA O FUTEBOL CLUBE DO PORTO
Boas,
ResponderEliminarAlgumas notas:
- Antes de mais vitória importante, porque quem esteve no estádio reparou na intranquilidade que vinha das bancadas, com muita impaciência da massa assobiativa, num jogo que era de paciência atendendo à postura do Maritimo.
- Boa dor de cabeça para AVB agora que Fernando voltou e que Guarin parece ter agarrado bem as oportunidades. Com Moutinho e Belluschi intocáveis, prevejo uma solução com Fernando para os jogos fora e Guarin em casa;
- O lance que dá origem ao golo do Maritimo é falta ao contrário e ainda por cima perdemos mais um lateral por lesão e com um amarelo excusado;
- O amarelo a Guarin nos festejos do 2º golo é surreal. FCP tem que pedir a anulação já que o mesmo aconteceu este ano com um jogador que pos o barrete de pai natal;
- Minuto 78. o melhor do jogo, embora curto, com os Super Dragões a cantarem "Xistra escuta, és um filho da puta", Pena é que não tenha "pegado" nas outras bancadas...
- Rafa mostra muita intranqulidade e o flanco esquerdo nunca funcionou na perfeição. O amarelo cedo também o condicionou. Com Alvaro Pereira de fora por mais de um mês, Fucile com problemas musculares e com a saída ontem por lesão de Sapunaru, terá que se adoptar Otamendi à direita (como aliás jogou no Mundial e aguentar com Rafa na esquerda.
- Uma época inteira e com 4 competições pela frente, julgo que 2 pontas de lança apenas não são suficientes.
Cumprimentos
PS: esqueci-me de saudar o regresso do mal amadado Mariano. Pode e deve ser muito útil atendendo aos vários jogos que temos pela frente. Parabéns também ao público do Dragão que mostra que não é preciso ser um predestinado para ser apoiado/acarinhado. Para jogar no Porto, antes de mais é preciso ser esforçado e dar tudo o que se tem, o que neste caso não é muito...
ResponderEliminarVale a pena lembrar a "pressão".
ResponderEliminarAo contrário do que pensava, o FC Porto pareceu-me, antes do primeiro golo que é como quem diz, na primeira parte, pareceu acusá-la.
Não vejo que, da parte do nosso clube, seja explorada a situação actual do segundo classificado que, estando neste momento a DOIS pontos do 3º lugar, quer fazer que quem se sente pressionado é o primeiro que leva DOZE de avanço em relação ao segundo da classificação.
Vivemos num País do faz de conta que se é e não se quer ser...Quem for protegido tem futuro, a não ser que percam a cabeça como muitos...E não adianta querer mudar isto porque a maioria não quer mudar nada, apenas pretende um lugar para poder também xuxar o máximo da teta...É esta a mentalidade reinante, nada a fazer, apenas fechar a porta, os ouvidos, os olhos e viver o mais longe possível de tudo isto...No silêncio.
ResponderEliminarEstes são os PILARES DA TERRA!